Capítulo II
Sakura olhava para a janela a sua frente. Deu dois passos em sua direção e estendeu o braço afastando um pouco a cortina. "É alto! Droga! Não sei se vai dar para pular..." Sua mente fervilhava. Porém sentiu-se ser abraçada por trás. Dois braços fortes enlaçaram sua cintura enquanto podia sentir o calor da boca de um homem beijando seu pescoço. Seu coração explodiu.
'Não tenha medo.' Li falou ao seu ouvido com uma voz rouca fazendo Sakura mesmo que não quisesse sentir um arrepio percorrer todo o seu corpo.
'Não!' Exclamou tentando livrar-se dele.
Li a virou e segurou-a pelos dois punhos , encarando a garota. 'Olha aqui sua vadia, não tenho saco para teatro.'
'Eu já disse que não sou uma vadia! Me larga!' Ela o empurrou com força afastando-o finalmente. Sem pensar, pegou o enfeite de cabelo que tinha e apontou para ele. 'Estou avisando! Não quero lhe machucar, mas não vou me deitar com o senhor.' Falou tentando passar credibilidade nas suas palavras.
Li cruzou os braços sobre o peito nu e encarou a garota a sua frente. 'Acho que as meninas deveriam avisar a você que não suporto este tipo de cena.' Sakura levantou as sobrancelhas um pouco. 'Sou direto garota. Então não pense que este teatro de defesa à sua virgindade vai me causar mais vontade. Não sou o tipo de homem de ter fantasias. Então deita logo naquela cama e abra as pernas!'
Sakura sentiu um enjôo tão grande que quase a fez levar uma das mãos ao estômago. Porém apertou mais forte sua arma improvisada estendendo-a em direção ao homem.
'Não sou mulher de fazer teatro, senhor. Já disse que não sou este tipo de mulher, se estou aqui é contra a minha vontade!'
'Ah por Deus! Esta história de novo?! Não agüento mais isso...' Falou completamente sem paciência.
Ele avançou alguns passos em direção a menina que tentou atacá-lo com sua pseudo-arma. Porém um enfeite de cabelo na mão de uma menina não era nem considerado uma ameaça para um comandante do exército chinês. Li a dominou em segundos e jogou-a na cama com força. Deitou-se sobre ela abrindo o quimono da jovem enquanto beijava sua boca. Sakura não podia negar que estava sentindo sensações únicas porém não era aquilo que queria. Quando sentiu Li tentando abrir suas pernas, pegou o primeiro objeto que alcançou e desferiu com força na cabeça dele. Li caiu desacordado sobre o seu corpo.
Sakura precisou de alguns segundos para colocar a cabeça em ordem. Empurrou o pesado corpo de Li para o lado e levantou da cama ajeitando o quimono aberto. Sua respiração era ofegante. Olhou para Li estendido na cama e com a cabeça sangrando e uma onda de terror percorreu o seu corpo pensando que o tinha matado, pensou ajoelhando-se na cama e colocando a cabeça sobre o peito do rapaz. Ouviu o coração dele e não pode deixar de conter um sorriso. 'Está só desacordado... Bem feito! Eu avisei que não era uma mulher daquelas!' Falou olhando para o rosto sério dele.
Levantou da cama e correu até a janela. Olhou para baixo e como imaginou antes era bem alta. Voltou a olhar para o quarto tentando pensar numa saída.
'Vou ter que fazer uma corda.'
Correu até a cama e empurrando o corpo do comandante de um lado para o outro tirou os lençóis, amarrando-os entre si. Porém ainda não cobria a distância que precisava descer. Abriu a porta de leve e olhou pelo corredor pouco iluminado. Pé ante pé foi até o quarto ao lado buscar mais alguns lençóis. Entrou no que parecia não ter barulho e viu o quarto vazio. Os gemidos vinham do lavatório que ficava anexo ao quarto. Rapidamente correu até a cama tirando os dois lençóis que havia e correu para a porta, quando tropeçou no uniforme do soldado. Sakura abriu um leve sorriso. Se saísse vestida como uma concubina chamaria a atenção e provavelmente Dan a encontraria em dois tempos, mas vestida como um soldado, como um homem, não a encontrariam nunca. Pegou as roupas e as botas do pobre soldado e correu para o quarto onde estava Li ainda desacordado.
