N/A: Oi gente, já que aqui no Brasil já passou da meia-noite e teoricamente já é quinta... hahahaha

Acho que estou mais ansiosa que vocês pessoal para postar os capítulos.

Obrigada por todos os comentários e espero que gostem desse capítulo e me digam o que pensam sobre ele. ;)

Amo vocês e divirtam-se.


Capítulo 7

Quando saíram do consultório com a promessa que estariam nas próximas atividades de Rachel, Sharon sentiu o coração pesar. Ela tentou ser profissional e se esconder por trás da armadura de Darth Raydor, mas ela não conseguia. A situação incerta e perigosa que a pobre menina se encontrava era aterrorizante para as duas partes, e sentindo seu humor quieto, Andy não falou muito apenas segurou sua mão e tentou ser solidário.

O Tenente, por outro lado, estava irado. Tudo o que ele queria era estrangular os assassinos das três jovens que eles encontraram e, salvar Rachel e todas as outras que podiam estar nas garras deles. Andy só queria acabar com tudo isso e prender os responsáveis.

Assim que chegaram à mansão, os três oficiais saíram do carro e foram de encontro a Amy que tinha ficado para arrumar as fotos. Assim que entrou Sharon se sentiu estranhamente em casa, agora havia algumas peças de arte que ela gostava, alguns quadros contemporâneos e uma imagem um pouco mais suave do que a anterior e mesmo assim ela podia dizer o que era para ser dela e o que era para ser de Andy.

O Tenente olhou ao redor com um sorriso, ele estava tão surpreso quanto a Capitã, era claro que houve um esforço para deixar a casa com a cara dos dois, e o que estava o deixando encantado eram as fotos que tiraram mais cedo, ele e Sharon pareciam um casal apaixonado.

"Que bom que chegaram". Amy comentou empolgada, uma jovem estava ao lado dela e sorria também. "Antes de mais nada, essa é Agatha, ela é uma designer de interior e está me ajudando na decoração".

"Ficou maravilhoso". Sharon elogio e estava sendo sincera.

"Obrigada". Agatha falou um pouco corada. "Amy me contou um pouco sobre vocês e espero ter acertado".

"Você com certeza acertou". Andy comentou.

"Bem... preciso falar com vocês". Amy começou e levou os dois superiores para sentarem no sofá. "Judith se comporta como uma assistente social, então tenho certeza que ela andará por toda a casa".

"E isso é mesmo necessário?"

"Eu conversei com uma assistente social da delegacia e ela afirmou que sim. Desse modo é avaliado se o casal é realmente apto para uma criança".

"Tudo bem". Sharon se mexeu um pouco desconfortável. "O que devemos fazer para provar que somos bons o suficiente?"

"Vocês estão fazendo tudo certo. Contudo..." Amy ficou um pouco incomodada com o que diria a seguir. "Sei que é um inconveniente, mas vocês devem dividir a suíte".

Sharon e Andy se encararam surpresos e temerosos, eles já estavam com problemas suficientes sem precisarem dividir uma cama.

"Você quer que a gente compartilhe uma cama, Detetive?"

"Só até amanhã quando Judith fizer a visita". A Detetive falou incerta. "Olhe... eu sei que parece desconfortável, mas é o único jeito. Assim que subi ficou claro que o quarto de hóspede estava ocupado. E se vocês fossem um casal de verdade e alguém visse uma situação dessa, o que acha que iriam pensar?"

"Que estávamos brigados" Andy falou e passou a mão pelo rosto cansado.

"Droga". Sharon suspirou. "Acho que temos que fazer isso, não é?"

"É o aconselhável, Capitã".

"Tudo bem. Vamos resolver". Andy disse e se levantou. "Vocês vão ficar para o jantar?"

"Não podemos, temos que atualizar a equipe sobre o que descobrimos hoje". Falou Julio.

"E eu tenho que preparar os próximos passos para vocês". Disse Amy e num minuto os três visitantes foram embora.

