Harry Potter e o Guardião da Paramagia

Autores: The Demon and the Witch

e-mail: danilacam@aol.com

Gênero: Geral

Sinopse: Harry ainda está se sentindo mal pelos acontecimentos do último ano em Hogwarts, porém, muitas coisas ainda estão por vir. No 6o ano letivo, ele irá conhecer um feitiço mais poderoso que Avadakedavra, algo mais temido que Voldemort. Uma lenda resurgirá de um passado que os bruxos querem esquecer. A segunda guerra começou com algo novo, não somente no mundo bruxo, mas também no coração de Harry.

Status: Incompleta *** Já revisada

Shippers: se dissermos poderá estragar algumas surpresas da história, mas NÃO vamos fugir daquilo que JK escreveria (você não encontrará personagens se agarrando dentro de um armário, por exemplo).

Livros/Spoilers: esses acontecimentos e passam DEPOIS da Ordem da Fênix.

N/As The Demon - a idéia dessa história está na minha cabeça desde que li O Cálice de Fogo, ou seja, há anos... Depois d' A Ordem da Fênix a história foi complementada e melhorada. E com a ajuda da minha irmã - The Witch - resolvi escrevê-la. Tentei ser o mais fiel que podia a Rowling.

The Witch - a minha colaboração nessa história se resume em não deixar que meu irmão escreva coisas em discordância com a série, eu também corrijo os infinitos erros gramaticais que ele eventualmente comete. Eu sou como uma beta, mas que acrescenta alguns elementos na história e que ajuda ele a desenvolvê-la.

Capítulo 1 - Algo inesperado

Mais um dia terminava na Rua dos Alfeneiros. Um garoto de quase 16 anos estava olhando para rua da janela de seu quarto. Harry Potter ainda não tinha esquecido dos acontecimentos do seu último ano em Hogwarts. Ele estava parado, pensativo, esperando Edwiges que tinha saido para caçar alguns ratos.

Os Dursley estavam anormalmente compreensivos com Harry. Ele sabia que era devido ao

aviso que eles receberam no final do ano letivo de alguns membros da Ordem da Fênix. Sabia também que fizeram isso para tentar amenizar sua dor, porém nada diminuía o grande vazio que Harry sentia com a falta de Sirius. O primeiro mês de verão foi o pior que Harry já passara na vida, ele ainda se sentia culpado pela morte de seu padrinho, e não conseguia imaginar quando a culpa, a dor e o vazio passariam. Além desses pensamentos, muitas coisas se passavam na cabeça de Harry ao mesmo tempo, ele se perguntava onde Rony e Hermione estariam naquele momento, e a que Hermione se referiu quando disse que eles se encontrariam mais cedo do que ele imaginava, mas estava demorando muito para esse dia chegar, o ensolarado julho parecia durar uma eternidade. A profecia também ocupava uma boa parte dos pensamentos dele. Apesar de toda essa confusão dentro de sua cabeça, Harry tentava, inutilmente, parar de pensar.

Ele podia ouvir Duda no andar de baixo da casa, treinando boxe com o novo saco de areia que ganhou de aniversário de seus pais. Os gritos histéricos e de incentivo de seu tio Válter ao ver seu filho treinando, também chegavam aos ouvidos de Harry.

- Isso mesmo, filho, ótima esquerda - disse tio Válter que parecia ter engordado mais ainda, fazendo com que seu pescoço desaparecesse. Já Duda parecia que tinha transformado toda a sua gordura em músculos, mas a sua cara gorda permaneceu a mesma.

Edwiges estava demorando muito e Harry, sentindo seu estômago roncar, desceu para jantar com seus tios e seu primo. Quando chegou na sala, Duda parou de esmurrar seu grande saco de pancadas e imediatamente seus tios o encararam enquanto ele descia a escada. Ele parou por alguns segundos e disse despreocupadamente.

- O jantar está pronto?

- Está esfriando em cima da mesa. Você demorou para descer. - disse tia Petúnia friamente.

