Capítulo 8 – A idéia de Kally

Gina foi até a cozinha entregar a Kally algumas coisas. Mas antes de chegar na cozinha se lembrou da carta que havia visto no escritório. Achou que não seria muito correto entrar lá, agora que não havia mais uma necessidade urgente pra que pudesse justificar sua invasão. Mas logo disse a si mesma que aquela carta continha informações que podiam ajudá-la a sair dali, e aquilo também era uma justificativa, então foi.

Chegando no escritório, Gina sentou-se na poltrona, onde Malfoy estava naquela mesma manhã lhe jogando coisas na sua cara. Por um instante ela esqueceu o motivo de estar ali e ficou se perguntando por que ajudara Draco. Depois de tê-la insultado e provocado Harry, merecia ser ajudado por ela?

"Estaria sendo como o Malfoy caso alguém precisasse de socorro e eu não fizesse nada, mesmo que pudesse ajudar. E eu não sou como Malfoy" ela pensou, mais tranqüila por ter achado uma justificativa para suas ações. Correu novamente os olhos pela mesa repleta de papéis e viu a carta, então esticou o braço para pegá-la. Assim que a tocou um pensamento lhe ocorreu: "Talvez ele precise de ajuda; talvez eu possa ajudá-lo". Mas assim como veio, logo Gina achou uma idéia absurda ajudar Draco, no que quer que seja.

"Ele é uma pessoa fria e arrogante, porque aceitaria minha ajuda? Aliás, pra que precisaria da minha ajuda?". Ela resolveu esquecer isso e se concentrou na carta.

"Ela já chegou, não?! Pois sem ela não estar presente, estas palavras não poderiam aparecer, já que ela que desencadearia a segunda parte de minhas notícias.

Então, agora eu poderei dar mais explicações detalhadas sobre como funciona este encantamento. Não é uma coisa simples de se fazer, pois eu terei que sacrificar a vida de seu pai, e a minha também. Sinto muito lhe dizer isto, Draco, mas foi necessário pra que você pudesse seguir seu caminho, e como eu já lhe mostrei antes, já havia sido planejado, pois cada um de nós tem sua vida escrita e por mais que os caminhos possam mudar, no final o destino é sempre o mesmo.

Eu irei depositar toda nossa essência em uma pequena rosa, e é nela que estará também concentrada a maldição que, eu sinto lhe dizer, seu pai lhe lançou. Parece irônico mostrar que a única coisa que vocês precisam fazer, aliás, que ela precisa fazer, é despertar algum amor. Pois, fazendo isso, o restante se desencadeará por si próprio e quando vocês menos esperarem, tudo estará resolvido.

A rosa, que agora deve estar plantada no jardim, já que eu mandarei Dippy fazer isso, contém todo o poder da maldição, e caso vocês não consigam despertar-se, a maldição se liberará e, tudo o que eu estou fazendo agora será em vão, pois ela cairá, Draco. Sim, já que no momento que tocou na rosa e uma luz branca a cobriu, o meu encanto começou. Agora vocês dois dividem a maldição.

Você deverá estar com o rosto deformado, já que quando Lucio lançou a maldição naquele dia ele ficou assim; mas a parte que cabe a garota não poderá ser vista e por isso é muito mais violenta, então se nada for feito, você a perderá.

No momento em que ela realmente perceber o que sente, o restante da maldição será lançado e vocês só precisarão seguir seus instintos e tudo ficará bem.

Mas lembre-se: apesar de tudo já estar escrito, é necessário determinar a coerência da história e isso só cabe a nós mesmos".

Gina abaixou o pergaminho na mesa, com o olhar pensativo. Ela não tinha realmente certeza sobre qual parte se referia a ela na carta. Não sabia por que era sempre insistido que Malfoy e ela teriam algo, teriam alguma ligação. E também estava com medo. Medo de que algumas palavras não escritas explicitamente acontecessem, com medo de que acontecesse algo a ela, com medo de que nunca mais saísse de lá.

