Era uma noite daquelas bem sombrias, noite em que você sabe que algo vai acontecer. O céu estava negro, com densas nuvens ameaçando chuva. Às vezes algum raio despontava, deixando o clima mais tenebroso.
-Não! – era um grito vindo de uma enorme mansão, onde nada parecia se enxergar.
-Você vai pagar agora! – gritou outra voz.
-Eu fiz o que achava certo. – ele tentou, mas seu pai avançava cada vez mais ameaçador. A varinha que segurava estava apontada pra seu peito.
-E você achava certo denunciar o Lord? Trair seu pai?
Ele hesitou um pouco, mas respondeu com uma fúria nos olhos.
-Você não merece o respeito de ninguém. Nem você, nem seu amigos e nem seu Lord!
-Garoto... Você está me deixando mais irritado... – Lucio tremia de tanta raiva, mas isso não era um sinal de fraqueza. – Peça perdão e lhe pouparei de uma morte dolorosa! Peça!
-Será que você ainda não entendeu que eu não sou mais um garoto? Não entendeu que eu não tenho mais medo de você? Dê-me uma varinha e vamos ver!
-Draco... – Lucio sorriu, logo fechando o sorriso dando um olhar frio ao filho. Por mais que o jovem mantivesse sua coragem, suas pernas fraquejaram. – Você vai MORRER!
Tudo aconteceu tão rápido que, tempos depois, por mais que Draco tentasse se lembrar não conseguiria ter clareza nos fatos daquela noite.
A luz, das tochas que iluminavam os corredores, invadiu a sala onde Draco e Lucio discutiam. Logo depois os dois puderam ver os reluzentes cabelos de Narcisa, que entrava correndo. Ela foi à direção de Lucio, tentando impedir que ele acertasse Draco, mas o feche de luz verde não pode ser parado, e logo Draco perdeu seus sentidos.
