Olá a todos!!! Peço imensa desculpa pelo tempo que demorei, mas eu não tive muita inspiração. Este capítulo não saiu muito bem, mas é melhor que nada... espero que gostem. Já agora quero agradecer imenso às maravilhosas leitoras que me ajudaram: Cláudia, Emma, Blue Angel. Obrigada do fundo do coração! Mesmo que não tenha usado as vossas ideias, todas elas me inspiraram, e eu agradeço por isso.

Neste capítulo, a história não é contada por um personagem, mas sim por um narrador (eu prefiro assim), e o que está entre ** são pensamentos.

E pronto. Já chega de conversa da treta. Vocês estão aqui pra ler o capítulo, por isso, LEIAM!

*«»*«»*«»*«»*«»*«»* Veneno *«»*«»*«»*«»*«»*«»*«»*

"Estou farto!!!"

Draco andava de um lado para o outro como um leão enjaulado.

"Tem calma. Tudo tem a sua hora..."

"Mas esta É a hora!"

"Já te expliquei. É perigoso. Se algum feiticeiro te vê... Vais instalar um caos."

Draco parou em frente à janela do seu pequeno quarto. Os seus olhos cinzentos percorriam a rua movimentada numa expressão vaga e ausente. Jerry levantou um saco de plástico que pôs em cima da mesa que estava ao lado de Draco.

"Trouxe-te comida. Vê se te alimentas bem. Vais precisar de todas as tuas forças."

"Como é que ela está?"

"Bem... não está muito feliz. Mas ao saber que estavas vivo ficou com uma esperança renovada."

"O Scott já fez alguma coisa?"

"Eu tento mantê-lo longe... mas sabes... é quase impossível. Tu conheces o Scott. Ele consegue tudo o que quer."

"Eu vou buscá-la."

"Não, não vais! Não arrisques tudo! Pões a tua vida em risco, e a dela também! Dá tempo ao tempo! Tudo se há de resolver. Porque não lhe escreves uma carta? Eu entrego-lhe amanhã."

"Sim... vou escrever. Deixa-me ao menos dar uma volta lá fora... eu prometo que não fujo. Dou-te a minha palavra de honra. Ninguém me vai reconhecer."

"Já te disse que não. Não insistas. Não posso fazer nada. Agora tenho que ir. Há uma reunião de devoradores, eu tenho que estar presente e manter o Scott ocupado."

Jerry vestiu a sua longa capa preta e deu um abraço a Draco.

"Obrigada Jerry. És um bom amigo."

"É a minha função. Por favor, não faças nenhuma asneira. E escreve a carta. Até amanhã."

"Adeus Jerry."

Jerry saiu pela porta do pequeno apartamento, e pôs-lhe um forte feitiço para que Draco não pudesse sair. Draco abriu o saco e tirou de lá um frango que vinha embrulhado num papel de alumínio. Começou a comer sofregamente, como se não comesse há anos. Quando acabou, limpou a boca a um guardanapo, e olhou novamente para a rua. Era hora de ponta. Ele queria ir lá abaixo. Dar uma volta, ver caras novas... mas como não podia, sentou-se na secretária e puxou o papel de pergaminho que Jerry deixou. Molhou a ponta da pena no tinteiro, e começou a escrever.

Esteve assim muito tempo. A escrever lentamente, e parando de vez em quando para pensar. Quando acabou a carta, dobrou-a e meteu-a debaixo de uma jarra que estava ali perto. Depois levantou-se e atirou-se de costas para cima da cama. As feridas que tinha por todo o corpo ainda não tinham sarado, e provocavam-lhe dores muito fortes. Por vezes, insuportáveis. Mas Draco estava habituado à dor desde muito pequeno.

Nunca tinha estado triste. Aliás, nunca tinha tido sentimentos tão fortes em relação a alguém. Hermione. Como é que ela estaria? Provavelmente a sofrer imenso. Ele dava tudo para ir ter com ela. Saber como é que ela estava, sentir o cheiro dela.

