Capítulo XI

            Li soltou completamente o pescoço do rapazinho a sua frente. Deu um passo para trás olhando-o assustado, por alguns instantes pensou que estivesse vivendo um pesadelo bizarro.

'O que... o que você é?' A voz de Li saiu falhada e receosa, como se aquela pergunta não fizesse sentido, mas tinha que ser feita.

            Sakura ergueu uma sobrancelha. "Oras que pergunta", pensou para si. Ela respirou fundo. Estava na hora de contar a verdade, não tinha mais como fugir. 'Sou uma mulher, General.'

            Li arregalou mais os olhos com a confirmação. Ainda sentia-se perdido, terrivelmente perdido. Ele abriu e fechou a boca sem conseguir pronunciar uma só palavra. Ficaram assim por minutos.

'O que disse?' Ele pensou que tinha ouvido mal.

            Sakura fechou os olhos tomando coragem para repetir. 'Eu sou uma mulher, eu não sou um homem, senhor.'

            Seu rosto demonstrava inúmeros sentimentos, tantos que Sakura não soube identificar o mais forte. Ia de descrença até raiva.

'Que tipo de brincadeira é essa?'

'Não há brincadeira nenhuma aqui senhor Li.' Ela falou de forma firme encarando-o.

            Ele não sabia o que pensar, e Sakura via isso. Era estranho ver um homem tão dono de si ficar sem saber o que fazer. Porém logo ele a encarou com os olhos furiosos. Deu um passo a frente diminuindo a distância entre eles e fazendo Sakura sentir um medo terrível daquele homem, tentou fugir mas ele a segurou com força pelo punho impedindo.

'Você disse que é uma mulher? Está querendo me dizer que nos enganou este tempo todo?' Ele falava com a voz perigosamente baixa e controlada enquanto apertava mais o punho dela.

'Eu não tinha saída.'

            Ele não falou nada, não conseguia acreditar no que seus ouvidos haviam escutado, não conseguia acreditar no que sua mão tocou. Kinomoto era inteligente demais para ser uma mulher. De forma rápida puxou o uniforme da menina arrebentando os botões, Sakura não teve reação alguma, arregalou os olhos assustada e tentou fugir, porém Li além de ser mais forte que ela, não estava machucado. O guerreiro a empurrou até que a jovem batesse numa árvore e a segurou pelos punhos, desceu os olhos para as faixas que envolviam os seios de Sakura e as que protegiam o seu machucado.

'Solte-me!' Gritou Sakura. 'Não tem o direito de me desrespeitar desta maneira!'

            Li não falou nada, franziu a testa observando o volume dos seios da menina, mas mesmo assim era difícil para ele acreditar que fora feito de idiota por uma mulher por quase um ano. Prendeu os punhos da jovem com uma de suas mãos e puxou uma pequena adaga que trazia na bota. Sakura desesperou-se pensando que ele a mataria. Tentou soltar-se, mas o General a segurou com mais força.

'Fique quieta!' Resmungou irritado.

            Com a pequena adaga cortou as faixas que envolviam os seios de Sakura e assim que os viu finalmente a soltou. Deu dois passos para trás com os olhos arregalados mostrando todo o desapontamento que aquela descoberta havia lhe dado. Sakura abraçou-se fechando o uniforme e encolheu-se fitando um ponto qualquer no chão.

'Você é uma garota...' Ele finalmente acreditou. Sakura apenas confirmou com a cabeça não ousava fitá-lo. 'Mas como? Isso não é possível...'

'Porque não General?' Ela levantou os olhos para ele. 'Não consegue aceitar que uma mulher seja mais inteligente que um bando de homens?'

            Li franziu a testa encarando-a com fúria. 'Que tipo de aberração é você?'

            Sakura endireitou o corpo e o encarou. 'Só porque sou inteligente e pude ser um bom soldado, sou aberração? É incrível como considera as mulheres tão pouco.' Ela falou em tom irônico o que fez Li sentir o sangue ferver. Ele levantou o braço e deu um tapa com força em Sakura que a fez quase cair ao chão.

'Não me encare, mulher.' Ele rosnou.

            Sakura passou a mão na boca de leve e sentiu sangue entre os seus dedos, o tapa havia lhe rendido um pequeno corte no canto. Mesmo assim virou-se para Li e o encarou.

'Agora que sou mulher não posso mais olhá-lo, voltei a ser uma vadia?'

'Do que está falando?!' Grunhiu Li pronto para agredi-la novamente, porém Sakura afastou-se dele, Li foi atrás dela. Ele a pegou pelos braços e fitou o rosto dela com mais cuidado. Fixou novamente seus olhos nas duas belas esmeraldas a sua frente.

