Oiiiiii, tudo bom? (Acho que eu já to incomodando com isso....)
Fico muito feliz que estejam lendo o fic que eu estou tentando fazer... e que bem ou mal eu esteja influenciando a lerem um clássico (que nojenta). Como vocês devem perceber, é muito difícil escrever isso, mas eu não vou desistir!!!! Enquanto tiver gente lendo, eu irei continuar... para o azar de vocês, é claro!!!
Os direitos de Sakura Card Captors pertencem ao CLAMP, eu não ajudei elas em nada muito menos nos desenhos, por isso não tenho direito a nada!! É tudo delas!
Os direitos da Comédia (sabiam que esse era o verdadeiro nome do livro? Esse foi o título original que Dante colocou no poema. Mas sua criação foi tão genial, que recebeu o "divina" . E assim ficou conhecida para todo o sempre) são do fantasma do Dante, de quem vou parar de falar ou ele pode não gostar e vir puxar meus pés à noite....
Capítulo 3
Continuação da primeira parte: O Inferno
A lagoa triste.
Deixando o primeiro círculo do Inferno, Clow conduziu Shoran ao segundo. Embora de menos extensão, nele tinha mais sofrimento. Na entrada estava o monstro Minos, de rabo comprido, rangendo os dentes. A ele cabia avaliar os pecados daqueles que ali chegavam, impondo-os a devida penitência. Assim, quando uma alma culpada confessava seus crimes, o juiz implacável indicava com as voltas que dava em seu rabo qual o círculo que lhe estava destinado. Como eram nove os círculos do Inferno, a infeliz alma esperava ansiosamente, contando o número de voltas que a calda do monstro dava. Conforme o número aumentava, ela entendia que sua desgraça também aumentava.
Ao notar que Shoran o observava atentamente, o monstro interrompeu a cruel tarefa e, encarando-o, berrou com ira.
Minos : – Tu que invades os domínios da dor. Tenha cautela e repara em quem confias e não te deixe iludir pela facilidade com que aqui entraste.
Mas Clow interveio diante da ira de Minos.
Clow : – Alto lá com estes teus berros! Não tens o direito de impedir-lhe a passagem. Pode acalmar-se, porque o Céu determinou que meu companheiro ingressasse nos teus domínios e o poder celeste não pode ser contestado tendo em vista que é a suprema vontade.
Rosnando ferozmente, Minos deu passagem aos recém-chegados tal como Caronte baixou a cabeça perante as palavras do mago.
Um tremendo tufão castigava o segundo círculo arrastando os espíritos uns contra os outros, atirando-os ao chão. Impedidas pelo vento incessante, as almas acabavam-se em prantos e lamentos, blasfemando contra o poder da divindade.
Ali Shoran encontrou, tal como no Limbo, muitos personagens famosos: Cleópatra, a rainha do Egito, Helena de Esparta, pela qual desencadeou-se a Guerra de Tróia, e Dido, a soberana de Cartago.
À medida que ia indicando todos esses espíritos a Shoran, Clow contava-lhe as respectivas vidas.
Tomado pela compaixão diante de tão melancólicas histórias, Shoram voltou-se para o seu guia :
Shoran : – Mestre, eu poderia falar com aqueles dois espectros que estão voando juntos?
Clow : – Espera até que eles se aproximem de nós.
Quando as duas almas se aproximaram, Shoran falou :
Shoran : - Almas torturadas, se não se opuserem, poderiam falar conosco?
Como duas pombas, impulsionadas pelo amor, as duas almas se afastaram do grupo em que estavam e aproximaram-se. O tufão as impediu de chegaram mais perto, mas Shoran as reconheceu como sendo de Florença. Tinham sido assassinados quando ele ainda era jovem e estavam ali por terem cometido o pecado da luxúria.
Almas : – Amável criatura que veio nos visitar nesta morada escura, se tivéssemos acesso ao Rei da Criação rogaríamos a Ele proteção para ti.
Em seguida, contaram-lhe a patética história de suas vidas e, quando terminaram, Shoran estava com tamanho pesar que desmaiou.
Quando voltou a si, não viu mais o casal de almas e percebeu que já estavam no terceiro círculo, onde eram punidos os condenados pela gula. Semi-submersos em lama, eram obrigados a permanecer expostos a uma eterna chuva, pesada maldita e fria. Do tenebroso céu, em abundância caía granizo, água e neve, misturando-se a lama.
