Parte 14 - AÇÃO!
Marriot Hotel - cidade do Cairo
O dia da chegada - 22h47
Acostumado à companhia de belas mulheres, Indiana Jones se encontrava numa rara ocasião em que desfrutava de uma noite desacompanhado. Não exatamente sem companhia, pois viera junto com seus amigos. Pensando bem, servia de contrapeso desta vez, já que Fujitaka e Lara não lhe davam atenção e claramente queriam esta noite só para eles. Entretanto não se importava com isso, estava feliz pelos dois e isso lhe rendera boas risadas. O momento da dança, porém, não o incluía, e nem mesmo ele seria louco de separar este recém formado casal, sob pena de levar uns safanões de ambas as partes!
Indy era um homem que possuía defeitos, como todos, mas a desatenção não era um deles. "É, esse é o padrão Jones de beleza internacional, meninas, aproveitem..." — mais convencido naquele momento, impossível. Várias moças realizavam uma verdadeira inspeção sobre o atraente aventureiro, algumas já tinham levantado de seus lugares e circulado de maneira estratégica ao redor de sua mesa. E claro que ele estava adorando fazer às vezes de homem objeto.
Quando os amigos saíram da mesa, levantou-se logo em seguida. Decidira movimentar-se um pouco pelo local, reparando um pouco mais nos seus detalhes arquitetônicos e decorativos. Paredes claras, piso de mármore, vários objetos de arte romana espalhados sobre pequenos pedestais próximos às colunas laterais do salão. A iluminação de lustres e candelabros, realçando o ambiente dominado pelas cores verde e vermelho. Mesas e cadeiras em mogno e cedro, devidamente acolchoadas. Temperatura controlada na medida certa, para não esfriar os pratos servidos e acentuar o conforto dos clientes. Já visitara vários restaurantes em todo mundo, então poderia concordar que os egípcios fizeram um bom trabalho ali. Luxo, beleza e bom gosto na medida certa.
O acesso dos garçons ao salão principal do restaurante era do lado oposto à porta de entrada dos clientes. Indy foi se aproximando, enquanto os músicos iniciavam a execução de uma das canções favoritas dele: "Strangers in the Night". E pensar que acompanhara Frank Sinatra cantando esta mesma melodia no Carneggie Hall há cinqüenta anos atrás... Isso lhe causava um sentimento bom, de nostalgia, porém um pouco estranho...
Suas fãs de ocasião, todas atentas aos seus movimentos, foram levantando uma de cada vez, dirigindo-se para ele. Indy percebeu, e é claro que lhe pareceu muito mais esquisito que ouvir canções antigas. Tinha sucesso com as mulheres, mas não era para tanto. Cerca de quinze mulheres se aproximavam dele, de forma rápida e discreta. Misteriosamente, tentaram cercá-lo, sorrindo e sem nada dizer.
"Muita mulher junta assim é confusão! Será que eu já estive com algumas delas e não me lembro?" — Indy agiu rápido, entrando pelo acesso dos garçons num corredor largo e curto que conduzia a uma enorme cozinha. Uma vez lá dentro, apertou o passo para tentar encontrar algum lugar que servisse de esconderijo, tentando não chamar a atenção. Interpelado por um cozinheiro, perguntou onde era o sanitário masculino, fingindo leve alcoolismo. Dirigiu-se para a direção apontada e esperou, oculto num pequeno corredor de acesso.
Dois segundos depois, sua desconfiança inicial se mostrou justificada. As moças bem vestidas adentraram a cozinha, e diante dos seus olhos foram uma a uma se transformando em guerreiros armados com espadas e adagas, uma arma em cada mão, trajando roupas de batalha antigas.
"Ainda bem que não dei mole pra nenhuma delas!" — Indy tinha um bom humor a toda prova mesmo, embora a situação fosse agora mais perigosa do que estranha...
Um deles se aproximou de um dos funcionários e começou a gritar, perguntando por ele, mas o pobre homem estava tão assustado com o que vira que não conseguia falar, apenas gaguejar. Foi jogado ao chão com violência por causa disso, o que serviu de senha para que os outros evacuassem o recinto de maneira atabalhoada. Indy pensou em seguir o fluxo de pessoas para tentar uma outra saída, mas ouviu um brado de comando:
— Encontrem-no depressa! Temos que pegar os outros dois também!
