Olá! Talvez este seja meu trabalho mais, como direi..... pretensioso?..... talvez. Resolvi dar uma de Tolkien e escrever uma trilogia, não tão grandiosa é claro, como a de meu autor favorito, ninguém se compara a ele, que ilusão. Mas acredito que senti tanto prazer quanto ele em criar essa aventura com meus personagens favoritos Sakura e Syaoran e a participação mais que especial de Touya.

Vocês lerão uma aventura, cheia de ação, com uma Sakura totalmente diferente da usual, tentei fazê-la mais determinada, ousada, com tiradas de ironia, enfim uma mulher perfeitamente capaz de agir sozinha e vencer. Espero ter conseguido. Nosso maravilhoso Syaoran continua tudo de bom (como diz a Kath), talvez um pouco mais irascível e frio, mas ainda encantado com a nossa heroína. E finalmente o meu Touya, eu digo meu, por que esse realmente é meu, na minha opinião ele sempre foi incrível, protegendo a irmã, e amando-a, apesar de não gostar de demonstrar, mas eu resolvi fazê-lo melhor ainda, é uma pessoa incrível e é uma pena que ele de fato não exista, coloquei nele toda a vontade que tive em ter um irmão, o que meus pais não me deram. Este Touya que criei seria perfeito.

Espero que vocês se divirtam, se emocionem, se empolguem, fiquem bravos, e tenham todas as emoções que eu mesma tive ao escrever.

Esta é uma história de ficção baseada no anime Sakura Card Captors, apenas para minha diversão e de meus amigos, me desculpe a Clamp por usar seus personagens. Mas também quem mandou criá-los?

Divirtam-se!

SEM BARREIRAS - Uma Nova Esperança

Por Rosana (Rô)

Capítulo 1

Um vulto, todo vestido de negro pulava de telhado em telhado, como se tivesse molas em seus pés. Estava chegando a seu destino. A residência de um ex-General japonês, ele tinha em seu poder algo que pertencia ao povo e que ele roubara.

O vulto chega, silencioso, pulando suavemente no balcão que dá acesso para o quarto do general, entra sorrateiramente por uma das grandes janelas, que para sua sorte estava aberta, deixando entrar a brisa fresca da noite. O general, dormia placidamente. Era um idiota, deixando a peça à vista de todos, em cima de uma estante. Uma linda estátua de um Leopardo, de madeira laqueada, com frisos dourados, os olhos eram duas esmeraldas, uma peça do século 11, valiosíssima, que o General "esquecera" de devolver. No momento que o intruso pegou a peça, ouviu um som atrás de si, uma arma engatilhada.

"Não se mova."

Oras, o general não era tão bobo assim. Fingiu que estava dormindo.

"Vire-se devagar."

O intruso ficou parado ainda de costas, queria uma oportunidade para desarmá-lo.

"Eu disse para virar-se." – ele falou, mas a voz estava levemente trêmula, demonstrando que não estava tão seguro assim. – "E levante as mãos." – acrescentou meio apressado.

Pelo jeito ele nunca deparara-se com uma situação dessas.

Virando-se lentamente com a peça em uma das mãos e a outra erguida para cima, nosso intruso foi aproximando-se devagar do nervoso General.

"Uma de minhas mãos está ocupada. Tudo bem eu levantar só uma?" – disse uma voz suave e levemente irônica.

"Fique parado."

"Ei não precisa ficar nervoso, isso aí pode disparar." – enquanto falava aproximou-se mais um pouco, até ficar a uma pequena distância do homem. – "Isso aqui está pesado, por que você não segura para mim?"

E jogou a peça nas mãos do general que pego de surpresa soltou a arma para pegar p Leopardo.

O ladrão rapidamente chutou o estômago do general, pegou a peça nas mãos, enquanto o homem dobrava-se ao meio, e foi ao chão, contorcendo-se de dor, o chute tinha sido um pouco mais abaixo da mira.

"Ops. Errei." – ironizou.

O vulto negro e ágil saiu rapidamente com a peça nas mãos, deixando um homem morto de medo das conseqüências de sua falha.

Eu era estudante do segundo ano do curso de Arqueologia quando dois homens se aproximaram de mim dizendo ser do Serviço Secreto Japonês, de uma subdivisão especial, queriam recrutar-me, sabiam da minha magia, das cartas, e que nesse momento de minha vida eu estava sem rumo.

Eu pensei, "Por que não?". E entrei no mundo misterioso, e cheio de ação da espionagem. Minhas missões eram variadas, recuperar obras de arte para o País, documentos roubados, destruir armas que outro países produziam indiscriminadamente. Trabalhava sozinha. Ninguém sabia da minha vida secreta. Ninguém. É uma vida solitária, mas é a vida que eu escolhi para mim.

Sakura fazia uma breve análise de sua vida, no avião, na volta para o Japão depois de mais uma missão de recuperação. Tudo seria muito diferente se Syaoran estivesse com ela, mas estava sozinha.

