Capítulo 1 – Uma rosa negra

-Ah, por que eu?! – ela perguntou indignada, mesmo sabendo que aquilo soava um pouco infantil para seus dezoito anos; mas extremamente necessário devido ao que o bruxo a sua frente pedia.

-Simplesmente porque você é a correspondente do Ministério, Srta. Weasley. – falou o homem que se encontrava sentado em uma grande cadeira acolchoada. Apesar de suas vestes largas via-se claramente sua enorme barriga, assim como seus olhos negros brilhavam de impaciência com a garota à sua frente.

Ela se apoiou sobre a mesa e indicou com a mão para que ele se aproximasse.

-Dizem que lá é amaldiçoado! – murmurou com medo que mais alguém ouvisse.

O senhor barrigudo se sentou pesadamente em sua cadeira, rindo.

-A senhorita não se acha meio grandinha pra acreditar nisso?

Ela pareceu ofendida.

-Se fosse uma bela casa, onde se pode ver que visitantes são bem vindos, eu não me oporia. Mas estamos falando da Mansão Malfoy! Faz um ano que quase ninguém entra lá. Todos temem pelos fantasmas de Narcisa e Lucio Malfoy, dizem serem parecidos com o Barão Sangrento, de Hogwarts. E sabe, eu nunca gostei dele.

-Eu não estou pedindo pra que você fale com os fantasmas – suspirou ele.  – Estou dizendo que precisamos fazer contato com Draco Malfoy, herdeiro do Sr. Malfoy.

-Mande outra! Ou até outro, pois eu não vou.

-Srta. Weasley, não se trata da senhorita querer ou não. Este é seu trabalho e eu estou lhe dizendo que você deve ir até o Sr. Malfoy. Ou vou ter que transferi-la para a seção dos trouxas.

Não que Gina tivesse algum problema com trouxas, ela os adorava. Mas sabia que o departamento que cuidava dos trouxas estava sofrendo uma séria crise depois que seu pai saiu de lá.

-Mas... – ela tentou.

-A seção dos trouxas fica no terceiro andar como a senhorita deve saber. Amanhã poderá pegar suas coisas e...

-Está bem...

Com um sorriso maroto, ele perguntou.

-O quê? Não entendi o que a senhorita disse.

-Eu disse que vou até a Mansão Malfoy. – disse se levantando – E o senhor não é mais meu patrão querido, viu?!

Momentos mais tarde Gina estava sentada junto de Fred e Jorge n'A Toca. Ela parecia desesperada.

-Verdade? – ela falou com a voz rouca.

-É, sim, Gina. O Malfoy mutila as pessoas que passam por lá. Por que você acha que só agora que estão mandando você pra lá?  - disse Fred.

-Draco Malfoy já teria que ter ido ao Ministério, há muito, desde a morte de seus pais. Mas nunca foi porque mata a qualquer um que tenta se aproximar da casa. – explicou Jorge

Eles falavam aquilo tão sérios que Gina sentiu um frio lhe descer a espinha.

-Mas por que ele não foi preso até hoje? Afinal, se o que vocês estão dizendo é verdade, Malfoy deveria estar preso!

-Mas ele não está. – disse Molly, que chegava com três xícaras de chá fumegante – Não está por ser mentira o que seus irmãos contam, querida.

Jorge e Fred deram risadinhas. Mas Gina ainda continuava temerosa.

-Não sei... Todos contam que lá é amaldiçoado, mamãe. Estamos falando do Malfoy! Será que devo ir?

-Claro, Gina. – falou Jorge, depois de queimar sua língua no chá. – Só não se esqueça de proferir alguns contra-feitiços.

-Ou você pode sair de lá com pelos no nariz e bolhas na língua!

-Eca! – fez a garota.

Molly lançou olhares fulminantes aos dois, que apesar de estarem com vinte e um anos não deixavam de aprontar.

-Não se preocupe, querida. Lembre-se que estamos falando do jovem que foi uma peça importante pra que Você-sabe-quem fosse pego. Ele não é como o pai foi, deve ser um bom rapaz.

Jorge quase jogou seu chá boca à fora com o comentário da mãe, mas Molly o ignorou.