— Lara! Fuji! — sussurrou em desespero, os nomes ecoando sem parar em sua mente. Teria que arrumar um jeito de voltar e avisar seus amigos.
Dividiram-se em grupos pela cozinha procurando-o devagar e com atenção, um de cada lado do recinto.
Indy procurou algo que pudesse usar como arma, e acabou se apoderando de um martelo de bater carne e um rolo de massa de uma bancada próxima. Começou a se mover em direção ao corredor pelo lado esquerdo tentando ocultar ao máximo sua posição, se esgueirando entre pias, mesas e bancadas, aproveitando os amontoados de frutas, legumes e condimentos dispostos por ali. Enquanto alguns se aproximavam pelo seu lado, o corredor por onde entrara estava fortemente guardado, com cinco homens bloqueando totalmente a passagem.
Avistou um carrinho com doces a cinco metros deles, ele seria seu passaporte para fora da cozinha. Pegou uma maçã e atirou para o lado oposto de onde estava. Alguns homens se deslocaram para lá, facilitando um pouco o seu trabalho. Disparou para o corredor pelo meio da cozinha, driblando mesas, utensílios pendurados e outros obstáculos, tentando ser o mais silencioso possível. Chegou ao carrinho, soltou as armas improvisadas sobre ele, pegou um pote de doce em cada mão acertou em dois dos guerreiros, tonteando-os e alertando os outros três de sua presença. Perdera o elemento surpresa, então a precisão era tudo naquele momento. Ganhando velocidade, subiu no carrinho para atingir mais um com a colher de pau e mais outro com o rolo de massa. O guerreiro restante atacou-o com a espada, mas não chegou a atingi-lo, pois Indy jogou seu pequeno veículo improvisado sobre ele, desconcentrando-o e abrindo sua guarda para um potente e efetivo cruzado de direita. Conseguira!
Adentrou o salão com os outros guerreiros no seu encalço. Correndo como nunca, chegou ao centro do salão, onde viu Fujitaka saindo correndo, deixando Lara pra trás. Será que ele já tinha percebido alguma coisa e estava fugindo?
— Fuji, o que foi? Volte! — Lara não entendia ainda ao certo o que estava acontecendo, e porque Fuji foi abrindo caminho pelas mesas para a porta de saída. Ia atrás dele, quando parou porque Indy a segurou pelo braço.
— Vamos fazer como ele! Vamos fugir!
— Fugir do quê? — agora é que ela não entendia mais nada. Logo em seguida, reconheceu guerreiros chegando vestidos da mesma maneira que os que encontrara em Hurghada. Todos vestiam roupas compridas, com todo o corpo recoberto, o que queria dizer que talvez estes fossem melhores lutadores que os outros que enfrentara.
— Não dá mais tempo... — sim, já estavam cercados, e os garçons próximos também estavam se transformando em guerreiros. Indy contava agora pelo menos trinta inimigos cercando-os. Não podiam correr para lugar nenhum, tinham que enfrentá-los.
— Muito bem, vamos lá! — Lara rapidamente tirou os sapatos, segurando um em cada mão.
— Me dá isso aqui! — era Indy que tomava um deles da amiga.
O que poderiam fazer os dois amigos armados com um sapato de salto alto cada contra tantos guerreiros que brandiam armas brancas?
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Fuji não pensou muito, correu para onde estava Sonomi. Ela já tinha se levantado e se dirigia para fora, junto com seu acompanhante. Hesitara um pouco, o impacto de revê-la ali naquelas circunstâncias o deixara estático por um momento. O que menos queria agora era ser mal interpretado justamente por ela. Tinha que conversar agora, não podia deixar para depois.
Já do lado externo, procurou-a sem sucesso. Para onde teria ido tão rápido? Começou a rodear o restaurante, para ver se a encontrava, mas não a achava em lugar nenhum! Não, não podia deixar que mais uma vez fizesse mau juízo dele, que era uma pessoa desprezível, cruel, que curtia a vida sem pensar em mais ninguém. "Sonomi, onde está você?".