Embalado nos seus pensamentos, Draco adormeceu sem sequer se preocupar por dormir num quarto gelado...

* * *

"Estou farta!!!"

Hermione andava de um lado para o outro no sótão.

"Tem calma. Temos que confiar no Jerry."

"Eu confio nele! Mas não podemos acelerar isto?"

"Não Mione. Desculpa, mas temos que ter cuidado."

"Não aguento mais..."

Hermione atirou-se para cima de uma almofada ao lado de Ginny (N\A: a Ginny já não está sob o efeito da maldição Imperius), e colocou as mãos no rosto tapando os olhos. Sophia trocou um olhar impaciente com Ginny. Hermione levantou a cabeça e apoiou-se nos cotovelos, e fez um pequeno sorriso.

"Vou fugir!"

"É impossível Hermione. Eu já tentei inúmeras vezes."

"Não. Tem que haver uma maneira."

"A melhor maneira é esperares que o Jerry resolva a situação."

"Quem é que faz a comida cá em casa?"

Sophia fez um ar confuso.

"Porquê essa pergunta?"

"Diz lá! São os elfos?"

"Sim. Mas porquê?"

"Veremos. Que horas são Ginny?"

"Sete..."

"Ok. Acho que não nos vamos ver durante o jantar. Até logo."

Hermione levantou-se bruscamente e começou a andar rapidamente. Sophia tembém se levantou juntamente com Ginny, e ambas a viram sair, intrigadas. Hermione desceu as escadas e saiu do quarto de Sophia. Como não sabia bem o caminho, estalou os dedos e Jinx apareceu.

"Senhora ter chamado Jinx?"

"Sim Jinx. Por favor leva-me ao quarto do senhor Scott."

"Sim senhora. Venha comigo."

A pequena Jinx começou a andar. Depois de vários corredores, chegaram ao grande corredor que Hermione reconheceu de imediato. Jinx parou e apontou para a porta.

"É aqui senhora."

"Obrigada Jinx. Podes voltar ao teu serviço agora."

Jinx fez uma vénia exagerada e desapareceu. Hermione ajeitou o vestido e o cabelo, e bateu à porta. Pouco depois ouviu passos no interior do quarto, e a porta abriu-se. Scott olhou para ela com uma expressão de surpresa.

"Por aqui?"

Hermione respirou fundo, e atirou-se ao pescoço de Scott beijando-o com força. Scott retribuiu com a mesma intensidade e pôs o braço em volta da cintura dela. Foi um beijo longo, mas que estava vazio de paixão. Pelo menos para Hermione. Depois de o beijo terminar, Hermione entrou no quarto e ficou a olhar para Scott à espera da sua reacção. Scott pôs um dedo no queixo e levantou uma sobrancelha, dando-lhe um ar extremamente sedutor.

"O que é que se passa?"

Hermione sentou-se na cama apoiada nos braços, cruzou as pernas, e esboçou um sorriso inocente.

"Tenho um plano. Penso que te vai agradar..."

Scott agachou-se à frente de Hermione e sorriu também.

"Sou todo ouvidos..."

"Quem é a pessoa que tu mais desejas matar?"

"Porque é que eu te diria?"

"Porque eu sou a chave para os teus problemas. É o Potter não é?"

"Sim... o que é que tens em mente?"

"Simples. Eu entrego-te o Potter, e tu podes matá-lo como sempre quiseste."

"E porque é que entregarias o teu melhor amigo?"

"Porque ele não é o meu melhor amigo. E tu tens uma coisa que eu quero..."

Scott começou a ficar mais interessado, mas ao mesmo tempo desconfiado.

"E o que é?"

"Poder. Tu tens muito poder. Quero ser tão poderosa como tu. E quero ajudar- te. Juntos, o mundo será nosso. É tudo o que eu quero."

