Shaoran: 'Vai acabar tudo bem. Não se preocupe.'
Sakura: 'Eu não quero mais lutar.'
Shaoran: 'Você precisa, Sakura.'
Sakura: 'Eu não quero, não agüento mais...não vou agüentar.'
Shaoran: 'Vai, estaremos aqui...pra você.'
Sakura: 'Como?'
Sakura desencostou sua cabeça do ombro de seu amado, olhou-o nos profundos olhos de chocolate. Reconhecia um garoto belo, forte, carinhoso e muito orgulhoso. Mas também via um guerreiro, um bruxo, um ser como ela: mágico. Encantado e encantador. Ela olhou a sua volta e via atrás de Shaoran, Eriol com seu corpo segurando Nakuru, ainda em pé, mas fraca. Ao lado deles estava Tomoyo abraçada comigo. E Mey Ling do nosso lado. Do outro lado de Eriol, posava sua bela pantera, Spinel Sun. Shaoran retornou Sakura a realidade.
Shaoran: 'Sakura, rápido...Não temos mais tempo.'
Sakura: 'Sim. Mas me expliquem de uma vez por todas o que está acontecendo. Quem estamos combatendo!?'
Icans: 'Sakura, eu fui de Hong Kong até Tomoeda para buscar você. A única que pode me ajudar a destruir o que nos aflita.'
Sakura: 'E o que seria isso?'
Icans: 'A Noite.'
Sakura: 'Noite?'
Eriol: 'É.'
Icans: 'É uma força sobrenatural. Ela carrega todo o poder das trevas, fazendo tudo se desaparecer envolto na escuridão e angústia.'
Sakura: 'Foi por isso que estava escuro a tarde.'
Icans: 'Isso mesmo.'
Eriol: 'Ainda tem mais. A Noite é rival do dia. Em épocas passadas se equilibrou em completa igualdade com o Dia. Metade do tempo estava claro, e a outra metade, escuro. Mas algo fez com que isso desaparece. Algo fez com que isso desequilibrasse. Não se sabe o que é. Mas agora a Noite está ultrapassando barreiras de tempo, espaço e matéria. No começo só atingia Hong Kong, mas foi se alastrando até nos alcançar no meio do caminho, à essa hora, já deve ter passado Tóquio e deve estar chegando à Europa. Quanto mais ela devora, fica mais forte. Estávamos realizando um ritual.'
Icans: 'Um Ritual de Aprisionamento. Estávamos aprisionando a Noite quando a minha carta, Silêncio, veio ao meu encontro, e como eu estava dentro de um círculo mágico, ela se chocou na barreira mágica, interrompendo o Ritual.'
Li: 'Você é a única que pode retornar a Noite ao seu equilíbrio.'
Sakura: 'Eu não tenho forças.'
Li: 'Ainda.'
Eriol: 'Deus e Deusa, passem por mim, levando o poder ao outro, Sakura Kinomoto. Como eu quiser, seja feito!'
Eriol esticou seus braços para frente, abriu suas mãos e delas saíram um fluxo de energia roxa. Uma aura poderosa, Sakura podia sentir o poder fluindo no ar. Ele cruzou os olhos de Sakura e por eles adentrou em seu corpo. Ela podia sentir novamente a energia fluindo, mas agora pulsando em seu corpo. Ela sentia-se regenerada, como se tivesse nascido novamente.
Eriol desmaiava, com ele Nakuru que acabara de repetir o que Eriol havia feito.
Icans: 'Deus e Deusa, passem por mim, levando o poder ao outro, Sakura Kinomoto. Como eu quiser, seja feito!'