 "Eu não deveria ter obedecido ao senhor Richards... não mesmo..."  ela foi pensando enquanto se dirigia para seu quarto, com a carta na mão.

Já estava escuro quando Draco acordou. Ele havia sonhado com Gina em seu jardim, radiante e sorridente a colher rosas brancas na primavera. Então ele chegava e a pegara pela mão, como se isso fosse algo normal a eles. Ela lhe pronunciara algumas palavras, seguidas de sorrisos quentes, mas no momento em que Draco iria dizer algo, que parecia muito importante para ele mesmo, Harry aparecera e levara Gina de si. Ele até tentara gritar o que tinha para dizer, mas neste instante despertara.

Virou para o lado, cobrindo a cabeça com o travesseiro, vendo se o sono voltava e ele pudesse descobrir o que tinha a dizer para Weasley. Mas parecia que tinha desperto por completo e não conseguiria finalizar o sonho.

-Maldito, Potter! – murmurou pra si mesmo – Até em meus sonhos ele me perturba, me tira o que eu tenho... – Draco pensou no que havia dito – E desde quando eu tenho a Weasley pra mim?

Ele olhou confuso pro teto e percebeu que uma luminosidade vinha de fora da janela. "Logo será lua cheia..."  pensou. "Mas o que importa é por que eu pensei que Weasley era minha?".

Draco já ia iniciar uma luta consigo mesmo por ter dito aquelas palavras quando ou viu uma batida na porta e logo a cabeça do elfo adentrando o quarto.

-Sr Malfoy? – ele abriu um sorriso – O senhor deseja fazer sua refeição agora?

-Claro, Dippy! Eu só comi aquela mísera sopa, e ainda tive que agüentar a Weasley me importunando. Você acha que não estou com fome?

O elfo foi correndo com a bandeja até Draco e esperou que ele se sentasse. Foi então, que percebeu que sua perna não estava mais doendo e ficou intimamente satisfeito por Gina saber fazer alguma coisa certa. Iluminou o quarto pegando sua varinha, e deixou Dippy colocar a bandeja em seu colo.

-A senhorita Weasley está trancada no quarto desde quatro horas. – falou o elfo.

Draco o olhou espantado.

-Quando você aprendeu a dizer as horas, Dippy?

-Ontem mesmo. A senhorita Weasley me ensinou, e Kally também. Ela também está nos ensinando a falar mais correto.

-Eu notei.  Ou você acha que eu não percebi o seu "deseja fazer sua refeição agora"?

-Sim, senhor, ela que nos ensinou. Dippy muito contente.

-Pelo menos está fazendo algo de útil, já que usa de meus empregados também – ele murmurou pra si mesmo – Mas por que ela se trancou no quarto o restante da tarde? – ele perguntou levantando novamente o tom da voz para que o elfo ouvisse.

-Não sei, meu senhor.

Draco o olhou mais atentamente. O elfo lhe pareceu agitado e ansioso.

-Você quer dizer algo, criatura?

-Não, senhor! – disse Dippy, meio hesitante e com as mãos apertadas.

-Diga logo! – Draco falou alto, arrastando sua voz.

-É, que... hum, Kally comentou que talvez a senhorita Weasley estivesse triste pelo senhor não agradecê-la.

-E por que eu deveria? – Draco perguntou, indiferente.

-Ela... Ela foi quem mais ajudou o senhor. Kally disse que ela parecia muito preocupada quando correu até ela, meu senhor.

-Kally acha demais. Aposto que ela disse uma maneira de agradecer a Weasley.

-Disse, sim, senhor! Ela acha que seria ótimo se o senhor fizesse um jantar em homenagem à senhorita, acha sim!

-Ah, Dippy, suma daqui, vá! Você já me importunou muito por hoje e eu ainda não esqueci que foi você que jogou aquela pinça em mim.

-Mas, se... senhor, eu já queimei minhas...

-Fora! – gritou Draco – E mande Kally vir buscar a bandeja mais tarde.

"Um jantar... por mais ridículo que pareça, não é uma má idéia".