Scott soltou uma pequena gargalhada maléfica. Hermione também sorriu e olhou para Scott, impaciente.

"Queres poder... surpreendes-me. Mas como posso eu confiar em ti?"

"É simples. Deixa-me entregar-te o Potter. Há melhor prova?"

"Hum... é intrigante... o teu ódio passou a admiração por mim?"

"As pessoas acordam sempre. Eu acordei agora, e só lamento o tempo que perdemos. Eu faço tudo com um propósito. Eu posso vir a ser uma grande ajuda... e tu sabes disso. A nossa união será o nascer de uma nova era negra."

"Um herdeiro?"

"Ou mais..."

Scott sorriu e beijou Hermione.

"Podemos tratar disso mais tarde... deixa-me só tomar um duche. Chama a Jinx e pede-lhe comida. Comemos aqui... escolhe a comida que quiseres."

Scott levantou-se com Hermione a segui-lo fixamente com os olhos. Ele dirigiu-se ao armário e tirou de lá uma toalha branca e uns boxers vermelhos. Depois piscou um olho a Hermione e entrou na casa de banho fechando a porta atrás de si. Mal se viu sozinha, Hermione estalou os dedos e Jinx apareceu de novo.

"Senhora chamar Jinx?"

"Sim. Quero que me digas que comida há."

"Nós fazer tudo o que senhores pedir."

"Ok. Então... diz-me. Qual é a comida preferida do senhor Scott?"

"Sopa de cenoura, e kasha. Para sobremesa pede muitas vezes Blinchiki. O senhor Scott adorar comida russa."

"Muito bem. Traz isso tudo para dois. Eu e o senhor Scott vamos jantar aqui. Não te demores."

"Jinx ir buscar."

Jinx desapareceu e voltou passados 5 minutos com um grande tabuleiro que pousou em cima da cama. Depois perguntou se Hermione desejava mais alguma coisa, ela disse que não e agradeceu, e Jinx desapareceu de novo. Hermione olhou para a porta da casa de banho impaciente. Ela ainda ouvia a água a correr. Este era o momento esperado.

Hermione meteu a mão dentro do seu bolso, e retirou de lá de dentro um pequeno frasco de vidro cor de laranja. Em seguida serviu a sopa nos pratos, e separou o de Scott. Abriu o frasco e verteu uma gota do líquido transparente no prato dele. A sopa deitou uma nuvem de fumo amarelo, mas depois voltou ao normal. Hermione sorriu, contente com o resultado. Agora era só torcer para que tudo corresse bem.

Daí a pouco tempo a porta da casa de banho abriu-se, e Scott apareceu usando apenas os boxers vermelhos que tinha levado. Sentou-se na cama e começou a beijar o pescoço de Hermione. Uma das suas mãos percorria o corpo dela e começou a abrir o fecho do vestido. Hermione empurrou-o ligeiramente e sorriu.

"Vamos com calma. Temos a noite toda. Mas primeiro vamos comer. Estou cheia de fome."

Mas Scott não parou e começou a deslizar a mão por dentro do vestido de Hermione.

"Eu também tenho fome, mas não é de comida..."

Ela empurrou-o novamente.

"Vá lá Scott. Não comi nada durante a tarde. Estou mesmo com fome."

"Está bem."

Hermione começou a comer a sua sopa, esperando que Scott fizesse o mesmo. Mas ele não o fez. Em vez disso ficou a olhar para o prato de Hermione. Esta percebeu o olhar e sorriu para ele encorajando-o a comer a sopa.

"Não comes? Eu sei que é a tua sopa preferida."

"Esse é o meu prato. Troca."

"Como assim é o teu prato?"

"Como nesse prato praticamente desde que nasci. E é nesse prato que vou comer agora. Troca."

"mas qual é a diferença..."

"TROCA!!!"