Cérbero, o feroz cão de três cabeças, cujos olhos expeliam ódio, atacava os espíritos com as garras afiadas, estraçalhando-os e devorando-os. A chuva fazia-os gritar e num esforço para livrar-se dela, torciam e retorciam o corpo angustiadamente.
Quando Cérbero viu os dois "visitantes", foi até eles com as bocas arreganhadas. Isso faria qualquer um tremer, mas Clow baixou-se em pegou um pouco de terra e jogou nas goelas do monstro que logo se acalmou. Dessa forma, passaram por ele sem nenhum risco, entretanto, um dos espectros reconheceu Shoran e soltou uma exclamação. Era Ciacco, palavra que em italiano quer dizer "porco". Ao ouvir a exclamação, Shoran interrompeu um pouco o passo e conversaram um instante até Clow convidar-lhe para acompanha-lo ao próximo círculo.
Montando guarda na entrada do quarto círculo, estava Pluto, deus das riquezas e, ao vê-los, tentou amedrontar Shoran com palavras iradas e a voz rouca, mas Clow logo o colocou em seu lugar : (o que e que estão achando do Clow?)
Clow : - Cala-te, miserável!!!
O monstro ameaçador acabou permitindo que passassem e os dois continuaram sem temor.
Naquele círculo, Shoran presenciou um espetáculo extraordinário, pois ali eram aplicados castigos aos pródigos e avarentos. Separados em dois grupos, cada qual empurrava um bloco pesado de pedra até chocar-se com o do bando oposto numa exaustiva competição de força. Após a colisão recuavam ofegantes e recomeçavam a disputa.
Preocupado com o tempo que escorria velozmente, Clow apressou-se em chegar ao quinto círculo. Ali havia uma grande lagoa, não de água, mas de lodo, onde se encontravam mergulhados numerosos espíritos, avançando uns contra os outros, ferindo-se com unhadas e dentadas.
Clow : – As almas que aqui vês são dos que se deixaram vencer pelo ódio e pelo orgulho. Sob esta lama lamentam a vida que levaram.
Espíritos : – Ai de nós! Lá onde era doce a brisa e alegre o Sol, o ódio nos turvou a mente e secou nossos corações. Por isso agora penamos neste fosso de lama.
Shoran e Clow contornaram a lagoa triste e chegaram a uma torre que se erguia em uma das suas extremidades. Ao se aproximarem, notaram duas fracas chamas em altos parapeitos e mais distante dali, quase imperceptível, perceberam o mesmo sinal em outra torre. Ao mesmo tempo que essas chamas surgiram, um pequeno barco apareceu na lagoa, movimentando-se em direção a eles. Um barqueiro conduzia soltando gritos irados :
Clow : – São inúteis teus berros. A presa que aguardas ainda não chegou. Só nos terá em teu bote o tempo exato para chegarmos ao outro lado da lagoa.
O barqueiro, vendo que tinha enganado-se, ocultou seu ódio e Clow pulou para o bote recomendando a Shoran que ficasse perto dele. Somente depois que Shoran entrou é que a embarcação se aprofundou na água, até então os outros tripulantes nada pesavam. Então, com velocidade admirável, deslocava-se pela lagoa onde se encontravam submersas as almas dos que em vida foram orgulhosos. E, enquanto o barquinho "cortava" as águas, um daqueles espectros que ali cumpriam pena levantou a cabeça e, gritando, perguntou a Shoran :
Alma : – Que vens fazer aqui se ainda estas vivo?
Shoran : – Vim, mas não para ficar. E tu coberto com essa lama nojenta, quem és?
Alma : – Podes ver que sou um dos condenados.
Foi aí que Shoran o reconheceu. Também era florentino, era uma pessoa orgulhosa, incapaz de praticar uma boa ação.
Costumava cavalgar, montando num animal que trazia ferraduras de prata. Propositadamente procurava atropelar mulheres e crianças que estavam em seu caminho. O povo o apelidara de Argenti que em italiano quer dizer "prata", por causa das tais ferraduras.
Shoran (com visível desprezo) – Conheço-te perfeitamente.
Irritado com o tom que fora usado com ele, o espírito agarrou o barco, tentando vira-lo e lançar Shoran na água. Clow, percebendo o que ele tentava fazer, o empurrou para o fundo da lagoa novamente. Em seguida abraçou Shoran, afirmando-lhe que a repulsa demonstrada por Argenti teria o consentimento de Deus.
