"N/A: Capítulo com cenas NC-17, escrito em pareceria com Lien Li".

 

Capítulo 2 – Vendo estrelas

Fazia três meses que Gina ia todas as noites ali. Arriscava ser pega por Filch e sua esperta gata, mas sempre ia.

Vinha namorando Draco Malfoy todo esse tempo. E se qualquer um perguntasse como tudo começou, o ódio sendo trocado por amor, ela saberia contar, detalhe por detalhe. Mas hoje, sentada em uma velha poltrona, Gina estava tão distraída, que se perderia no assunto.

Talvez fosse pela noite pouco silenciosa que o dormitório feminino do sexto ano teve, já que sua amiga não a deixou dormir chorando por mais um dos seus namorados. Ou talvez pela bronca que levou de Snape por quase ter derramado pó de asa de morcego em sua poção: aquilo faria a sala inteira explodir. Por sorte Colin viu e a avisou, mas Snape também tinha visto e aquilo rendeu quinze pontos a menos para a Grifinória e várias espetadas orais do prof. de Poções.

Ela até poderia não ter ido hoje se encontrar com Draco, mas sabia que ele ficaria irritado, e uma coisa que não se deve fazer com um Malfoy é o deixar irritado.

"Mas ele está atrasado!" ela pensou, enquanto transformava pela milésima vez a poltrona à sua frente numa cama. Fazia isso por estar morrendo de sono, mas sempre desistia de se deitar. Era possível Draco chegar e não acordá-la, e depois ela se atrasar para o passeio de Hogsmeade, já que no outro dia seria sábado. Então ficou ali, os olhos quase se fechando de sono, esperando pelo sonserino.

Até que, finalmente, ouviu um barulho por trás, e depois de espichar a cabeça, viu Draco entrando. Na distração acabou deixando a poltrona à sua frente transformada em cama e se levantou indo até ele.

- Olá – ele falou.

Fosse outro dia, Gina já começaria a brigar com ele pela demora, mas ela estava por demais cansada para ficar discutindo horários. Só queria ficar um pouquinho aconchegada nos braços dele e logo ir dormir.

- Olá – ela disse se aproximando para um beijo. – Estava frio nas masmorras?

- Sim, por quê?

- Seus lábios estão gelados... – ela comentou.

Ele lhe encarou com um sorriso zombeteiro, que Gina não entendeu, e foi se sentar na poltrona onde ela estava.

- Para que essa cama? – ele perguntou.

- Ah, - disse enquanto deitava - eu não tinha nada para fazer enquanto você não vinha. Fiquei praticando. Não ando muito bem em Transfiguração...

- Sei... – falou Draco.

Ela levantou a cabeça.

- O que aconteceu? Você tá estranho!

Ele se levantou e sentou-se ao lado dela, segurando seu braço.

- Estranho, por quê?

Agora eles estavam deitados, Gina olhava para o teto, sonolenta, enquanto Draco apoiava sua cabeça na mão, o corpo virado para o lado de Gina.

- Não sei... – ela se sentou – Você parece estar querendo aprontar algo. Aliás, você sempre parece estar querendo aprontar algo... Mas hoje...

- Você parece estar com sono.

- Estou. Naly não me deixou dormir contando mil vezes como foi que o décimo namorado dela a deixou. Eu estava quase dormindo em cima dela, mas ela continuava a falar e chorar e... – Gina sentiu um arrepio. Algo gelado encostara-se ao seu pescoço – O que você está fazendo, Draco Malfoy? – disse virando a cabeça para trás.

Ele nem pôde responder, pois logo que ela se virou encontrou seus lábios e partiram para um longo beijo. Ela virou para o lado dele e sentiu-se sendo envolvida pelos seus braços. Normalmente Draco apertava sua cintura, juntando-a mais a ele, mas naquela hora apertava mais forte ainda, e Gina percebeu.

Ela murmurou, ainda entre os lábios dele:

- Acho melhor eu acender a lareira. Você ainda está com frio?

Draco observou irritado enquanto ela procurava a varinha entre as vestes e acendia a lareira. Logo que acabou, viu-se puxada para junto dele novamente.

- Você me ama? – perguntou antes de beijá-la.

Ela estava o achando estranho demais mesmo, então se soltou dos braços e beijos dele.

- Por que disso agora?

Ele fez um movimento de desistência e pôs as pernas para fora da cama.

- Porque eu te amo.

Gina mal percebera que era a primeira vez que ele falava isso, já que naquele momento só estava desejando sua cama e seu travesseiro macio.

- Hum... – ela também não notou a cara de espanto que Draco fez ao seu lado.

- Você só diz isso?

- Por quê?

- Oh, esquece...

- Você vai a Hogsmeade amanhã?

- Estava planejando outras coisas, - ele olhou para cara de sono de Gina - mas pelo jeito não vão dar certo. Acho que vou sim.

- Eu vou com Naly, então. Queria que a gente pudesse ir junto...

- É.

- Acho melhor irmos dormir... não estamos muito animados hoje, não é?!

- Diga isso de você. – ele falou se levantando.