Hermione esboçou um pequeno sorriso tentando esconder o nervosismo, e trocou os pratos. Scott assentiu com a cabeça e começou a comer. Ao ver que ela não tocava na sopa, sorriu maliciosamente e perguntou.

"Então? A fome passou-te? Come..."

Ela olhou para o prato relutantemente. Pegou na colher e preparava-se para comer. Mas não tinha coragem. Ela sabia que morreria se ingerisse o veneno. Scott olhava para ela atentamente na expectativa. Ao ver que ela não comia, começou a rir.

"tsc tsc... Miss Granger... devo dizer que me desiludiu bastante. Sabes quantas vezes já me tentaram envenenar? Perto de 30. Mas nunca conseguiram. Eu sei reconhecer traidores à distância. Foi o meu pai que me ensinou. As mulheres são as piores. Pensaste que eu caía na tua conversa? Enganaste-te redondamente. A mim ninguém engana. Vais sofrer as consequências disto, e não vão ser nada animadoras..."

Hermione não estava a gostar do rumo da conversa. Ela tinha falhado, e agora ia ter que ter uma mente ágil para escapar ao destino que a esperava. Ela tinha que se manter fria, para agir bem. Um mau movimento seria o suficiente para por em risco a sua vida. Scott mordiscava a ponta da colher e continuava a sorrir.

"Queres saber as consequências da tua estupidez?"

Ela sorriu também maliciosamente.

"Estou bastante interessada."

"Eu vou matar-te. Aqui e agora. Depois, vou expor o teu corpo na reunião de devoradores. sim... vai valer-nos umas boas gargalhadas. O teu querido Draco, também terá uma morte infeliz. Surpreendida? O Jerry nunca me enganou. Eu sei que o Draco está vivo, e é uma questão de tempo até eu o encontrar. Sophia irá dar-me o herdeiro de que eu preciso, e depois também ela irá morrer. Eu irei erguer-me. Serei mais poderoso do que o meu pai... eu dei-te uma oportunidade, mas desperdiçaste-a. É pena."

Scott virou-se para pegar a sua varinha. Era o momento que Hermione esperava. Ela pegou na terrina da sopa *isto deve ser o suficiente para o deixar inconsciente* preparava-se para a partir na cabeça de Scott, quando este se virou e a travou. Ela deu-lhe um murro na cara, mas ele prendeu-lhe os braços. Felizmente para Hermione ele não tinha conseguido agarrar a varinha, o que significava que era uma luta corporal.

Com um movimento rápido e ágil, Hermione livrou-se dos fortes braços de Scott e deu-lhe novamente um soco na cara. O lábio de Scott começou a escorrer sangue. Hermione esticou-se e agarrou a varinha de Scott. ela estava decidida a fazer o que lhe parecia mais certo e acabar com todo o sofrimento.

"Avada Kedavra!"

Faíscas verdes saíram da ponta da varinha. Scott pôs uma mão à frente e agarrou as faíscas fazendo-as desaparecer entre os seus dedos. O feitiço não tinha tido nenhum efeito. Hermione levantou-se bruscamente e correu para a porta com Scott no seu encalço. Ela tinha em mente que ele tinha reflexos muito mais rápidos e isso assustava-a muito. Hermione corria desenfreadamente pelos corredores, sem nenhum destino em particular, apenas tentando encontrar uma saída. O único barulho que se ouvia era o bater dos sapatos de Hermione no chão de pedra. Ela correu o mais que pode, tentando encontrar uma porta familiar. Mas isso não aconteceu. Ela devia ter previsto o que fazer no caso do plano falhar. Só neste momento ela se apercebeu do quão precipitada foi. Não havia nada a fazer. Ele ia apanhá-la e ela ia morrer.

