APUROS EM HONG KONG

– CAPÍTULO SETE –

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Uma lua cheia nos céus de uma noite sem estrelas. Um grito estridente.

As cartas e guardiões aparecendo caídos no chão e enquanto uma sombra se apossa da lua durante o eclipse lunar, alguém se aproxima coberto de um manto negro. Quem é?

Ouve-se gritos e gargalhadas se misturam aos berros. Mais alguém se aproxima. Está de costas. Uma tatuagem?… Um crânio e pilares tombados, com um pássaro… Um corvo? Desaparece e os risos são o único som a preencher o ambiente do eclipse.

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Sente seu corpo sendo levemente chacoalhado e quando abre os olhos vê o noivo ao seu lado. Ele tem o semblante preocupado.

"Tudo bem?" – pergunta enquanto ela se senta.

"Sim!" – olha no relógio – "Ainda é cedo, o que foi que houve?".

"Sua presença estava oscilando!" – levanta e pára ao lado da cama.

"O Sonho devia estar agindo!" – respira fundo e abaixa a cabeça – "Lápis e papel!".

Uma folha de papel, que estava sobre a prateleira, e um lápis foram até a mão da feiticeira, que começou a rabiscar algumas coisas. Em poucos minutos havia feito um desenho.

"Eu vi isso durante meu sonho hoje!" – entrega a folha ao noivo.

Shaoran pegou o papel que ela lhe estendia e olhou atentamente. Não sabia dizer o porquê, mas aquela figura lhe dava arrepios. Um crânio no meio de pilares tombados, um corvo pousado sobre o crânio. Nunca vira uma imagem daquelas, mas sabia que coisa boa não era. Olhou novamente para sua noiva e viu que ela tremia.

"Sakura, meu amor, não fica assim…" – ele se sentou ao lado dela e a abraçou – "Odeio te ver assim!".

"Shaoran, estou com medo…" – ela se aconchegou mais contra o peito quente dele – "Notei que essa imagem também não te agradou… E você é bem mais preparado para perceber quando as coisas estão erradas do que eu…".

"Sakura, não se subestime!" – Shaoran a interrompeu – "Você consegue se manter calma em situações que nem eu consigo…"

"Mesmo assim, estou com muito medo..." – ela o abraçou com mais força e ele pôde sentir lágrimas saírem dos olhos dela.

"Sakura... Não faça isso comigo..." – ele apoiou a própria cabeça sobre a dela, tentando acalmá-la – "Não fica assim, se você se acalmar vai perceber que as coisas não são tão difíceis quanto parecem ser... Muito menos para você."

"Como assim?" - Sakura estava estranhando aquela conversa.

"Você tem vários amigos, tem as cartas e todos estão dispostos a te ajudar… Mas eu, o todo poderoso futuro líder do clã Li, não consigo nem me dar bem com a minha própria família!".

"Mas eu nunca vi você discutir com ninguém da família…".

"E você acha que toda a família vive por aqui?… Meus primos e primas não me suportam. Por isso não vivem aqui…".

"Isso é triste, Shaoran, eu não sabia...".

"Não precisa ficar com pena, Sakura… Tudo é assim, desde que decidiram que eu seria o sucessor de meu pai, por ser o mais desenvolvido entre todos, apesar de eu ter primos mais velhos que eu…" – passa a mão pelo rosto dela apagando o caminho das lágrimas – "E uma coisa que eu sempre tive e que você detesta é esse meu jeito superior de ser… Fui criado assim, o que posso fazer?".

"Isso sempre foi e sempre será um problema, Shaoran… Mas isso não vem ao caso,… onde você quer chegar?"

"Você teria muito mais apoio do que eu…" – ele suspirou – "E sempre foi melhor em quase tudo, Sakura, principalmente com as pessoas… Antes eu era covarde e não queria admitir, mas tenho minhas fraquezas como qualquer pessoa…".

