Capítulo V
Sakura colocou sua armadura nova. Seria a primeira vez que a usaria em um combate. Seu coração estava batendo a mil. Nunca em sua vida imaginou-se em uma situação como aquela. Pegou a espada que estava num canto de sua pequena tenda e a colocou nas costas. Sentiu o peso da arma e lembrou-se da primeira vez que pegou uma parecida para cortar seus cabelos. Passou a mão por eles, sentiu-os curtos e ressecados, em pouco se lembravam daqueles fios sedosos e compridos. Olhou para sua mão áspera pelo treinamento e pensou que agora nenhum homem realmente casar-se-ia com ela.
A corneta tocou avisando aos homens que estava na hora de irem para a guerra. Li não permitiu que desarmassem o acampamento. Tinham que correr para alcançar o exército húngaro ou não chegariam a tempo de proteger o imperador. Sakura respirou fundo e saiu da tenda caminhando em direção aos homens. Li estava vestido com sua imponente armadura prateada com o desenho de um lobo. Ele a chamou para que ficasse ao lado dele.
'O exército húngaro avança em direção ao imperador pelo monte Fuy'. Ele começou a falar para os soldados que estavam parados o escutando atentamente. 'Não há nenhuma tropa chinesa protegendo o lado norte da cidade proibida, pois o exército não imaginou que o inimigo tivesse a audácia de enfrentar as montanhas chinesas cobertas de neve. Pelo jeito são mais burros e teimosos do que imaginamos, porém são estrategistas perfeitos e sabem que o templo do nosso imperador está vulnerável nesta ala.' Os homens permaneciam em silêncio apenas escutando o comandante. 'O treinamento acabou homens. Não acredito que estejam preparados para enfrentarem um exército de húngaros, porém somos a última esperança da China, não podemos falhar. Rogo para que todos tenham aprendido o suficiente nestes quase dois meses de treinamento e que coloquem em prática tudo aquilo que lhes ensinei.'
Li montou no seu corcel e pediu para os homens fazerem o mesmo. Teriam três dias de viagem longa e sem descanso para alcançar os inimigos.
'Kinomoto!' Exclamou Li aproximando-se do garoto. 'Você vem ao meu lado direito.'
Sakura subiu no cavalo sem dificuldade apesar da armadura e sorriu para o comandante, fazendo um gesto de positivo com a cabeça. Atiçou o cavalo para que este acompanhasse o corcel de Li.
Viajaram sem descanso. Paravam para dormir apenas quando a luz do sol desaparecia não possibilitando mais a visão dos soldados, porém assim que ele nascia voltavam a cavalgar de forma desesperada atrás dos húngaros.
Assim que atingiram o pé do monte Fuy os homens olharam para a magnitude da montanha a frente deles. Os cavalos não conseguiriam subir, assim como os húngaros teriam que começar a escalar a neve a pé. Desceram dos cavalos e deixaram apenas um homem responsável por eles. Cada homem levou apenas sua espada, um pouco de comida e uma manta a qual todos cobriram-se tentando espantar um pouco o frio que parecia penetrar-lhes a alma. Sem demora começaram a sua subida ao monte coberto de neve. Sakura ia ao lado de Li tentando acompanhá-lo como podia.
'Acha que eles estão próximos ao palácio?' Perguntou preocupado.
'Estão carregando morteiros que como sabemos ainda são frágeis e podem explodir por nada. Mesmo que estejam muito adiantados, estão avançando com cautela pelo monte'. Respondeu Sakura sem parar de caminhar.
'Onde aprendeu sobre isso, soldado?' Perguntou Li finalmente virando-se para ele.
'O senhor nos ensinou.'
'Sim, lhe ensinei sobre morteiros, apesar de que muitos estavam dormindo na minha aula. Mas nunca ensinei sobre estratégia militar.'
Sakura piscou um pouco os olhos e o fitou. 'Hã... o que o senhor disse?'
Li sorriu de lado percebendo que o garoto não tinha nem noção do que ele havia falado. 'Nada, rapaz. Vamos logo.'
Apesar do cansaço e do frio, os homens não desanimaram. Muitos tinham visto os horrores que os húngaros faziam aos vilarejos chineses e a raiva que tinham daquele povo conquistador era terrível e feroz.