'Solte-me de uma vez! Não vou permitir que me faça mal de novo!' Gritou debatendo-se. Li teve que prensá-la novamente contra a árvore com força para que parasse de agredi-lo.

'Nunca fiz mal a você, garota!'

'Você tentou me violar!' Ela gritou com raiva empurrando-o com força.

            Encararam-se novamente. Ambos estavam ofegantes e irritados, controlando-se para não caírem no braço finalmente.

'Está louca?! Até dois minutos atrás você era um homem para mim!'

            Ficaram em silêncio por alguns segundos apenas ruminando o que estava acontecendo. 'Como você é um idiota, General! Idiota e porco. Mal se lembra das mulheres com que se deita ou com as que tentou se deitar.' Ela falou trêmula de raiva, os olhos dardejando fúria.

'A vadia louca de Xangai...' Ele concluiu, finalmente a reconhecendo e sentindo mais raiva dela. 'Como teve coragem de fazer isso tudo, garota?'

'E o que queria que eu fizesse? Que dormisse com você e me tornasse uma concubina? Eu disse para você que estava lá forçada! Mas você não me ouviu, não acreditou em mim! Para você eu era só uma boneca para se divertir!'

'E o que você pensou que fosse?' A pergunta dele feriu em cheio o peito dela.

'Eu sou um ser humano!!!! Sou uma pessoa! Uma mulher e não uma marionete!'

'Você falou tudo, Kinomoto! Você é uma mulher! DROGA! Você é uma estúpida mulher!

            Ela sentiu sua cabeça zunir. Como pode pensar que um dia estaria apaixonada por um homem daqueles? Não, isso era impossível. 'Nunca mais levante a mão para mim, senhor Li! Posso ser uma mulher, mas não sou SUA mulher.'

            Li levantou uma sobrancelha, olhando-a de cima a baixo, aquela garota o tinha feito de idiota por mais de um ano, o que ele poderia fazer? Sua vontade era de matá-la, apertar aquele pescoço de forma insana para que talvez assim a vergonha de ter sido feito de palhaço diminuísse. Sakura sentiu isso e deu um passo para o lado afastando-se da árvore que estava atrás, estava pronta para correr caso Li viesse para cima dela. Com certeza pensamentos negros estavam passando pela cabeça do general.

'Irá se arrepender do dia que nasceu, Kinomoto.' Ameaçou Li.

Ela arregalou os olhos e não pensou duas vezes, deu meia volta e começou a correr desesperadamente, Li gritou para que parasse, mas ela não o obedeceu, e nem ao menos olhou para trás. Entrou pela floresta, tentando afastar-se o mais rapidamente que o machucado lhe permitia, contudo estava sendo uma tarefa inglória, ela sentia pontadas de dor a partir do ferimento que se espalhavam pelo corpo todo, mas sabia que tinha ao menos que tentar fugir, seu instinto de sobrevivência guiando-a, na louca escapada. Sabia ser uma presa fácil, e não deu outra, seu perseguidor alcançou-a empurrando-a com toda força contra o chão, sentando-se por cima dela, prendeu-lhe os braços por trás. Sakura gritou de dor quando ele tocou sem o menor cuidado no machucado.

'Achou-se muito esperta, não é garota? Achou que conseguiria me fazer de idiota por quanto tempo?!'

'SIM! Sou muito mais esperta que você, inclusive!!!' Gritou irada por ele apertar seu machucado.

'Porque não se comportou como todas as vadias?' Tentava prendê-la, pois ela não parava de se debater.

'Porque eu NÃO sou!!' Gritou com todas as forças.

'Você é a pior das cobras da China! Cobras como você devem ser eliminadas!'

            Sakura arregalou os olhos chorando de dor pelo machucado, incapaz de dizer alguma coisa. Li levantou e a puxou pelos cabelos fazendo-a gritar mais alto com as mãos na cabeça. 'Eu adoraria matar você agora, mas isso não é nem um décimo do que você merece, garota.'

            Sakura abriu os olhos e o encarou, Li estava transtornado, ela só podia esperar uma reação assim dele. Como contar para um guerreiro que o fez de idiota por tanto tempo? Sem pensar duas vezes chutou novamente as partes baixas dele fazendo finalmente com que Li a soltasse, sem demora o chutou no rosto, o General caiu no chão com a boca sangrando. Levou uma das mãos ao machucado que sangrava e tentou correr, mas Li pegou seu tornozelo puxando-a com força e fazendo-a cair por terra. Sakura tentou chutá-lo, entretanto ele continuava a apertar o seu tornozelo com mais força.