Amarrou os dois lençóis nos outros dois e calculou que agora só faltava um pouco, teria que pular. Pegou a espada de Li e foi ao banheiro onde cortou os cabelos tomando cuidado para não deixar nenhum fio no local, tirou o quimono e com um pedaço do lençol rasgado enrolou como uma faixa apertando os seios para não deixar que o volume deles estragasse seu disfarce. Colocou a roupa do soldado mas precisou pegar alguns lenços que encontrou nas gavetas para conseguir calçar bem as botas. O quimono e as madeixas do seu belo cabelo foram socados dentro de uma fronha para serem jogados fora mais tarde em algum beco.
Amarrou uma das pontas da sua corda de lençóis no batente da janela e estava pronta para descer quando seus olhos cravaram em Li novamente. Não sabia porque mas se sentia mal. Ela balançou a cabeça de um lado para o outro pensando que ele era um porco nojento como Dan. Fitou-o novamente, deitado com um corte na cabeça e baixou os olhos. 'Droga de remorso', sussurrou.
Rapidamente caminhou até ele enquanto tirava a correntinha que tinha no pescoço. Era seu único bem de valor. Se ele vendesse poderia pagar parte do que gastou com ela. Colocou o objeto numa das mãos dele e fitou o rosto bonito do rapaz.
'Não gosto de ficar devendo nada para os outros. Depois pago o resto que lhe devo.' Falou num tom sério antes de virar-se e finalmente pular a janela para a liberdade.
*~*~*
Li abriu os olhos quando sentiu os raios do sol incomodando-os. Levou uma das mãos até a cabeça, onde latejava. Sentiu sangue entre os dedos.
'Vadia louca...' Falou entre dentes lembrando que fora atingido na cabeça por alguma coisa.
Ele levantou da cama estranhando ela estar sem os lençóis vermelhos. 'Onde está aquela louca?' Falou observando o quarto revirado. Sentiu algo na sua mão e olhou-a , franziu a testa observando o frágil cordão com um pingente em forma de flor nela. Ficou um tempo observando o pingente e com a outra mão no machucado que tinha na cabeça. 'Meu dinheiro..' pensou alto indo até suas roupas e procurando o saquinho de moedas que deveria estar nela. Qual foi sua surpresa ao encontrá-la cheia. Ele tinha certeza que a garota tinha lhe roubado tudo, mas não. Levantou com as roupas nas mãos e foi até a janela onde viu a rota da fuga da menina.
'Então era verdade que a garota não queria ser uma prostituta.' Falou sorrindo de lado. 'Droga, me custou 300 moedas e um belo machucado na cabeça.'
Começou a se vestir. Deveria estar se apresentando com sua tropa antes do sol raiar daí a dois dias. Com certeza seria recriminado se atrasasse. 'Maldita garota.' Falou entre dentes enquanto se vestia. Colocou sua armadura e a espada nas costas. Estava pronto para sair quando seus olhos cravaram no pingente em forma de flor que deixou em cima da cama. Pegou e observou por alguns segundos o objeto, por fim colocou dentro de um dos bolsos.
'Soldados!' Chamou os homens que faziam parte da sua tropa. Muitos ainda estavam dormindo. 'Homens! Estamos atrasados para ver o Imperador!!' Falou com a voz mais alterada. Houve uma correria geral, lá pelas tantas um soldado gritou que não achava suas roupas, Li deu pouco caso. Estava com problemas demais. O Senhor Dan veio lhe cobrar onde estava sua nova pedra preciosa, Li respondeu muito zangado com a dor de cabeça que ela lhe ofereceu e não deu conversa. Montou no seu corcel e chamou novamente os homens, irritadíssimo.
*~*~*
Sakura caminhou a noite inteira sem rumo. O que faria sem dinheiro e sem paradeiro. Para onde iria? O que poderia fazer? Colocou uma das mãos na barriga sentindo-a roncar de fome. Suspirou pensando do inferno que conseguiu escapar e no inferno que estava agora. Ela sempre pensou que Xangai fosse uma terra próspera e moderna e não um lugar sujo e tão marginalizado. Foi quando ouviu o barulho de cascos de cavalos atrás de si. Seu sangue gelou mas tentou não olhar para trás. Muitos passaram por ela sem prestar atenção.
'Hei Soldado! O que está fazendo caminhando sozinho?' Gritou um homem parando o cavalo ao seu lado.