Tentaram vencer o grande gigante branco de forma brava. Li no fundo sentiu um certo orgulho vendo homens antes tachados como bananas agora lutando contra a natureza tão bravamente para que pudessem lutar contra os inimigos. Mentalmente começou a recitar um mantra que seu pai lhe ensinou e dizia que ajudava a defender-se dos maus espíritos. Agora eles precisariam de todas as forças de seus ancestrais bravos e poderosos para vencer um exército com mais que o dobro de homens.
Dois dias de subida fez com que todos mal sentissem as pernas. Sakura aproximou-se de uma árvore e tirou a manta e a armadura para que pudesse ter liberdade para subir nela e ver se poderia localizar o inimigo. Li cerrou os olhos no rapaz teimoso que tremia de frio. Ele observou Kinomoto subindo a árvore com desenvoltura e assim que atingiu o topo o viu procurando os húngaros. Um vento frio fez com que ele sentisse os ossos congelando, levou as mãos à boca e tentou aquecê-las com o ar quente de seus pulmões, levantou os olhos vendo Touya que descia rápido pela árvore quase caindo por ela. Talvez fosse o frio que estivesse enlouquecendo-o, porém estranhou quando o soldado em vez de se abrigar correu até ele desesperado.
'Os húngaros estão muito perto do palácio. Temos que correr!' Falou ofegante.
Li arregalou os olhos e respirou fundo. 'VAMOS!'
Sakura correu até sua armadura e tentou vesti-la porém a presa a atrapalhava. Yancha aproximou-se para ajudá-la. 'São quantos húngaros, garoto?'
Sakura cobriu-se com a manta e olhou para o amigo, pensou se responderia ou não àquela pergunta. 'Mais de cem homens, Yancha.'
'Estão em vantagem...' Comentou um pouco desanimado. Sakura colocou a mão no ombro do gordo e olhou em seus olhos.
'Confie no comandante Li e em você mesmo, Yancha. Se ele nos fez vir até aqui para enfrentarmos os húngaros é porque tem certeza que seremos capazes de vencê-los.'
'Não sou um guerreiro, garoto.'
'Talvez não fosse, mas agora é. E irá defender a sua terra como todos os homens que estão ao seu lado. Confie em você, Yancha! Um homem que não confia na sua própria capacidade não pode ser considerado um homem e sim um covarde! E isso eu sei que o poderoso Yancha não é!' Ela falou isso dando um sorriso de confiança para o amigo que retribuiu mais animado.
Sakura afastou-se indo para o seu lugar na tropa, ao lado de Li.
*~*~*
'Estão a poucos metros.' Declarou Sakura que se aproximou correndo.
'Estão muito armados?' Perguntou Li.
'As armas principais são os morteiros que eles já armaram em direção ao palácio.'
'Droga.' Grunhiu Li. 'Precisamos desarmá-los primeiro.'
'E avisar para as tropas que estão protegendo o palácio que os inimigos estão vindo daqui. Assim se falharmos eles estarão preparados.'
'Não podemos falhar, Kinomoto.'
'Espero que isso não aconteça, comandante. Mas não podemos apenas contar com a sorte. O Imperador deve ficar protegido.'
'Tem razão, perdoe-me.'
Sakura arregalou os olhos ao ouvir aquilo de Li. Ele estava se desculpando para ela? Li nem ao menos percebeu o que falou. Deu dois passos em direção à sua tropa que estava descansando. Assim que viram a proximidade do seu comandante, levantaram-se depressa. Sakura caminhou até eles para ouvir o plano de ação de Li.
O comandante chinês puxou a espada e desenhou na neve o terreno de combate.
'Os húngaros estão aqui...' Começou. 'O imperador está aqui aos pés do monte Fuy. As tropas que estão protegendo-o estão aqui e aqui. Porém nenhuma nem desconfia que o inimigo irá atacar por cima.'
'Há morteiros armados por aqui e por aqui.' Sakura puxou a espada dela e apontou no desenho de Li os lugares onde os húngaros os armaram. 'Estão todos apontados para a sede, para os exércitos e para o portão principal. Assim se eles conseguirem atingir estes alvos é bem provável que tentem descer o monte e ataquem o imperador em seguida.'
Os homens escutavam atentamente o rapazinho. Li estava em silêncio pensando qual o melhor modo de atacá-los.