Dois fluxos pulsantes e flamejantes saltavam das palmas das minhas mãos. Sakura recebia aquilo e se mostrava um pouco quanto embriagada com tanta energia.Quando voltou a si olhava Shaoran com ternura. Mas seus olhos estavam diferentes. Não eram mais aquelas duas belas esmeraldas mergulhadas no mais puro e profundo verde. Eram negros. Ela estava possuída por um poder maior. Era Sakura, mas com uma aura tão forte que brilhava ao redor de seu corpo. O báculo de Sakura agora se estendia e sua estrela brilhava mais fortemente na ponta dele. O novo "cajado" de Sakura reluzia e lembrava o de Eriol.
Shaoran começava a estender seus braços e abria as palmas de suas mãos. Sakura olhava para frente e via o namorado. Ela balançou a cabeça e gritou ao ver Icans, Eriol e Nakuru caídos no chão desmaiados.
Sakura: 'Não Shaoran! Você não vai fazer isso!!'
Ela se enfiou nos braços do namorado e o beijou. Selava seus lábios nos dele com tanto amor e energia que Shaoran podia sentir. Ele percebeu que aquela Sakura não era sua namorada, era um poder na pele dela. Ela mudou tanto que beijava ele com um amor pré-definido pelo antigo "dono daquele corpo".
Shaoran abriu os olhos e repetiu a frase mágica varias vezes na sua mente até desmaiar. Havia aproveitado a deixa para passar a energia através do beijo.
Sakura sentiu o namorado pesar em seus braços e assustada deu um pulo. Deixando o cair no chão;Ficava fixando seu olhar nele. Encarava o corpo desfalecido de seu namorado no chão.
Mey Ling: 'Olha como pega o Shaoran, né Sakura!'(a chinesa correu de encontro ao corpo do primo)
Spinel: 'Vamos Sakura.'
Sakura: 'Não me passe seu poder. Não quero que desmaiem por mim!'
Spinel: 'Não farei isso, você não agüentaria tanto poder.'
Sakura: 'O que devo fazer?'
Spinel: 'E eu que sei?'
Sakura: 'Não acredito! Alada!!'
Sakura voou pelos céus buscando ar para arejar sua cabeça. Olhou para baixo e viu Mey Ling abraçada ao primo deitado no chão. Os corpos de Nakuru, Eriol e Icans se estendiam pelo campo traseiro do templo. Spinel a olhava fixamente esperando alguma atitude. E Tomoyo com as mãos encontradas no peito olhava com tanta ternura para a amiga. Mostrava tanta confiança. Ela sabia que Sakura saberia o que fazer, não importava o que acontecesse. Sakura só pensava que a amiga podia estar enganada.
Sakura olhava para frente, avistava o belo horizonte coberto pela escuridão, não se enxergava nada. Ela pensava e re-pensava, mas nenhuma idéia lhe vinha. Foi então que tentou a idéia mais óbvia.
Sakura: 'Trevas. Trevas...A Carta Trevas! Eu a capturei junto com a Luz, já que uma não vive sem a outra. Bem...'
Sakura empunhou seu "cajado" e gritou:
Sakura: 'LUZ!!!'
A bela criatura com céus cachos e vestido alvos flutuou no ar. Seu cabelo dançava com o vento e suas mãos, carregando o sol e as nuvens se esticaram, porém não demorou e o pouco brilho que a carta emanava desapareceu. A Carta sabia que não ajudaria, olhou para sua dona e viu seus olhos. Sabia que não era sua querida dona, a dona que levou um tempo para transformá-la em sua. A dona que a amava e dava a liberdade de tomar sua forma real quando precisasse. A Luz olhou para Sakura com um olhar triste e desamparado, sorriu bondosamente e se entregou a Noite. Desaparecia na escuridão.
Sakura: 'Não!!'
Sakura não sabia o que fazer. Pensou em todas as cartas que tinha e finalmente lembrou da Criatividade. Ela invocou a carta e escreveu: 'Que todo esse pesadelo se acabe, que toda a escuridão vá embora.'
O livro absorvia as palavras, mas assim como Luz, sabia que não adiantaria e também se entregou.
