Novidades em Hogwarts

As aulas recomeçaram em setembro, em ritmo frenético. Harry tinha a leve impressão de que aquele não seria um ano tão tranquilo quanto o anterior. Voldemort conseguira instalar novamente o pânico entre as pessoas, e durante toda a viagem ouvira toda a sorte de bobagens. Todos o olhavam intrigados, tentando adivinhar o que o garoto sentia em relação aos ataques. E no entanto, Harry era o que menos sentia medo. Ele já estivera frente a frente com Voldemort e sobrevivera.

Em Hogwarts, havia muito mais com que se preocupar, na opinião de Harry. Primeiro, e mais importante era remontar o time de Quadribol, que estava completamente desfalcado. E durante duas semans, Harry não pensou em mais nada que fosse selecionar novos jogadores para a Grifinória. Deixou os deveres de lado, para se concentrar melhor no seu papel de capitão do time ( já que não havia mais ninguém para o cargo...), o que provocou a ira de Hermione.

- Você nunca foi tão relapso com os deveres, Harry!

- Eu só estou preocupado com o time, Mione. Logo vai começar a temporada, e nós não temos um time. Lembre-se que só sobraram eu e a Gina.

Vívian hesitou quando Harry e Gina a convidaram para fazer um teste para uma das vagas de artilheira. O garoto sabia que ela jogava quadribol muito bem, e não entedia as desculpas que Vívian dava. Por fim, numa tarde de sábado ela concordou em ser testada. Madame Hooch, que acompanhava os testes olhou assombrada o vôo gracioso e firme ao mesmo tempo de Vívian, que não teve dificuldade nenhuma em acertar a goles no gol.

- Topa entrar para o time? - Harry perguntou, esperançoso.

- Quanto eu vou ganhar para isso? - Vívian perguntou, tentando manter-se séria - claro que eu topo, Harry. Quero o meu nome na taça também.

Um pouco mais aliviado, Harry achou por bem dividir a tarefa de seleção com Gina e Vívian. E foi naqueles dias que descobriu o quanto era ciumento. E um pouco inseguro também.

Harry atravessava o corredor em direção a sala de Feitiços, em companhia de Rony e Hermione, quando viu Gina conversando animadamente com Colin Creevey na porta da sala de Transformações. O sangue lhe subiu tão rápido, que não teve tempo para reagir de outra forma. Aproximou-se de Gina, e a abraçou fortemente, enquanto encarava Colin.

- Sobre o que vocês conversavam?

- O Colin está interessado em fazer um teste para o time, Harry. Ele andou treinando durante o verão.

- Ah, você quer entrar para o time? Em qual posição?

- Bem, eu jogo melhor como artilheiro. Aí depende, Harry. Posso fazer o teste?

Colin havia mudado muito nos últimos anos. Parara com aquela mania de querer fotografar o seu ídolo a qualquer preço. Descobrira que Harry era um garoto normal, e não uma aberração para ser perseguido pelos corredores de Hogwarts.

- Ok, o teste fica marcado para o próximo fim-de-semana. - Harry concordou, meio a contragosto.

Harry continuava abraçado a cintura de Gina, sentindo o calor que emanava de seu delicado corpo. Queria mostrar que ela era sua namorada, e não aceitaria nenhum outro garoto tentando paquerá-la. O sinal tocou, e contrariado, Harry despediu-se de Gina, e tentou lançar um olhar ameaçador para Colin. Mas tudo o que consegui foi provocar gargalhadas em Rony, que o esperava do outro lado do corredor:

- Você com ciúmes do Colin? Harry, se enxerga, você acha que a Gina te trocaria por qualquer outro cara?

- E quem disse que eu estou com ciúmes? - respondeu, mal-humorado.


As aulas de DCAT não estavam sendo nada agradáveis. Desde a primeira aula, quando o Profº Lupin anunciara que introduziria os príncipios das Maldições Imperdoáveis, houve protestos por parte dos alunos.

- Mas nós já estudamos isso no quarto ano...- queixou-se Neville.

- Mas o professor era um impostor, Neville. E eu vou abordar o assunto aos poucos, primeiro a teoria, depois a prática. Agora, por favor, copiem o texto que vou ditar sobre a origem da Maldição Imperius...