- Qual foi o motivo da sua demora? - perguntou tio Válter.

Estava esperando minha coruja voltar da...

- Minha garagem está cheia de ratos mortos.Você terá que prender essa...coruja

- Mas você deixou eu soltá-la. Disse que eu podia durante todas as férias. - Harry estava aumentando o tom de voz.

- Mudei de idéia...prenda ela hoje, depois que você jantar. - disse Tio Válter firmemente.

Harry jantou sozinho, ouvindo os incentivos de seus tios para o treinamento de Duda. Depois de comer, Harry subiu as escadas e foi logo para a cama. Ele estava preocupado, as cartas de Hermione e de Rony assim como dos membros da Ordem tinham diminuído. No começo das férias ele recebia quase todos os dias. Ele chegou a receber até cartas de Neville e uma carta muito estranha de Luna, junto com um exemplar do The Quibbler.

-Amanhã é o meu aniversário...talvez chegue mais cartas - disse Harry pensativo, antes de cair no sono.

Ele teve o mesmo sonho de quase todos os dias, no qual Sirius estava caindo atrás daquele véu, no Departamento de Mistérios, enquanto Bellatrix ria desesperadamente e no final do sonho ele era atacado por Voldemort. Harry sempre acordava com a cicatriz doendo levemente depois do sonho.

*

Ao se levantar no dia seguinte, Harry notou que Edwiges havia voltado, ela deu um pio alegre para Harry que retribuiu afagando sua cabeça. Ele olhou para fora e viu que era um lindo dia de verão, o sol brilhava alto e forte naquela manhã, Harry esqueceu todos seus problemas e se sentiu feliz por alguns segundos.

Ele lembrou que era o seu aniversário. Tinha certeza de que naquele dia iria chegar várias cartas de seus amigos, com presentes e lembranças.

Ele desceu alegremente se esquecendo de que estava na casa de seus tios. Chegando na cozinha encontrou tia Petunia comendo uma torrada, ela o encarou por alguns segundos e disse:

-O café está na mesa...pegue para mim.

Harry obedeceu silenciosamente. Quando ele colocou o café na xícara perguntou, fingindo estar meio desinteressado:

-Você sabe se chegou alguma carta para mim?

-Não - disse Petúnia alegremente - Eu reparei que voce não anda recebendo cartas de seus amigos.

Harry não disse nada, ela tinha razão, mas hoje com certeza essa situação iria mudar e muitas corujas iriam chegar trazendo cartões para Harry. Quando ele começou a comer, sentiu um tapa em sua cabeça por trás, era seu primo Duda. Tia Petúnia deu dois beijos estalados no rosto rosado de Duda e disse:

-Oi meu querido Dudinha, dormiu bem?

-Não muito bem...- disse Duda encarando Harry - ...o Harry ficava gritando de noite e demorei

para dormir.

Tia Petúnia virou seus seus olhos para Harry e disse com desgosto:

- Que história é essa?

Harry estranhou o que Duda disse, ele logo lembrou dos sonhos que teve no ano passado. Será que iria acontecer tudo de novo? Será que Voldemort iria tentar entrar na sua cabeça e o controlar novamente? Mas Voldemort não tinha motivos, não naquele momento.

- Harry...você esta me ouvindo?

Agora seu tio Válter também estava na cozinha.

- Eu não posso controlar meus sonhos...não é culpa minha.

Tio Válter começou a ficar vermelho de raiva e disse respirando calmamente:

- Você está desse jeito a dias... é melhor tomar alguma precausão, senão...

- ...senão o quê? - Harry começou a ficar nervoso - eu já falei que não controlo meus sonhos.

Harry pegou uma torrada e subiu para seu quarto.

