-te peguei! Disse uma voz infantil, um garoto estava sentado nas costas de youko, ele tinha cabelo preto amarrado num rabo de cavalo e longas orelhas pontudas seus olhos eram violetas e inocentes.
-não vale! Reclamou a raposa.
Os dois se sentaram no chão um de frente pro outro.
-olhe só, esse parece o cara que estava na foto dentro da caixa de kurama! Apontou kuwabara
-achei que você não ia vir, você demorou! Acusou o menino
-ah, eu acabei dormindo de verdade dessa vez.
-sei...
-então kuro, que tal uma corrida até a arvore? Sugeriu youko.
-Esta bem, preparar, apontar, valendo!
Os dois meninos saíram correndo alegres até chegarem em uma arvore alta e grossa com uma corda que levava até uma cabaninha de madeira e palha escondida entre as folhas da arvore.
-eu ganhei! Gritou kuronue levantando os braços para comemorar sua vitória.
-vai ter revanche, e você vai perder! Resmungou a raposa cruzando os braços e fingindo raiva.
-até parece, você vai perder de novo.
-você é que vai!
Eles riram da discussão infantil e subiram na corda para chegar na cabana. A casinha era bem simples, mas bem confortável, tinha uma mesinha com alguns livros, uma caixa com brinquedos que pareciam ser feitos à mão e um amontoado de cobertores e travesseiros costurados à mão que servia como uma cama improvisada, era confortável e quentinha.
Kuronue foi até uma caixa e pegou duas velas e um fosforo ele acendeu deixando o lugar iluminado. Youko foi para cama se deitar, kuronue fez o mesmo.
-eu estava contando os segundos para vir para cá. Disse youko. Kuronue se espreguiçou e olhou para o amigo, quando seus olhos pararam na Buchecha da raposa ele colocou a mão na marca vermelha que pairava lá.
-o que aconteceu com seu rosto, eles te bateram de novo? Ele perguntou preocupado.
-sim. Youko respondeu triste -qualquer coisa que eu faço eles me batem, dessa vez shino e os amigos dele me pegaram na floresta.
-você poderia fugir comigo, eu vou proteger você, e ninguém mais vai te maltratar.
-eu adoraria mas...
-você ainda ama a sua família. Youko ficou em silencio mexendo os dedos para se distrair -mesmo quando eles te machucam, youko você não percebe que eles se aproveitam de você, eles fazem isso e você nunca vai embora e eles continuam?!
-eu sei mais...
-lembra do dia em que seu vizinho espancou você por que você estava na macieira dele, ele quebrou o seu braço e sua mãe não fez nada? Kuronue estava apoiado em seu braço para poder encarar melhor o amigo. -eles vão acabar ferindo você de verdade...eu tenho medo de nunca mais poder ver você. Chorou kuronue.
-kuro...
O silencio pairou em torno deles, youko passou os braços ao redor de kuronue que relaxou no aperto da raposa.
-nós vamos fugir. Sussurrou o morcego. -vamos fugir, pode não ser agora, mas nós vamos.
Youko sorriu e fechou os olhos. -ok...
