Legendas:
" " - fala.
' ' - pensamento.
* * - flashback.

APUROS EM HONG KONG

– CAPÍTULO NOVE –

Shaoran estava observando Sakura dormir em seus braços há alguns minutos já. Nunca se cansaria de admirá–la, de tocá–la, de sentir seu perfume, e a maneira tranqüila na qual ela dormia, nem mesmo parecia que tinham tantos problemas. Nem mesmo parecia que ela teria outra provação. Com certa melancolia começa a lembrar das descobertas feitas na noite anterior.

*Estavam esperando na biblioteca, em profundo silêncio, por Eriol. Além deles estavam ali sua mãe, Yue e dois dos anciões. O silêncio é quebrado quando a Sra. Li decide iniciar a reunião mesmo com a ausência de Clow. Ela pega um livro e mostra algo para Sakura.

"Isso foi o que você viu em seu sonho?" – tem um semblante bastante preocupado. A garota apenas confirma com a cabeça. Os anciões conversam aos sussurros com Yelan, voltando-se, os três, para fitá-la.

"Esse símbolo é o brasão da união de dois ciclos muito poderosos de magia destrutiva…" – Law Li diz tentando passar uma calma que estava longe de sentir.

"Korombos et Bairemuth…" – Sakura sussurra nem um pouco surpresa.

"As ordens lendárias do Caos e da Morte?" – Shaoran se espanta olhando para a noiva.

"Sim…" – Yelan olha de relance para os anciões – "O que você sabe sobre elas?".

"Apenas o que eu li naquela caderneta que o Sr. C'esteau nos entregou…".

"Diga-nos o conteúdo dessa caderneta, Shaoran…" – pediu Yen Li, um senhor beirando a casa do 60 anos, de cabelos grisalhos, rosto sereno, um porte distinto, apesar de parecer frágil, e profundos olhos castanhos que lhe conferiam muita astúcia.

"A caderneta tratava sobre as divisões dos caminhos mágicos e suas características…" – fixou seu olhar em um ponto qualquer do teto da biblioteca – "… as Ordens Elementares, Astrais, Naturais e… as de Destruição…" – sentiu uma mão pousar em seu ombro e abaixou a cabeça para encontrar os olhos esmeralda da noiva – "Também falava sobre o Eclipse Lunar,… com o alinhamento de Marte e Plutão,… como sendo a data propícia para a disseminação da magia de algumas Ordens de Destruição…".

"Alinhamento de Marte e Plutão…?" – Yelan perguntou perplexa – "Sempre nos foi dito que o alinhamento desses planetas era utilizado pelos seguidores do Fogo e os do Tempo…" – comentou enquanto sentava-se ao sofá.

"E realmente é…" – Shaoran suspirou pesadamente – "Mas me parece que a Ordem Korombos et Bairemuth foi criada a partir dos desgarrados e excluídos de uma outra Ordem…".

"Qual?…" – Yen inquiriu.

"Da Ordem Pyro et Chrono!".

"Nesse caso teremos sérios problemas…" – Law se levantou e começou a andar pelo aposento. Todos ficaram em silêncio.

"E por que teremos problemas?" – Yue desfez o silêncio se pronunciando pela primeira vez.

"O iniciados da ordem de Pyro et Chrono são submetidos ao que eles chamam de Purificação Frenética…".

"Purificação Frenética…" – Sakura repetiu interrompendo.

"Sim,…" – Yelan disse calmamente sem se importar com o fato de ter sido interrompida – "A Ordem Pyro teve muitos problemas com seus integrantes que foram corrompidos pelas trevas existentes na compreensão do caminho do Fogo…".

"Todos os caminhos da magia são arriscados…" – Yen explica – "Mas de todos, o Fogo é o mais traiçoeiro…".

"Quando os integrantes da Ordem Chrono se uniram aos de Pyro… instituíram um teste de seleção…" – Law respirou pesadamente – "Eles instigam os iniciados à loucura…".

"E… (1)'por definição, a loucura acaba em uma de duas maneiras: clareza… ou morte'" – Eriol entra na biblioteca acompanhado de Ruby Moon e Spinel Sun e Kerberus atraindo a atenção de todos.

"Morte!?" – Sakura exclama levando as mãos ao peito.

"Sim, minha querida Sakura…" – os anciões abaixam a cabeça em respeito à reencarnação de Clow – "Mas não é a morte como nós a conhecemos!… Não é da morte física que estamos falando…".

"Não precisa continuar Eriol…" – ela o interrompeu – "Já entendi o que quer dizer…" – inconscientemente abraça a si mesma sentindo arrepios – "O que acontece é que eles perdem os seus sentimentos, não é?" – se mostra um pouco angustiada e abaixa a cabeça – "Eles se tornam pessoas incapazes de amar…".

"Sim,… e como pessoas destituídas de qualquer tipo de sentimento…" – Eriol olha com carinho para sua sucessora – "Eles têm como objetivo único espalhar a desordem e o terror pelo planeta!".