'Somos cinqüenta homens. Iremos nos dividir em dois grupos. Atacamos pela direita e pela esquerda... de surpresa...'
'Senhor, seria melhor se pudéssemos desarmar os morteiros o quanto antes.' Interrompeu Sakura. 'Talvez no desespero os húngaros atirem neles.'
'Sim é possível.'
'Talvez se um grupo de cinco homens tivesse apenas a finalidade de desarmar os morteiros seria melhor, não?'
Li ficou um tempo em silêncio olhando para o mapa desenhado na neve aos seus pés. 'Tem razão Kinomoto. Faremos o seguinte: vinte homens atacam pela direita com a finalidade unicamente de matar os húngaros e ou deixá-los fora de ação'. Ele falava enquanto desenhava na neve a rota dos homens. 'Mais vinte homens atacam pela esquerda. Eles serão pegos de surpresa e não saberão para que lado ir.' Li deu um sorriso de leve. 'Cinco homens ficarão encarregados de desarmar os morteiros e outros cinco terão apenas como missão dar cobertura a estes.'
'Um morteiro poderia ser lançado ao céu para avisar as tropas do imperador.'
'Ótima idéia. Você ficará responsável pelo grupo que desarmará e avisará as tropas do imperador, Kinomoto.'
Sakura olhou para ele assustada, mas concordou com a cabeça.
'Se falhar o imperador será atingido, garoto. Então é melhor saber o que vai fazer.' Falou olhando-a de forma séria. 'Pu, você será responsável pelas tropas da direita e eu pelas da esquerda! Vou dividi-los agora nos grupos. Kinomoto!'
'Sim senhor?'
'Escolha os nove homens que irão fazer parte do seu grupo.'
'Seriam os mais ágeis, senhor.'
Li apontou para os que tinha certeza que eram ágeis entre eles estava Ban. E depois dividiu os outros dois grupos de 20 homens. Feito a divisão traçaram mais alguns planos para atacar o inimigo e foram ao encontro deles que estavam a algumas horas. Eles não tinham tempo a perder.
*~*~*
Sakura tremia e não era unicamente pelo frio. Estava logo atrás de um rochedo ao lado de nove homens, pronta para ouvir o sinal de Li para que atacassem. Apertou forte o cabo da espada que estava nas suas mãos e pensou no que estava fazendo. Em onde a vida fora lhe colocar. Estava prestes a entrar numa guerra! Antes sua preocupação era unicamente casar com um homem bom e que gostasse dela, agora era apenas tentar sair viva daquela batalha que estava para acontecer.
Um calafrio percorreu a sua espinha, não podia negar, estava com medo, estava morrendo de medo de morrer. Ela sorriu de leve pensando que pelo menos morreria como um homem, lutando, e não como uma mulher vagando pelas ruas de Xangai como uma indigente.
'Vamos vencer, Kinomoto. O Imperador precisa de nós.' Falou Ban ao seu lado tentando lhe passar confiança.
'Eu sei. Sabe o que fazer, Ban?'
O rapaz confirmou com a cabeça que sim. Ela deu um longo suspiro. 'É a sua primeira batalha, não é?'
'Você sabe que sim.'
'Está com medo?'
'Estou.'
Ele respirou fundo encostando sua cabeça no rochedo. O orgulhoso rapaz não queria admitir, mas estava morrendo de medo.
'Eu também. Mas se eu morrer, Kinomoto, quero que meu pai saiba que morri lutando.'
'Você não vai morrer, Ban. Nem eu, nem você vamos morrer.'
O rapaz virou-se para ela e sorriu de leve, era raro vê-lo sorrindo. 'Somos os mais novos da tropa, Kinomoto. Todos acreditavam que não sobreviveríamos, e estamos aqui.'
'Sim, estamos e vamos lutar junto com eles.'
O rapaz fez um gesto de positivo com a cabeça. A corneta tocou avisando que era a hora do combate. Sakura gritou para que os homens avançassem sobre o exército porém de forma cautelosa. Ban corria ao seu lado, estava encarregado, assim como ela unicamente de desarmar os morteiros.
Um soldado chamado Mui era responsável pela sua proteção enquanto ela desarmaria as armas. Ele era alto e forte, mas também muito ágil.
'Vamos Kinomoto!' Mui gritou as suas costas.