Já era final de tarde, o sol estava se pondo e com ele a alegria de Harry. Ele estava deitado, olhando para o teto, se perguntando porque não recebeu nenhuma carta. A única coisa que recebeu foi o Profeta Diário. Desde o final de seu quinto ano em Hogwarts, nem Voldemort nem os Comensais da Morte estavam agindo. Harry tentava não pensar muito em Voldemort, isso lembrava Sirius, a morte de Sirius. Apesar disso, Harry se preguntava sobre a Ordem. O que ela estará fazendo agora? Será que eles não estão mandando mais corujas com medo de ela serem abortadas? Esse provavelmente é o motivo da ausência das cartas.

Era muita coisa na cabeça de Harry, ele estava revoltado. Será que depois de tudo que ele passou e tem passado, todos o esqueceriam justamente no dia de seu aniversário? Decidido a esquecer todas essas coisas por algum tempo, ele se virou e tentou dormir, mas sentiu algo cutucando a sua perna... tentou dar um chute, pensando que era Duda.

- Harry, acorda

Harry conhecia muito bem essa voz, ele não podia acreditar, levantou rápido e ainda tonto.

- Aaahhh! - gritou Harry de surpreza.

- Hehe... oi Harry! - disse Rony alegremente - tudo bem?

- O quê, mas como? Oque você está fazendo aqui, na casa dos Dursley? Como você veio? - Harry estava ao mesmo tempo atordoado e feliz.

- Relaxa Harry... vem, vamos descer, temos uma surpresa para você, todo mundo está esperando lá embaixo. - disse Rony eufórico.

- Como assim "todo mundo está esperando lá embaixo"?, tem mais gente aqui? - Harry agora estava completamente confuso.

Rony sem dizer nada pegou Harry pelo braço e o puxou com força. Eles passaram pelo corredor e desseram as escadas rapidamente. Harry tropeçou de degrau em degrau. Chegando no térreo ele não acreditou no que via, por uns instantes ele sentiu que o tempo parou.

-SURPRESA HARRY, FELIZ ANIVERSÁRIO!!!!!!!

Harry simplesmente não acreditou no que viu. A sala estava toda cheia de balões flutuando e pequenos fogos de artificio que ficavam rodeando no teto. Harry mal desceu e Hermione correu para vê-lo.

- Harry!!!! Parabéns! - ela disse.

Não era só Hermione e Rony que estavam na sala enfeitada na casa dos Dursley. Gina, Fred e Jorge estavam perto do armário embaixo da escada, Sr. e a Sra. Weasley estavam perto da porta da cozinha, Gui, que aparentemente não mudou nada, estava perto da parede, Lupin e Tonks estavam no meio da sala, sorridentes para Harry, Tonks estava com o cabelo preto e encaracoladoas nas pontas, Moody e Mundungus estavão mais no fundo, e para a surpresa de Harry, Neville e sua avó estavam ao lado de Moody.

- Harry querido, feliz aniversário! - disse Sra. Weasley entregando a Harry seu presente.

- Oi Harry - disse Fred

- Surpreso? - disse Jorge com exitação - esse é o nosso presente.

- Cortesia da nossa loja de logros... de graça, é claro. - completou Fred.

Gina se aproximou calmamente, Harry estranhou pois ele estava mancando, e disse tristemente:

- Desculpe Harry, eu estava sem dinheiro, mas eu prometo te dar um presente quando puder.

- Não se preoculpe - disse Harry. Ele estava tão feliz que não ligava se tivesse presentes ou não - não tem problema, não ligo, tá tudo bem.

Gui chegou perto de Harry e deu seu presente.

- Espero que goste, foi o Carlinhos que pediu para eu te dar esse presente.

- Agora é o nosso, eu e o Moody compramos juntos com a Figgy, ela não pode vir, está ocupada lá fora. - disse Mundungus alegremente.

Rony disse meio ofegante:

- O meu está no seu quarto junto com o da Hermione.

- Então essa é a casa onde você passa as férias Harry - disse Neville - Hermione teve a idéia de convidar eu e a minha avó para a festa.

A avó de Neville se aproximou de Harry com uma grande sacola:

-Olá Harry, querido, esse é nosso presente, espero que você goste.