"Mas a realidade é bem pior do que vocês imaginam…" – um vulto entre duas prateleiras diz. Todos se levantam e ficam olhando para onde ele se encontra imerso na penumbra.

"Quem é você?" – Shaoran perguntou se colocando na frente de Sakura.

"Acalme-se… descendente de Clow!…" – sai lentamente das sombras revelando-se. Shaoran e Sakura ficam perplexos ao ver quem estava ali, Eriol apenas abre um discreto sorriso.

"Há quanto tempo Jean-Pierre…" – Eriol sorri misteriosamente, Sakura e Shaoran olham confusos de um para o outro.

"Sim,… Faz muito tempo mesmo Eriol!" – o cumprimenta com a cabeça.

"Esperem um pouquinho…" – Sakura interrompe – "Vocês se conhecem?…".

"Sim,… Sakura…" – sorri – "Jean-Pierre é um dos magos da Aliança… assim como eu!".

"Você pertence à Aliança?…" – Shaoran olha perplexo para o francês, que apenas confirma com a cabeça.

"Aliança?…" – Sakura abaixa a cabeça tentando lembrar onde já ouvira falar sobre isso.

"A Aliança é um grupo composto pelos mais poderosos magos da Terra…" – Yelan disse a Sakura vendo que ela estava um pouco perdida – "Ou pelo menos costumava ser…" – olhou para C'esteau que, assim como Eriol, sorria. Sakura balançou a cabeça e lembrou-se de quando ficou sabendo sobre a Aliança. Shaoran havia dito que não a consideravam merecedora das Cartas por ser uma simples garota que nunca tinha sequer ouvido falar de magia antes de deixar todas as cartas escaparem e sempre lembravam que precisara de ajuda para juntar todas novamente. Ela soubera também por ele que havia recebido apoio de apenas uma pessoa dentro da Aliança: o apoio de Eriol, isso foi há quatro anos.

"Mas… antes de fazer parte da Aliança… eu sou um membro da Ordem Pyro et Chrono!" – disse calmamente vendo que os anciões ficaram perplexos com a revelação – "E fui enviado por minha ordem para ajudar e proteger a Mestra das Cartas…".

"Me proteger do que?…" – pergunta confusa.

"Vou lhes explicar de forma bem resumida…" – olhou rapidamente para Clow, depois desviou o olhar para Shaoran, que mantinha um braço sobre o ombro de Sakura – "A maior diferença entre os rituais praticados por minha ordem e os rituais que são acometidos pela Ordem da Morte e Caos, é que… nós não sacrificamos ninguém em nossas reuniões…" – todos ficaram claramente assombrados e Shaoran lançou um olhar desesperado a sua noiva – "Mas o ritual, que será celebrado durante o eclipse, precisa de um tipo especial de poder a ser sacrificado… o poder da Astral da Estrela!".

"Você está querendo dizer, que virão atrás de Sakura para sacrificá-la?" – Yue deu um passo para frente, saindo do canto da biblioteca onde estava, e encarou o francês de maneira desconfiada.

"Exatamente!" – o guardião da Lua sentiu-se nervoso com a calma aparentada pelo feiticeiro.

'Ele está escondendo alguma coisa…' – pensou olhando para sua mestra que havia sido envolvida pelo 'descendente de Clow' em um abraço.

"Mas ainda há algo que precisamos saber,… não é verdade?" – Yelan mostrava-se bem preocupada.

"Sim… ainda há uma coisa que preciso lhes contar…".

"Então diga de uma vez e pare de enrolar…" – Kero gritou impaciente. Todos deram um pulo de susto, pois, não esperavam esse rompante.

"Kerberus!…" – Spinel o repreendeu.

"O que foi?… Eu só não agüento essa besteira toda…" – lançou um olhar de fogo para o guardião de Eriol.

"Você é muito irritadinho…" – Suppi murmura, mas Kero escuta.

"O que você disse?" – grunhiu para o outro.

"Que você é muito irritadinho Kerberus…" – repetiu – "Tem que aprender que tudo tem seu momento…".

"Já falei que não aceito que você me corrija…" – disse entre os dentes.

"Eu paro de te corrigir quando você parar de agir da maneira errada…" – retrucou. Todos olhavam confusos para os dois. Eriol se divertia ao vê-los dois discutindo.

"O Kero jantou antes de você o chamar?…" – Sakura sussurrou para Eriol, que balançou a cabeça indicando que não sabia.

"…Você não é melhor que eu em corrida…" – Kero se mostrou ofendido – "Só ganhou por sorte…".

"Sorte?…" – Spinel Sun riu – "Aquilo não é sorte… é tática de jogo…!".

Sakura suspirou e balançou a cabeça, se soltando dos braços de Shaoran.