'Solte-me!'

            Li não falou nada, puxou-a com força enquanto tentava se recuperar dos golpes da menina, Sakura estava em desespero, ele a mataria. Ela podia sentir isso pelos olhos dele, ele a esmagaria como uma barata. Tateou o chão desesperada em busca de uma arma, encontrou uma pedra pegando-a com a mão suja de sangue, bateu com força no rosto dele, finalmente ele a soltou. Engatinhou, afastando-se dele, sem coragem de olhá-lo, levantou-se caminhando a princípio, os passos ficando mais firmes a cada instante, até que começou a correr de novo, tirando forças nem sabia de onde. Chegou a cidade e pegou seu cavalo, sem falar nada montou-o e instigou-o a correr.

            Cavalgou por mais de meio dia sem parar. Não olhou para trás mas tinha a impressão de que Li estava ainda perseguindo-a de forma feroz. Quando seu cavalo começou a dar sinais de que não continuaria com aquela fuga, ela finalmente parou e virou o rosto para trás, não havia ninguém. Desceu do corcel e respirou finalmente aliviada. Deixou-se cair no chão, chorando pela maldita dor que sentia. Encolheu-se como uma criança que havia acabado de apanhar do pai. O cavalo aproximou-se a empurrando no ombro, numa clara demonstração de afeto, parecendo que sentia a dor de sua dona, mas logo foi até a margem do rio para matar sua sede. Sakura ficou ali, sem forças, sem coragem de se levantar.

*~*~*

            Sakura abriu os olhos e fitou o teto de palha que a protegia. Levantou-se assustada tentando descobrir o que havia acontecido e onde estava.

'Finalmente acordou, querida.' Uma voz doce e serena falou.

            Sakura virou-se para o lado e viu o rosto sorridente de uma bela mulher.

'Hã... Como... Onde... onde estou?' Perguntou um pouco atordoada.

            A mulher levantou-se e caminhou até ela, sentou na beira da cama e passou a mão pelo rosto da jovem de forma carinhosa. 'Você está na minha casa, não temas.'

            Sakura deu uma olhada no quarto e levou uma das mãos ao seu ferimento, estava com uma bandagem nova e roupas limpas. Fitou novamente a mulher a sua frente. 'Porque me ajuda?' Falou um pouco arisca.

'Porque tu precisas de minha ajuda.'

            Sakura levantou uma sobrancelha não acreditando muito nas palavras de sua salvadora. 'Como vim para cá?'

'Eu a trouxe'. Falou sorrindo, vendo o olhar de descrença de Sakura. 'Sou mais forte do que aparento.' Divertiu-se. 'Não temas mais. Como te chamas?'

'Kinomoto Sakura.'

'Sou Mizuki Kaho'.

'Obrigada, senhorita Mizuki.'

'Não há de que, querida. Mas por favor descanse mais um pouco, irei lhe trazer uma sopa quente. Perdeu muito sangue e precisa repor suas forças.'

            Sakura não agradeceu, mas abriu um imenso sorriso para a bondosa moça. Em poucos minutos Kaho voltou com uma tigela com sopa de legumes, Sakura fartou-se com a deliciosa comida. Mizuki era uma mulher muito bonita e uma companhia muito agradável, além é claro de ser discreta, em nenhum momento perguntou porque Sakura estava com uniforme do exército e com os cabelos curtos. A menina teve a impressão que ela já sabia ou que tinha idéia de quem era ela e do que viveu.

            Quando a noite caiu. Sakura estava tentando dormir quando Kaho a sacudiu de leve.

'Seu perseguidor se aproxima. É melhor partir.'

'Li?!' Sakura perguntou com os olhos assustados.

            Kaho não respondeu pegou uma roupa sua de dentro de um baú e estendeu para Sakura que tentava levantar. 'Vista-se de forma a ficar bem aquecida, a noite está fria.'

            Sakura confirmou com a cabeça e começou a vestir-se. Rapidamente Kaho lhe trouxe uma sacola com comida e lhe entregou. 'Monte em seu cavalo que já está descansado e parta sem olhar para trás.' Ela falou de forma nervosa.

            A jovem saiu do quarto e foi até a parte detrás da pequena casa da mulher. Seu corcel estava descansando mas logo despertou quando foi chamado, Sakura o montou e fitou a mulher que estava ao lado do animal.

'Não sei como lhe agradecer.'