-Não se esqueça que nós a avisamos, Gina. -  cochichou Fred, enquanto a mãe se levantava da mesa.

Fazia um ano que Gina havia terminado os estudos em Hogwarts. Como também fazia um ano que Voldemort havia sido destruído graças à união de toda comunidade mágica que lutava pelo bem; graças ao sacrifício de Dumbledore; graças à denúncia de um certo filho de Comensal.

Ela estava vivendo muito bem esses últimos anos, apesar de todo o sofrimento que passou quando a comunidade permanecia em guerra. Estava noiva de Harry Potter.

Demorou um tempo pra que o Menino-que-sobreviveu percebesse a paixão dela, mas logo que soube, não pode deixar de também assumir seus sentimentos pela garota. Só que logo depois veio a guerra, e Harry teve que lutar, se submeter a momentos de horror, teve que arriscar sua vida.

Felizmente tudo terminou bem para o casal e logo depois da vitória do time da luz, Harry não resistiu e pediu Gina em casamento. A caçula dos Weasley aceitou e agora estavam os dois unidos por um grande sentimento.

E mesmo sua mãe tentando tranqüilizá-la, Gina ainda continuava receosa de ter que ir a Mansão Malfoy. Naquela noite, enquanto conversava com Harry no quintal d'A Toca, ele percebeu que ela temia algo.

-Você está estranha...

-Ah é?! – ela lhe sorriu.

-É sim. Parece preocupada com algo. Aconteceu alguma coisa?

Gina apertou a mão de Harry. Ele era sempre tão compreensível. Por mais que ela o amasse, queria que alguma vez ele brigasse com ela, queria conhecer todos os seus lados.

Sabia que ele não era esse amor de pessoa, já presenciara brigas dele com Rony, com seu tio Válter no dia que ele abandonou a Rua dos Alfeneiros, com Snape. Mas com Gina, Harry se tornava a pessoa mais compreensível e dedicada do mundo. No começo ela adorou aquilo, pois sempre pensou que ficaria bajulando Harry, mas parecia ao contrário. Então depois de algum tempo ficou meio entediada por ele sempre concordar com tudo, por ele nunca discutir. Não era um amor explosivo, era um amor tranqüilo. "Mas é amor" ela dizia sempre a si mesma.

-Eu só estou um pouco ansiosa. Tenho que ir amanhã à Mansão Malfoy, coisas do Ministério.

-E o que tem demais nisso? – ele perguntou curioso.

-Você nunca ouviu dos comentários sobre os fantasmas de Lucio e Narcisa Malfoy? Dizem que permanecem até hoje lá, assombrando o Malfoy por ele ter ajudado na queda de Você-sabe-quem.

-Devem estar mesmo! – brincou ele – Eu também nunca imaginei que o Malfoy, aquele sonserino arrogante pudesse ser uma das peças fundamentais pra que Voldemort fosse pego.

Ele sentiu pela mão dela, que tremeu ao ouvir o nome do Lord das Trevas. Sempre se irritava quando via que as pessoas ainda tinham medo de pronunciar o nome de Voldemort, mas nunca falou nada a Gina. A achava tão sensível que tinha medo que ela se magoasse.

-Não quero ir lá, Harry... – ela fez bico. – Mas o Sr. Richard insiste que eu vá e disse que me mandaria pra seção dos trouxas se eu não cumprisse esse trabalho...

-Eu gosto de Peter Richard! Ele foi uma ajuda e tanto na batalha. Agora está tão barrigudo que duvido que consiga correr mais do que cinco metros sem se cansar! É um bruxo muito bom.

-Pare de defendê-lo. –ela fingiu indignação – Ele está praticamente me forçando a ir lá.

Harry pensou um pouco.

-Se ajudar, eu posso ir com você...

-Jura? – disse abrindo um sorriso.

-Aham – falou, puxando-a pra um beijo – De manhã eu tenho um tempo livre.

-Ah, não, Harry... De manhã eu não posso, tenho várias entrevistas... Tem que ser de tarde, de manhã é impossível, por favor!

Harry pensou novamente, mas desta vez seu rosto não estava muito animado.