Andy e Sharon apenas ficaram lá, sem saber o que fazer de imediato, o dia se mostrou muito cansativo e eles estavam exaustos, porém eles resolverem seguir com a rotina diária. Não demorou muito para eles prepararem o jantar e começarem a comer em silêncio. Contudo, depois de um tempo Andy começa a falar.

"Você percebeu que Rachel estava mais consciente hoje?"

"Sim e ela pareceu feliz em nos ver". Sharon sorriu. "E acredito que ela seja irlandesa".

"E como você sabe?"

"Ela se iluminou um pouco e pareceu entender o que falei".

"Se ela for estrangeira se encaixa na discrição das vítimas dessa quadrilha". Comentou o Tenente. "Você acha que podemos encontra-la no banco de dados da imigração?"

"Talvez". Pensou Sharon intrigada. "Mas não temos um nome completo. Pode demorar um pouco".

"Ao menos tentaremos". Ele deu de ombros.

Afirmando, Andy pegou o telefone e ligou pra Provenza para informar o que tinham. O outro Tenente não gostou muito do trabalho que teria com poucas informações, mas prometeu iniciar mais essa investigação.

Enquanto isso, Sharon foi para o quarto de hóspedes e começou a arrumar suas coisas para colocar na suíte, por ter sido sua noite no quarto de solteiro, ela precisava deixar tudo arrumado e suspirou cansada.

Por sorte, Andy ficou no andar de baixo tentando ajudar com o caso e ela teve um tempo para pensar sobre a situação atual. Já era ruim o suficiente ter que conviver com o Tenente e esconder toda a atração que sentiam, principalmente depois do beijo que compartilharam dias atrás. Ela só esperava não acordar agarrada a ele.

Terminando a ligação, Andy estava alheio as preocupações de Sharon e se dirigiu para a suíte. Ele não estava tão relutante com a ideia de dividir uma cama com a Capitã, ele sentia a tensão entre eles toda vez que estavam juntos e ele estava ansioso em tê-la em seus braços.

Depois do dia movimentado que tiveram, eles resolveram se preparar para a noite. Em silêncio seguiram suas rotinas noturnas e se viram em frente a cama.

"De que lado você dorme?" Quis saber Sharon.

"Esquerdo". Ele apontou e ela apenas afirmou e se dirigiu para o lado direito. Sharon não pensou muito, apenas deitou e apagou o abajur do seu lado.

"Boa noite, Andy". Ela sussurrou e fechou os olhos.

Andy tentou não sorriu com o óbvio desconforto dela, mas não disse nada e deitou na cama. Por um momento o Tenente se deixou imaginar que essa era sua vida, que ele dividia a cama com uma mulher bonita e inteligente e tudo estava bem. Infelizmente, eram apenas fantasias. Suspirando ele fechou os olhos e se deixou adormecer, um novo dia o esperava.


Brenda entrou na sala de assassinato com um copo de café na mão e exausta depois de toda a papelada que leu na noite anterior. Finalmente, depois da ajuda do Agente Cornwell ela conseguiu informações importantes sobre o fundador da agência.

Adrian Chester Lencastre II, era um magnata de Londres, um grande empresário envolvido com petróleo e energia eólica, respeitado ao redor do mundo, ele estava acima de qualquer suspeita. Seu pai, Adrian Chester Lencastre I era tão bem-sucedido quanto o filho e havia falecido há cinco anos, mas deixou um grande império para trás, incluído a agência Mo Mhíorúilt.

Brenda não gostava desse tipo de gente, eles eram vistos como os melhores da sociedade, mas o passado sempre parecia obscuro. Foi por essa razão que a Vice Delegada começou a procurar sobre o Adrian I e não ficou muito surpresa ao descobriu o grande envolvimento dele com o tráfico humano e prostituição, claro que nada ficou comprovado, mas onde tinha fumaça com certeza havia fogo.

"Bom dia, senhores". Ela disse enquanto encarava o quadro branco com as novas informações. "Conseguiram descobrir mais coisas, pelo que estou vendo".