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— Aquele crápula! Miserável! Como se ateve a fazer isso, desonrando minha família? Quero que ele morra! — a cada passo que dava, Sonomi praguejava. Tomada de incontrolável fúria agitava os braços, por vezes batia o punho fechado contra a própria mão, como se estivesse esmurrando o próprio cunhado. Seu acompanhante guardava até uma certa distância, para não ser atingido involuntariamente.
— Por aqui, senhora — conduziu-a Hadek, somente apontando a direção a seguir, com muita cautela. No momento, enervá-la mais não parecia uma boa idéia, já que tinha outros planos para ela...
Quanto mais andava, sua fúria ia se dissipando, deixando espaço para mais amargura e tristeza dentro dela. Por que vê-lo ali com outra mulher a deixava tão irritada? Já era viúvo a mais de dez anos, nunca se envolvera com mais ninguém depois de Nadeshiko, seria natural que outras mulheres se interessassem... Fujitaka ainda era muito atraente, melhorara com o passar dos anos, ficara mais másculo, apenas mantinha aquele ar melancólico algumas vezes...
O quê?!?!? O que estava pensando? Acabara de vê-lo aos amassos com outra mulher! Isso era um desrespeito! Um ultraje! Uma vergonha! Que salafrário!
Com o retorno de suas lágrimas, Sonomi via essas idéias perdendo força a cada segundo. O que restava era a certeza de que ele estava seguindo com sua vida, e que ela mergulhava cada vez mais na mais completa solidão...
— Os homens poderosos costumam ser cegos sobre as pessoas que o cercam. Isso é um erro fatal. — súbito, Hadek cortou o silêncio tocando diretamente na questão, sem a menor delicadeza ou intenção desta. — Mas eu posso ajudá-la com isso, se quiser...
— O quê? Como? — Sonomi estranhou a atitude daquele homem. Do que estava falando? De quem?
— Ele vai saber qual a importância que lhe é reservada... — continuou o acompanhante, desta vez interrompendo a caminhada e se colocando na frente dela, impedindo que continuasse.
— Ei, o que é isso? — agora estava estranho mesmo, mas não era mulher de aceitar nada imposto por qualquer homem. Encarando-o de maneira firme e ignorando sua desvantagem física, tentou empurrá-lo para o lado, para continuar seguindo em direção ao hotel. Sua mão foi detida com muita força, demonstrando a irritação dele.
— Olhe para mim! — elevando sua voz, Hadek encarou-a de cima para baixo, os olhos se tornando totalmente brancos e brilhantes, como se fossem duas lanternas de mão. Forçou a incidência de seu olhar sobre ela, até que os olhos ficassem iguais aos seus. Sim, dominara a mente daquela mulher! Seria uma peça útil em seus propósitos... No instante seguinte, porém, sua mão começou a queimar! E doía muito, uma magia poderosa de proteção! Mas aquela mulher não tinha poderes mágicos, senão já teria percebido... Então de onde vinha aquela magia? — Aaaaaaaaaaahhhhhhhhh! — a dor era muito forte, tinha de soltá-la!
— Tire essas patas de mim! — totalmente liberta do transe, embora um pouco tonta, Sonomi tentava se desvencilhar com todas as forças. Ele a soltou, mas colocou a outra mão em seu ombro. Continuava presa!
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Quase fechando uma volta completa ao redor do restaurante, reparou no pequeno jardim próximo. Ela estava lá! Se tivesse ido pelo lado oposto, a acharia mais rápido, que ironia... Percebeu que algo estranho ocorria, pois Sonomi não estava só, tinha alguém com ela. Quanto mais se aproximava, sentia uma presença mágica, agora familiar. Apertou o passo, e quando chegou a eles percebeu que o homem negro que vira à tarde segurava-a pelo ombro.
— Solte-a já! — com raiva, Fujitaka abriu sua mão esquerda e, sem encostar no oponente, arremessou Hadek a vários metros de distância. Assustado, o inimigo bateu em retirada, ainda zonzo, tentando esconder sua magia. Clow era muito poderoso! Não deveria ser confrontado ainda.
Fujitaka acompanhou com o olhar a fuga, certificando-se de que não voltaria. Percebeu que a magia dele sumiu rapidamente, mas sabia que tentava ocultar-se. Não deu certo, pois sua presença era nítida para ele. Não esqueceria aquele padrão de magia tão cedo...