Sakura não respondeu, correu o mais rápido que pode em direção ao exército húngaro que já estava lutando contra a tropa de Li. Por alguns segundos parou olhando assustada para o banho de sangue que começava a sujar a neve branca. Seu estômago começou a dar voltas enquanto uma leve pressão na sua nuca fez com que simplesmente nada viesse a sua cabeça além de fugir e chorar. Um grito de dor a despertou de seu transe e o respingo de um líquido viscoso e quente manchou o seu rosto. Arregalou os olhos quando viu um bárbaro húngaro caído a seus pés, morto por Mui que havia protegido-a, e agora olhava-a com reprovação.
'O que aconteceu, Kinomoto?!' Perguntou lutando contra mais um que se aproximava.
Sakura respirava ofegante, tentando pensar, tentando raciocinar. Eram tantos gritos de dor e desespero que invadiam sua cabeça que ela simplesmente não raciocinava. Mui segurou-a com força pelo braço, forçando-a a levantar do chão onde estava ajoelhada em estado de choque. 'O comandante Li confia em você, Rapaz! Não o decepcione!' Gritou.
Sakura arregalou um pouco os olhos quando o homem mencionou o comandante. Era verdade, Li confiava nela, não poderia decepcioná-lo. Empurrou o braço de Mui para que ele a soltasse e apertou com força a espada nas mãos. Estava na hora de provar a todos que apesar de ser mulher era uma guerreira. Empunhou a arma à frente e cerrou os olhos no primeiro húngaro que se aproximou com um machado. Abaixou rapidamente evitando a lâmina afiada e sem piedade passou sua espada nas pernas do inimigo fazendo-o cair de joelhos à sua frente. De forma mortal chutou o rosto dele, caindo finalmente desacordado. Olhou em volta de si e cerrou os olhos nos morteiros um pouco mais à sua frente.
'Vamos lá, Mui. Está na hora se soltar uns fogos para o imperador!' Falou correndo em direção aos morteiros. Os dois correram cortando qualquer inimigo que passasse pelo caminho deles. Sakura escorregou para debaixo da carroça largando a espada. Tirou as luvas com a ajuda da boca para finalmente desarmar os morteiros. Fez tudo da forma mais rápida que seus dedos conseguiam, deixando apenas um para sinalizar ao imperador. Rolou para o lado evitando ser atingida por um soldado húngaro e sem pensar atingiu com um chute suas partes íntimas. O húngaro fez uma cara tão feia que Sakura teve pena, mas logo a lâmina da espada de Mui atravessou o corpo do homem.
'Conseguiu?!'
'Claro!' Ela respondeu pegando sua espada do chão e olhando para o único morteiro ainda ativo. Sem demora o mirou para o céu onde não havia perigo de atingir o templo do imperador e acendeu o seu pavio. Uma explosão foi ouvida por todos, inclusive pelas tropas do imperador que estavam indiferentes aà terrível guerra que estava sendo travada a poucos minutos deles. Sakura olhou para o palácio e viu os guardas começando a se movimentarem, porém seu sangue gelou ao ver que alguns húngaros estavam descendo a colina escorregando pela neve para invadir o palácio. Ela virou-se para procurar Li mas seus olhos pararam num corpo estendido no chão sendo pisoteado.
'Ban...' Sussurrou sentindo os olhos encherem-se de lágrimas. Mesmo sobre os gritos de Mui para não afastar-se dele, ela correu até o corpo do rapaz e ajoelhou-se ao seu lado levantando a cabeça dele.
'Por favor, Ban, não morra. Fique comigo... fique...' Lagrimejava esquecendo de engrossar a voz.
O rapaz abriu os olhos ouvindo a voz feminina ao seu ouvido. 'Kino...Kinomoto...' Ele falou cuspindo sangue. Ela passou a mão na sua boca tentando limpar o líquido para que ele não sufocasse com ele. Fazendo força o levantou mais, sentando-o no chão.
'Vamos sair desta, Ban. Eu e você vamos sair desta.' Ela falava tentando acreditar nas próprias palavras.
'Eu vou morrer...' Falou apertando com as mãos o enorme ferimento que tinha na barriga. Sakura levou uma das suas mãos até as dele e apertou com força tentando estancar o sangue. 'Eu desarmei todos os morteiros, Kinomoto.'