"Sim, senhora". Julio afirmou e pegou um lápis para começar as anotações no quadro. "Dessa vez temos mais sobre Adrian II. Descobri que ele teve uma infância interessante, a história de capa que todos conhecemos não passa de uma fachada".

"História de capa? Qual?".

"Segundo os tabloides, a mãe de Adrian II o abandonou ainda bebê na porta do pai. Como era um homem extraordinário, ele acolheu e criou o filho com amor". Julio debochou e revirou os olhos.

"E qual a verdade?"

"O velho Adrian fez uma viagem para a Irlanda e conheceu uma jovem menor de idade, ainda existe dúvidas se todo o relacionamento foi consentido ou não. O que se sabe é que a jovem sumiu do radar logo depois que ele saiu do país e alguns meses depois o bebê apareceu".

"Você acha que ele a sequestrou ou algo assim?"

"Três meses depois de ter o filho em casa, ele criou a agência Mo Mhíorúilt, um pouco suspeito, principalmente ao usar o nome irlandês para a ação social".

"Isso é perturbador". Comentou Brenda. "Então para encobrir uma possível acusação de abuso sexual, ele sequestrou e fez a menina de refém enquanto a usava como uma barriga de aluguel?"

"Uma grande especulação, Chefe". Comentou Tao. "E mesmo se começarmos a cutucar sobre isso não teremos provas e provavelmente a vítima não deve mais estar viva".

"Verdade, então devemos nos focar no filho, ele deve ter conhecimento sobre todo o esquema. Ele é a chave disso e só vamos conseguir pegá-lo através de Judith. O que temos sobre ela?"

"Só o que o FBI entregou".

"Procure mais um pouco, algo me diz que essa Judith tem um calcanhar de Aquiles".

Afirmando sua equipe começou mais uma investigação. Brenda foi para seu escritório procurar mais coisas sobre a agência quando seu telefone vibrou com uma mensagem de Sharon, informando que Judith solicitou a participação deles numa festa e Julio era necessário.


Quando o dia amanheceu, Sharon se afundou ainda mais nas cobertas e tentou ignorar a luz do sol principalmente agora que ela estava tão quente e confortável. Demorou um pouco para ela perceber que estava deitada no peito de alguém e quando isso se afundou em sua mente ela parou de respirar. Arriscando ela abriu os olhos e quase se xingou por estar, literalmente, entrelaçada com Andy. Por sorte, ele ainda estava dormindo e ela tentou se soltar, mas percebeu que seria quase impossível já que a mão do Tenente estava em sua cintura. Quando ela se mexeu, o aperto dele ficou mais forte.

"Fique quieta por um instante". A voz rouca de sono a fez pular de susto e quando ela olhou para cima deu de cara com os olhos castanhos sonolentos. "Ainda é cedo, só vamos aproveitar um pouco mais".

"Andy..." Ela tentou repreende-lo.

"Por favor". Os olhos de cachorrinhos imploravam para ela não se mexer.

Limitando-se a revirar os olhos, Sharon relaxou e tentou não pensar demais, e mesmo que não admitisse estava confortável nos braços do Tenente. Andy parecia feliz com ela ali e até beijou sua testa de forma carinhosa, muito diferente do que ela já recebeu de Jack. Mas todas essas comparações e sentimentos confusos não eram apropriados naquele momento, então ela se concentrou na respiração de Andy e sorriu ao ver que ele começou a ressonar baixinho, o Tenente havia adormecido.

Duas horas depois, quando ambos acordaram novamente, eles não comentaram sobre o conforto de estarem nos braços um do outro. Apenas começaram o dia e desceram para o café da manhã.

Contudo, antes de iniciarem uma conversa de verdade, Sharon recebeu uma ligação de Judith informando que tinham uma pequena recepção no final da manhã com os futuros pais e eles teriam que ir, e que a visita ficaria para o final da tarde.

"Você acha que ela fez isso para nos pegar desprevenidos?" Andy questionou incomodado.

"Com certeza". Sorriu Sharon de forma debochada. "Ela quer ter certeza que somos quem dizemos".