'Clow criou dois guardiões completamente idiotas…' – pensou constrangida. Kero estava quase saltando sobre Spinel – "Não se atreva a fazer isso Kerberus!" – disse com uma voz amedrontadora. O guardião parou no mesmo instante – "Por que você não pode ser mais responsável como o Yue?" – perguntou apontando para o seu outro guardião, que esboçou um sorriso ao ver Kerberus grunhindo para ele – "Vamos continuar a reunião agora…" – encarou a ambos os guardiões regidos pelo sol – "sem interrupções!…".

"Bem… onde eu estava?" – C'esteau perguntou quando voltaram a encará-lo – "A sim!… A data prevista para o Eclipse pelos astrólogos foi Domingo, mas ele ocorrerá amanhã…".

"O que?" – Sakura e Shaoran se entreolharam – "Tem certeza disso?".

"É verdade Sakura…" – Eriol interrompeu – "Os astrólogos erraram a previsão do eclipse lunar!".

"O que faremos?" – olhou para Shaoran preocupada, ele a abraçou – "Se fosse no domingo não teríamos metade dos problemas, todos teriam voltado para Tomoeda, mas com essa mudança pode acontecer algo com eles!" – sussurrou preocupada com seus amigos e familiares – "E isso eu não quero Shaoran!…".

"Calma… daremos um jeito!" – sussurrou junto ao seu ouvido. Apesar das tentativas que Shaoran estava fazendo para acalmá-la, nada fazia realmente efeito. Sakura não conseguia pensar em uma maneira de protegê-los, ele ergueu a cabeça e encarou o professor – "Há mais alguma coisa que precisemos saber?".

"Não!" – sorriu e olhou disfarçadamente para Eriol.

"Nesse caso…" – olhou os anciões e sua mãe com a noiva ainda em seus braços – "Vamos nos retirar… teremos muitas coisas a resolver amanhã!…" – ergueu o rosto dela e sussurrou – "Venha minha flor… eu te acompanho até seu quarto!" – se voltou para a porta e saiu levando uma Sakura perturbada em seus braços.

Yelan olhou para Eriol por um instante e com um sorriso no rosto balançou a cabeça positivamente. Sabia o que aconteceria e sabia como tudo terminaria – 'Minha função será dar para a Pequena Flor as armas com que enfrentará as adversidades…' – suspirou – "Creio que devamos descansar também!" – sugeriu. Logo todos saíam da biblioteca, dirigindo-se para seus quartos.

Shaoran chegou à porta do quarto de Sakura e a abraçou firmemente. Não permitiria que nada acontecesse a ela.

"Desculpe…" – murmurou. Ele ergueu a sobrancelha.

"Pelo que?…" – perguntou confuso.

"Eu não consegui manter a calma e perdi o controle diante da situação… eu…" – ele colocou um dedo suavemente sobre os lábios dela.

"Não diga nada meu amor…" – acariciou sua face com suavidade – "é normal você estar preocupada… e não há problema algum em deixar que os outros percebam isso!…" – ela fechou os olhos se concentrando no toque da mão dele em sua face – "Amanhã teremos uma solução para todos esses problemas… e tudo vai acabar bem,… você vai ver!" – se inclinou e tocou levemente os lábios de sua flor, esperando que ela esquecesse os problemas. Separaram-se e ficaram ainda abraçados. Sakura apoiou a cabeça em seu peito e ele abaixou a cabeça sentindo o perfume que exalava dos cabelos caramelo da noiva.

"Melhor descansarmos!" – beijou-lhe a fronte.

"Shaoran…" – sussurrou abraçando-o com força – "Fica comigo essa noite!" – pediu timidamente.

"Não sei se devo Sakura…" – se afastou um pouco e olhou-a no fundo dos olhos.

"Por favor,…" – abriu a porta do quarto e ficou segurando uma mão dele de dentro do quarto. Ficaram encarando-se apaixonadamente, ele dá um passo até ficar bem próximo a ela e envolve sua cintura. Ela envolveu o seu pescoço e se aproximaram beijando-se intensamente. Shaoran entrou no quarto sem separar seus lábios dos dela e fechou a porta que estava atrás dele com os pés.*

Sakura se ajeitou nos braços de Shaoran. Ele depositou um leve beijo em seus lábios, fazendo-a sorrir, mas ainda não acordou. Ele balançou a cabeça negativamente, ela realmente tinha um sono pesado. Passava seus dedos delicadamente pelas costas descobertas da noiva, ela começou a se agitar.

"Shaoran…" – murmurou ainda dormindo.

"Shhh… estou aqui Minha Flor" – sussurrou junto ao seu ouvido, afagando seus cabelos. A energia dela começa a aumentar de maneira inesperada, dando um susto no guerreiro que a segurava em seus braços. Ficou apreensivo.

