Surpreendida na noite...
O local parecia idilicamente só. O único som que se ouvia era o barulho da cascata de Rosan, um barulho calmo e refrescante de água pura a cair em força, mas no entanto tão suavemente. A espécie de lago que era formado no término da queda de água reflectia cristalinamente as estrelas do céu de estio quente e claro da região de Rosan, na China.
Mas um observador atento notaria que, de todas essas estrelas, havia uma constelação que brilhava mais intensamente que todas as outras: Dragão. Mas também notaria que a habitual azáfama de animais que se movimentava normalmente em torno do para beber água ou apenas para gozar de um pouco de frescura que as águas em turbilhão soltavam estava em falta, pois não se via um único coelho, não se ouvia uma única coruja.
Todavia, a explicação para esse fenómeno nada tinha de anormal. Prestava-se pelo simples facto do local não estar tão só quanto isso. Mesmo a meio do lago, encontrava-se uma jovem de tez alva e cabelos escuros na posição de lótus, concentrando-se como o seu mestre lhe ensinara. Contudo, a sua expressão não estava descontraída como habitualmente estavam as de Dokho, Shaka ou até mesmo Shiriyo quando meditavam. A bela face juvenil estava contraída de sofrimento e os olhos estavam com olheiras e vermelhos, tanto pela falta de descanso como pelos rios de lágrimas que já haviam corrido deles.
A garota abriu a boca, movimentando os lábios e de entre eles saiu um soluço:
- M... Mestre...
Lágrimas correram em silêncio pela sua face contraída. Abriu lentamente os olhos, despiu-se e mergulhou no lago. Nadou um pouco, toda a graciosidade dos movimentos do corpo bem feito cortando suavemente as águas. Depois, saiu do lago e, vestindo apenas a roupa interior e a túnica, deitou-se no chão pensativa.
Tentou lembrar-se de há quanto tempo estava a chorar pelo seu mestre. De repente sentiu fome. Há quanto tempo não comia?
- Três dias...
Era isso. Não conseguia comer à três dias. E há uma semana que vivia aquele inferno de lágrimas.
Lembrava-se de ter sentido o cosmos de Dokho elevar-se extraordinariamente há uma semana atrás. Depois sentiu-o, numa fracção de segundo, acariciar o seu próprio espirito como numa despedida e depois... desaparecer... para sempre.
Depois sentira o cosmos de Shiriyo começar a crescer. Não, primeiramente não a crescer no sentido de aumentar, mas sim nop sentido de desenvolver-se. Mas depois nunca mais paraou de aumentar. E depois? Sentira uma porção de cosmos erguerem-se ao mesmo tempo e ela, desesperada, perdeu o contacto com o de Shiriyo. E nunca mais o conseguira sentir.
Teria morrido? Mas também, ainda que não os destinguisse entre si, não conseguia sentir o cosmos de mais nenhum cavaleiro. Hades teria ganho? Não, a esta alturatodo o mundo já estaria mergulhado nas chamas do desespero, se assim fosse. Teriam, tanto uns como outros, morrido? Shiriyo, morto? Não! Não suportaria isso. Deveria ser culpa dela. Sim, não se devia estar a concentrar bem. Lembrava-se do velho ancião lhe ter dito que quando se deixava as emoções perturbar a concentração não se conseguia fazer as coisas como deviam ser. Bem, e ela não estava propriamente a evitar que as emoções preturbassem a sua concentração, pois não?
Mas o que havia de fazer? Estava não preocupada... que faria ela com Dokho e Shiriyo mortos? Com Shiriyo morto? Não se conteve e recomeçou a chorar.
- Shi... Shiriyo... volta... vol... volta para mim... eu nunc... eu nunca te disse, mas... eu amo-te... Shiriyo...
Cansada, adormeceu sob o céu estrelado...
=^.^=&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&=^.^=
O tempo passou e a madrugada começou a aproximar-se.
Um vulto movia-se pelas sombras do bosque com sabedoria. Parecia conhecer bem aquelas paragens. Acabou por desembocar na clareira junto à cascata onde Shunrey havia adormecido, mas esta não deu por ele.
O vulto moveu-se até ela e ficou a olhá-la durante algum tempo. Ou pelo menos assim pareceu. Depois ajoelhou-se ao seu lado e e acariciou-lhe a face levemente, devagar, devagar, até que a mão parou no pescoço fino e macio. Num acto que pareceu impulsivo inclinou-se e beijou-lhe os lábios de jasmim. Quando parou, murmurou numa voz suave, mas entrecortada pela respiração ofegante:
- Shun... rey...
Ia começar a pegá-la no colo quando ela acordou e, vendo-o, abriu a boca para soltar um grito. Mas este nunca saiu da sua boca. O individuo tapou-lhe rapidamente a boca com uma mão forte. Então, Shunrey perdeu os sentido...
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Ups! Parece que a Shunrey devia ter mais cuidado onde adormece e devia ter prestado mais atenção às lições de Dokho!
Please, enviem-me os vossos comentários!!!! São tão importantes para mim!!!