Parou de correr. Sem fôlego olhou em volta desesperada. Estava completamente sozinha num corredor onde nunca tinha estado antes. As lágrimas corriam livremente pelo seu rosto. Hermione encostou-se à parede e deslizou para baixo. Tentando manter-se calma naquele silêncio sufocante, foi com terror na alma que ouviu passos de alguém a aproximar-se. Era Scott. ela tinha a certeza. Tudo iria estar acabado em breve. Ela levantou- se firmemente e limpou as lágrimas da cara. Se ia morrer, ia morrer dignamente.

O barulho dos passos aumentava cada vez mais. Hermione olhava para a esquina na expectativa. E finalmente apareceu. Mas não era Scott, e Hermione começou a sorrir e foi a correr abraçá-lo.

"Harry! Vieste salvar-me! Leva-me contigo! Por favor... leva-me..."

"Estás bem? O Jerry e o Ron estão com o Scott. A Sophia e a Ginny estão a tratar do botão de transporte. O pesadelo está prestes a acabar."

"Nem acredito! Obrigada! Como é que souberam?"

"A Sophia avisou-nos, e nós viemos logo."

"Pois... eu fui estúpida... e agora eles estão em perigo de vida..."

"Não te preocupes. A culpa não foi tua. Nós devíamos ter previsto isto. Vais ver que corre tudo bem. Agora tenho que te levar ao quarto da Sophia."

Sentindo-se muito mais segura envolta nos braços de Harry, Hermione foi guiada pelos corredores. Harry sabia bem o caminho, e deixou-a à porta de Sophia.

"Fica aqui. Vou ajudar os outros. Esperem no sótão. Não devemos demorar muito mais. Até já."

Harry abriu a porta e deu um beijo na testa de Hermione. Ela subiu as escadas e encontrou no sótão Sophia e Ginny que estavam à volta de um cálice de prata. Mal notou a presença de hermione, Ginny levantou-se e abraçou-a.

"Tu estás bem? Estávamos tão preocupadas! Ele fez-te alguma coisa? Estás magoada? Estiveste com o Harry?"

"eu estou óptima. Desculpem... eu só pensei em mim... fui extremamente egoísta. Espero que me perdoem pelo meu erro."

"Não faz mal Mione. É da maneira que saímos daqui antes. Esta luta era inevitável."

Hermione sentou-se entre as duas, olhando para o delicado cálice de prata.

"É o botão de transporte?"

"É. Está pronto. Vai levar-nos para a Toca."

"E o Draco? Vai lá ter? ele está em perigo."

"Irás ver o Draco mais depressa do que pensas. Agora só nos resta esperar que eles voltem."

E assim foi. A espera prolongou-se por uma hora, duas horas, três horas... e nem um sinal de Jerry, Ron, ou Harry. As três estavam impacientes e preocupadas.

"e se eles estão mortos? E se o Scott sobreviveu e anda à nossa procura? E se ele nos descobre nos mata? E se..."

"CALA-TE GINNY!!!"

Ginny sentou-se cabisbaixa enquanto Sophia e Hermione a fulminavam com o olhar. E nesse momento o alçapão abriu-se. Após breves momentos de expectativa, Ron e Harry entraram arrastando Jerry, que parecia gravemente ferido e incosciente. Deitaram Jerry nas almofadas, sob o olhar preocupado de todos, especialmente de Sophia. Harry e Ron também se sentaram exaustos. E então Harry começou a falar.

"conseguimos... eu matei-o... o Jerry está inconsciente mas tenho a certeza que Mrs. Weasley tem uma boa poção à nossa espera."

"Então do que é que estamos á espera? Vamos já para a Toca. Coloquem-se em volta do cálice. Quando eu disser 3, todos tocamos."

Todos se posicionaram à volta do cálice agarrando Jerry, prontos a tocar quando Sophia fizesse a contagem.

"1... 2... 3!"

Pouco tempo depois de terem tocado, e de terem passado por todas aquelas sensações características de quando se toca num botão de transporte, deram por si no jardim da casa Weasley. Aos poucos, todos foram entrando, arrastando Jerry. Já na cozinha (depois de uma calorosa recepção de Mrs. Weasley), todos tomaram poções e comeram chocolate. Harry contou uma versão resumida do que se passara, e a seguir todos se deitaram para recuperar energias.