-Sinto muito, Gina. Só posso mesmo de manhã. Quem sabe Rony?

-Oh, não... Eu mal o encontro em casa. Ele está atolado com coisas do casamento, ou está grudado com Hermione. Não sai da casa dela!

-E eu não saio da sua! – e a beijou novamente – Quando será que ficaremos atolados de coisas do casamento, Srta. Weasley?

-Não sei... – disse maliciosamente – Há tempo pra isso, seu apressado!

-Nunca é demais estar com você... – disse diminuindo a distância entre os dois pra outro beijo apaixonado.

Apesar dos esforços de Gina, não conseguiu ninguém pra que fosse com ela, muito menos conseguiu convencer ao Sr. Richard que não era necessário ir fazer aquela visita a Mansão Malfoy. Então lá estava ela agora, em frente à tão imponente mansão.

Sabia que era uma construção muito antiga, pois os Malfoy vinham de uma longa descendência, mas Gina não achou que a mansão teria o aspecto tão sombrio que via agora. As paredes, mesmo do lado de fora, tinham o aspecto de serem úmidas como se fossem as masmorras. "Não é à toa que os Malfoy gostam da Sonserina...".

Mas ela não conseguia afastar o terror que invadia sua mente, mesmo tentando se distrair com o efeito que o outono fazia com as árvores, dando as folhas vários tons quentes, que observava enquanto se dirigia a porta da mansão. Ela já estava quase alcançando as escadas, quando algo lhe chamou a atenção.

Uma solitária rosa florescia no jardim. Não fossem dois fatos incomuns, Gina nem a teria notado, mas rosas não florescem no outono, e rosas não são pretas, definitivamente não! Aquela era uma coisa exótica, mesmo pra uma bruxa ou para qualquer trouxa.

Estava tão fascinada, que só depois de alguns segundos percebeu que mantinha a boca aberta de espanto, então tratou de fechá-la. Ela deu uma olhada pelos lados, não havia ninguém. "Acho que não vão se incomodar se eu der uma olhada de perto, não é?!". Gina estava encantada demais com a rosa negra, que nem se lembrou que estava no território de um Malfoy, ou seja, um lugar não muito seguro.

Andou pela grama úmida de orvalho, às vezes pisando nas folhas coloridas que havia admirado há pouco. Parou a uns dois metros, onde já podia observar melhor a planta. Era realmente estranho que uma flor frágil como uma rosa pudesse resistir ao calor enorme do verão e agora ao outono, já que deveria ter florescido na primavera. Gina notou que havia outras roseiras ali, mas nenhuma florida, só seus galhos secos esperando que o sol da primavera brilhasse de novo pra que pudessem soltar seus botões. E aquela rosa, contrariando qualquer convenção, mantinha-se ali, saudável.

Até que veio uma possibilidade em sua cabeça: "Ela está encantada! Só pode ser isso!". Mas logo se lembrou que de a Profa. Sprout disse bem na primeira aula: "Não se pode controlar a natureza". "Bom, isso quer dizer que não se pode enfeitiçar plantas, não é?!". Ela começava a ficar confusa. "Talvez não seja uma planta verdadeira, talvez...".

Resolveu se aproximar mais um pouco, dando dois passos. A flor parecia mais encantadora de perto, e Gina notou que ela emanava um leve brilho branco, que a lembrou das fadinhas encantadas que se viam nas festas de Hogwarts. Ela agachou-se e passou a mão por perto e viu que ela ficara cheia de pozinhos brancos cintilantes e não pode deixar de sorrir.

Ao invés de passar melancolia por ser negra, a rosa dava a uma leve sensação de alegria; Gina nunca tinha visto nada tão delicado e tão forte ao mesmo tempo! Até que não resistiu, e foi passando seus dedos levemente pelas pétalas tão negras. Estava tão distraída com aquilo que nem notou que o brilho da flor aumentava, fazendo que o pó cintilante se espalhasse mais por sua mão e cabelos. Também não notou que como toda rosa, esta tinha espinhos e acabou furando seu dedo em um.

-Ai! – ela murmurou enquanto levava o dedo à boca.