            Ela pegou uma das mãos da menina e fitou seus olhos de forma profunda. 'Enfrentará muito mais obstáculos, Sakura, e agora terá que enfrentá-los sendo você mesma.'

            Sakura arregalou os olhos fitando a mulher que ainda segurava a sua mão. Ela lhe deu mais um enigmático sorriso.

'Mas não se preocupe, tudo terminará bem.'

'O-Obrigada...' Respondeu vacilando um pouco.

'Agora vá!' Falou largando sua mão.

            Sakura atiçou o corcel mais uma vez e começou a correr apesar da noite, apenas a bela lua cheia iluminava o seu caminho.

            Kaho respirou fundo observando a jovem se afastar, devagar caminhou até sua casa quando ouviu batidas fortes na porta da frente. Sabendo quem era, tratou de demorar mais para atender. As batidas começaram a ficar mais fortes, dando a impressão que arrombariam a porta se não a abrisse o quanto antes.

'Boa noite'. Cumprimentou de maneira educada o soldado que estava a sua frente com o rosto machucado.

'Estou procurando uma garota de cabelos curtos castanhos claros, e olhos verdes, a senhora a viu?' Ele perguntou sem nem ao menos cumprimentá-la.

'Não, senhor, eu não a vi.' Mentiu.

            O homem ergueu uma das sobrancelhas mostrando que não acreditava nela. 'Não minta, mulher.'

'Não estou mentindo, senhor. Se quiser pode procurar em minha humilde residência.'

'Pois é isto que farei.' Rosnou entrando sem pedir licença.

            Kaho observou o rapaz olhar cada canto da casa de forma raivosa.

'O que esta menina fez para um alto soldado do imperador estar procurando-a?' Perguntou de forma casual observando o uniforme dele.

'Isso não é da sua conta, mulher.'

            Kaho sorriu observando-o vasculhar cada cômodo da sua residência.

'Droga...' Praguejou constando que Sakura não estava na casa.

            Mizuki sentou em uma das poltronas e observou o rapaz caminhando de um lado para o outro como um animal enjaulado.

'Está com um machucado grande no rosto, senhor. Deveria cuidar dele melhor.'

            Li fitou a mulher a sua frente e resmungou alguma coisa que ela não pode identificar.

'Esta é a única residência da região?' Perguntou para ela.

'Acredito que sim... ninguém mora tão longe da cidade como eu.'

            Li franziu a testa. 'É uma bruxa?'

            Kaho sorriu de forma meiga. 'Bruxa é uma palavra muito ofensiva, senhor.'

            Li sorriu de forma sarcástica para ela. 'Se é uma bruxa, quero que me diga onde encontrar a garota que procuro.'

'Por que a procura? É uma noiva fujona?'

'Quem faz as perguntas sou eu e não você.'

'Infelizmente não posso lhe ajudar. Esta menina não está perto de nós, mas não se preocupe, irá encontrá-la um dia e espero que saiba o que irá fazer com ela.'

'Pode ter certeza que eu já sei o que fazer a ela.' ou o que farei com ela Falou de forma sarcástica mostrando um brilho maldoso nos olhos.

'Conhece a lenda do vidro e do diamante, senhor oficial?'

'Não tenho tempo para estas coisas...'

'Um homem esperava para atravessar uma avenida quando um brilho na grama em que pisava chamou sua atenção.' Ela começou a contar, mesmo contra a vontade dele. 'Deu uma olhada sem se abaixar e pensou "Deve ser um caco de vidro" e foi embora. Mais tarde outro homem na mesma situação percebeu o brilho, abaixou-se, pegou a pedra, e viu que por baixo de toda a sujeira parecia ser um lindo diamante.'

'Estas histórias não me agradam, mulher.' Ele falou um pouco irritado. Porém Kaho não se abalou e continuou.

'Parecia mesmo um diamante enviando raios luminosos com as cores do arco-íris quando colocado ao sol. O homem pensou "Puxa, será um diamante? Desse tamanho? Perdido aqui? Como veio parar aqui? Talvez eu devesse levar a um joalheiro para ver ser é mesmo". Olhava e olhava e de repente disse a si mesmo "Que idiota eu sou, imagina se isso é um diamante, só pode ser um vidro lapidado em forma de diamante que caiu de algum anel de bijuteria. Por que um cara como eu iria achar um diamante? E se eu levar a um joalheiro ainda vou ter que agüentar a gozação do homem por eu ter achado que podia ser um diamante...Ah...logo eu ia achar um diamante assim...perdido numa grama...logo eu..." E assim pensando jogou de novo a pedra na grama e atravessou a avenida até meio triste pela sua pouca sorte.'