Sakura: 'Não! Por que!? Por que!?'
Todas as cartas de Sakura tomavam suas formas de uma em uma iam desaparecendo na escuridão.
Sakura: 'Escudo! Espada! Grande! Neve! Nuvem! Fogo! Terra! Sonho!!...'
Sakura ia gritando o nome de todas as cartas que apareciam e desapareciam. Ela estava ficando desesperada. O que não lhe cortaria mais o coração do que perder toda a sua razão de ter gastado todos os anos anteriores em magia e batalhas. Ela corria ao encontro de cada carta. Chorava, sua alma estava se despedaçando. Depois de todas as cartas terem desaparecido. Sakura se encolheu no ar(Alada ainda estava com ela). Queria conforto. Queria ter ajuda.
Sakura: 'Do que adianta ter tanto poder se não posso fazer nada!!!!??'
Sentiu um toque em sua cabeça. Um toque quente e amigo. Virou-se e encontrou Esperança. A criatura lhe olhava com tanta ternura que Sakura conseguia sentir seu coração batendo tão calorosamente. Sentia-se feliz com aquele conforto.
Sakura: 'Não me deixe.'
Esperança: 'Não lhe deixaremos, sempre estaremos com você. Só lhe peço que nunca se esqueça de nós.'
Sakura: 'Jamais esqueci! E jamais esquecerei!'
Esperança: 'Uma de nós você sempre esqueceu. Você nunca a usou. Tente! E se não funcionar, não desista. A Esperança é a última que morre.'
A Carta riu com este comentário, por mais masoquista que tenha parecido ser.
Sakura: 'Qual? Nunca esqueci nenhuma de vocês.'
Esperança: 'Viu, nem lembra dela. Se esforce e jamais perderá.'
A figura daquela bela mulher segurando o coração do amor de Sakura desaparecia na Noite e Sakura olhava pensando mais do que nunca em todas as cartas que capturou, em todas que a ajudavam, em todas suas amigas!
Foi então que pensou bem, a única carta que realmente nunca havia usado, nem nos desafios de Eriol.
Sakura: 'Balança.' (The Libra)
Sakura começou a brilhar, brilhava tão forte que mal se enxergava. Ela avistava em sua frente à figura maravilhosa. Um arco alado equilibrava a Lua e o Sol. A balança brilhava tanto que Sakura ficava encantada e um tanto quanto hipnotizada por aquela carta, finalmente estreada.
Sakura(após voltar a si): 'Equilibre o Dia e a Noite. BALANÇA!!'
A libra na frente de Sakura brilhou a Lua voltava a se igualar com Sol. A noite se igualava ao dia. Mas como já eram 19:00, já estava noite. Porém Sakura pode avistar as estrelas, elas brilhavam tanto, a Lua pode ser visível de novo, também. Tudo voltava ao normal. Quando Sakura viu a Balança equilibrada ela pode sentir carta por carta voltando a sua forma de carta. O porta-cartas de Sakura estava se enchendo novamente. Ela estava com tantas saudades daquela sensação.
De repente a balança na sua frente congelou. Estava paralisada. A Lua lutava. Queria pesar mais. O Sol também lutava, mas pelo equilíbrio. Sakura olhava para aquilo com certa repulsão. Por que lutariam, por que não iriam querer igualdade?
Sakura(chorando): 'Por que!!?'
A Balança se partiu. O arco quebrou, as asas caíram, o Sol e a Lua permaneceram pairando no ar, na frente de Sakura.
Sakura: 'O que está acontecendo?'
Ela estava boquiaberta, mas ainda não havia acabado.
A Lua voou um pouco mais alto e dela surgiu uma criatura. Negra como a noite, um vestido estrelado, um cabelo longo e negro. Você não conseguia definir o corpo, já que tudo era um vulto negro estrelado com uma lua no peito. Do Sol surgia outra criatura. Branca como o leite, cheia de brilho e com um sol no peito. As duas pairavam na frente de Sakura, enquanto ela estava atordoada com tanta informação. Apesar de todo aquele poder, não sabia como agir.