- Não se esqueça de mim, esse é o meu presente - disse Tonks com um grande sorriso no rosto.

- Esse é o meu, Harry - disse Lupin, com o rosto cansado e triste, apesar de demonstrar felicidade, Harry sabia o motivo pelo qual Lupin estava daquele jeito, afinal ele havia perdido seu melhor amigo.

Eram muitas pessoas ao mesmo tempo, e Harry, completamente perdido e atordoado, correu para a sala para abrir os presentes, todos o acompanharam. Ele não se sentia alegre daquele jeito por meses. Rony sentou ao seu lado de Harry e disse com exitação:

-Vamos, abra logo!

Harry pegou pacote por pacote. Rony deu a Harry uma sacola cheia de doces e sapos de chocolate, Hermione deu um livro, com histórias e lendas sobre os grandes aurores de todos os tempos, Sr. e a Sra. Weasley deram a Harry um conjunto de uniformes novos de Hogwarts, ele estava cansado dos uniformes antigos, quase não serviam mais, de Fred e Jorge Harry ganhou um kit de logros da loja deles, de Gui ele ganhou um colar com um dente de dragão, cortesia de Carlinhos, Tonks deu a ele kit para cuidar e polir sua vassoura, o seu estava muito antigo e usado, de Moody ele ganhou uma antiga e usada capa de couro de dragão, Harry se perguntou como ele conseguiu um presente tão valioso. Quando abriu o presente de Neville ele não acreditou, um pomo de ouro saiu voando, Harry tinha ganhado um conjunto de quadribol completo, com a goles, os balaços e o pomo.

Rony olhou impressionado e falou rapidamente:

- Como, essas bolas de quadribol são oficiais, é muito caro.

A avó de Neville se virou com calma e disse:

- Era do Neville, mas ele não jogava, voce não se importa, não é Harry?

- N..não! - Harry estava impressionado com o presente que ganhou.

Ao abrir o presente de Lupin, Harry parou na hora. Ele imediatamente reconheçeu.

- Isso é um espelho de comunicação, eu e os outros usavamos em Hogwarts, usavamos quando...

- É, eu sei, Sirius tinha me dado um... - disse Harry. Por alguns segundos todos ficaram quietos, como em luto, até que Gina disse:

-OK gente, vamos festejar!

Logo em seguida Tonks fez um movimento com a varinha e grandes copos com cerveja amanteigada apareceu na mão de cada um. Logo todos estavam cantando, comversando e rindo. Harry achou interessante quando, de repente, Mundungus começou a dançar no meio da sala, Fred e Jorge e Gina não paravam de rir. Ele parou somente quando Molly o tirou do meio da sala. Hermione perguntou a Harry com entusiasmo:

- E os seus N.O.M.s ? Você passou?

- Claro, recebi a carta a alguns dias atrás. Nem acredito, vou ser auror, quer disser, espero consiga ser auror.

- Realmente, vai cer dificil daqui para frente

- E você, oque escolheu?

- Medibruxa, mas vou tentar outro curso depois que terminar esse.

- Nossa, voce é louca, é muito difícil. - disse Rony que acabara de chegar. - Eu escolhi trabalhar em Gringotes, na sessão de busca do banco, é legal, você viaja muito e conheçe muitos lugares. Mas o que eu quero mesmo é jogar quadribol, sabe, depois do jogo contra a Corvinal eu descobri que tenho potencial pra coisa. - disse Rony alegremente.

Harry estava com algo na cabeça, ele começou a observar Gina, que estava ainda mancando um pouco e depois falou:

-Porque Gina está assim, mancando?

Rony se virou e falou tristemente:

-Você lembra quando nos todos fomos perseguidos no Departamento de Mistérios?

- Lembro.

- Pois é, lembra que a Gina não podia andar? Acontece que ela teve o tornozelo quebrado, e como foi quebrado por magia a cura total demora mais tempo.

- Alguns meses - disse Hermione

Harry sentiu pena de Gina, queria fazer algo por ela, se sentiu culpado pelo que aconteceu.