"O que está acontecendo, Meu Anjo?" – perguntou suavemente apertando-a contra o seu peito, ela retribuiu o abraço e a explosão de energia que a arremetera cessou. Ele afastou-a de si por um instante e viu que ela havia acordado, fitou-a com um misto de carinho e preocupação. Ela sorriu.

"Como dormiu?" – ela perguntou encarando as piscinas ambarinas, com carinho. Ele a olhou espantado – "O que foi?".

"A sua… sua energia aumentou de maneira assustadora agora pouco e você estava agitada…" – acariciou-a ainda preocupado – "Você está bem?".

"Que estranho,…" – suspirou e depois sorriu – "porque eu estou me sentindo maravilhosamente bem!" – o abraçou beijando levemente o rosto dele, ele sorriu e segurou o seu queixo, fazendo seus olhos se encontrarem.

Beijou-a com paixão e ternura. Quando se separaram ficaram abraçados.

Sete e meia o despertador tocou. Shaoran esticou o braço desligando-o.

"Sabe de uma coisa?" – ela perguntou passando levemente o dedo sobre o peito dele – "Foi a primeira noite em duas semanas em que eu não tive aquele sonho…" – sorriu para ele.

"Isso deve significar que não devemos nos preocupar, não acha?" – passou o polegar por cada traço do rosto dela. Ela assentiu com a cabeça e fechou os olhos, suspirando.

"Isso é tão bom!" – abriu os olhos e o encarou – "Eu queria poder ficar aqui para sempre…".

"Eu também,… mas…" – a beijou rapidamente – "…teremos que nos levantar…".

"Eu sei…" – suspirou. Shaoran se sentou e ficou observando-a. Abaixou-se e a beijou.

"Eu acho melhor você usar o Através…" – sussurrou depois de se separarem.

"Uhum…" – se concentrou e a carta flutuou até sua mão. Levantou-se e segurou o lençol no peito com uma das mãos enquanto a carta brilhava na outra, olhou para Shaoran e acenou com a cabeça. Ele se pôs de pé sentiu a energia da carta envolvê-lo, caminhou até a parede que separa seus quartos e, após dar uma última olhada para a cama onde estava a feiticeira, tocou a parede, atravessando-a.

Sakura se levantou e seguiu para o banheiro se arrumar. Quando eram quinze para as oito escutou batidas na porta.

"Quem é?" – perguntou parando de escovar o cabelo.

"Sou eu Sakura…".

"Entra Tomoyo!" – disse sorrindo para a prima, quando apareceu na porta.

"Podemos entrar?" – apontou para Naoko, Rika e Chiharu na porta.

"Claro!… Entrem meninas!" – sorriu para elas, terminando de fazer uma trança no cabelo – "Já tomaram o desjejum?".

"Ainda não!" – Chiharu diz olhando a discretamente para o quarto.

"Estamos esperando por você e pelo Li…" – Naoko comenta, antes de ouvirem mais batidas na porta.

"Entre!" – estava de pé próxima à janela semi-aberta, sorri ao ver o noivo na porta.

"Espero não as estar atrapalhando!" – disse um pouco sem jeito – "Vamos descer para tomar o desjejum Sakura?".

"Claro… estava apenas esperando por você!" – olhou para as meninas – "Vamos,… tem uma mulher que precisa se alimentar por dois aqui!" – sorriu e saiu do quarto, logo após as meninas.

Todos descem as escadas, e vão indo em direção a sala de jantar, mas Sakura pára antes de entrar.

"Eu vou dar uma olhada no salão de festas e já volto… podem tomar o café se quiserem…" – disse enrolando o dedo no cordão da chave mágica, quando Shaoran a fita.

"Eu vou até lá com você…" – vira-se para Wei – "Cuide de tudo por aqui, por favor, Wei!".

"Sim, jovem Shaoran!" – disse enquanto o rapaz se retirava.

"Eles não se separam mesmo!" – Eriol se aproxima do grupo recém chegado de garotas.

"Existem alguns pequenos detalhes da decoração a serem arrumados no salão ainda…" – Wei explica tudo com um sorriso – "A Senhora deve estar esperando-os lá!".

Andavam de mãos dadas pelo corredor em direção ao salão.

"Estavam nos esperando para tomar o café da manhã?" – perguntou, ela apenas confirmou com a cabeça um pouco preocupada – "Que foi, meu Anjo?" – parou em frente a ela.

"Me preocupo com eles…" – respirou fundo – "Rika está esperando um bebê… o primeiro filho deles… não quero que nada aconteça a ela, nem a ninguém… eu…".

"Sakura…" – a silencia delicadamente – "Não pense nisso agora minha flor… Ainda é cedo!… Vamos tentar aproveitar nosso noivado,… está bem?".

"Está certo!" – suspirou fundo e sorriu – "Vamos aproveitar…" – sentiu-se ser abraçada e sorriu ainda mais. Aproximaram-se e ele a beijou suavemente apenas sentindo o gosto dos doces lábios de sua Flor de Cerejeira. Separaram-se e voltaram a dirigir-se ao salão.