'Eu sei... você salvou o imperador, Ban. Você é um herói.'
'Acha que quando voltarmos... o imperador...' Ele cuspiu mais sangue e tossiu. '... vai nos dar uma medalha?'
'Tenho certeza que sim! E seu pai terá muito orgulho de você.'
Ele sorriu feliz observando o rosto do amigo. 'Você é uma mulher...' Ele pegou a mão dela com força e sorriu mais forte. 'Agora eu sei que você é uma mulher.'
'Sim eu sou uma mulher.' Ela sorriu para ele. 'Mas não conte isso para ninguém.'
'Seu segredo vai estar comigo, Kinomoto... ele vai morrer comigo...' Falou virando os olhos. Sakura apertou mais o corpo do amigo abraçando-o com força. Não tinha como não chorar, não tinha como fingir ser homem agora. 'Diga ao meu pai... que eu... que eu o am... amo...'
O braço de Ban caiu para o lado, mostrando assim a Sakura que finalmente a agonia dele havia terminado. Ela ficou ali, abraçada a ele, chorando enquanto balançava de leve o corpo como se estivesse ninando-o. Não soube quanto tempo ficou ali, parecia horas, séculos, mas não importava. Nada mais importava para ela. Um remorso enorme invadia a sua cabeça. Se ela não tivesse avistado os inimigos naquela maldita árvore, Li não teria ordenado este confronto suicida com os húngaros e Ban estaria vivo. Estaria rindo e se divertindo com ela, ou treinando de maneira quase exaustiva para tornar-se o melhor. Mas agora... agora ele era apenas um corpo que ela abraçava achando que assim a alma dele de alguma forma não sairia indo para o paraíso.
'Acorda Kinomoto!' A voz grossa e brava de Li chamou sua atenção. Sentiu ser arrancada de Ban e obrigada a levantar-se. 'Está louco ficando abraçado ao corpo dele?!' Li olhava com desaprovação. 'Ele já está morto! E você acabará igual se ficar como um idiota parado!'
Sakura teve uma imensa vontade de xingá-lo, mas apenas passou a manga do uniforme nos olhos para secar as lágrimas que congelavam em seus olhos, machucando-a. Li virou-se para trás lutando contra mais dois húngaros que tentavam matá-lo. Um outro vinha na direção de Sakura e riu com gosto ao perceber que ela estava chorando. O Húngaro chutou o corpo de Ban como se fosse um monte de bosta e soltou uma gargalhada.
'Porco idiota!' Ela gritou avançando sobre o enorme húngaro que levantou sua espada para acertá-la com tudo, porém Sakura esquivou-se do ataque que apenas lhe causou um arranhão na sua armadura. Pulou para trás, pousando como um gato e abaixou-se para pegar a espada que estava ao lado do corpo de Ban. Com aquela arma, mataria qualquer húngaro que se aproximasse dela. Correu até o inimigo e sem medo começou a lutar contra ele de forma feroz e rápida. A raiva que tinha agora era tanta que parecia estar fora de si. Sim! Talvez finalmente aquele inferno a tivesse enlouquecido porém de forma a não fazê-la em nenhum momento perder a astúcia de uma luta. Finalmente a bela flor da China transformara-se no soldado Kinomoto Touya.
Continua...
*~*~*
N/A: Bem pessoal está aí mais um capítulo desta história. Eu sei que ficou meio triste o Ban Ban (é assim que eu, a Rô e a Andy chamávamos ele carinhosamente) ter morrido, mas fazer o quê? A guerra sempre faz com que inocentes padeçam... Nossa, acho que estou meio melancólica por causa da Faringite.
Falando nisso, quero pedir mil desculpas, mas infelizmente não tive condições de responder a e-mails esta semana... Ai fiquei mal mesmo... mas espero estar melhor nos próximos dias por isso vou tentar responder a todos aos poucos.
Mil beijos para minhas queridas amigas que me mimaram muito esta semana, dando-me valiosos presentes: Rô, Andy e Andréa. Obrigada Garotas! A amizade de vocês é o maior presente que eu poderia ganhar!
Beijos a todos que deixam reviews e me mandam e-mails. Obrigada pessoal, receber o carinho de vocês é muito muito muito bom!
Beijocas,
Kath