Sakura virou para ele e abriu a boca para dizer alguma coisa, mas nada vinha na sua cabeça. O soldado deu uma longa gargalhada.
'Venha garoto! Pelo jeito ainda é fraco para a bebida.' Falou estendendo a mão para ele montar no seu cavalo. Sakura adoraria dizer que não precisava, mas como diria que não era um soldado estando com a roupa de um? Pegou a mão do homem e pulou na garupa dele.
'Vamos correr! Estamos atrasados para o encontro das tropas com o imperador! O Comandante Li está com um mau humor do cão! Pelo jeito a vadia que ele pagou não foi tão boa assim quanto parecia.' Falou o homem enquanto atiçava mais o cavalo para acompanhar o enorme pelotão. Sakura sorriu de lado lembrando do forte golpe que havia dado no comandante. Realmente ele deveria ter acordado com uma terrível dor de cabeça.
A viajem não foi tão longa. Dois dias sem parar de cavalgadas. Li não deu descanso para seus homens e só parou o necessário para os animais se recuperarem, não os soldados. Isso foi maravilhoso para Sakura pois ninguém tinha tempo para reparar que havia uma pessoa estranha na tropa. Assim que chegasse no tal encontro daria um jeito de sair de fininho.
O soldado que ajudou Sakura era Yancha e era muito simpático. Apesar de gordo e até um pouco porco. Tinha péssimos hábitos para comer. Quando este lhe ofereceu uma fatia de pão para se alimentar, teve vontade de recusar porém, seu estômago estava corroendo por dentro e não teve como negar o alimento.
Chegaram em frente ao castelo do Imperador e Sakura não pode deixar de ficar maravilhada vendo a magnitude. O pelotão entrou a tempo para o tal encontro. Havia inúmeras tropas, centenas de milhares de soldados. Eram tantos homens num só lugar que Sakura involuntariamente escondeu-se atrás de Yancha. Li ia a frente, com o ar superior próprio dele. Yancha havia lhe contado que o jovem coronel vinha de uma linhagem de guerreiros importantíssimos da China. Não era à toa que apesar de novo havia conseguido o cargo de Comandante de uma tropa, apesar de que isso ia contra a opinião de muitos generais do exército chinês. Apesar de Li ser um ótimo guerreiro era por demais arrogante.
Sakura saltou do cavalo sentindo as pernas bambas. Já estava com elas completamente doloridas. Durante a viagem sentira inúmeras câimbras, mas tentou disfarçar ao máximo.
'Nunca esteve no palácio não é garoto?' Perguntou Yancha observando Sakura olhar maravilhada para as construções folheadas a ouro.
'Não, senhor. Nunca estive num lugar tão lindo como este'. Falou forçando a voz para engrossá-la.
'Eu também nunca estive aqui. O imperador é realmente um Deus.'
Sakura concordou com a cabeça e junto com Yancha foi juntar-se aos outros da Tropa. Pelo que a jovem ouviu dos outros soldados, hoje seria o dia em que os comandantes, generais, capitães e o resto da alta patente do exército se reuniria com o Imperador e traçaria uma estratégia contra a invasão dos Húngaros às terras chinesas. Li deixou a tropa, entrando no majestoso palácio. Os soldados teriam que se recadastrar para serem remanejados em tropas.
Yancha arrastou Sakura junto de si para a fila. Ela olhava para os lados e tentava achar um jeito de fugir dali, mas o gordo a carregava para todos os lugares, pelo jeito não tinha muitos amigos. A jeito foi ficar na fila a sua frente. O sol estava escaldante e aquele uniforme pesado e suado fazia com que a jovem chegasse a sentir vertigens.
'Nome, rapazinho.'
Sakura arregalou os olhos fitando um soldado atrás de uma mesa encarando-a. 'É mudo?' Ele debochou vendo a demora dela em responder.
'Hã...' Nenhum nome vinha na cabeça dela. Yancha sempre a chamou de Garoto, por isso nunca se deu ao trabalho de pensar em um nome masculino. 'Touya'. Saiu por fim lembrando-se que ouviu este nome em algum lugar.
'Tou... o quê?' Perguntou o soldado tentando escrever o nome dela numa ficha.
'Touya.' Repetiu um pouco incerta ainda.
'Nunca ouvi este nome antes...' Resmungou o soldado. 'Sobrenome?'
Novamente Sakura bloqueou. Mordeu os lábios pensando em que nome dar para ele. 'Kinomoto'.