"Bom dia Sakura… Bom dia meu filho!" – Yelan sorriu quando eles entraram no salão.

"Bom dia mãe!".

"Bom dia Sra. Yelan!".

Olhou para Sakura com certa curiosidade e, depois de um longo suspiro, sorriu carinhosamente – "Bem,… vamos começar?" – fitou a jovem que concordou com a cabeça.

Sakura pegou a chave e a segurou com o braço esticado.

"Chave que guarda o poder da Estrela… mostre seus verdadeiros poderes sobre nós e ofereça-os a Sakura que aceitou a missão. Liberte-se!" – o báculo surgiu e repousou nas mãos, pegou uma de suas cartas e a jogou para o alto – "Apareça sobre sua verdadeira forma, Flores!" – a bela mulher de cabelos cacheados surgiu e sorriu para sua mestra – "Quero que distribua algumas flores para decorar o salão, pode fazer isso?" – perguntou sorrindo. A carta concordou – "Muito bem!… A decoração será de nadeshikos, sakuras, peônias, lírios, lótus e magnólias… hum,… acho que não esqueci de nenhuma…" – olhou para Shaoran que concordou – "Distribua-as de acordo com o desejo da Sra. Yelan!".

"Mas isso pode levar algum tempo e…".

"Flores ficará aqui até não ser mais necessária…" – sorriu e converteu o báculo em chave – "Não se preocupe,… quase não utilizarei energia para isso…".

"Nós já vamos indo mãe… ainda temos que tomar o café da manhã…" – Shaoran disse abrindo a porta.

"Podem ir então… não devem ficar sem se alimentar…" – sorriu enquanto os dois se retiravam.

Chegaram na sala de jantar e todos estavam esperando por eles para começarem a comer.

"Não precisavam esperar…" – Sakura disse um pouco constrangida.

"Ora… você disse que já voltava… além do mais estávamos esperando o seu pai voltar do jardim com seu irmão e o Sr. Terada…" – Eriol explica apontando para a porta onde eles acabavam de entrar.

"Até que enfim apareceu Monstrenga…".

"Touya!" – ralhou com o irmão.

"Eu sabia que você era uma Monstrenga dorminhoca,… mas nunca pensei que o Moleque fosse tão parecido com você…" – olhou para Shaoran com um sorriso sardônico.

"Até onde eu saiba o Shaoran costuma acordar bem cedo…" – Eriol disse com um sorriso malicioso – "Me pergunto o que teria o segurado na cama tanto tempo hoje…".

"Eriol…" – Sakura chamou – "Do que é que você está falando?…".

"Que acho estranho vocês dois demorarem o mesmo tempo para descer…" – olhou rapidamente para Touya que já estava sendo segurado por Yukito, para não avançar sobre o chinês.

"Creio que você esteja equivocado com alguma coisa Eriol…" – Naoko disse sorrindo – "Sakura estava no quarto dela, sozinha… Nós estávamos lá com ela quando Li chamou-a para descer!".

"É verdade Eriol… não pode ter acontecido nada do que você está pensando" – Chiharu disse com a voz um pouco mais baixa que o normal, mas alta o suficiente para quer todos escutassem – "a menos que houvesse uma maneira de se atravessar paredes…".

Todos começaram a rir, com exceção de Touya, Shaoran e Sakura. Eriol encarava os dois com seu sorriso misterioso enquanto eles haviam ficado levemente corados. Touya conseguiu se soltar de Yukito e avançou sobre Shaoran com toda a velocidade. Segurou o rapaz pela gola da camisa pólo que vestia.

"Será que posso saber o porquê dessa reação Kinomoto?" – Shaoran perguntou com naturalidade, embora soubesse o motivo.

"O que você andou fazendo com a minha irmã seu Moleque?" – sacudiu-o rapidamente.

"Touya!… Solte-o agora!" – Sakura ordenou, mas seu irmão nem ao menos escutou. Houve uma certa comoção. Sonomi e Masaki se espantaram com cena que viram ao entrar na sala de jantar. Todos falavam ao mesmo tempo, não se entendia nada e Touya continuava chacoalhando o noivo da irmã.

"Touya Kinomoto… coloque o Sr. Li no chão agora mesmo!" – Fujitaka olhava sério para seu primogênito. Ele ficou tonto com o olhar sério que o pai lhe lançava e simplesmente soltou a roupa do rapaz, Sakura abraçou Shaoran com força e lançou um olhar de reprovação para a atitude do irmão – "Agora me acompanhe!" – se voltou para a porta saindo da sala de jantar, em seguida. Touya olhou para sua irmã que estava abraçada ao noivo que a acalmava, saiu do cômodo onde se encontrava e foi atrás de seu pai, seguindo para o jardim.