Ele parou por alguns segundos. A festa estava tão boa que ele tinha se esquecido de alguma coisa:

- Espera aí... onde estão os Dursley? - disse Harry parecendo perocupado.

Lupin, Tonks e Moody ouviram a pegunta, Lupin respondeu:

- Estão em um quarto lá em cima.

Tonks falou tristemente:

- Quando nos viram ficaram assustados, falamos que era uma festa surpresa para você, então eles ficaram mais bravos ainda. Pessoas estranhas esses trouxas, tão arrumados e tãoo irritados.

Moddy, que estava ouvindo a conversa de longe, falou com uma voz autoritária:

- Não tivemos escolha, colocamos eles para dormir, e Tonks apagou a mente deles, eles estavam passando dos limites. Trouxas muito ousados, se me permite dizer.

- Mas por quê essa festa tinha que ser aqui? - perguntou Harry curioso.

- Dumbledore achou melhor, disse que era mais seguro, ele falou que você entenderia o motivo.

Harry se lembrou daquilo ouviu do diretor de Hogwarts, sobre seu sangue lhe proteger.

- Mas e os vizinhos? Eles estranhariam tudo isso.

- Colocamos pequenos feitiços na casa, de silêncio e de ilusões. Para os trouxas, aqui é uma casa normal, com trouxas normais. Além disso Arabella Figg está la fora, tomando conta de tudo.

Harry ficou pensativo por alguns segundos e disse:

-Voces não estavam mais mandando cartas para mim porcausa da festa não é?

-Isso mesmo. - disse Tonks rindo - E para o suspense, sabe.

Harry estava conversando com Fred, Jorge, Neville e Gina quando ele lembrou de algo. Foi até a cozinha onde o Sr. Weasley conversava com Lupin, os dois estavão tão cheios de comer que foram ficar em algum lugar sozinhos.

Ele se aproximou sorrateiramente e falou baixo:

- Lupin, posso falar com você?

- Claro Harry...o que quiser.

- Onde está Voldemort. - disse muito rapidamente, fazendo o Sr Weasley e Lupin darem um pequeno pulo da cadeira.

O Sr. Weasley foi logo adiantando:

- Bem não sabemos muito, e o pouco que sabemos acho que não devemos contar.

- E quanto ao Ministério?

- Está procurando por Você-Sabe-Quem, alguns aurores já foram atacados mas nemhum foi morto. - Sr. Weasley estava com uma expressão muito séria - Estamos preoculpados, está tudo muito quieto.

- E a Ordem?

Lupin disse em um tom mais sério:

- Nós ainda estamos na Ordem, e temos total apoio do Ministério agora, podemos até pegar alguns aurores para missões. Grimmaud Place ainda é a nossa base. A única pessoa que a conhece é o Fudge.

Harry sabia que algo muito sério iria acontecer. Agora a guerra era declarada e ele era um dos alvos principais de Voldemort, ele sabia que estava protegido na casa de seus tios e sabia que em Hogwarts também, mas o que ele queria mesmo era vingar a morte de Sirius, de seus pais , de Cedrico e de todos os outros que Voldemort ou seus seguidores mataram ou torturaram.

A festa continuou durante toda a noite, Harry nunca comeu e bebeu tanto em sua vida, nem quando tinha o banquete de final de ano em Hogwarts. Ele se divertiu muito quando Tonks se transformou em Olho-Tonto Moddy e Mundungus achou que estava tendo alucinações.

A despedida foi um pouco difícil, Tonks fez todos os enfeites desaparecer, Mundungus tinha bebido muito Firewhisky e estava bêbado e muito sentimental, ele se despediu de Harry pedindo desculpas e dizendo que o amava muito. A Sra. Weasley achou muita indelicadeza mas até a vó de Neville estava rindo.

Harry subiu muito contente, tinha esquecido tudo de ruim que estava na sua mente, ele teve uma ótima noite de aniversário, a melhor de toda a sua vida.