O soldado levantou os olhos para ela com uma cara séria. 'É japonês?'
'Não senhor. Sou chinês. O meu pai era japonês.' Falou olhando para o homem crente que assim ele o expulsaria do exército e ela sairia dali.
'Quantos anos?'
'14.'
O soldado anotou tudo e ficou um tempo olhando para o rapazinho a sua frente. Deu um longo suspiro. 'Kinomoto Touya. Seu número é 478. Guarde-o na cabeça, pois será remanejado.'
'Sim senhor.' Respondeu desanimada, vendo que o seu plano ia por água abaixo. Caminhou devagar, ouvindo Yancha responder o questionário. Sorriu ao ouvir o soldado perguntando o seu peso e o gordo gaguejando e tentando convencer o soldado e a ele mesmo que toda aquela gordura eram músculos.
Sentou encostada ao muro observando aquele mar de homens e em como sairia da fria que se meteu metera.
*~*~*
Li estava sentado ao lado de vários outros homens vestidos com uniformes pomposos mostrando assim seu alto poder. Ele não gostava muito daquelas reuniões estratégicas, pois a maioria nunca chegava a lugar nenhum. Nunca encontrou um homem bom em estratégia militar. Sentou de maneira confortável na poltrona e passou uma das mãos na cabeça onde ainda podia sentir o machucado que a garota havia lhe feito a dias atrás. Sorriu de lado lembrando-se dela. Podia estar meio alcoolizado mas lembrava dos incríveis olhos verdes que ela possuía. Aquilo foi o que mais o atraiu na garota. Era raro ver chinesas com olhos tão belos. Por alguns momentos pensou em onde ela estaria. Pois pelo que deu a entender, realmente estava contra a vontade no estabelecimento de Quang Dan. Sentiu um leve aperto no peito pensando que se a garota não fosse geniosa, teria estuprado-a. Franziu a testa de leve pensando por este ângulo. Ele não poderia negar que gostava de dormir com prostitutas e algumas senhoritas mais ingênuas, mas nunca forçou nenhuma delas. Ou seduzia-as ou pagava-as pelo que queria. Suspirou olhando para um dos cantos do grande salão e ouvindo o murmúrio que os homens faziam tentando chegar a uma solução com relação a melhor estratégia para derrotar os húngaros que já haviam destruído inúmeros vilarejos e cada vez mais se aproximavam das terras do imperador.
De repente um silêncio invadiu o salão, todos se calaram e Li pode ouvir o barulho de cadeiras sendo arrastadas enquanto vários homens se ajoelhavam. Sua distração pensando na garota de olhos verdes, fez com que não percebesse que o imperador entrara no salão.
'Comandante Li.' A voz do imperador chamou-o a atenção por continuar sentado. Li levantou e se abaixou tocando um dos joelhos no chão e com a cabeça inclinada em respeito.
'Sim, majestade?'
'Estava distraído, não?'
O Imperador era um senhor idoso e muito sensato. Tinha uma mente aguçada e brilhante. Li o admirava muito. Seu pai antes de morrer num combate era o braço direito do imperador Wing. Por isso o velho senhor tinha muita estima pelo rapaz e sabia que ele era um ótimo guerreiro como Shang Li.
'Perdoe-me Majestade.' Pediu humildemente.
Wing sorriu para ele e foi até o rapaz pedindo para que ele e os demais levantassem para discutirem o que fariam. O ancião estava preocupado demais com a verdadeira matança que estava acontecendo na China.
'Então senhores? O que faremos para proteger nossa terra e nosso povo dos invasores húngaros?' Falou parando a frente de Li que o encarava.
'Estávamos discutindo isso, Imperador.' Falou um general.
O imperador desviou os olhos de Li e começou a caminhar em direção ao seu trono, onde virou e sentou observando a todos. Repousou seus braços no encosto confortável do trono e deu um longo suspiro.
'O que acha comandante Li? O que faremos?'
Wing fez a pergunta para ele de propósito pois percebeu que ele estava distraído com relação a discussão que estava ocorrendo. Respirou fundo tentando ganhar tempo para pensar em algo inteligente para responder ao imperador.
'Estamos em guerra, filho. Precisamos pensar em como destruir o inimigo ou continuaremos perdendo mais vidas. Se seu pai estivesse aqui com certeza não se destrairia.'