Foi então que sentiu aquele contato quente e tão gostoso contra seu peito. Tão preocupado estava com o agressor, que esqueceu da doce vítima. Sonomi se abraçara com ele, as lágrimas rolando, assustada, apavorada, trêmula... Enquanto ela se acalmava, Fujitaka a abraçou também, para confortá-la... Fechou os olhos e encostou o queixo sobre sua cabeça, tentando fazê-la sentir-se mais segura enquanto que em silêncio duvidava que poderia conseguir isso... Seu sangue começava a ferver, lentamente... A sensação que ele queria de abraçá-la com carinho desde que a conheceu finalmente experimentava, e era tão melhor do que imaginava... E ela se aninhava em seus braços devagar, como que querendo acariciá-lo com seu abraço...
De repente, de olhos fechados, o inesperado: um tapa mais forte que o que recebera no casamento dela!
— Mas... O que... — claramente Fujitaka não entendera.
— Como ousa! Seu... Seu... Aproveitador! — expressão de raiva, Sonomi o encarava com o habitual mau humor reservado para ele.
— Você está bem, Sonomi? Ele te machucou? — ainda perplexo e passando a mão no próprio rosto (estava doendo!), Fuji cedeu espaço à preocupação.
— Já não me basta ter que fugir de um tarado, vou ter que agüentar outro? Francamente, professor, por essa eu não esperava! — Sonomi não queria dar trégua mesmo.
— Sonomi... Eu... Queria te explicar uma coisa... — Fuji ficou vermelho, mas tomou coragem e falou.
— Não vou lhe desculpar! Nem adianta pedir! — e ela ia deixar passar uma chance de intimidá-lo? Nunca!
— Não quero me desculpar, Sonomi. — depois de uma pequena pausa, ele respondeu.
— Não? Então você é um desorientado mesmo! — decretou, impassível. Seu rosto mudou rapidamente com a próxima frase dele, entretanto.
— Sonomi foi você quem me abraçou, lembra-se? — olhando bem para ela, Fuji não pôde evitar achar engraçado como perdeu tão rápido aquela pose de mulher ultrajada.
— Eu? Não, eu... — o ar de deboche dele já deixava evidente que aquele tipo de protesto não surtiria mais efeito. — Ora, o que você está fazendo aqui? — tentou desconversar, retomando o mau humor já não tão convincente.
— Ora, eu vim aqui só para te salvar, o que mais poderia ser? — sabia que a irritaria mais. Não resistiu...
— Ora seu... Seu... Presunçoso! Convencido! Pretensioso! Eu não preciso de homem nenhum pra me salvar de nada! — Sonomi falou tão alto que certamente convenceria a si própria que isso era verdade.
— Sei... — abrindo um sorriso, Fuji estava curtindo cada momento de nervosismo dela. Acostumara-se, fazer o quê? No instante seguinte, porém, o sorriso sumiu e a expressão agora era total apreensão.
— O que foi? — até ela se assustou com a mudança, esquecendo a raiva momentaneamente.
— Meus colegas! Eles estão em perigo! — Fuji falou já começando a correr para voltar ao restaurante. Sonomi foi atrás, não tão rápido, mas sozinha ela não ficaria agora de jeito nenhum.
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Indy se dirigiu para o primeiro oponente, o mais próximo, e foi recebido com ataques de espada. Evitou-os, aparando o golpe de adaga com o sapato que tinha nas mãos. Retirou-a então do inimigo, diminuindo sua desvantagem. Concentrou-se nos padrões de ataque dele, e num momento propício desferiu um contra ataque com sua arma, travando a arma inimiga e trouxe o combate para o corpo-a-corpo, aplicando uma seqüência de socos rápidos e precisos, derrotando-o.
Lara foi de encontro a outro guerreiro, para o lado oposto ao de Indy, deslizou pelo chão e golpeou as partes baixas do primeiro que viu, tomando suas armas como prêmio de sua rápida vitória.
Com toda a agilidade que possuíam, encaravam todos os que apareciam pela frente. Os adversários se dividiram em dois grupos em torno de cada herói, afastando-os.