- O quê?

- Nada, Gina. Você precisa dormir, vamos...

Os dois, então saíram da sala e logo cada um estava em seu dormitório.

E foi quando Gina já estava quase dormindo, em sua cama, que ela se deu conta do que Draco havia dito. "Ele disse que me ama...". Ela ficou tão contente que pensou que não conseguiria mais dormir, mas assim que fechou os olhos novamente, caiu no sono.

No dia seguinte, à noite, Gina ia novamente à sala se encontrar com Draco. Desta vez ela não estava sonolenta, pelo contrário, estava bem alegre por ter tido uma ótima tarde em Hogsmeade. Já estavam em pleno inverno, então o clima era de bastante frio. Por isso, Gina vinha batendo os dentes e esfregando as mãos, já que os corredores estavam tão frios quanto as masmorras.

Ela deu uma leve batida na porta e entrou, olhando os corredores. Logo sorriu ao ver que Draco já estava lá com a lareira acesa. "Acho que hoje ele não está estranho como ontem".

- Olá!

- Oi, Gina.

Ela viu que a cama ainda estava por ali e não pôde deixar de achar graça da impaciência que estava ontem.

- Eu devia estar uma chata ontem, não é?! – ela disse depois de beijá-lo.

- Aham, estava sim, Srta. Weasley. Uma perfeita chata, estraga prazeres!

- Nossa – ela disse brincando – não achei que era tanto assim.

- Quem sabe você compensa hoje... – ele lhe disse, sorrindo.

- Ah, é?! Mas primeiro me diga novamente o que você disse ontem. – ela disse se deitando ao lado dele.

- Que eu te amo?

- É, que você me ama.

- E se não for mais verdade, e se hoje eu não te amar mais?

- Aí não tem problema, eu amo por nós dois. – ela disse se jogando em cima dele, que fez uma cara feia – Que foi?

- Você deu uma cotovelada no meu estômago!

- Oh, desculpa... – disse fazendo cara de arrependida e saindo de cima dele.

- Não tem problema, eu te ensino.

- Ensina o...

Gina nem teve tempo de terminar, pois Draco já foi se virando, ficando em cima dela. Ele era pesado e ela sentia bem o corpo dele colado nela, mas por alguma razão não se incomodou com isso.

- Aprendeu?

- Aprendi... – ela disse rindo.

- Você quer que eu diga?

- Diga o quê? – ela perguntou tirando uma mecha do olho dele.

- Que eu te amo?

- Você já disse ontem. Boba fui eu, que não aproveitei o momento...

- Mas nós podemos aproveitar agora.

- Eu te amo... – ela disse, enquanto sentia a mão dele percorrendo suas costas.

Ele mal esperou ela terminar, já estava com seus lábios colados nos dela. As mãos apertando suas costas, querendo sentir sua pele.

Então, ele se sentou, e ela fez o mesmo. Draco a encarou como se perguntasse algo, e não foi preciso nenhuma palavra para que soubesse que a resposta era sim.

Gina foi tirando a capa que a mantinha aquecida, mas não sentiu nenhum frio por a lareira estar acesa. Podia perceber que suas bochechas ardiam de vergonha por Draco a encarar tão profundamente, mas continuava a tirar sua capa, assim como Draco já tirara seu suéter.

Logo a capa dela estava no chão, Draco já a havia puxado para junto de si, beijando seu pescoço. Gina sentia seu corpo aquecido, mas sabia que isso nada tinha a ver com o calor das chamas da lareira. Tinha a ver com Draco, com as mãos dele deslizando suavemente por suas costas, até alcançar a ponta de seu suéter Weasley.

Ela o ajudou a puxar o tecido vermelho por cima da cabeça, e viu que Draco estava ofegante. Então, deu uma leve risada.

- Era isso que você queria ontem!

Draco lhe devolveu um sorriso maroto e como resposta à sua pergunta foi puxando a pequena camiseta de Gina novamente por cima de sua cabeça. Ela parecia estar se divertindo com ele a despi-la e se deitou sorrindo, enquanto observava ele desabotoando rapidamente sua camisa. Notou o pequeno símbolo da Sonserina na camisa que já voava longe e ficou envergonhada de seus pensamentos.

Mas logo Draco deitou-se sobre ela e Gina esqueceu-se de tudo com os beijos dele. Sentiu a mão dele sobre seu seio, e desejou que arrancasse logo o fino top que vestia para que pudesse sentir o contato da pele do louro. E nem esperando que Draco o fizesse, Gina puxou o top de si e viu que Draco sorria.

Agora, abraçados, Draco podia sentir exatamente o contorno dos seios de Gina em seu peito, ele delirava com aquilo. E não demorou muito para que descesse sua boca até os pequenos mamilos dela, a fazendo soltar pequenos suspiros. Enquanto mantinha os lábios ocupados no mamilo direito, sua mão direita apertava o outro seio, chegando por vezes, a beliscá-lo, aumentando o desejo de Gina.