"Acho que deveríamos tomar o café e deixar isso para trás…" – Shaoran desviou o olhar de Sakura e fitou a todos na sala, seguiu até a mesa e chamou a todos – "Sentem-se… vou pedir que nos sirvam…" – ninguém ousava falar nada e o ambiente adquiriu um silêncio incomodo.

No jardim…

"Pelos Céus Touya!" – Fujitaka exclamou após um longo tempo em silêncio – "O que achou que estava fazendo?" – levantou a cabeça e fitou o céu azul, respirou fundo, não adiantaria ficar exaltado – "Poderia me dizer o que estava pensando,… ou será que não estava pensando?" – encarou o rapaz sem tirar a expressão séria do rosto.

"Como assim 'o que eu estava pensando'?" – ele perguntou sem entender – "O senhor não percebe o que ele fez com…".

"Touya!" – interrompeu-o – "Será que eu preciso te lembrar que essa é uma coisa que não se faz sozinho?" – sorriu após dar um longo suspiro – "Acha que eu não percebi que tem algo diferente com sua irmã?…" – balançou a cabeça negativamente – "Eu percebi o que aconteceu quando vi Sakura no aeroporto ontem,…" – Touya o olha espantado.

"Então como…" – o ancião levanta a mão indicando que ainda não terminou, ele simplesmente se cala.

"Sua irmã é uma mulher madura e dona de si, meu filho!" – coloca a mão sobre o ombro de Touya – "E você se esquece que ela está noiva de Shaoran, e não interessa se você gosta ou não do rapaz… eles se amam, e Sakura não poderia ser feliz com mais ninguém…" – sorri – "Eu confio em sua irmã, e confio em Shaoran… ele ama Sakura mais que a si próprio… sempre foi possível ver isso através dos olhos dele…" – encara Touya um pouco mais sério – "Agora,… você tem idéia do constrangimento que eu, ou sua irmã, sentimos quando você agiu daquela forma impensada lá dentro?".

"Desculpe… eu…" – se calou não havia o que dizer.

"Sua atitude foi equivalente a de uma criança Touya… isso é algo que você não é!…" – suspirou pesadamente – "Por favor, meu filho, você está com quase trinta anos,… quando vai começar a pensar na conseqüência de seus atos?" – riu – "Você sabe que eu não preciso passar sermão para sua irmã desde que ela tinha 14 anos… Não acha isso vergonhoso?".

"É… é vergonhoso sim…" – estava cabisbaixo, um sorriso apareceu em seu rosto – "eu espero que Sakura não fique muito brava comigo…".

"Se você pedir desculpas,… ela te perdoará…" – olhou para a mansão com melancolia – "Me pergunto se ela se acostumará a tudo isso…" – murmurou para si mesmo, voltando a olhar para o filho – "vamos voltar para dentro… deveríamos estar tomando café…".

Na sala de jantar…

Todos comiam silenciosamente apenas se entreolhando de vez em quando. Sakura levantou a cabeça e fitou Shaoran a encarando, depois olhou para todos na mesa demoradamente, voltou a olhar para Shaoran que tinha o esboço de um sorriso no rosto. Ficaram se encarando durante alguns segundos até que ela não agüentou mais e começou a rir enquanto balançava a cabeça, Shaoran fez o mesmo e todos olharam curiosos para os dois. Ela olhou para todos ali e tomou fôlego.

"Me desculpem… eu…" – ficou embaraçada – "eu queria pedir desculpas pelo modo com o qual meu irmão se comportou… é que…" – sacudiu a cabeça – "às vezes ele se esquece que não tenho mais dez anos e…" – ela já chorava de tanto rir – "vocês compreendem que a reação dele foi um tanto quanto… como posso dizer…" – olhou para Shaoran que também ria muito – "descomunal…".

"Concordo… e…" – Touya entra na sala – "sinto muito… eu realmente extrapolei…" – olhava para Shaoran que havia parado de rir esperando que ele desse seu parecer.

"Não se preocupe… apenas foi um pouco inesperado,… e contanto que não se repita… não falaremos mais disso…" – balançou a cabeça e voltou a rir.

"Sentem-se e venham tomar o café…" – Sakura apontou as cadeiras vazias na mesa – "pedirei para lhes servir em um instante…".

"Será que tem espaço para mais um nessa mesa?" – alguém anunciou da porta. Todos se voltaram para ver quem falava. As meninas se levantaram ao ver Meilin entrando na sala – "Bom dia para todos!…" – Shaoran olhou boquiaberto para a prima.

'Onde ela esteve ontem à noite?' – se perguntou dando-se conta da ausência dela. Sakura tinha um sorriso no rosto.

"Nossa Meilin… você está maravilhosa!" – Naoko comentou abraçando a amiga.

"É… eu sei…" – respondeu fazendo todos rir. Olhou para Rika – "Tem algo diferente em você…" – sorriu – "Fiquei sabendo da novidade… Meus Parabéns!".