Gina estava deitada. Desde que saíra do escritório e chegara em seu quarto, estava tentando dormir, mas as palavras escritas por Narcisa insistiam em voltar a sua cabeça e por mais que elas estivessem claras, pra Gina não faziam sentido algum.

Como ela poderia estar envolvida com uma maldição que nem ao menos sentia, ou que não lhe fora lançada? Perguntava-se se o que disse a Harry não fora causado pela maldição, pela flor. Para ser mais exato, se perguntava se tudo o que pensava e dizia não era resultado, já que naqueles dias em que estava ali se sentia perdida, e todos os seus pensamentos sempre acabavam em nada.

"Talvez eu esteja sendo influenciada a achar que não amo Harry e fui forçada a ajudar Malfoy... Pode ser que nada do que eu esteja fazendo seja por minha vontade, eu poderia estar sobre o poder de alguém, sobre o poder de Lucio Malfoy!".

Ela afastou essa idéia da cabeça, já que o fiel servo de Voldemort estava morto e fora Narcisa que o matara, como dizia ela mesma na carta.

"Pare de tentar se enganar, Gina Weasley. Você sabe que está fazendo tudo isso porque quer. Não adianta tentar dormir pra tentar não pensar nisso. Não há como sair daqui e você tem que agüentar tudo até que essa maldita maldição seja extinta. Mas e o que poderá acontecer depois disso?".

Ela não sabia responder. Narcisa deixava tudo às escuras e aparecendo esta segunda carta, fez com que Gina ficasse mais confusa ainda e com muito mais medo.

Estranhava o fato de não estar sentindo raiva nem ódio de Malfoy. Afinal ele a insultara aquela manhã e por ele, ela ainda tinha os braços doloridos, por se debater contra o portão. Ele fizera com que ela caísse de seu mundo para jogar na cara que Gina não parecia feliz como ela julgava ser, que nada estava perfeito ao seu redor, como ela queria que fosse. E ela não estava com raiva de Draco por isso.

"Talvez não esteja por ele ter me dito verdades. Harry nunca diria isso; ele teria medo". Gina se perguntou por que havia comparado Draco com Harry. Eles eram tão diferentes um do outro e não seria justo compará-los, pois sabia que eles sempre sairiam empatados, por terem qualidades diferentes.

"Mas desde quando eu vejo alguma qualidade em Malfoy?" ela se perguntou, espantada novamente por estar tendo idéias tão fora do que sempre pensou. "Acho que tê-lo visto desmaiado, pálido e sangrando naquela cama me fez ver que Malfoy não é aquele intocável que ele quer passar ser... E isso não é nada bom, Gina Weasley, nada bom".

Ainda ficou algum tempo pensando sobre tudo o que estava acontecendo, até que o sono veio e Gina conseguiu dormir, apesar de há muito estar cansada.

-Sr. Malfoy? – falou uma voz fina vindo da porta.

-Entre, Kally.

A pequena criatura com vestes surradas entrou rapidamente no quarto e recolheu a bandeja. Quando já estava se virando pra sair, Draco, meio hesitante, falou:

-Kally! Você acha realmente que Weasley gostaria de um jantar?

Os olhos do elfo se iluminaram de alegria e ela desencadeou a falar, ignorando o conhecimento de que seu senhor não gostava disso.

-Gostaria muito, senhor! Ela tem estado muito triste desde que chegou aqui. Só fica vagando pelo jardim, às vezes cantando sozinha... Acho que só a vejo contente quando nos ensina a falar melhor, mas mesmo assim pode se ver tristeza nos olhos. E hoje ela teve um dia muito movimentado, pobrezinha, foi se deitar tão cedo! Merece mesmo um jantar especial...

Draco também ignorou a ordem que há muito havia dado pros elfos não falarem mais que o necessário e nem se aborreceu.

-Acho que amanhã eu já poderei andar, então prepare tudo pro jantar.

-Oh! – pulou ela – O senhor realmente dará o jantar?

-Sim, Kally, e vá logo antes que eu me arrependa, vá!

-A senhorita ficará muito feliz, muito feliz! – ela disse enquanto saia correndo com a bandeja nas mãos.