Bjokas
O local parecia idilicamente só. O único som que se ouvia era o barulho da cascata de Rosan, um barulho calmo e refrescante de água pura a cair em força, mas no entanto tão suavemente. A espécie de lago que era formado no término da queda de água reflectia cristalinamente as estrelas do céu de estio quente e claro da região de Rosan, na China.
Mas um observador atento notaria que, de todas essas estrelas, havia uma constelação que brilhava mais intensamente que todas as outras: Dragão. Mas também notaria que a habitual azáfama de animais que se movimentava normalmente em torno do para beber água ou apenas para gozar de um pouco de frescura que as águas em turbilhão soltavam estava em falta, pois não se via um único coelho, não se ouvia uma única coruja.
Todavia, a explicação para esse fenómeno nada tinha de anormal. Prestava-se pelo simples facto do local não estar tão só quanto isso. Mesmo a meio do lago, encontrava-se uma jovem de tez alva e cabelos escuros na posição de lótus, concentrando-se como o seu mestre lhe ensinara. Contudo, a sua expressão não estava descontraída como habitualmente estavam as de Dokho, Shaka ou até mesmo Shiriyo quando meditavam. A bela face juvenil estava contraída de sofrimento e os olhos estavam com olheiras e vermelhos, tanto pela falta de descanso como pelos rios de lágrimas que já haviam corrido deles.
A garota abriu a boca, movimentando os lábios e de entre eles saiu um soluço:
- M... Mestre...
Lágrimas correram em silêncio pela sua face contraída. Abriu lentamente os olhos, despiu-se e mergulhou no lago. Nadou um pouco, toda a graciosidade dos movimentos do corpo bem feito cortando suavemente as águas. Depois, saiu do lago e, vestindo apenas a roupa interior e a túnica, deitou-se no chão pensativa.
Tentou lembrar-se de há quanto tempo estava a chorar pelo seu mestre. De repente sentiu fome. Há quanto tempo não comia?
- Três dias...
Era isso. Não conseguia comer à três dias. E há uma semana que vivia aquele inferno de lágrimas.
Lembrava-se de ter sentido o cosmos de Dokho elevar-se extraordinariamente há uma semana atrás. Depois sentiu-o, numa fracção de segundo, acariciar o seu próprio espirito como numa despedida e depois... desaparecer... para sempre.
Depois sentira o cosmos de Shiriyo começar a crescer. Não, primeiramente não a crescer no sentido de aumentar, mas sim nop sentido de desenvolver-se. Mas depois nunca mais paraou de aumentar. E depois? Sentira uma porção de cosmos erguerem-se ao mesmo tempo e ela, desesperada, perdeu o contacto com o de Shiriyo. E nunca mais o conseguira sentir.
Teria morrido? Mas também, ainda que não os destinguisse entre si, não conseguia sentir o cosmos de mais nenhum cavaleiro. Hades teria ganho? Não, a esta alturatodo o mundo já estaria mergulhado nas chamas do desespero, se assim fosse. Teriam, tanto uns como outros, morrido? Shiriyo, morto? Não! Não suportaria isso. Deveria ser culpa dela. Sim, não se devia estar a concentrar bem. Lembrava-se do velho ancião lhe ter dito que quando se deixava as emoções perturbar a concentração não se conseguia fazer as coisas como deviam ser. Bem, e ela não estava propriamente a evitar que as emoções preturbassem a sua concentração, pois não?
Mas o que havia de fazer? Estava não preocupada... que faria ela com Dokho e Shiriyo mortos? Com Shiriyo morto? Não se conteve e recomeçou a chorar.
- Shi... Shiriyo... volta... vol... volta para mim... eu nunc... eu nunca te disse, mas... eu amo-te... Shiriyo...
Cansada, adormeceu sob o céu estrelado...
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O tempo passou e a madrugada começou a aproximar-se.
Um vulto movia-se pelas sombras do bosque com sabedoria. Parecia conhecer bem aquelas paragens. Acabou por desembocar na clareira junto à cascata onde Shunrey havia adormecido, mas esta não deu por ele.
O vulto moveu-se até ela e ficou a olhá-la durante algum tempo. Ou pelo menos assim pareceu. Depois ajoelhou-se ao seu lado e e acariciou-lhe a face levemente, devagar, devagar, até que a mão parou no pescoço fino e macio. Num acto que pareceu impulsivo inclinou-se e beijou-lhe os lábios de jasmim. Quando parou, murmurou numa voz suave, mas entrecortada pela respiração ofegante:
- Shun... rey...
Ia começar a pegá-la no colo quando ela acordou e, vendo-o, abriu a boca para soltar um grito. Mas este nunca saiu da sua boca. O individuo tapou-lhe rapidamente a boca com uma mão forte. Então, Shunrey perdeu os sentido...
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Ups! Parece que a Shunrey devia ter mais cuidado onde adormece e devia ter prestado mais atenção às lições de Dokho!
Please, enviem-me os vossos comentários!!!! São tão importantes para mim!!!
Bjokas