Depois de cumprimentar todas e arrancar algumas risadas ela sentou-se à mesa e se viu em frente ao sorriso debochado do primo.

"O que foi?" – perguntou estranhando.

"Onde a Senhorita estava durante o jantar de ontem?" – perguntou fazendo a menina abrir bem os olhos.

"Bem… eu… eu…" – olhou para Sakura de forma suplicante – "Eu… ai droga!…" – abaixou a cabeça e escondeu o rosto.

"Meilin Li… por que não me contou que estava namorando?" – perguntou um pouco chateado.

"Por que eu não estou…" – disse se defendendo.

"Então onde estava ontem?…" – voltou a perguntar.

"Será que precisamos falar disso agora?…" – olhou para as outras pessoas na mesa um pouco envergonhada.

"Sim… precisamos…" – ela respirou fundo e olhou no fundo dos olhos do primo.

"Eu tinha um compromisso inadiável e não pude estar presente no jantar de ontem!…" – disse de maneira quase mecânica – "Peço desculpas a todos pela minha ausência…" – completou e forçou um sorriso – "É tudo que direi Shaoran… não pode me forçar a dizer mais nada!".

 "Isso é jogo sujo Meilin!" – murmurou erguendo a cabeça.

"Não é não!" – sorriu vitoriosamente – "Isso se chama se manter na defensiva!" – retrucou.

"Está bem…" – chamou dois criados e pediu que servissem Touya, Fujitaka e Meilin, que se manteve em silêncio por toda a refeição pensando em como faria para explicar ao primo o motivo de sua ausência na noite anterior.

'Não posso dizer que estava jantando na casa de Mai Su com a família dele…' – concluiu tristemente segurando o copo de suco de laranja, sem perceber que todos se retiravam da mesa. Sakura e Tomoyo foram as únicas que ficaram na sala de jantar.

"Meilin…" – Tomoyo chamou sentada na cadeira ao lado dela. Ela se assusta e quase derruba o copo de suco.

"Não faça isso Daidouji…" – a repreende colocando o copo sobre a mesa – "O que queria falar?".

"Desculpe,… mas é que eu nunca te vi distraída antes…" – sorriu um pouco – "O que está acontecendo?".

"Ela está apaixonada…" – Sakura sussurrou – "Mas não quer que ninguém saiba,… porque existe um pequeno empecilho no relacionamento…" – piscou para a prima e sentou ao lado da cadeira de Meilin – "Olha Meilin… eu prometi que não contaria para ninguém da sua família e não vou contar… mas acho que deveria falar a verdade para o Shaoran…" – se levantou e fitou a amiga – "Ele vai ficar te cobrando até descobrir…" – cumprimentou-a e viu que a chamavam da porta – "Com licença… tenho que ir…" – sorriu para Tomoyo e saiu.

O dia passou rapidamente e a hora de todos se arrumarem logo chegou. Tomoyo tentou convencer Sakura a usar uma de suas roupas, mas não conseguiu, a mestra das Cartas já havia escolhido a roupa que usaria na festa há duas semanas com Yelan, não poderia mudar de idéia tão de repente. Tomoyo ficou triste, mas aceitou, contanto que pudesse fazer a maquiagem dela. Sakura chegou à conclusão de que a prima nunca mudaria.

Estavam no quarto de Sakura a ajudando a se arrumar. O traje de Sakura era um vestido chinês comprido, com uma racha até os joelhos no lado direito, de mangas curtas e gola alta verde-água claro, com detalhes em rosa e branco nas laterais e bainhas. Na parte inferior da saia, perto da bainha três flores de Cerejeira entrelaçadas, com seus ramos bordados em fio dourado e no ombro esquerdo um botão da flor semi-aberto.

Usava um coque alto, preso por uma presilha e brincos compostos por um fio e um coração na ponta, ambos dourados.

"Maravilhosa… agora só falta fazer a maquiagem…" – Tomoyo exclamou filmando-a de todos os ângulos possíveis. As meninas riram da animação da amiga. Todas já estavam prontas: Chiharu usava um longo amarelo claro de alças largas, com decote canoa. Rika usava um vestido longo negro, de manga três quartos com decote princesa. Naoko trajava um conjunto de saia e blusa azuis-claras, a saia ia até os joelhos e a blusa era sem manga e decote "v" simples, dando espaço para uma corrente prata com pingente de sol, combinando com seus brincos, que eram prata no mesmo formato. Tomoyo estava num vestido longo azul-escuro, que lembrava os cabelos de Eriol, com duas camadas, a primeira saia era de seda e a de cima era cetim transparente e cintilante, dando um aspecto de céu estrelado ao vestido. Sakura sentou em frente à penteadeira.

"Não exagera na maquiagem Tomoyo… Sabe que não gosto de cores fortes no rosto…" – disse relaxando o rosto para que a prima começasse o trabalho.