Já no aeroporto Internacional do Japão, enquanto esperava sua bagagem, pensava que antes de ir para casa teria que passar na agência para deixar a estátua. De repente sentiu uma presença mágica. Ela vira-se rapidamente, olhando a sua volta, procurando, buscando quem poderia ser. Mas não via ninguém, pessoas passavam apressadas, impossibilitando que ela pudesse sentir alguém diferente. Mas a presença sumira, tão rápido como viera. Sakura ficou parada por alguns segundos, com o olhar fixo no nada. A sensação, apesar de rápida, tinha sido forte, tão forte, como se ele estivesse ao seu lado. Mas não, era impossível. Ela ergueu a cabeça, seus olhos secos e com um brilho de determinação. Não se abateria de novo, por uma sensação que poderia não ser nada, ela tinha uma nova vida, não exatamente a que queria, pois ele não estava a seu lado, mas ela continuaria em frente, fazendo o que achava que era certo. Pegou sua bagagem e seguiu para a agência.

Por trás de uma coluna, dois olhos observavam-na. Ele não sabia como ela tinha percebido sua presença, mas ele tinha sido rápido, bloqueando sua aura mágica. Aquilo havia intrigado-o, mas não deixaria que nada atrapalhasse sua missão. Que era eliminá-la.

No caminho para a agência, Sakura sentia-se inquieta, como se estivesse sendo observada, uma sensação estranha que acompanhava-a desde o aeroporto. Não sentia nenhuma presença mágica, mas seus instintos, depois de anos no Serviço Secreto, lhe diziam que estava sendo seguida, olhando pelo retrovisor do carro, tentou identificar quem era seu perseguidor, mas o fluxo contínuo de carros, a impedia de ter uma visão mais acurada, de quem quer que fosse. Poderiam estar atrás da estátua, era melhor ficar atenta até saber o que estava acontecendo.

Ela entrou na garagem subterrânea da agência, saiu cautelosamente do carro, mas não havia ninguém suspeito a vista, pegou a sacola com a estátua e seguiu para o elevador, este a levou direto para o sexto andar, mas ele abria-se por trás, dando em uma grande salão oval, ali foi verificada e depois de autorizada, uma porta abre-se, dando em uma sala comprida, com várias mesas, e pessoas atarefadas indo e vindo.

Ela cumprimentou alguns, com um leve aceno de cabeça, não tinha amigos ali, era simpática com todos, mas mantinha-se a distância.

Entregou a estátua a seu chefe, que a repassou para um senhor idoso e ansioso, o diretor do Museu Nacional do Japão, agora a peça seria apreciada por toda a população.

Recebeu efusivos agradecimentos, e foi fazer o relatório da missão, a parte mais chata de ser uma agente secreta.

Enfim, terminado o relatório ela poderia ir para casa.

Seguiu para o carro, e enquanto abria a porta, sentiu que alguém aproximava-se, esperou o momento certo para atacar, virando-se rapidamente, já ia aplicar uma golpe de karatê, quando viu de quem se tratava.

"Yukito!"

"Calma Sakura. Eu não queria assustá-la." – diz o amigo sorrindo.

Devolvendo o sorriso, ela abraçou-o.

"O que você está fazendo aqui? Você me assustou chegando em silêncio. Então você não sabe que ando treinando artes marciais? Poderia cortá-lo em dois." – diz ela brincando.

"Eu fui até a loja e me disseram que você tinha acabado de sair."

Sakura possuía um Antiquário, comercializando desde quadros de pintores famosos até objetos de arte raros, a loja ficava no mesmo prédio da agência permitindo seu livre trânsito entre uma e outra. O disfarce era perfeito tanto para os amigos como para ela.

"O que foi? Está tudo bem? Touya..." – ela pergunta preocupada, pois raramente Yukito aparecia.

"Está tudo bem. Calma. Eu sabia que você chegaria hoje e vim convidá-la para jantar comigo e com o Touya."

"Ah Yuki, eu adoraria, mas estou morta de cansaço. Podemos deixar para outro dia?"

O amigo a fita por alguns segundos.

"Correu tudo bem na sua viagem?" – pergunta algo preocupado.

"Claro, foi tudo bem. Consegui comprar peças lindas para a loja. Só que cansa ficar andando para baixo e para cima, pechinChangdo, você sabe como são os árabes." – ela diz disfarçando o que é uma grande mentira, odiava enganar os amigos, o irmão, mas era para a própria segurança deles.

"Então fica para outro dia. OK?"

"OK!"

"Se cuida Sakura." – diz Yuki, dando um beijo no seu rosto, entra no carro e vai embora.