A Lua se posicionou para uma luta, o Sol repetiu o gesto. Ambos iriam lutar, ambos sabiam lutar.
Sakura não sabendo como agir, não sabendo o que fazer, não sabendo o que sentir só conseguia ver uma opção na frente, interferir. Mesmo não sabendo como, Sakura sabia que lutar não queria, sabia que não queria ver mais ninguém desfalecido, machucado ou pior.
O Sol juntou suas mãos no peito e começou emitir um forte e "cegante" brilho. Sakura protegeu seus olhos. A Lua sabendo que não deveria ficar parada, abriu as suas mãos e juntou-as na frente de seu corpo(posição "kamehameha"). Lançou uma rajada negra envolta em névoa. Uma névoa destruidora. Sakura não conseguia mais assistir a luta. Precisava fazer qualquer coisa! Ela voou de encontro aos dois parando no meio deles. Parou. Olhou para os dois com cansaço, mas esperançosa. O brilho do Sol começou a machucar Sakura, queimando-a. A rajada da Lua era tão mortal que sugava os sentimentos de Sakura, fazendo-a se sentir vazia e fraca. Sakura soltou uma lágrima que rolou por sua face branca e quente. Por seu corpo humano. Por sua alma, sozinha, sem forças pra lutar, sem forçar pra ver mais ninguém sofrendo. Sua magia e acabando sugada, queimada. Sakura olhou para baixo e ouviu Tomoyo cantando, sorrindo para amiga. Aquele sorriso mostrando que alguém estava lá, para ela. Lembrando-a de que nunca estaria sozinha. Tomoyo fechou os olhos e começou a cantar. Sabia que aquilo dava forças para a amiga. Sabia que aquilo a confortava. Sakura chorava, suas lágrimas caíam do céu. Tomoyo estendeu o braço e sentiu uma gota. A gota da lagrima tão sofrida da sua querida amiga. Tomoyo parou de cantar, olhou para o céu e viu o rosto de Sakura estampando a tristeza e solidão. Deixando suas forças de lado, desistindo. Tomoyo sentiu um aperto tão grande no coração, por mais que amasse Icans sabia que sakura também lhe ocupava o coração. Ela não suportaria ver a amiga triste daquele jeito. Tomoyo tinha que fazer alguma coisa. Fechou seus olhos pensando na amiga. Sakura fechou os olhos fazendo seus molhados cilhos se encontrarem. Pensava na amiga, pensava que ela era tão feliz e simples. Pensava que ela não tinha problemas, pensava que sua vida era tão fácil. Nunca havia precisado lutar na vida. Estava enganada, todos lutavam. Não do jeito de Sakura, mas lutavam. Lutava pela vida.
Sakura se contorcia ajoelhada no ar. Sentia tanta dor que estava prestes a desmaiar. Uma dor tão forte e uma solidão tão angustiante penetrava em cada célula do seu corpo, em cada parte de sua alma, em cada lugarzinho de seu coração. Ela não iria agüentar.
Tomoyo começou a cantar tão alto que Sakura chegava a ouvir. Começou a cantar a canção que a amiga sempre gostou. Para meu amigo(To My Friend / Tomoe / A música de quando a Canção é capturada).
Tomoyo(tradução p/
português no final do capítulo):
'Sunshine dances between the clouds and pours into the plains
The season has just begun
I run up to the voice of my friend
And there, as I turn to her, is always her smiling face
Where the brightest sun always shines
As I walk in the street in the freezing winter
You encourage me naturally
And helped me so many times
Like you, just like you, I want to be someone who can give courage to others
Even on that distant road
The clouds are going towards that faraway place, going towards the future
Someday the road will separate
And the time for our individual futures will begin
But surely we'll both shine
Even if the time comes for us to be hurt, for our dreams to break apart
I want to have the support of your love
I want to have your friendship
Because of you, because of you, I want to be a stronger person
The times you laughed, the times you cried
They're shining as brightly as a spring day'
A Lua vendo que não iria agüentar muito mais tempo aumentou seu poder fazendo com que Sol também aumentasse o seu. Alada desapareceu, o báculo de Sakura se tornou uma chave novamente. Ela fechou os olhos e começou a cair.