"Eu sei Sakura… não se preocupe…" – ergueu um pouco o rosto da prima e pegou seu 'kit maquiagem' colocando-o sobre a penteadeira. Em pouco mais de dez minutos Sakura estava pronta. Estava apenas com uma sombra e batom rosa-claro e 'rouge' deixando-a com a face levemente corada.

"Meninas… o que dizem da minha obra-prima?" – Tomoyo girou a cadeira onde Sakura estava e a deixou de frente para as outras.

"Linda…" – Naoko exclamou e as outras meninas concordaram.

"É melhor Li ficar de olho…" – Chiharu sorriu – "Vão tentar roubar a noiva dele essa noite!".

"Isso se não roubarem o Li primeiro…" – Rika disse rindo da expressão desconfiada de Sakura.

"É melhor não tentarem roubar o noivo…" – Sakura cruzou os braços e sorriu – 'Porque eu posso acabar fritando qualquer engraçadinha que se aproximar…' – pensou dando uma ultima olhada no espelho – "Podemos ir para o salão agora…" – foi até a porta e depois que todas as meninas passaram ela saiu.

No salão de festas…

Shaoran recebia alguns dos acionistas das Empresas ao lado de sua mãe.

"Eu acho que todos estão se perguntando onde está a futura Sra. Li?" – comentou Lin Yutang.

"Me faço essa mesma pergunta nesse exato momento Sr. Yutang,…" – Shaoran sorriu – "Mas você deve conhecer a fama que as mulheres tem quanto a demora para se aprontarem…" – ele olha para a porta do salão onde vê alguém – "Com licença…" – saiu da pequena roda empresarial e se encaminhou até o seu amigo – "Mai Su… que bom que veio!".

 "Shaoran!" – sorriu e cumprimentou o amigo com a cabeça – "Acha que eu perderia essa festa?" – perguntou vendo que o amigo desviou a atenção para a porta do salão. Virou-se para ver quem ele estava olhando e apenas sorriu – 'Como se houvesse alguma dúvida…' – pensou vendo Sakura.

"Com licença meu amigo…" – Shaoran disse indo até a porta. Sentia seu coração acelerado vendo quão bela estava sua Flor. Ela olhava fixamente para ele sorrindo, estava igualmente nervosa. Shaoran estava lindo. Usava um conjunto chinês composto por uma túnica verde-escura, e uma calça larga branca, os cabelos rebeldes e os penetrantes olhos castanhos fitando-a de forma tão intensa e apaixonada que a deixava constrangida e a fazia se arrepiar. Respirou fundo e abaixou levemente a cabeça quando ele chegou à sua frente, erguendo-a em seguida para que seus olhos se encontrassem.

"Nunca vi maior beleza,… não sei como entra nesse salão sem acompanhante…" – ele sorri ao vê-la corar um pouco e rir – "Tamanha beleza pode acabar ofuscando o brilho da noiva, que é o motivo pelo qual estamos aqui…".

"Agradeço pelo elogio…" – sorri sem desviar o olhar dele.

"Será que posso ter a honra de sua graciosa companhia?…" – estica o braço convidando-a para acompanhá-lo.

"Adoraria…" – sorriu aceitando o convite.

Shaoran se voltou para o centro do salão, onde vários pares de olhos curiosos os fitavam e se pôs a caminhar com Sakura ao seu lado. Ela viu Mai Su que sorriu e a cumprimentou com a cabeça.

"Boa Noite Sr. Lang!" – sorriu.

"Desculpe Mai Su,… mas não poderei lhe dar muita atenção…" – olhou em volta do salão – "vou te apresentar a algumas pessoas para que…".

"Shaoran… todos estão esperando que você…" – Meilin vinha caminhando na direção deles com um vestido até a metade da coxa, negro, com manga longa coladas ao braço, assim como o restante do vestido, que acentuava suas curvas, e um decote generoso, que a deixava mais sedutora. Usava um batom vermelho-sangue, maquiagem leve, brincos prata em formato de lua e uma corrente também prata, porém com um pingente de estrela, parou de falar ao ver Lang.

"Sim Meilin…" – Shaoran não percebeu a reação da prima – "Poderia me fazer um favor?… Acompanhe meu amigo Mai Su Lang durante a festa… e apresente-o ao pessoal de Tomoeda!" – voltou a dirigir-se para o centro do salão deixando-os para trás.

Continua…

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N/A - Bem… qual será a reação de Shaoran ao saber que Mai Su Lang é o namorado secreto de Meilin?… O que será que vai acontecer durante o eclipse?… Vão conseguir pegar a Sakura para o sacrifício?… O que foi aquela explosão de energia que ela teve pouco antes de acordar?… Essas respostas serão respondidas no Próximo Capítulo de Apuros em Hong Kong.

Beijos… e até o próximo capítulo…

(1) – citação retirada do jogo de cartas 'MAGIC, The Gathering', pertencente a Wizard. (Carta Purificação Frenética).

Yoruki.