"Você não é um covarde!… Nunca foi!" – passou as mãos nos sedosos cabelos rebeldes – "É verdade que é meio áspero com as pessoas e foi um pouquinho grosso comigo quando nos conhecemos, mas…" – o encarou sorrindo timidamente – "…eu devo muito do que sou hoje a você e sabe disso!… Era você quem me encorajava,… quem me fazia sentir segurança na hora de capturar ou transformar as cartas,… e quando eu não sabia o que eu tinha que fazer era você quem me ajudava!…" – os olhos dela brilham de emoção – "Foi você quem me devolveu o ânimo depois que eu me declarei para o Yukito,… na época eu pensei que meu mundo houvesse desabado,… e quando menos imaginei encontrei o que mais desejei toda a minha vida e nunca percebi que já havia encontrado, pois estava olhando para a direção errada!… Foi com você que eu vivi os momentos mais felizes da minha vida!" – o envolve pelo pescoço aproximando seus corpos – "Nos teus braços que me senti completa, desejada, amada… e me tornei mulher!…" – ela morde os lábios inferiores ao sentir a respiração morna de Shaoran em seu pescoço, aproxima sua boca do ouvido dele – "Se eu sou feliz hoje,… é graças a você… sempre você!".

Shaoran começa a beijar o pescoço de Sakura enquanto a deita na cama. Levanta a cabeça e seus olhos se encontram, mergulhado nas piscinas esmeralda, que são seus olhos, vai em busca dos doces lábios dela. Beijam-se intensamente enquanto suas mãos nervosas passeiam pela cintura, cabelos e braços dela ainda lutando por controle. Separam-se sem fôlego.

"Sakura, eu…" – tenta dizer algo, mas ela o interrompe voltando a beijá-lo. Quando ele decide se deixar levar pelo momento o despertador começa a tocar desesperadamente. Sentam-se na cama com o susto. Ainda era terça-feira, tinham aula. Ele tem um sorriso frustrado, que também aparece na fisionomia da noiva. Beijam-se rapidamente e ele se retira. Assim que a porta se fecha ela deixa seu corpo cair sobre a cama levando as mãos sobre os olhos.

'Hoje vai ser um dia do cão!' – pensa antes de levantar e começar a se arrumar.

O caminho para a Universidade foi feito, ao contrário dos outros dias, em total silêncio. Era bastante comum ter um Shaoran de fisionomia amarrada, mas ter uma Sakura tão, ou mais, mal-humorada que o primo, estava sendo insuportável para Meiling, que tratou de se separar dos dois antes mesmo de chegarem ao campus.

As aulas pareciam levar séculos para passar e Sakura não estava com paciência para a aula de estatísticas que era antes do intervalo e se já era uma tortura, agora estava sendo impossível para ela prestar atenção. Assim que o sinal para o intervalo tocou, se dirigiu para fora da sala e foi caminhando lentamente até chegar ao lado de fora do Bloco C-1, onde ficavam as salas das aulas contábeis. Ficou olhando para céu por alguns instantes, estava limpo quando saíram de casa, mas agora várias nuvens cinzas estavam sendo carregadas pelo vento e se concentrando sobre a cidade.

'Perfeito!…' – pensou seguindo para o bosque – 'Tudo o que faltava acontecer hoje era chover!'.

Entrou no bosque tentando se acalmar. Aquela não era ela.

'Se Touya estivesse aqui diria que finalmente decidi assumir que sou uma monstrenga!' – sorriu melancolicamente ao lembrar de seus amigos e sua família de Tomoeda. Desde que veio para Hong Kong só havia conversado três vezes com Tomoyo pelo telefone, um sorriso apareceu em seu rosto – 'Vou ligar para ela hoje e contar as novidades!'. Ouviu um ruído atrás de si e se virou para ver o que era. Rolou os olhos ao ver seu perseguidor.

"O que faz aqui Sr. Tong?" – nem sequer se deu ao trabalho de tentar disfarçar sua insatisfação com a presença dele ali.

"Você costuma vir com bastante freqüência ao bosque, não é mesmo Srta. Kinomoto" – ela notou que não foi uma pergunta.

'Ele andou me perseguindo?' – se perguntou encarando-o friamente.

"Tsc… tsc… tsc…" – outro rapaz surgiu, à sua direita, ela voltou lentamente a cabeça para fitá-lo – "Pode ser muito perigoso para uma moça tão bonita andar sozinha pelo bosque, Senhorita!".

Ela compreendeu perfeitamente o que ele quis dizer com aquelas palavras. Olhou para sua esquerda e para trás, havia sido cercada.