Tomoyo vendo aquela cena começou a chorar. Mey Ling se virou par o céu e viu sua amiga caindo. Spinel voou para impedir que a garota caísse, mas quando fez isso bateu com alguma coisa. Uma barreira invisível. Sakura estava forte. Apesar de toda sua magia ter desaparecido, ela estava forte. Spinel sabia que a garota não se machucaria e então não se importou em salvá-la.
Mey Ling: 'Está louco, seu gato peludo!!!'
Spinel Sun: 'Ela não irá se machucar.'
Mey Ling: 'Como sabe? Já tentou cair de um prédio para ver como é?'
Spinel Sun: 'Fique quieta e observe.'
Tomoyo estava aflita, pensou que a amiga se sentiria confortada com aquela canção. Mas o contrário aconteceu, ela havia desistido.
Sakura estava a um metro do chão quando parou de cair com aquela brutalidade toda. Simplesmente pousou deitando-se calmamente no chão.
Mey ling estava atordoada e paralisada não sabia se acreditava ou não no que os olhos estavam vendo. Tomoyo sorria, sabia que havia funcionado, de certo modo, "a sua magia". Spinel não mostrava muita surpresa, do contrário, mostrava admiração e calma.
Sakura se sentou fracamente, mas ainda se apoiando no chão, a única palavra que conseguiu pronunciar foi o nome de seu amado,
Sakura: 'S-Shaoran?'
Uma faísca de luz fez uma pequena rachadura na terra. A batalha no alto estava assustadora. Como Sakura impediria aquilo. Ela não aprecia estar ligando para isso. Queria seu amado.
Sakura: 'Cadê o Shaoran?'
Tomoyo apontou para o corpo do chinês no chão enquanto Mey Ling estava boquiaberta.
Sakura virou sua cabeça e viu ao seu lado o corpo do menino por quem havia se apaixonado. O corpo da pessoa que lhe beijava. Uma lágrima correu pelo rosto da garota que não tardou em desabar em cima do corpo do namorado.
Obs do autor: Espero que tenham gostado. Levou uma tarde de Dia dos Pais pra fazer esse capítulo. Quero rewiews, está bem?! Miaka, valeu por tudo! Aí ta mais um capítulo dedicado a você. E tenho um recado para Luiza Lian: cadê vc garota?!!? Beijos e até mais.
Traduções:
Para meu Amigo / cantado por Iwao Junko / fonte: www.animelyrics.com
'Os raios de sol dançam por entre nuvens e se derrama nas planíces
A estação acabou de começar
Eu corro para ouvir a voz da minha amiga
E então, quando me viro para ela, é sempre sua cara risonha
Onde o sol mais forte brilha
Enquanto ando na rua neste inverno congelante
Você me encoraja, naturalmente
E me ajudou tantas vezes
Como você, só como você, eu quero ser alguém que encoraja os outros
Até mesmo naquela estrada distante
As nuvens voam em direção daquele distante lugar, em direção ao futuro
Algum dia está estrada vai se separar
E a época para nossos futuros individuais irá começar
Mas certamente, ambas nós brilharemos
Até mesmo quando chegar a hora de nos machucarmos, de nossos sonhos se acabarem
Eu quero contar com seu amor
Eu quero ter sua amizade
Por sua causa, por sua causa, eu quero ser uma pessoa forte
Nas vezes que você riu, nas vezes que você chorou
Elas brilham como num dia de primavera'