'Com certeza.' Falou em tom ríspido. 'Majestade.' Completou um pouco a contra gosto. Wing sorriu para ele e voltou a perguntar aos homens o que fariam.
Li ficou calado a reunião toda. Sentiu-se humilhado pelo imperador que sempre o viu como um fedelho filho de Shang Li e nunca o viu como um homem, nunca o viu como Xiaolang Li.
*~*~*
Sakura estava comendo o pedaço de carne que haviam distribuído para os soldados que esperavam pelos seus comandantes. Yancha e outros homens conversavam animadamente sobre mulheres e sobre batalhas. Ela se mostrava indiferente. Seus pensamentos estavam em o quê faria da vida agora que estava completamente sozinha. Se voltasse para Yuhan, provavelmente a devolveria para o porco do Dan ou a venderia para outro cafetão, não tinha para onde ir. Uma mulher sozinha, sem família e sem marido não era nada. Era como um cachorro abandonado e largado na rua comendo restos de comidas e revirando lixos. Respirou fundo sentindo que seus olhos começavam a encher de lágrimas. Tentou controlar-se. Se chorasse todos perceberiam. Homens não choram, era o que sempre ouvia.
No final da tarde, o imperador apareceu na varanda ao lado dos homens poderosos do exército. Todos os soldados levantaram-se para ouvir as palavras do seu patriarca.
'Senhores, estamos em guerra!' Começou a falar com a voz enérgica apesar da aparência bondosa. Sakura teve a impressão de que ele parecia um vovô simpático. 'Nosso império está sendo invadido por homens impuros que roubam nosso dinheiro, queimam nossas terras e lares, matam nossos filhos e violam nossas mulheres!' Ele deu uma pausa esperando a reação do imenso mar de soldados e sorriu de leve vendo que os atiçava. 'Precisamos proteger nossos bens! A vida de nossa gente!'
Os soldados gritaram entusiasmados com as palavras cada vez mais empolgantes do seu líder, até Sakura já estava se manifestando com os homens que xingavam os invasores da China.
'Iremos remanejá-los em novas tropas. Venceremos os húngaros e mostraremos a eles que somos um povo de sangue guerreiro e forte!' Os soldados gritaram entusiasmados. Wing disse mais algumas palavras e depois se retirou acompanhado pelos seus homens de confiança. Logo um soldado começou a ditar números seguido por nome de cada comandante. Sakura voltou a sentar porém podia sentir que os soldados estavam bem mais agitados e praticamente prontos para a guerra.
'Números 1 a 50. Comandante Ming Chan!' Gritou o soldado encarregado de separá-los.
As tropas eram de 50 homens cada. Sakura olhou para Yancha e perguntou qual era o numero dele.
'479! Estou no mesmo grupo que você, garoto!' Respondeu sorrindo e passando a mão da cabeça dele.
'Mas eu estava logo atrás de você e me deram o numero 314. Como será que estão dividindo os soldados?' Perguntou um dos soldados que veio com a tropa de Li.
'Acho que estão nos dividindo por categorias de forças.' Respondeu Sakura observando os homens que eram escolhidos caminhando ao local indicado.
'Então estou na mesma categoria que uma criança?' Exclamou Yancha indignado.
'Quem mandou ser tão gordo!!!' Um dos soldados falou seguido de uma longa gargalhada que foi acompanhada por muitos.
'Números 450 a 500. Comandante Li Xiaolang!'
Sakura arregalou os olhos um pouco ao ouvir o nome do seu comandante. Era muita má sorte mesmo. Yancha a arrastou seguidos por alguns outros soldados para a ala ao norte onde era o domínio do jovem militar. Sakura ia contrariada, pensando agora como fugiria da situação que estava. Se Li desconfiasse que fosse uma mulher, com certeza seria decapitada em praça pública.
Continua...
*~*~*
N.A.: Olá Pessoal, perdoem-me pela demora em atualizar os meus fics, mas tive uma semana bem complicada e ainda por cima estou com um super resfriado! Vou tentar atualizar Feiticeiros II até domingo à noite.
Bem gostaria de agradecer muito pelos comentários sobre este fic. Estou adorando escrever ele. Vocês devem ter percebido que eu me inspirei em Mulan não é? Eu adorei este filme então a minha idéia central veio dele. Mas não será uma adaptação.
Mandou um beijo para a Rô que mais uma vez corrigiu este capitulo.
Beijos a todos,
Kath