-Desde quando você aceita idéias de elfos, Draco Malfoy?  - ele se perguntou quando Kally saiu – Desde que Weasley veio aqui e mexeu totalmente com sua rotina, e pelo que diz a carta, com sua vida...

=*=

Gina se espreguiçou lentamente. Já não estranhava mais acordar naquele quarto, pois havia dez dias que dormia nele. Assim que despertou completamente, sentiu um ar diferente naquela manhã; a casa parecia estar movimentada e barulhenta, mas ela tinha certeza de que Malfoy não permitia visitas.

Abriu as cortinas e pode ver pela janela que logo as árvores estariam sem folha alguma e o inverno chegaria. E assim que se virou para ir ao banheiro, Gina soltou uma exclamação de surpresa. Uma coisa que não estava ali na noite anterior estava sobre a mesa. Era um vestido puramente branco, enfeitado na saia por vários brilhos azuis petróleo. Gina o pegou, e pra sua surpresa ele era bem leve, já que a aparência era de que pesava toneladas, devido às finas pregas que havia na saia, formando ondulações até a borda. O corpete era enfeitado com os mesmo brilhos da saia, mas este parecia muito mais trabalhado, tendo várias correntes de brilhos levemente perolados e entrelaçados. Gina se perguntou se aquele não era um dos famosos vestidos feitos por fadas, que não eram nada comuns, pois só eram feitos por encomenda e somente pra quem tinha acesso às pequenas criaturas, que não apareciam muito facilmente.

"Seja ou não feito por fadas, não é meu. Melhor não mexer mais". Ela tentou ignorar a enorme vontade que estava tendo em experimentar o vestido e continuou seu ritual matinal.

Logo já estava de rosto lavado e cabelos penteados e seguiu o corredor para ver como Malfoy se encontrava, ou melhor, pra lhe falar sobre a carta.

Ela bateu de leve na porta e entrou. Espantou-se ao ver Draco sentado normalmente em uma escrivaninha perto de sua cama, onde Gina havia tomado, ou melhor, derramado sua sopa, no dia anterior.

-Malfoy! Você não deveria forçar sua perna se levantando. – ela disse zangada, o encarando.

Draco notou que Gina não estava tentando evitar seu rosto, como sempre fazia. Parecia que nada importava ele estar com uma enorme marca, parecia que não a repugnava mais. Ele brigou consigo mesmo, mas gostou da reação dela.

-Desde quando você acha que manda em mim, Weasley? Só por que sarou um simples ferimento não quer dizer que pode ir dando ordens.

-Pelo menos você seguiu meu conselho e tomou a poção de cicatrização, não?! Pois, caso contrário, as feridas ainda estariam abertas e você nem poderia mexer a perna de tanta dor que teria.

-Weasley, você veio aqui pra quê? Importunar-me?

-Não. – ela respondeu suavemente – Pra lhe mostrar isso.

Gina estendeu o pergaminho que continha as palavras de Narcisa e quando Draco começou a ler olhou-a espantado.

-Como, onde você conseguiu isso? – perguntou.

-Eu, hum... É o mesmo pergaminho, foram apenas as letras que mudaram.

Draco notou que aquele era mesmo o papel onde havia a primeira carta de Narcisa, então se pôs a ler. Quando terminou seu rosto parecia levemente contrariado.

-Você também está amaldiçoada?

Ela pensou que ele falaria primeiro da morte de seus pais, ou talvez da crueldade de seu pai lhe lançar uma maldição, ou até da coragem da mãe de sacrificar a vida para ajudá-lo, mas não, a primeira coisa que Draco comentara foi a parte que falava sobre ela. Uma pontinha de luz se acendeu dentro dela, sem lhe causar nenhuma reação.

-Não, ela não disse isso exatamente. Disse que a parte que cabe a mim é mais violenta. Mas eu não creio que uma coisa que foi lançada em você e para você, vá fazer efeito em mim.

-Mas aqui diz, Weasley, que na hora que você tocou na rosa, parte dela passou para você – disse dando ênfase, como que a acusando de algo.