Hermione ficou a dormir no seu quarto habitual, mas desta vez num dos sofás, porque Jerry tinha ficado com a cama, e Sophia com outro dos sofás.

Por mais que tentasse, Hermione não conseguia dormir. Ela tinha um estranho pressentimento de que nada estava tão tranquilo quanto parecia. E se Scott de alguma maneira conseguisse voltar? Seria o fim? E onde estaria Draco? por momentos, Hermione pensou que ele estivesse na toca. Mas esses pensamentos foram apagados ao constatar que isso era mentira. Se ele não estava na toca, e se todos estavam ali, então naquele momento Draco estava sozinho, e com certeza num sítio que lhe era completamente estranho. A decisão fora tomada. Na manhã seguinte, Hermione ia fazer tudo para descobrir o seu paradeiro, e ia buscá-lo, onde quer que ele estivesse.

Naquele quarto, Hermione não era a única que permanecia acordada. Sophia também o estava. Não por estar preocupada com uma questão concreta, mas sim por estar a analisar a expressão de Hermione.

"Fica descansada... ele está bem..."

Hermione deu um pulo no sofá ao ouvir a voz serena de Sophia.

"Sophia... estás acordada há muito tempo?"

"O suficiente para perceber tudo o que se passa na tua mente... não ligues... heranças do passado."

Sophia sorriu, e Hermione sentou-se no sofá cruzando as pernas.

"Então... tu sabes onde ele está?"

"Sei."

"Diz-me Sophia. Por favor..."

"ele está em Nova Iorque. Mesmo no coração da cidade. O Jerry achou seguro deixá-lo lá. Devido à confusão, era muito improvável que alguém o encontrasse."

"Quando é que eu o vou ver?"

"Bom, eu não posso dizer isso. Só o Jerry sabe a morada. ele está sobre o efeito de um Fidelius, e só pode dizer quando tiver a certeza do que está a fazer. E ele ainda não está bom. Vamos ter que esperar. Agora quanto tempo eu não sei."

"Não se pode mandar uma coruja ao Draco para ele ir ter a um sítio?"

"Só o Jerry lhe pode mandar corujas. Se tentares, a coruja simplesmente se irá recusar a fazer a entrega. Além disso ele não iria sair de casa, porque não sabe que o Scott foi morto e podia ser uma armadilha. Por isso, só nos resta esperar."

"Mas eu estou farta de esperar! Se o Jerry não contar amanhã, eu meto-me no primeiro avião para Nova Iorque, e procuro-o sozinha."

"Avi... quê?"

"É um transporte muggle que serve para voar e viajar para todo o mundo. Espero até ao meio-dia, se o Jerry não disser nada, eu vou a Nova Iorque."

"Nem penses Hermione. Não vais lá fazer nada. É melhor ficares aqui. Ainda temos que ter cuidado, porque apesar de o Scott estar morto, nós não estamos fora de perigo. Os devoradores estão à nossa procura e não nos vão facilitar a vida."

"Eu vou ter cuidado. Não sou propriamente uma criança de 5 anos. Não te preocupes Sophia. Eu sei o que fazer."

Hermione voltou a deitar-se e a tapar-se.

"Fica tranquila. Até amanhã."

Sophia também se deitou, e sussurrou o que ninguém podia ouvir senão ela.

"Isto ainda vai dar para o torto..."

***************************************************

Uff... acabou. Espero que tenham gostado. Vou pedir a todos os que tenham lido para deixarem reviews, porque depois de tanto trabalho, estou mesmo curiosa em saber o que acharam.

Vou ser breve com o próximo capítulo, que é o último.... :,(

DEIXEM REVIEWS!!!!!!! Vcs sabem que eu as adoro...

Jokas gands pa todos, e até breve! *********************