Clow terminava suas palavras quando um tumulto se fez no meio da lagoa e, enquanto o barco seguia o seu rumo, as almas gritavam :
Almas : – Ah, Filipe Argenti!
E aquele espírito orgulho voltava a sua fúria contra ele mesmo, mordendo-se desesperadamente.
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As portas cerradas.
Já se avistava a cidade de Dite, cidade que os dois "visitantes" deveriam atravessar para chegar aos círculos inferiores do Inferno, situada no outro extremo da lagoa e para ela rumava o barquinho. Nas fortalezas e castelos, rubras luzes brilhavam iluminando o ambiente, dando a impressão que a cidade ardia em chamas.
O barqueiro transportou os viajantes até os profundos fossos que os protegiam, impedindo que entrassem na cidade do sexto círculo do Inferno. E, após varias manobras, chegou em um lugar apropriado onde desembarcaram seus passageiros.
Barqueiro : – Saltem, aqui é a entrada de Dite!
Clow e Shoran apressaram-se em descer do barco e logo já estavam em terra. Em seguida viram que as portas da cidade estavam trancadas. Detiveram-se em contemplar as altas muralhas e os edifícios avermelhados pelas chamas. Diante das portas, Shoran observou mais de mil almas que pareciam ter despencado do Céu. Logo que o viram, tentaram impugna-lo com fúria :
Almas : – Quem é este que se atreve a entrar no reino dos mortos sem ter morrido ainda?
Clow percebeu que estavam revoltados com a presença de Shoran, propôs a eles falar-lhes em segredo.
Almas : – Vem tu sozinho. E que aquele que teve a audácia de aqui entrar antes de sua hora, se afaste. Deixa-o que busque o caminho de volta por si, pois tu ficarás conosco toda a eternidade.
Shoran foi tomado por um terror quando escutou aquilo. Se já tinha sido difícil chegar até aqui com seu mestre como guia, como seria voltar sozinho?
Shoran : – Não me abandones mestre! Se a entrada aqui é proibida, retornemos juntos! (dá pra imaginar o Li falando isso? Acho que não...)
Clow : – Nada temas. Ninguém poderá impedir a tua entrada. Espera-me aqui e fiques calmo, porque não te abandonarei.
Logo se afastou e os espíritos rodearam Clow. Passados alguns instantes, voltou cabisbaixo, mas assegurando que aqueles espíritos seriam vencidos. Depois de algum tempo em silêncio, falou:
Clow : – Haveremos de vence-los com a ajuda do Todo Poderoso. Mas como demora o socorro que prometeram...
Enquanto aguardavam, Shoran teve o olhar atraído para uma das torres, em cuja parte mais elevada uma chama ardia. Repentinamente vê surgir entre as labaredas três figuras de mulheres de terrível aspecto: eram as Fúrias. Gritavam loucamente, batiam-se com as próprias mãos e dilaceravam o próprio peito com as unhas.
Fúrias (encarando Shoran e gritando) – Depressa, Medusa, transforme esse mortal em pedra!
Compreendendo o perigo que ameaçava o companheiro, Clow ordenou que Shoran virasse de costas e fechasse os olhos, pois do contrário, nunca mais voltaria ao seu mundo. E, por cautela, ele próprio cobriu os olhos de Shoran com as mãos.
Naquele momento sobre as ondas, ouviu-se um som terrível. E retirando as mãos dos olhos de Shoran, Clow disse:
Clow : – Olha para a lagoa!
Shoran obedeceu e o seu medo acabou quando viu um vulto caminhando pelas águas, com os pés intactos, agitando a mão esquerda para aliviar-se do ar sufocante que ali pesava. A um sinal de Clow, Shoran caiu de joelhos em silêncio, curvando a cabeça com humildade.
Das torres em que se encontravam, as malignas almas também distinguiram o mensageiro celestial que chegava e, assustadas, fugiram para o fundo das águas e enterraram-se na lama.
Quando o anjo chegou a uma das portas de Dite, abriu-a com o toque de uma varinha e severamente repreendeu os espíritos malvados. Depois, sem dirigir uma palavra a Clow e Shoran, voltou de onde viera. Cheios de confiança, os dois viajantes puderam entrar na cidade sem que nada dificultasse a sua passagem.
Encontravam-se no interior do sexto círculo, onde as almas dos violentos eram castigadas. Olharam em volta, esperando ver alguma construção na cidade, mas ali apenas uma vasta planície havia, repleta de dor e sofrimento, cobertas de túmulos separados por um rio de labaredas que os transformavam em verdadeiros rios de fogo. De dentro daqueles jazidos, ouvia-se gemidos aflitos, semelhantes ao de almas crucificadas.