"Bem... então vamos dá a ela um show". Andy falou e se levantou para tomar banho.


As horas passaram rapidamente e os dois oficiais estavam mais que prontos para mais uma cena de casal. Julio os acompanhou, mas Judith pediu que ele ficasse do lado de fora junto com os outros seguranças, o que foi uma coisa boa, o Detetive tinha a oportunidade de saber quem eram os outros ricaços que participavam dessas reuniões.

Andy entrou com Sharon ao seu lado e ficou tenso assim que viu todos os olhos neles, na verdade, todos os olhos em Sharon. Ela estava linda, isso era inegável, por algum motivo ela achou que colocar um vestido apertado e decotado era uma boa ideia.

"Por que estão olhando para gente?" Ela sussurrou confusa.

Olhando a mulher em seu braço, o Tenente percebeu que Sharon não sabia o quão bonita era, provavelmente Jack nunca a elogiou o suficiente. Ele só queria saber porque a Capitã passou tanto tempo casada com o idiota.

"Eles estão olhando para você". Ele disse sorrindo e ela o encarou ainda confusa. "Você está linda, Shar, de tirar o folego".

A surpresa dela era cativante e Andy tentou não a deixar ainda mais consciente da atenção que recebia, ela parecia envergonhada, se o rosado nas bochechas dela dizia alguma coisa.

Sharon por sua vez se aproximou um pouco mais do Tenente, ela sabia que em sua juventude podia chamar atenção, mas agora ela não se sentia tão bonita, talvez a falta de elogios ao longo dos anos a fez ignorar sua aparência.

"Só vamos ignorar, ok?" Ela sussurrou.

"Ok, vamos procurar Judith e perguntar porque diabos estamos aqui". Andy sorriu e beijou sua bochecha com carinho.

Os dois oficiais então começaram a andar pelo grande salão e tentaram socializar com os outros, mas ainda havia uma tensão em seus ombros, principalmente porque não viam Judith em lugar nenhum.

"O que você acha que é isso?" Sharon perguntou de repente. "Não parecer ser como o outro que fomos".

"Eu não faço ideia, mas acho que tenha a ver com aquilo". Andy apontou para o outro lado da sala, onde o ambiente era cercado por paredes de vidros.

Sharon seguiu seu olhar e tentou não fazer uma careta, dentro do 'aquário' haviam alguns casais com bebês nos braços, e ao lado deles algumas jovens, era claro que foram elas quem deram à luz as crianças, todos sorriam e pareciam felizes. Era doentio.

"Sharon, Andy". Uma voz alegre falou atrás deles e a Capitã apertou a mão no braço do Tenente, o susto quase a fez pular.

"Judith, minha querida, estava imaginando onde você estava". Andy falou de forma charmosa e a mulher pareceu se derreter com as palavras dele. Levou toda a força de vontade de Sharon para não revirar os olhos.

"Bem... estou aqui agora. E fico feliz por vocês terem aparecido, sei que foi em cima da hora". Ela tinha um grande sorriso.

"Não tem problemas, tínhamos limpado nossas agendas por causa de sua visita". Sharon sorriu. "Mas você me deixou curiosa do motivo de estarmos aqui".

"Me desculpem não ter avisado, mas hoje vamos conhecer algumas pessoas e a presença de vocês é importante". A Capitã fingiu curiosidade e alegria, mas ela estava achando tudo isso irritante, todo esse mistério a deixava enjoada e muito desconfiada. "Agora venham comigo".

Judith os guiou até a sala que eles estavam encarando segundos antes e juntos com mais alguns casais todos se aglomeraram ao redor esperando a mulher falar. Até as crianças se aquietaram, talvez percebendo a tensão.

"Senhoras e senhores, obrigada mais uma vez pela presença de vocês, mas estamos reunidos aqui para mais uma apresentação. No último mês tivemos algumas adoções e alguns desses casais querem contar um pouco de sua experiência".