Remo tinha o bom senso de sempre lembrar aos seus alunos o quanto era proibido utilizar qualquer uma das Maldições em seres humanos, a não ser em casos extremos, de vida ou morte. Ele mesmo jamais chegara a usá-las.

O Clube de Duelos foi reaberto no início de Outubro, e a grande maioria dos alunos parecia interessado em participar. Harry não se sentia nem um pouco motivado em perder uma noite por semana aprendendo como lançar azarações sem se deixar atingir pelo adversário. Mas o bom senso de Hermione chamou-lhe a atenção, dias antes do Clube começar a funcionar. E foi decisivo para que ele decidise participar.

- Dumbledore está nos preparando, Harry. Primeiro, Maldições Imperdoáveis, agora os Duelos. Nós precisamos aprender a nos defender.

- E eu que pensava que isso fosse exclusivo para Aurors...

- Novos tempos, Harry. Pelo que o Percy tem falado, o Sirius anda aprontando uma revolução dentro do Ministério, e está refletindo aqui em Hogwarts.

- E o que ele acha de trabalhar com o Sirius, Rony? Sinceramente, eu não acho que eles combinem nem um pouco.

- O Percy tem reclamado um bocado, mas no fundo ele está gostando das novas funções - disse Gina - Eu não duvido nada se um dia ele chegar a Ministro da Magia - completou, rindo.


Kelly Lenstrange era uma das alunas mais populares da Sonserina. Sobrinha de um dos mais famosos Comensais da Morte, a garota aproveitava-se da fama que o nome lhe dava para conquistar, pouco a pouco, poder dentro da sua casa. Era considerada uma das alunas mais inteligentes de Hogwarts, perdendo apenas para Hermione Granger. Kelly não se conformava em ter perdido seu posto de mini-gênio para uma garota da Grifinória, sangue-ruim e ainda por cima, amiga de Harry Potter.

Durante o verão, tivera a oportunidade de conhecer seus tios, Willian e Christiane, que haviam escapado de Azkaban, acompanhando seus pais e Narcisa e Lúcio Malfoy. E foi naquele dia que Kelly conquistara a amizade da mãe de Draco ( por quem tinha uma queda ). Em agosto, completara dezessete anos, e Narcisa a convidara para um chá em sua casa. A garota nunca iria esquecer da cara que Draco fizera naquela tarde, quando a viu em companhia de sua mãe. E nem das palavras que lhe dissera:

- Ficando amiguinha da minha mãe, Kelly Lenstrange? Não pense que só por isso vou cair aos seus pés, baby.

- E você pensa que estou ligando para um fedelho do sexto ano? Se enxerga, Draco Malfoy...- Kelly controlara-se, não perderia a pose diante do garoto que ela escolhera para ser seu.

Narcisa percebeu no ato o rubor da jovem, mesmo que ela não tivesse dito uma só palavra. Kelly era exatamente o tipo da garota com quem Draco deveria se apaixonar: bonita, rica, inteligente e sangue-puro.

- Eu posso fazer com que meu filho se apaixone por você, Kelly. - Narcisa comentou, naturalmente.

- E como você faria isso, Narcisa?

- Primeiro, eu preciso saber o quanto você é leal ao Lord das Trevas...

- Você sabe que eu me esforço para isso. E para conseguir novos adeptos em Hogwarts, o que não está sendo nem um pouco fácil.

- Eu quero que você faça um serviço em Hogwarts. Há tempos eu esperava encontrar alguém como você, minha querida. Você tem razão, Kelly. Dumbledore está apavorando os alunos, confundindo-os sobre a nossa verdadeira missão.

- E em troca?

- Em troca você terá o Draco, querida. Quero que você faça com que meu filho volte para o caminho ao qual ele pertence. E nada melhor do que uma mulher para isso.

- E o que eu vou ter que fazer?

- Ah, curiosa? Não se preocupe, Kelly. Você saberá no tempo certo. Saiba apenas que, se você conseguir êxito, receberá todas as honras de Lord Voldemort...