Shoran : – Quem são estes, mestre, que jazem nessas tumbas?
Mas antes que Clow satisfizesse sua curiosidade, reconheceu Farinata, pertencente a nobreza florentina, militar de grandes méritos e que, por mais de uma vez, livrou Florença dos perigos.
Pois foi com a alma daquele destemido homem que Shoran conversou sobre Florença.
E como desejava não demorar, Clow falou para Shoran despedir-se do homem para, assim, continuarem com a "viagem".
Depois que deixaram as altas muralhas do sexto círculo, chegaram a um profundo vale.
CONTINUA....
Próximo capítulo : Continuação de o Inferno : O Tétrico bosque
Bom, terminou mais um capítulo e, como fiz no anterior, alguns nomes que apareceram nele e para que possam dar uma olhada.
MINOS: Rei lendário de Creta, filho de Europa e de Zeus, marido de Pasífae, e pai de Androgeu, Ariana, Fedra, e do Minotauro. Sábio legislador, um dos três juizes dos Infernos com Éaco e Radamanto.
CLEÓPATRA: (acho que todo mundo sabe quem foi, mas mesmo assim...) Nome de sete rainhas do Egito. A mais célebre foi CLEÓPATRA VII (Alexandria, 69 - id., 30 a.C.), rainha do Egito de 51 a 30. Sua beleza cativou César e mais tarde Antônio. O poder dos lágidas conheceu então sua maior extensão. A lenda mais acreditada pretende que ela se tenha deixado matar picada por uma áspide (espécie de víbora), após a derrota de Antônio em Áccio. Num trecho célebre dos Pensamentos, Pascal alude ao nariz de Cleópatra, que teria mudado a face do mundo se fosse mais curto.
DIDO ou ELISSA: filha de Muto, rei de Tiro, e irmã de Pigmalião. Tendo seu marido Siqueu sido morto por Pigmalião (escultor lendário de Chipre. Apaixonado pela estátua de Galatéia, sua própria obra, conseguiu que Afrodite a dotasse de vida e desposou-a, tendo dela um filho, Pafos, fundador da cid. do mesmo nome, consagrada aos amores), ela fugiu e fundou Cartago. Foi lá, segundo a Eneida de Virgílio, que se perdeu de amores pelo fugitivo Enéias, que a abandonou a mando dos deuses. Desolada, subiu a uma pira e apunhalou-se.
CÉRBERO: Na mitologia grega, cão de três cabeças que guardava a entrada do Inferno. Orfeu adormeceu-o ao som de sua lira, o que lhe permitiu descer aos Infernos e de lá tirar Eurídice.
PLUTO: Deus das riquezas, que Zeus cegara a fim de que as distribuísse sem saber a quem. É representado coxo, dando a entender que a riqueza vem lentamente, ou alado, para lembrar que ela se desvanece rapidamente.
ERÍNIAS ou EMÊNIDES: Deusas da vingança, que os romanos chamavam Fúrias. Eram três (Alecto, Tisífone e Megera) e tinham por missão punir os crimes dos homens. Apareciam representadas com os cabelos emaranhados por serpentes, levando numa das mãos uma tocha e na outra um punhal.
MEDUSA: Uma das três Górgonas, e a única mortal (monstros cuja cabeça era ornada de serpentes. Eram três irmãs chamadas Medusa, Euríale e Esteno, que tinham o poder de transformar em pedra os que para elas olhassem). Perseu cortou-lhe a cabeça, que foi oferecida à deusa Atena.
Bom agora os agradecimentos:
Um beijo muito especial para:
A Madam Spooky por ter lido e revisado(novamente) esse capítulo pra mim....desculpa a exploração!!!
A Saki Kinomoto, muito obrigada por ler e me dar a tua opinião!!
A Cherry, obrigada amiga! Por ter lido essa minha tentativa de fic, e me deixar a tua opinião!
A Makimachi Misao, obrigada, e como tu podes ver não esqueci do fic do galinho!! E obrigada pelas reviews!
A Violet- Tomoyo obrigada por ler isso que eu to tentando escrever!
E obrigada a quem esta lendo, mas mesmo assim "não se deu ao enorme trabalho de apertar um botão e dizer o que acho pra mim"
Bom, acho que no próximo capítulo termino a parte do inferno e começo a parte do purgatório!