            Kaho sorriu de leve vendo que Li agora não reclamava e apesar de não encará-la estava quieto ouvindo a sua história.

'No dia seguinte outro homem passando pelo mesmo lugar viu a pedra, atraído pelo seu brilho. "Que beleza de pedra!" ele pensou... "Parece um diamante, talvez até seja um diamante, mas também pode ser apenas um pedaço de vidro imitando um diamante...o melhor que tenho a fazer é levá-la a um joalheiro e pedir uma avaliação." E colocou a pedra no bolso.'

            Ela parou sua narrativa e ficou em silêncio. Li virou-se para ela.

'E daí?' Perguntou curioso e fazendo com que um sorriso brotasse nos lábios de Kaho.

'E daí, meu caro oficial, o homem levou-a para avaliação mais tarde descobriu ser um verdadeiro diamante, de muitos quilates e com uma lapidação especial.'

            Li franziu a testa e sorriu de leve. 'História encantadora.' Falou de maneira debochada e dando pouco caso. 'Bem, vejo que realmente o que procuro não está aqui. Continuarei a minha busca.'

'Você entendeu a história?' Ela perguntou levantando-se da poltrona.

'Ah sim, entendi. Entendi que tem aqueles mais espertos e os mais burros.' Falou ainda de forma debochada.

'Não, a história mostra que muitas vezes encontramos um diamante e pensamos que ele é um reles pedaço de vidro e não lhe damos valor algum.'

'Eu nunca tive o privilégio de encontrar um diamante. Mas o dia que eu encontrar com certeza não serei desatento.' Divertiu-se.

'Encontrou duas belas esmeraldas e não deu valor a elas, meu senhor.' Falou enquanto abria a porta para ele sair, Li arregalou os olhos de leve fitando-a. 'Espero que quando encontrá-las novamente dê o valor que merecem...'

'Do que está falando mulher?'

'Nada, meu senhor...'

            Li resmungou cruzando a porta, sem despedir-se montou em seu corcel e continuou a sua busca a Kinomoto. Ele a encontraria, nem que precisasse ir ao inferno atrás dela.

            Mizuki observou a sombra do cavaleiro sumir na escuridão da noite. Seu olhar era triste e até certo ponto melancólico.

'Espero que ele não a trate como um vidro velho que deva ser jogado fora.'

*~*~*

Continua.

N/A:  A história que a Kaho contou é "Vidro ou diamante?" e é de McMillian Gold. Recebi de algumas amigas muito queridas pela Internet e achei-a linda. Como a Kaho fez uma ponta nesta história como uma personagem misteriosa e sábia, achei que seria legal ela contá-la para o Li. Apesar de que eu acho que ele é muito grosso para entender a moral da história! Hehehehe

Bem, agora vamos a minha defesa, pois sei que muitos devem estar pensando: "Como a Kath conseguiu fazer o tudo de bom do Li um monstro deste?" Vamos aos fatos, o Li deste fic é um general arrogante e machista. Alem de que muitas vezes fiz ele ser tirano e até certo ponto cruel. Ele afeiçoou-se a Kinomoto, pois no fundo tinha verdadeira adoração por finalmente ter encontrado um homem inteligente e esperto, até mais que ele e que apenas via os homens como seres pensantes. Diante de uma verdade tão inesperada, sua reação machista só poderia resultar nisto. Eu não poderia fazer ele virar da água para o vinho só porque descobriu que Touya é Sakura. Entretanto... Ah chega já falei demais! Aguardem para descobrir como esta história se desenrolará a partir de agora!

Beijocas especiais para Andréa Meiouh que revisou este capítulo e para a , que alem de revisar também me ajudou muito nele dando umas dicas muito importantes. Na verdade, nestes dois últimos capítulos ela ajudou-me infinitamente. Não que ela não tenha ajudado nos outros, mas nestes principalmente.

Ah queria falar para a Naki que fiquei muito feliz em saber que tem uma louca igual a mim que gosta tanto de números como de fanfics! Não querendo encher a nossa bola, mas engenharia é realmente o berço da humanidade! O que seria do mundo sem nós engenheiros maravilhosos que construímos este país e este mundo! Hehehe Putz eu me empolguei agora! Que que é isso?! É melhor eu calar a minha boca antes que comecem a tacar tomates virtuais em mim! Hehehe Beijos e obrigada pelos  reviews.

Beijocas para todos que estão acompanhando este fic e deixando Reviews! Gente já são mais de 100 reviews!!! Obrigada! Obrigada! Obrigada!

Kath