Agora, de volta a Hogwarts, Kelly esperava ansiosamente as instruções de Narcisa. Enquanto isso, contentava-se em observar Draco atentamente. Ele andava exibindo-se por todo o castelo por ter sido escolhido o capitão do time da Sonserina, em troca do lote novinho em folha de Firebolts para toda a equipe. E na véspera do jogo, que coincideria com o Dia das Bruxas, Draco aproximou-se de Kelly, para tentar humilhá-la.

- Vai torcer por mim amanhã, Lenstrange?

- Só se você conseguir apanhar o pomo primeiro que o Potter...- respondeu, num falso desdém.

- Quando você vai desistir, garota?

- Nunca, Draco Malfoy. - Kelly afastou-se, em direção ao dormitório. - "Se você não for meu, não será de nenhuma outra" - pensou.


Harry suava frio ao pensar na partida de logo mais. Durante o café-da-manhã observou atentamente o time que havia montado: Vívian Black, Colin Creevey e Judy Marshal, os três do quinto ano como artilheiros, Phill Cobayn e Axel Tyler , ambos do quarto ano, como batedores. Não era um time dos sonhos, mas pelo menos os jogadores haviam sido escolhidos a dedo. Mas o que mais lhe preocupava eram as Firebolts da Sonserina.

A escola inteira esperava ansiosamente pelo primeiro jogo da temporada. E Vívian não conseguia disfarçar o seu nervosismo. Em Salém, fora reserva do time de sua turma, mas nunca chegou a disputar uma partida oficial.

- Bem...essa é nossa primeira partida com o novo time...- Harry não sabia o que dizer, como capitão do time - er...bem, o que eu quero dizer é...não se sintam intimidados pela Sonserina. Pelo menos nem eu, nem ninguém aqui pagamos para estar no time. E é tudo, vamos fazer o impossível para vencer este jogo.

Draco e Harry, cada qual a frente de seu time, encaravam-se furiosamente. Se os olhos de ambos soltassem raios, o certo é que cairiam fulminados.

- Eu espero não precisar lembrá-los que quero um jogo limpo. Potter e Malfoy, apertem as mãos.

Os dois capitães apertaram as mãos, e Harry lembrou-se vagamente da noite em que Dumbledore obrigara Sirius e Snape a fazerem a mesma coisa.

- Cuidado para não quebrar o nariz dessa vez, Malfoy - Harry provocou, quase num sussurro.

Foi difícil para a platéia dizer qual dos dois apanhadores subiu mais rápido quando Madame Hooch apitou o início do jogo. Rapidamente, os dois transformaram-se em pequenos pontos. Um pouco abaixo, a Sonserina aproveitava-se da superioridade de suas vassouras para marcar pontos, desbancando a Grifinória em poucos minutos.

Apesar de ser seu primeiro jogo em Hogwarts, Vívian esforçou-se para jogar bem. E o seu primeiro gol foi comemorado com entusiasmo pelos seus colegas, que soltaram fagulhas vermelhas no ar. Os outros artilheiros também não decepcionaram, assim como os batedores, que logo começaram a tentar barrar o caminho dos adversários.

Harry voava desesperado, em busca do pomo. E Malfoy sempre por perto, seguindo-o.

- Você não sabe procurar o pomo sozinho, Malfoy?

- É mais fácil te seguir, ô Cicatriz - debochou Draco. E naquele instante de distração, Harry avistou o pomo, brilhando poucos metros acima de suas cabeças. Foi com alívio que o apanhou, vitorioso.

- Eu acho que você se enganou...- Harry disse, antes de se encontrar com o restante do time para comemorar a vitória.

Draco observou com raiva a Grifinória se afastar, ainda parabenizando os jogadores. E pela primeira vez admitiu que invejava Harry.

- Pelo jeito você percebeu que não adianta comprar vassouras para ser um bom jogador, não Malfoy?

O garoto virou-se e deu de cara com Vívian, que ficara para trás esperando Gina terminar de trocar o uniforme.

- Eu pedi algum palpite, sua pirralha metida?

- Aprenda a perder, Draco Malfoy, ao invés de me atacar. Você não me atinge com suas grosserias. - Vívian afastou-se, indo ao encontro de Gina. Draco percebeu que as duas riam de sua cara. Olhou com raiva para a vassoura, e a jogou no chão, como se essa fosse culpada pela sua derrota.