Foi aí que notou todo o pó em seu corpo. Mas antes mesmo que pudesse limpá-lo, Gina caiu inconsciente ao lado da exótica flor.

=*=

Ele gostava daquele silêncio. Sim, demorara dezoito anos até que pudesse ter aquela tão desejada paz.

Há uns dois anos atrás era impossível a Draco poder sentar-se, como estava agora, em uma poltrona em frente à lareira e fechar seus olhos sentindo a leve quentura do fogo bater em seu rosto. Não poderia fazer isso nem por um segundo, pois logo seu pai se sentava ao seu lado e começava a lhe falar sobre o Lord das trevas, sobre como ele era poderoso, quais eram seus planos, etc. E Draco odiava tudo aquilo.

Agora que tinha dezenove anos e era maduro o suficiente, Draco admitia a si mesmo que fora um tolo até os dezesseis anos querendo ser um Comensal da Morte de Voldemort. Mas assim que tomou consciência do que era realmente ser um servo dele, Draco desistiu completamente da idéia.

Ele gostava de ter poder, que sonserino não gostava? Mas ter que praticamente se rastejar pra um bruxo com cara de cobra não era a idéia que Draco tinha na cabeça de ter poder. Era ser temido, respeitado por todos, era ter algo que ninguém tinha, isso era poder pra ele. E sendo Comensal de Voldemort Draco estaria apenas sendo usado como marionete do Lord.  Ele não queria isso.

Então passou a se desinteressar pelos passos do bruxo maligno, deixando seu pai intrigado. Mas Draco não lhe deu satisfações, odiava dar satisfações, e Lucio continuava a lhe encher de histórias, informações, perguntas. Até que ele se cansou e falou com o pai, admitiu ter desistido de ser um Comensal, admitiu não querer ser servo de um bruxo que só pensava em seus próprios interesses, enfim, admitiu que não estaria do lado do pai.

Draco pensou que  o pai estouraria de raiva por aquela revelação, mas ao invés disso Lucio apenas o ignorou e mais tarde continuava a importuná-lo novamente.

Foram dois anos agüentando o pai, agüentando a guerra que estava ao redor dele, tentando ignorá-la. Até que ele se cansou novamente. Cansou de ficar preso em casa por causa de ataques, por seu pai não deixá-lo sair, por sua mãe estar sempre histérica e com medo. Cansou tanto daquilo tudo que resolveu tomar partido daquela guerra que nunca lhe importou.

Ela só acabaria no momento que um dos lados saísse perdendo, isto era claro. Draco não tinha como dar a vitória ao seu pai, pois não sabia nada sobre o lado que lutava pelo bem, então só lhe restou entregar o que ele sabia sobre o lado negro.

E agora, um ano depois de ter traído seu pai, Draco podia ter o silêncio tão desejado, mas por ironia do destino, estava determinado que ele não saísse totalmente vitorioso, pois não conseguiu ganhar a liberdade que também queria. Draco estava condenado a viver pra sempre confinado, pelo menos ele assim queria agora.

-Senhoooor! Senhor!

Pronto. Mais uma vez ele não podia ter seus momentos de silêncio.

-O que foi, Dippy? – disse com a voz arrastada, olhando pras chamas crepitantes na lareira.

O elfo doméstico se pôs na frente da poltrona de Draco e começou a pular e falar ofegante ao mesmo tempo.

-Uma garota... Morta! Sangue... Tem sangue, vermelho... Uma garota!!

-Cale a boca seu idiota. – ele murmurou calmo. Sabia que o elfo devia estar aumentando mil vezes o que quer que tinha pra falar, então não se preocupou muito. – E pare de pular!

Na mesma hora o elfo parou de se mexer e já foi indo pegar um pequeno vaso na mesa para começar a se punir.

-Dippy não queria importunar, não queria, senhor.

-Depois você queima suas mão no fogo,  - disse com naturalidade – agora me diga o que aconteceu. E não pule! – ele acrescentou vendo que o elfo estava ficando inquieto novamente.

-Dippy, meu senhor, acabou de encontrar uma garota no jardim.

Na mesma hora Draco cruzou os braços, como se tivesse receio de algo.