Durante trinta minutos os cinco casais apresentaram suas histórias comoventes e o amor pelas crianças em seus braços, agradeceram as jovens meninas que foram suas barrigas de alugueis e após isso todos foram liberados para socializar.

Sharon ouviu tudo com o coração apertado, sua atenção estava presa nas feições e linguagem corporal das meninas, era claro que elas estavam aterrorizadas por estarem ali e levou tudo para a Capitã não gritar que era da LAPD e prender todos. Ela podia sentir que Andy estava tenso também, tendo filhas na mesma idade que aquelas jovens atormentavam aos dois.

"Meus queridos, sei que se amam, mas podem conversar com outras pessoas". Judith comentou com um grande sorriso e se agarrou ao braço livre do Tenente. "Andy, quero que conheça alguns empresários e associados de nossa agência. E Sharon acredito que a Sra. Clarkson esteja a sua procura, ela soube que você tem raízes irlandesas e ficou curiosa".

"Oh Claro, você pode me apontá-la?" Sharon sorriu amavelmente, mas Andy podia ver o fogo brilhando nos olhos verdes, ela não estava muito feliz em ter que se separar dele, por sorte ambos tinham histórias combinadas.

A Capitã se dirigiu a mulher com um sorriso falso, e tentou não ficar desconfortável pelo olhar do Sr. Clarkson, ele a encarava como um pedaço de carne. A Sra. Clarkson, no entanto, não parecia ligar para isso, seu rosto estava um pouco paralisado, (leia-se Botox) e ela conversava a mil por hora. Tudo o que ela queria era que esse dia acabasse.

Andy, no entanto, estava um pouco divertido de ver a irritação de Sharon, ele achou que ela estava com ciúmes e achou isso fofo. Entretanto, ter que fingir ser outra pessoa sem a Capitã ao seu lado era desconfortável.

Não demorou muito para vários homens suspeitos entrarem numa discussão sobre negócios internacionais, por sorte Andy e Sharon tiveram uma conversa sobre isso dias atrás. Durante um tempo ele até se divertiu, mas seus olhos sempre se voltavam para Sharon e foi em um desses momentos que ele viu o Sr. Clarkson sorrindo e tocando em Sharon de forma quase invasiva, a surpresa dela estava escrito por todo seu rosto e Andy sentiu o sangue ferver pela audácia do outro homem.

Pedindo desculpas aos homens ao seu redor, o Tenente se apressou na direção da Capitã, a raiva e o ciúmes começou a nublar sua racionalidade, percebendo talvez seus olhos nela, Sharon se virou e sua expressão era de alívio.

"Oi, amor, desculpe a demora. Alguns cavalheiros me prenderam". Andy falou e seu olhar se fixou no Sr. Clarkson que deu um passo para trás.

"Tudo bem". Ela sussurrou e beijou sua bochecha. "Fico feliz que está de volta. E devo lhe apresentar aos Clarkson, são pessoas maravilhosas". Sharon sorriu e puxou Andy para mais perto de si. "Esse é meu marido, Andy".

A Sra. Clarkson estava mais que feliz de ter mais uma pessoa para ouvir sobre suas histórias, mas Andy não ouvia mais, muito ocupado em fuzilar o homem com o olhar. Ele estava enfurecido por ter sua esposa (e sim, ele não ligava que fosse uma mentira) tocada por outro homem.


Algumas horas depois, Judith estava andando pela mansão dos Bennett com uma lista em suas mãos, Andy e Sharon esperavam na cozinha o aval da mulher. Nenhum dos dois pareciam muito dispostos a conversarem, pois, o ciúme que rolou entre eles durante a reunião ainda parecia nublar seus pensamentos.

Por sorte, a mulher não demorou muito e foi embora com um sorriso e a aprovação de que podem ter um bebê na casa. Os dois foram deixados sozinhos mais uma vez e foi então que Andy começou falar:

"O que aquele idiota estava falando que precisava tocar em você?"

"O que?" Ela questionou sem saber ao certo o que estava acontecendo.

"O Sr. Clarkson... o idiota que te tocou".