"Vocês não acham que vai pegar mal para a equipe os quatro terem que se juntar para bater em uma mulher?" – perguntou sarcasticamente.

"Mas eles apenas estão aqui para garantir que você não vai fugir Srta. Kinomoto!" – uma quinta figura entrou na clareira. Sakura arregalou os olhos.

"Ora Sr. Yu, que grande desprazer em revê-lo!" – cruzou os braços. Ele sorriu maliciosamente – "Não sabia que também fazia parte da equipe de luta!".

"Não faço!" – ela abaixou os braços conforme ele começou a se aproximar – "Digamos que eu e o Sr. Lei temos um acordo para melhorarmos a reputação da equipe e apenas isso!".

"E deixe-me adivinhar!" – respirou fundo – "Você tem que me humilhar para isso, certo?".

Ele gargalhou – "Você não é tão tonta quanto parece Srta. Kinomoto!" – a analisou dos pés a cabeça.

"Deixe de conversa e termine logo com isso!" – Wang Kim Lei disse fazendo com que o rapaz se colocasse em posição de luta diante dela. Sakura reconheceu o estilo dele como sendo Kung Fu, um estilo bem comum na China. Logo se colocou em posição de luta também.

Ficaram encarando-se durante alguns segundos. Sakura não iria atacar primeiro, seria um erro inadmissível de sua parte, uma vez que não conhecia as habilidades do adversário. Vendo que ela não atacaria Yu tomou a iniciativa, partindo sobre ela com alguns golpes de natureza mais simples, como chutes baixos e socos de força moderada na altura do peito.

'Ela não é uma amadora como esses idiotas da equipe de luta!' – Yu pensou tendo todas suas investidas bloqueadas pela jovem de olhos esmeralda.

Sakura percebeu a perfeição dos golpes que o rapaz aplicava sobre ela. Começou a atacar em meio às defesas que fazia, sendo bloqueada na maioria das vezes. A luta foi se tornando intensa. Sakura já não conseguia bloquear todos os golpes. Cai no chão após receber um chute pouco abaixo das costelas. O rapaz se afasta esperando que ela levante.

Após vacilar alguns segundos, levanta com dificuldade, e solta um gemido baixinho de dor antes de se colocar em pé. Ele fica impressionado com a força dela, que apesar de ter a dor explícita em sua face volta assumir posição de luta e tem os olhos brilhantes de determinação. Ela não estava disposta a perder. Voltam a digladiar. Sakura desvia de um chute em giro 360° do rapaz e aplica uma rasteira seguida de um martelo sobre o chinês que desviou do último golpe rolando para o lado, levantando-se em seguida.

Os quatro integrantes da equipe de luta estavam boquiabertos ao ver a desenvoltura dos dois na luta. Não foi à toa que Tong foi derrubado pela garota.

Sakura percebeu que Jiang Yu estava, na realidade, brincando com ela. Ele poderia ter terminado a luta algumas vezes já. Franziu o cenho e o rapaz sorriu.

"Eu esqueci de dizer que consigo dar algum trabalho a Li em uma luta Srta. Kinomoto!" –arregalou os olhos enquanto Yu voltou atacá-la com maior velocidade e força. Só então Sakura percebeu algo que havia deixado passar até o momento. Yu possuía magia e começou a utilizá-la para aumentar a própria velocidade. Quando Sakura foi atacá-lo novamente ele segurou seu braço e a imobilizou indo para trás dela torcendo o pulso com certa força – "Você não luta mal Srta. Kinomoto! Faz jus à sua posição de futura matriarca do clã Li,… mas tenho algo a meu favor que você não tem…" – sussurrou sorrindo.

"Solte-a agora Yu!" – Shaoran chegou ao lugar onde estavam lutando, ofegando e com os olhos em chamas.

"Vejam se não é o protetor dos fracos e oprimidos!" – Yu riu sarcasticamente soltando-a.

Sakura caiu de joelhos e permaneceu de cabeça baixa. Li se aproximou e se abaixou ao lado dela. Tocou seu ombro fazendo-a erguer a cabeça. A visão que teve foi cortante. Ela tinha um filete de sangue escorrendo do canto da boca e seus olhos estavam cheios de lágrimas enquanto o supercílio tinha um pequeno corte, segurava o pulso que Yu mantinha preso atrás de si antes dele chegar, mostrando que este doía. Ele passou o polegar no queixo dela limpando o sangue.