Sakura fica olhando por um longo tempo Yukito afastar-se. Muito estranho essa aparição dele, mas hoje estava sendo um dia estranho. Ela vira-se de novo para o carro, deixando as chaves cair no chão, foi questão de segundos, quando ela abaixa-se, uma shuriken, estrela de metal de cinco pontas, estilhaça o vidro do carro, Sakura se joga no chão rolando para longe. Ergue os olhos varrendo a garagem sob a luz mortiça, em busca de seu agressor, quando mais três estrelas vêm em sua direção. É hora de agir.

"Escudo!"

Protegida pela carta, ela ergue-se para enfrentar seu atacante. Se vê cara a cara com um homem vestido de negro, brandindo uma espada, com o rosto meio encoberto, como um ninja. A lâmina bate no escudo, e com a violência do golpe escapa da mão de seu agressor caindo a alguma distância.

Era a brecha que Sakura precisava, pegando a Carta Salto, ela sai da proteção de escudo, pulando na capota do carro, e no seguinte, mas num breve olhar para trás viu que era seguida. Tinha que pará-lo. Passando para o chão, ela vira-se para ele, gritando.

"Vento! Leve-o para longe daqui."

A força da ventania pega-o em cheio no momento que ele ia pular em cima de Sakura, derrubando-o longe. Ela aproxima-se, mas ele está desacordado.

"Você é boa."

Ela vira-se rapidamente ao ouvir a voz, mas não vê ninguém.

"Quem está aí?"

Silêncio.

"Apareça. Tem medo de machucar-se?" – ela faz ironia tentando tirá-lo de seu esconderijo.

Um homem, vestido de negro, como o outro atacante, e com o rosto totalmente encoberto, somente podendo ser visto seus olhos, apareceu.

"Não me faça rir. Medo de uma coisinha insignificante como você? Eu só queria ver como era seu estilo de luta. E você não tem nenhum. Luta sem nenhuma técnica, como uma iniciante. Você tem é sorte. E a sua magia, é claro."

"Quem é você? O que quer comigo?" – Sakura pergunta, olhando assustada para aquele que lhe falava com um ódio tão grande na voz.

"Não interessa quem eu sou. Quanto ao que eu quero com você..." – e dizendo isso ele busca uma espada presa às suas costas, e parte rapidamente em direção a Sakura.

Ela mal tem tempo de pegar a Carta Espada, as duas armas chocam-se, com a violência do golpe, Sakura é jogada no chão, mas ampara a espada inimiga, a força de seu oponente é enorme, ele empurra a lâmina em direção a seu pescoço, Sakura segura sua espada forçando a dele para trás, mas tal esforço se mostra inútil, a lâmina aproxima-se cada vez mais e encosta em seu pescoço, fazendo um corte, um fio de sangue começa a sair.

"Por quê?" – Sakura pergunta, ofegante, olhando seu agressor.

"Você vai morrer." – ele diz com ódio nos olhos.

Sakura já estava no limite de suas forças, quando de repente uma flecha brilhante acerta seu inimigo, derrubando-o de lado, ela tenta levantar-se, mas sentia-se fraca como uma criança, apesar de não estar gravemente ferida. Ywe aparece voando e pega-a em seus braços, tirando-a dali.

"Ywe." – diz Sakura com um sorriso de alívio.

"Você está bem Sakura?" – ele pergunta, olhando-a preocupado.

"Estou. Mas como você sabia que eu precisava de ajuda?"

"Falaremos sobre isso depois." – e voou para longe do edifício.

"Em breve. Nos veremos em breve. E você não me escapará de novo." – diz o atacante a olhar sua presa escapar voando, com o estranho ser alado, a flecha apenas tinha atordoado-o.

Continua

NA: Então? O que acharam da Sakura sendo uma Agente Secreta? Bom, a minha opinião é muito suspeita, visto que adoro esse mundo de espionagem.

Quero agradecer a Patty, por ter me ajudado na composição desta fic, acho que ela ficou estressada, com todas as vezes que mandava meus arquivos para ela ler minha maluquices. Patty, você é um poço de paciência. Muito Obrigada minha amiga.

Carla, valeu por ter gostado de novo da minha história, logo te mando a versão completa.

Kath, você me inspirou a postar logo, se todos ficarem empolgados 1% do que você ficou, estou mais que feliz, você e suas histórias são maravilhosas.

Andy, valeu por algumas dicas, principalmente quanto ao tamanho dos capítulos, resolvi te ouvir, espero que agora estejam legais, meu medo é que enjoem rápido de ler. Mas vou testar sua teoria. Acredito que os primeiros capítulos ainda estejam pequenos, velhos hábitos não se apagam.....

A essas quatro grandes amigas que foram meus termômetros, meus agradecimentos. Fiz um teste com elas para saber qual o grau de aprovação da história, elas aprovaram, espero que você que esteja lendo, também aprove.

Escrevam pessoal, critiquem, achem o que está errado, elogiem, apontem os pontos fortes, nossas história dependem de vocês, e como diz a minha amiga Lally, os elogios são o gás do autor, eu adorei essa frase.

Beijos! E até a próxima semana.

Rosana (Rô)

robm@teracom.com.br