Na manhã seguinte, durante o café da manhã, Kelly Lenstrange recebeu uma coruja de Narcisa, com as últimas instruções que necessitava para executar o serviço.


Conforme o inverno se aproximava, os alunos passavam mais tempo dentro de suas casas nos horários livres. Até mesmo os passeios a Hogsmeade pareciam não interessar os alunos, tamanho o frio. Aquele seria um dos invernos mais rigorosos dos últimos anos.

Harry e Gina aproveitavam o frio para namorarem em paz, sentados nas poltronas mais afastadas. E eram nesses poucos momentos livres que os dois procuravam se conhecer melhor, descobrindo os gostos em comum e suas diferenças. Harry era ciumento, não gostava de ver Gina cercada por outros rapazes. E Gina era teimosa, não gostava de ceder sob as exigências do namorado. De vez em quando as discussões acabavam em brigas, cada um para o seu lado, amuados. No dia seguinte, tudo voltava ao normal.

Vívian, por sua vez, não sabia se continuava ou não a namorar Neville. Durante todo o verão, sofrera com saudades, trocaram cartas e a garota não via a hora de voltar a Hogwarts, e reencontrar o namorado. Pensava estar apaixonada, mas enganara-se. Tinha quase certeza de que só aceitara namorá-lo para não se sentir por baixo, quando Harry começara a se interessar por Gina. E agora sentia remorsos, e não tinha coragem de terminar.

Quando não estava disposta a permanecer na sala comunal, saía para andar pelos corredores do castelo, ou ir até a biblioteca terminar os seus deveres. E foi numa dessas noites, enquanto terminava o dever de Poções ( "Por que a Poção da Impercepção deve ter o seu uso controlado"), que Draco Malfoy apareceu.

- Ora, ora...vejam só, a pirralha está sozinha....

- Ora, ora...o idiota do Malfoy apareceu para me perturbar...- imitou Vívian, sem desgrudar os olhos do dever. Draco pareceu não se importar, pois observava atentamente a garota escrever a redação.

- Fazendo dever do Snape? - disse, e tomou o pergaminho das mãos de Vívian - tsc, tsc, você entendeu errado, a poção não torna a pessoa invisível, e sim, imperceptível...se continuar assim, você não passa de ano nem se o Profº Snape se casar com a Profª Black...

- Eu não pedi sua opinião a respeito do meu dever, e acho bom você não meter a Lyra nisso também, Malfoy.

- Black, por que você primeiro não aprende a falar direito? - Malfoy gozou, imitando o sotaque americano de Vívian.

- Por que você não volta para a sua masmorra, e me deixa em paz?!!

- Porque de repente me deu vontade de ficar aqui...eu já terminei a minha redação de Poções, tenho a noite livre para fazer o que eu quiser...

Draco sentou-se a frente de Vívian, e a encarou debochadamente. Vívian fingiu que o garoto não se encontrava ali, e concentrou-se no seu dever. Mas minutos depois, ao perceber que ele continuava a encará-la, Vívian descontrolou-se:

- Você me irrita, sabia?!!

- É para isso que eu existo...irritar os outros...

- Ah, com licença. - Vívian juntou o fichário, pergaminhos, e saiu quase correndo da biblioteca, sob o olhar severo de Madame Pince. No entanto, ao encontrar-se sozinha no dormitório, Vívian não conseguiu desligar o seu pensamento daquele olhar cinzento e debochado...e Draco sonhou a noite toda com aquela garota irritantemente linda...


No último dia de aula, antes das férias de Natal, os alunos de Hogwarts foram brindados com um agradável passeio a Hogsmeade. Apesar do frio e da neve , o vilarejo estava lotado de estudantes.

Carregando um embrulho no bolso interno da capa, Rony caminhava sozinho em direção ao Três Vassouras, onde o restante da turma já se encontrava. Antes de entrar no bar, respirou fundo, tremendo só de pensar no que iria falar para Hermione. Há um bom tempo ele sabia que a afeição que sentia pela garota era muito mais que amizade. Resolvera abrir o jogo com Harry alguns dias antes, e contar o que estava sentindo por Hermione.

- Como se eu já não soubesse, Rony...vocês nem conseguem disfarçar! - Harry riu, enquanto o amigo o encarava espantado.