"Por que não me chamou Sakura?" – perguntou enquanto, para a surpresa dos quatro integrantes do time de luta, a abraçava.

"Eu achei que conseguiria lidar com isso… sem sua ajuda…" – disse em meio à soluços. Shaoran levantou a cabeça e encarou friamente Jiang Yu afagando os cabelos dela.

"Você sabe o que acabou de fazer, não sabe?".

Ele riu sardonicamente, virando-se para sair do bosque, sendo seguido pelos outros quatro. Um trovão foi ouvido e uma chuva fina começou a cair sobre eles.

"Shaoran…" – sussurrou erguendo um pouco a cabeça, mas não o suficiente para que seus olhos se encontrassem. Ela se sentia humilhada, o orgulho excessivo, que é característico da família Li, foi se tornando uma marca de sua própria personalidade desde que começaram a namorar.

"Está tudo bem,… não se preocupe!…" – levantou o rosto dela e enxugou as lágrimas – "Eu acho melhor irmos para casa agora!… Você precisa descansar… e também…" – sorriu – "estamos encharcados!".

Sakura sorriu também. Quando foi ajudá-la a se levantar, Shaoran viu a marca roxa de dedos no pulso da noiva, tamanha a força que Jiang usara para imobilizá-la, contraiu levemente os olhos, voltando a relaxá-los em seguida para que ela não percebesse.

"Vamos indo…" – sorriu de lado – "…não quero acabar pegando um resfriado!" – e se foram.

Assim que chegaram na mansão foram cada um para seu quarto, tomar um banho e tirar a roupa molhada do corpo. Shaoran foi o primeiro a terminar e foi logo em busca de sua mãe para poderem conversar.

"Você tem certeza disso, meu filho?" – a mulher perguntou após ouvir o relato do que aconteceu mais cedo.

"Sim…" – ele respirou fundo – "…Yu sabia que Sakura é minha noiva, eu mesmo os apresentei quando nos encontramos em um restaurante algumas semanas atrás!".

"Isso é realmente muito grave…" – fechou os olhos para poder pensar melhor – "…se isso alcançar outros clãs,… eles certamente desafiarão a Jovem Flor para que ela prove ser merecedora de tal posição!".

"Sim,… eu sei!" – ele abaixa a cabeça.

"Mas… me diga Shaoran, como você não percebeu que Sakura estava lutando antes?" – ele olha para a mãe um pouco assustado – "O que foi?".

"A presença dela estava completamente controlada!" – fala olhando fixamente para o nada – "Estava lutando apenas com as habilidades que desenvolveu treinando nos últimos anos!".

"Tem certeza?" – fica apreensiva, ele confirma com a cabeça.

"Eu não fui até a clareira onde estavam lutando atrás da presença de Sakura!" – ele levanta e se põe a caminhar dentro do escritório – "Eu só fui ver o que estava acontecendo porque reconheci a presença de Yu!".

"Você acredita que Yu possa não ter conhecimento sobre a magia de Sakura?".

"Ele de fato não sabe!" – Sakura parou na porta, ambos a encararam – "Desculpem-me, ouvi parte da conversa!" – entrou no escritório.

"Tudo bem,…" – Shaoran parou em frente a ela – "mas como pode ter tanta certeza de que ele não sabe sobre seus poderes!".

"Sabes muito bem que oculto minha presença fora da mansão…" – acaricia levemente a face do noivo – "… e também… ele me disse, pouco antes de você chegar, que eu não lutava mal e fazia jus à minha futura posição, mas ele tinha uma vantagem sobre mim, algo que eu não possuía. Naquele momento ele estava utilizando magia, sem contar que ele estava ocupado demais com a sua presença que se aproximava para perceber…".

"Como assim 'ocupado demais com minha presença'?" – a interrompe.

"Ele teve oportunidades de acabar com a luta várias vezes, mas apenas quando você começou a se aproximar é que ele realmente o fez…" – respira fundo e abaixa a cabeça – "ele até podia estar lutando contra mim,… mas era com o objetivo único de te atingir!".

"O que você quer dizer com isso, minha querida?" – Yelan perguntou fazendo-os se voltarem para ela.