-Eu, algum dia, ia imaginar que simplesmente tocar em uma flor iria me trazer tantos problemas? Foi uma coisa tão...

-Idiota. – ele completou – Bom, ainda há muitas coisas pra se descobrir. Minha mãe fala com enigmas e eu não entendo todos os sentidos dessas palavras, há mais por trás.

-Eu também achei isso. Acho que se nós pensarmos juntos podemos chegar a algum lugar, não?! – ela ofereceu, mas na verdade torcendo pra que Malfoy não aceitasse.

-Talvez outra hora, Weasley. Agora eu queria ficar sozinho.

Draco, então, voltou-se para a escrivaninha e continuou a ler os papéis que estava lendo quando Gina chegou, ignorando a presença da ruiva ali. Gina deu de ombros e saiu, não adiantaria insistir, já que nem ela mesma estava com cabeça pra discutir sobre a carta.

Desceu as escadas e foi para cozinha. Era estranho ir por esse caminho, já que pelo outro Gina não precisava descer ou subir escada alguma pra chegar à cozinha, sendo que o quarto dos dois ficava no mesmo corredor. Se fosse uma trouxa sairia procurando uma solução pra'quilo, mas Gina já estava acostumada com coisas sem explicação e não deu atenção ao fato de que era impossível não haver outra escada nos fundos. Parecia estar mais curiosa com os barulhos que aumentavam assim que ela se aproximava da cozinha.

Quando chegou lá, encontrou Dippy e Kally correndo pra lá e pra cá, batendo massas, dobrando tecidos, empilhando pratos, causando a barulheira que a Gina parecia ser feita por um batalhão. E quando o elfo se deu conta de que ela estava ali, veio sorridente indicando um pedaço da mesa que estava livre e estendendo um prato de comida.

-Coma, senhorita.  – falou Dippy.

-Mas ainda está cedo para o almoço, Dippy. Prefiro uma xícara de chá. – ela disse meio confusa e aumentando o tom de voz, já que uma chaleira começara a pitar loucamente.

-Senhorita, já passou da hora do café da manhã, e até o senhor Draco já fez sua refeição.

Gina olhou para o pequeno relógio que havia na parede e surpreendeu-se ao  ver que já passava de meio-dia.

-Oh, nem percebi que dormi tanto assim! Mas obrigada, Dippy, acho que almoçarei mais tarde.

-Mais tarde não será possível, senhorita. – falou Kally enquanto mexia rapidamente com uma colher algum condimento dentro de uma panela ao fogo.

-Por quê? – Gina perguntou curiosa.

-A senhorita saberá. Aconselho a comer, mas caso a senhorita não queira é melhor que vá dar uma volta por aí, aproveitar enquanto ainda não há neve atrapalhando a caminhada. E quando for quatro horas – disse o elfo, contente por também saber os horários – volte pra cá!

Gina achou muito estranha a atitude de Kally e Dippy, já que normalmente eles falavam muito, se lhes fosse permitido.

-OK, eu irei caminhar um pouco, mas vocês podem me dizer por que estão tão atarefados hoje? – ela tentou.

-Podemos, sim! Mas não vamos dizer.

Uma leve irritação tomou conta de Gina, mas ela ficou contente pelos elfos estarem mais espertos se comparado com o dia que ela havia chegado ali.

"Parece que faz tanto tempo, mas nem completaram duas semanas".                 

Gina foi andando distraída pelo jardim, e como sempre, acabou indo até a rosa de aparência tão exótica e envolvente. Notou que duas pétalas haviam caído e deu um sorriso triste.

-Parece que pra você o tempo está passando rápido demais... – disse, sem saber que aquela simples perda de pétalas significava uma contagem para o fim ou para o começo. Fim de uma vida, ou o começo de um sonho. Sonho que ela não sabia, mas que há muito desejava.

"N/A: Notaram? Bom, no próximo capítulo finalmente uma interação D/G, que eu acho que vocês irão gostar...=)

E obrigada pelas reviews de sempre!".