A mão livre corria pelo lado do corpo da grifinória, tentando abrir a saia que ela usava. Gina soltava pequenos gemidos, estava morrendo de vergonha, afinal era a sua primeira vez. Quando Draco passou a beijar o outro mamilo, ela perdeu todo o pudor que tinha e começou a abrir o cinto dele.

Os lábios de Draco se contorceram num sorriso bobo. "Então ela está começando a se soltar. Parece que isso vai ficar melhor" ele pensou, desconcertado com o tamanho dos seus sentimentos por Gina. Relutantemente deixou seus lábios escorregarem pela pele de seda que ela tinha; depositou beijos molhados em torno do umbigo dela e, para piorar o estado de Gina, colocou sua língua dentro do umbigo, como se estivesse beijando-a.

Espasmos percorriam seu corpo. "Por Merlin, como isso é possível? Como ele consegue me deixar louca só com isso! E tudo é tão bom...". Mas ela sentia a necessidade de tocar a pele dele. Precisava de mais lugar onde pudesse senti-lo. E foi pensando assim que Gina começou a abrir o cinto que prendia as calças de Draco.

Os dois interromperam as carícias, e sem nenhum pudor, Draco terminou de tirar as peças de roupas que faltavam em si. Em nenhum momento ele desgrudava os olhos de Gina e a derretia com isso.

Eles voltaram a se beijar, desta vez desprovidos de qualquer roupa, de qualquer barreira que os impedisse de sentir um ao outro. Mãos e línguas a percorrerem os corpos; sussurros e suspiros ofegantes; sensações que causavam delírios e gemidos.

Ela sentia cada dedo de Draco, toque atrás de toque, e se contorcia, arrancando sorrisos do sonserino, que não cansava de beijá-la. Ele gostava de cada lambida, de cada aperto, de cada carícia de Gina e ofegava, querendo mais, querendo tudo.

Gina só soube que tinha, definitivamente, se entregado, quando sentiu uma pontada de dor no baixo ventre. Soltou um gemido e Draco percebeu que não era de prazer.

- Não queria que você sentisse dor. – Draco disse enquanto acariciava seu rosto.

- Eu sei... Nós dois sabíamos que isso aconteceria. Pelo menos, eu sabia. E mesmo assim quis que isso acontecesse com você. – Gina respondeu sinceramente.

Draco estava sem palavras. O amor que sentia por aquela grifinória aflorou como um furacão: estava devastando qualquer consciência que ele tinha.

- Eu te amo, muito mesmo... – foram as únicas palavras que escaparam de seus lábios novamente como na noite anterior.

Ela sorriu com a menção da frase.

- Eu também, eu também... – disse ofegante, notando que ele começava a se mexer.

Draco começou a se mover bem devagar, dando tempo para ela se acostumar com tudo. Gina sentia a dor se transformar em prazer e quando deu por si estava com as pernas cruzadas atrás da cintura de Draco, puxando-o com mais força e maior rapidez, acompanhando cada movimento.

Suor. Continuava frio, mas os dois ardiam juntos, fazendo com que qualquer calafrio se transformasse em uma explosão de calor, fazendo da quentura da lareira pouco, se comparada ao fogo de seu amor.

Os corpos se moviam como um. Os sentimentos, as sensações, o prazer eram os mesmos. Uma só alma em dois corpos... Dois corações que se amavam e que se amariam eternamente.

Nenhum dos dois soube descrever o que aconteceu, mas puderam sentir intensamente. Algo explodiu com uma força incrível, varrendo a lucidez e trazendo muitas estrelas para frente de seus olhos, fazendo-os relaxar. Eles haviam alcançado o clímax e sentiam como se o corpo do outro fosse uma extensão do seu.

Draco deu-lhe um beijo e rolou para o lado. Gina se mexeu, deitando-se sobre o peito do namorado. Não tinham palavras que descrevessem o que estavam sentindo agora, mas mil pensamentos passavam por suas mentes, e se lhes perguntassem, diriam que eram o casal mais feliz naquele momento.

- Decidi que vou te assumir... – ele sussurrou.

- Eu também... – ela concordou, erguendo o corpo para encarar o brilho de seus olhos cinzentos e o contorno de sua boca em um sorriso. Então teve uma idéia, e sorriu.

- Que foi? – perguntou.

- Nada... – ela disse, ainda entre sorrisos – Eu só acho que se Naly trouxer o namorado dela por aqui, eles reatarão...

- Ora, Gina, onde foi parar a boa moça que me fez quebrar a regra mais importante da Sonserina e de meu pai, de nunca se relacionar com grifinórios e Weasley's? – falou como uma falsa repreensão.

- Essa Gina – ela disse enquanto se posicionava em cima dele – se transformou quando um certo louro, numa certa noite de inverno, em uma certa sala escondida, lhe proporcionou um certo momento, que ela nunca vai se esquecer.

- OK – falou, passando os braços por volta de sua cintura – Acho que seria bom nós repetirmos para que eu tenha mesmo certeza de que você não vai esquecer... – terminou, já cobrindo os lábios de Gina com os seus.

"N/A 2: Agradeço a todo mundo que deixou reviews na fic, quando ela era independente". =)