-E daí?

-Ela está morta, meu senhor. Dippy viu. Viu sangue, viu coisa muito vermelha. Ela caída no chão, senhor.

-Pegue minha capa! – disse se levantando – Eu vou dar uma olhada nisso.

Draco foi caminhando lentamente até a porta da frente, deixando sua imaginação vagar. Ele tinha certeza de que Dippy estava imaginando coisas, que devia ter visto algo idiota e inofensivo e que colocara na sua cabeça que era uma garota ensangüentada. "Por que elfos têm que ser tão insuportáveis?". Ele pensava enquanto esperava pelo pequeno servo em frente à porta de entrada. Não ousava sair de casa sem antes colocar a capa, nem mesmo dar uma volta pelo jardim. Era brincar com a sorte que ele teve durante um ano.

-A... aqui senhor Malfoy – disse o elfo voltando e já temendo que o seu senhor tivesse ficado irritado pela demora.

Draco resolveu ignorá-lo dessa vez e colocou a pesada e negra capa. Ela seria uma capa qualquer, não fosse uma coisa essencial: um capuz, que era grande o suficiente para cobrir o rosto inteiro de Draco, mas sem lhe tirar a visão.

E assim que ele teve certeza de que estava pronto, ordenou ao elfo que abrisse a porta e foi em direção aos degraus. Mal havia saído, Draco sentiu uma leve brisa gelada bater em seu rosto o fazendo apertar os dedos de frio. "Vai ser um inverno rigoroso" pensou consigo mesmo.

Após descer as escadas, parou e encarou a pequena criatura que tremia em suas finas vestes sujas.

-Onde está a garota? – disse calmamente.

O elfo se desesperou por alguns instantes. E se a garota tivesse ido embora? E se ela não estivesse morta ou ensangüentada? Sabia que Malfoy não era um dono pacífico e temeu as punições que receberia se ele tivesse saído pra fora de casa à toa.

-Por a... ali, senhor. Atrás daquelas árvores.

Draco foi andando na direção em que a criatura havia apontado seu dedo magrelo. Ele não gostava de ficar andando por aquele jardim, por mais frio ou calor que estivesse, por mais bonito ou enfeitado, trazia lembranças terríveis.

E no momento em que passou pelas árvores e deu de cara com o corpo estendido de uma garota de cabelos vermelhos no chão, Draco gelou. Não conseguia se lembrar, mas havia algo muito importante com aquela cor vibrante dos cabelos da garota. Ele tinha certeza que tinha alguma coisa que sabia e era importante sobre algo vermelho, e talvez fosse sobre cabelos vermelhos, mas só podia garantir a cor e não o que.  Sentiu um leve calafrio percorrer seu corpo inteiro e por um instante ele pensou que seus joelhos fraquejariam, mas Draco conseguiu se controlar. Seria muita humilhação cair na frente de um elfo-doméstico!

Foi aí que ele realmente se deu conta de onde estava. "A rosa!". Ele cravou seus olhos na exótica flor negra e soube o motivo da garota estar desmaiada.  Notou o fino pó que se espalhava por algumas partes do rosto e cabelos dela e começou a ficar levemente irritado.

-Ela tocou na flor! -  ele murmurou lentamente, tentando não perder seu controle e agarrar a garota e jogá-la pra fora do portão, mesmo sabendo que agora isso era impossível.

-O que, Senhor? – perguntou timidamente o elfo.

Draco nem ao menos se deu ao trabalho de responder. Ele deu as costas para o elfo e foi falando enquanto se dirigia de volta para dentro:

-Traga essa maldita intrusa pra dentro... – ele viu que o elfo não havia se mexido – Agora!

O pequeno guincho de medo que a criatura soltou deu a Draco a certeza de que sua ordem seria cumprida corretamente.

"N/A: Bom, comecei mais uma! Desta vez não haverá mortes em excesso, por isso acho que vocês não terão necessidade de falarem que eu sou malvada, ou coisas do gênero... hehe... Eu já estou quase no término da fic, então desta vez as atualizações serão mais rápidas. Quer dizer, todo final de semana, OK?"