"Oh... estávamos falando sobre uma das cirurgias da mulher dele". Ela deu de ombros.

"E era preciso te tocar?".

"Não, não era, mas a culpa não é minha que ele seja um idiota". Sharon bufou. "E não sei porque está com ciúmes, você pareceu bem feliz em ter Judith ao seu lado".

"E olha quem está com ciúmes agora". Ele bufou.

"Olhe, isso não está dando certo". Ela falou e se dirigiu para as escadas. "Não sei como conseguimos passar tanto tempo juntos".

"E você vai fazer o que? Ir embora? Estamos no meio de um caso, Sharon, não podemos desistir agora" Ele a seguiu e eles se viram na suíte. "Eu estou tentando, está bem? Mas é um pouco difícil manter meus sentimentos quando tenho uma mulher linda ao meu lado e não posso tocá-la do jeito que eu quero".

"Mas do que diabos você está falando, Andy?" Ela o encarou surpresa e um pouco perturbada.

Tentando se acalmar, Andy resolveu esclarecer tudo o que estava sentindo, então ele pegou em suas mãos e a guiou até a cama onde os dois se sentaram. Sharon parecia cautelosa, mas tinha um brilho nos olhos que ele o deixou esperançoso. Seria agora ou nunca.

"Eu gosto de você". Ele disse de uma vez e desviou os olhos do dela, a coragem de antes começando a sumir. "Eu realmente gosto de você, Sharon. Não imaginei que voltar a conviver com você traria de volta o que eu sentia".

"O que você sentia?" Ela sussurrou estupefata. "Desde..."

"Sim, desde que éramos parceiros, mas não podíamos naquela época, não é mesmo?" Ele tentou sorrir, mas ela podia ver que estava envergonhado pela confissão. "Eu nunca deixei de gostar de você e ver aquele idiota te tocando... eu só queria soca-lo".

Sharon suspirou, ela estava sem palavras agora. Ela não era um cubo de gelo, ela também tinha sentimentos, mas não sabia mais expressa-los. Era bem verdade que na época que ela e Andy eram parceiros ela se sentia segura e até começou a gostar dele, atrevia-se mesmo até afirmar que estava apaixonada naquela época. Mas eram situações diferentes.

"Eu não sou indiferente também, Andy. Deus sabe que eu queria estrangular Judith". Ela começou suavemente. "Mas é muito arriscado, nós não podemos fazer isso".

"E por que não? Não somos crianças, sabemos as consequências, por que não arriscar?"

"Nós brigamos demais".

"E daí? Somos bons juntos, algumas brigas podem surgir".

"Eu não quero machuca-lo". Ela tentou argumentar, seus olhos brilhavam com lágrimas contidas. "Eu não sei como fazer isso".

"Ei... Faremos isso juntos". Ele disse enquanto acariciava gentilmente o rosto dela. "Eu a ajudo. Por favor, Sharon, me dê uma chance. Vamos começar do zero, dessa vez sem ninguém para nos impedir".

"Temos uma delegacia para justificar".

"Não ligo, nossas vidas pessoais não interessam a ninguém". Ele se aproximou ainda mais dela, seus rostos agora centímetros de distância. "Não resista, Sharon. Eu quero tanto você".

Sem esperar que Sharon arrumasse mais uma desculpa, Andy fechou a distância entres eles e colou a boca com a dela. A Capitã ofegou de surpresa e o Tenente aproveitou para fazer as duas línguas duelarem, Sharon gemeu quando todos os seus sentidos foram atacados pelo homem em sua frente e ela se viu presa nas sensações que sentia. Sem demora ela subiu no colo deu e enfiou as mãos nos cabelos grisalhos, e dessa vez quem gemeu foi Andy.

"Isso é uma péssima ideia". Ela falou ofegante, mas os verdes dos olhos dela estavam mais intensos e brilhantes. "Se isso der errado estou culpando você".

"Você se preocupa demais". Ele reclamou. "Agora cale a boca e me beije".

Sharon revirou os olhos, mas o beijou novamente o derrubando completamente na cama.


Continua...