Cada um se virava como podia. Cadeiras, mesas, toalhas, talheres, copos, pratos, tudo o que podiam segurar e atirar estava sendo usado. Indy conseguiu sobrepujar quase todos os adversários, mas quando chegou no último foi desarmado, pois enfrentava agora um ótimo espadachim.
Lara atacava tudo que se movia. Lamentou estar sem suas pistolas, seria mais fácil. Arrojada, desferia chutes, socos, pontapés, rasteiras, tudo após neutralizar as armas brancas. Uma adaga foi atirada contra ela, porém foi evitada. O atirador de adagas acabou ficando com a voz fina no próximo instante.
Faltavam só dois para ela quando, ao preparar um ataque com a espada e a adaga, abriu os braços e não consegui fechá-los. No instante seguinte, sem entender nada, sentiu seu corpo girar e deu de cara com alguém que conhecera naquela noite mesmo.
— Oi, lembra de mim? — Neftul a encarava com um sorriso sarcástico aberto, daqueles que ela detestava. Lara tentou atingi-lo, mas suas pernas não obedeciam. — Não adianta tentar, você está sob meu domínio. Olhe para mim! — sem poder evitar, foi obrigada a encará-lo e ver os olhos dele se tornarem totalmente negros. Quase que um instante depois, tudo apagou e ela perdeu os sentidos.
A espada fria parecia ser também implacável. Com alguns cortes leves, Indy descobria toda a habilidade e precisão de seu opositor. Era cada vez mais difícil se esquivar dos golpes dele, quando se lembrou de algo que vira ali. Estava próximo de uma das janelas panorâmicas ali existentes, pois o restaurante tem uma vista para o rio Nilo. Correu até a janela mais próxima tão depressa quanto pôde e arrancou uma das cordas que servia como puxador das cortinas. Se não tinha seu chicote consigo, já conseguira algo parecido. Perseguido que fôra, desarmou e venceu o último inimigo com golpes de corda e uma cotovelada certeira, correndo de volta para o centro do salão para ajudar Lara. Encontrou a pista de dança abandonada, não via ninguém por ali, nem os guerreiros e nem a amiga.
Começou a observar o ambiente em volta, vagarosamente, achando muito estranho. Mobiliário quebrado, tudo desarrumado e aparentemente deserto. Como quase trinta homens desacordados desaparecem num piscar de olhos? E para onde teria ido sua amiga, teria sido levada por eles?
Quando procurava indícios do paradeiro dela, foi atingido na nuca, por trás. Caiu imediatamente, quase desacordado, sua condição física bastante prejudicada pela luta que enfrentara até então. Sentia que não agüentaria muito mais tempo. Virou-se e foi içado por dois guerreiros, que o colocaram frente a frente com o seu agressor. Ou melhor, agressora.
Lara estava à sua frente, expressão de raiva e os olhos totalmente enegrecidos. Atrás dela, outro homem com os mesmos olhos ordenou:
— Acabe com ele, vamos mulher! — a impaciência e o desprezo eram marcantes nesse comando, o que não parecia fazer muita diferença naquele momento.
— Lara, não... — Indy já estava quase perdendo os sentidos, não poderia suportar nem se esquivar de mais um ataque.
— Não mesmo! — era Fuji que chegava, jogando longe os dois guerreiros que prendiam seu colega e libertando-o. Em seguida, rapidamente chegou perto de Lara e, constatando que havia um controle sobre a mente dela, quebrou-o dizendo: — Lara! Amiga! Acorde agora!
A jovem inglesa estava novamente nos braços de Fuji, e seus olhos voltaram ao normal mais uma vez. Desmaiou em seguida.
Após deitar com cuidado sua colega no chão, partiu pra cima do mago responsável por aquilo. Não o alcançou, porém.
— Ainda não é o momento, Mago Clow! — Neftul desapareceu logo após estas palavras. Os dois guerreiros restantes também sumiram.
A batalha acabara-se. Entretanto, muitas perguntas ainda restavam sem resposta.
O PAU QUEBROU! Mas nossos heróis se deram bem... Não foi?
Isso não vai acabar tão bem assim... Confira no próximo episódio.
E não esqueçam de comentar este aqui, certo?
VALEW!