"Eu não sei o motivo,… mas ele deve ter algum tipo de ressentimento contra Shaoran!".

"E eu acho que sei o porquê!" – ele fecha os olhos e joga a cabeça para trás – "Yu treina tanto artes marciais quanto magia desde a mesma época que eu,… mas eu sempre me dediquei mais e, conseqüentemente, era o mais desenvolvido em ambas as áreas… apesar de ainda termos certo equilíbrio…" – respira fundo e abre os olhos encarando Sakura com um sorriso – "…mas quando voltei do Japão meus poderes estavam muito acima dos dele,… apesar de ter parado o treinamento dois anos antes!".

"E ele nunca se conformou de você ter ficado mais forte…" – Sakura concluiu – "não precisa falar mais nada eu já entendi toda a história!".

"Sakura!" – Meilin chamou da porta – "Posso falar com você um minuto?".

"Claro!" – se voltou para Yelan – "Com licença!" – prestou reverência e saiu.

Elas pararam no corredor ao lado da porta e Meilin começou a fazer um relatório rápido de algumas coisas que ouviu na Universidade. Tong espalhou por todos os cantos que Shaoran estava tendo um caso com Sakura.

"Mas que droga!" – disse baixinho e fechou os olhos – "Vou falar com Shaoran,… temos que decidir qual a melhor maneira de resolvermos isso!" – olhou para a amiga e sorriu – "Obrigada Meilin!".

"Não me agradeça!" – ela abaixou um pouco a cabeça – "Eu não ficaria sabendo disso se Lang não me contasse!" – levantou os olhos – "Você sabe que o pessoal de Artes Cênicas fica meio isolado dos acontecimentos no Campus e…".

"Tudo bem Meilin!… Não precisa ficar se explicando!" – sorriu e voltou a entrar no escritório onde viu Shaoran ao telefone.

"Eu já disse que não serão dadas informações a respeito de minha noiva a nenhum jornal…" – respirou fundo tentando se acalmar enquanto ouvia a pessoa do outro lado da linha – "…Sim eu sei que vocês são o maior jornal de Hong Kong e…" – novamente foi interrompido ficando ainda mais impaciente. Sakura se aproximou e colocou uma mão sobre o ombro dele – "Um minuto, por favor!". Apertou um botão para segurar a chamada. Sakura sussurrou algumas coisas em seu ouvido ele só balançava a cabeça enquanto a ouvia falar. A olhou espantado – "Tem certeza, minha Flor?".

"Sim!" – sorriu olhando-o nos olhos – "É melhor esclarecermos tudo de uma vez!".

"Sim,… tem razão!" – liberou a chamada – "Alô,… preste atenção, pois decidimos esclarecer algumas coisas antes da hora!".

"Você está preparada Sakura?" – Yelan se aproximou dela enquanto Shaoran dava algumas informações para o jornalista – "Sua vida irá mudar radicalmente a partir de agora!".

Ela encarou a sabia mulher com um sorriso.

"Minha vida vem mudando desde que encontrei o livro das Cartas Clow no porão de minha casa!" – a mulher balançou a cabeça tendo compreendido o que ela quis dizer – "Mas, desta vez, eu estou preparada para o que quer que venha a acontecer!" – olhou para Shaoran carinhosamente.

"Está certo!" – Yelan colocou uma mão sobre o ombro dela – "Vamos descer e tomar um chá antes da janta Flor de Cerejeira!… Assim podemos também conversar sobre como lidar com a imprensa…" – as duas sorriram e saíram do escritório enquanto conversavam.

Continua…

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N/A – Oi… Gostaria de pedir perdão pela demora em atualizar o fic,...

Me pediram para colocar um pouco de ação no fanfic… então decidi fazer a Sakura lutar um pouquinho… dedico este capítulo a Rô… espero que tenha gostado…

Com relação ao início do capítulo,… teve gente que quis me matar por causa do despertador!… hehe…

Gostaria de agradecer a Miaka que (como sempre) me ajudou a deixar o capítulo mais interessante… a KayJuli por me dar alguns toques na 'luta'… a Cherry, que sempre escreve e-mails… e a todo mundo que comentou e quem está acompanhando, mesmo que não poste comentários!…

Até a próxima quarta-feira com o Capítulo OITO de Apuros em Hong Kong!…

Yoruki.