- Eu tenho medo que ela não me ache bom o suficiente...sabe, ela é monitora, é inteligente...

- E sempre foi sua amiga assim mesmo. Vai em frente, Rony e fale com ela.

- Falar? O quê?

- Sei lá...fala que gosta dela, rouba um beijo...inventa um jeito...

Realmente, Harry não era a melhor pessoa para lhe dar conselhos. Resolvera agir por conta própria. E enquanto os outros seguiram direto para o bar, ele entrou na Trapobelo, decidido a comprar um presente para Mione. Demorou-se até decidir levar um frasco de perfume. Ao ver a carteira praticamente vazia, sentiu uma pontinha de remorso por ter gastado quase todo o seu dinheiro. Mas se desse resultado, valeria a pena.

Mesmo com o bar lotado, logo localizou Hermione sentada à mesa com Harry e Gina, bebericando uma garrafa de cerveja amanteigada.

- Eu preciso falar com você, Mione. - cochichou Rony, vermelho.

- Então fala...

- Aqui não, lá fora...- murmurou.

- Lá fora? Rony, está nevando...

- E daí?

Mesmo contrariada, Hermione acompanhou Rony para fora do bar. O garoto sentiu-se extremamente sem-graça, e as palavras, que havia ensaiado a manhã inteira, fugiram de sua boca.

- Eu comprei um presente para você...- estendeu o pacote para Mione.

- Rony, não precisava - a garota apanhou o embrulho, e abriu-o, espantada. - Como você adivinhou que eu queria esse perfume? - perguntou.

- Não adivinhei...quer dizer, eu queria te dar um presente especial, e achei que esse cheiro combina com você.

Hermione não soube o que dizer, além de agradecer. Aproximou-se de Rony, e o beijou no rosto, deixando-o vermelho e sem-graça.

- Eu adorei o presente, Rony. Obrigada.

- Eu só queria que você soubesse que eu lhe considero uma pessoa especial...

Os dois voltaram em silêncio para o Três Vassouras. Hermione pressentia que dali por diante, sua amizade por Rony sofreria uma brusca mudança. Se é que continuariam a ser apenas bons amigos...


Naquela tarde, ninguém reparou que um grupo de dez garotas se afastou discretamente do povoado, e se reuniram próximas às colinas que cercavam Hogsmeade, longe de olhares curiosos. Sentaram-se em círculo, e no centro encontrava-se Kelly Lenstrange.

- Eu recebi as últimas instruções para colocar o nosso plano em ação. Vamos começar a agir logo após as férias de Natal.

- Mas já? - assustou-se Pansy Parkinson.

- Se quiser desistir, desista agora, Pansy. Quando começarmos, não vamos poder parar.

Pansy calou-se, ante o olhar frio de Kelly.

- Não se preocupe, não vou desistir.

- Bom. Então, acho que já acertamos todos os detalhes...vocês têm a relação de tudo o que vamos precisar...- Kelly conferiu uma longa lista - Bem, garotas, boas férias, nos vemos em breve.

Enquanto suas colegas afastavam-se, Kelly sorriu satisfeita consigo mesma. Dali a poucas semanas, se obtivesse êxito, Draco Malfoy seria somente seu.


Ainda no Expresso de Hogwarts, a caminho de Londres para as férias de Natal, Vívian chamara Neville para uma conversa definitiva. Não foi preciso falar muito. Os dois sabiam muito bem que aquele namoro não iria para a frente.

- Eu sinto muito, Neville...- murmurou Vívian, tristemente.

- Tudo bem, Vívian...já faz tempo que nós não estamos bem, juntos.

- Eu queria que tudo desse certo entre a gente...droga, isso não é legal...

- Mas eu acho melhor a gente terminar por aqui. Se a gente insistir, vamos acabar brigando de verdade, e eu não quero isso.

Ao desembarcarem, cada qual foi para o seu lado. Vívian sentia-se péssima, mas ao mesmo tempo aliviada. Pouco antes de entrar no carro, viu de relance Draco Malfoy acompanhado da mãe, e um estranho calor invadiu o seu corpo, trazendo-lhe conforto.

- Isso não está certo...- murmurou, intrigada.

Capítulo 14...

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