Levou poucos minutos para ele cair no sono.

***

Harry teve um sonho estranho durante a noite e, novamente, acordou com uma dor terrível na testa. No mesmo momento se deu conta que algo tinha deixado Voldemort muito irritado, sabia que algo tinha dado errado, algo que ele queria muito. A história estava se repetindo.

- Acorda, goroto, ACORDA!

Alguma coisa tinha o empurrado da cama, ele caiu no chão completamente torto e tonto, sua cabeça tinha batido no chão com muita força. Tia Petúnia estava olhando para ele com uma cara muito desagradável, Duda estava na porta com uma expressão de indiferença e tio Válter estava perto da cama. Ele agachou e falou gritando:

-O QUÊ FOI AQUILO ONTEM? ME EXPLIQUE TUDO, TUDO!

Harry demorou a entender o que acontecera, mas logo percebeu que eles estavam falando da festa. Mas como eles sabiam se eles foram enfeitiçados? Ele se levantou lentamente. Tio Válter o puxou com força e o jogou en cima da cama.

-Vamos, explique. Explique - Nesse momento Harry achou que seu tio iria bater nele.

-Eu não sabia da festa. Eu juro, foi surpresa!

- Isso não me interessa. Chega! Você vai embora, hoje! Agora!

Tio Válter saiu do quarto bufando e bateu a porta. Tia Petúnia se virou para Harry e disse:

- Olha só o que você fez! Para mim também chega! Você vai hoje mesmo!

Ela saiu para acalmar o Tio Válter que estava na cozinha quebrando alguns pratos.

- É Harry...você já era mesmo. - disse Duda rindo

Harry não estava acreditando, ele tinha certeza de que Moody disse que Tonks tinha apagado a mente deles. Ele queria descer para falar com seus tios, para explicar, mas eles não o ouviriam. Ele não sabia o que fazer, tentou descer mas Duda o impediu, empurrou ele forte fazendo com que Harry caisse no chão novamente.

- Não Harry voce vai ficar aí até ir embora. - disse Duda ainda mais alegremente

Harry não poderia enfrentar Duda sem mágica, ele seria massacrado. Agora era o fim, ele nunca mais voltaria para a casa dos seus tios, agora ele começou a se desesperar. Duda percebeu isso e aproveitou a chance, dizendo muito friamente:

- E então Harry, vamos conversar, como primos. Fiquei sabendo que você tem uma nova namoradinha.

- Como? -Harry não entendia sobre o que Duda estava falando.

- Você fica gritando de noite "não Sirius, não me abandone, Sirius não, não vá". - Duda falou com voz de mulher - Mas pelo o que eu me lembre, seu namoradinho era um tal de Cedrico o ano passado não é?

O humor de Harry mudou na hora, de preocupado para bravo, muito bravo

-Nunca, NUNCA toque nesse nome de novo, ou eu te mato.

-Ohh, coitadinho. Aposto que você se borra toda noite ao se lembrar do seu namoradinho. - Duda estava falando com uma voz de criança que lembrava Bellatrix - como é o nome dele, Sirius, hein?

Harry procurou a varinha, queria lançar o pior feitiço que conhecia no seu primo, mas não achou a varinha, logo depois percebeu que estava na mão do seu primo, que disse:

-Você quer esse pedaço de pau? Mamãe contou que você não faz nada sem ele. O que aconteceria se eu quebrasse?

-Você não...

TRAK

Harry nem pensou duas vezes, foi para cima do primo que o empurrou mais uma vez e disse:

-Não Harryzinho, foi brincadeira, a varinha ainda está aqui.

Harry notou que na outra mão de Duda tinha um pedaço de madeira da sua cama quebrado.

- E então, estávamos falando do seu Sirius não é? Você devia gostar muito dela, mas parece que ela o abandonou. Agora sente falta da sua namoradinha não é? Vai, me conta, ela era bonitinha ou era uma retardadinha como você?

Poucas vezes na vida Harry se sentiu tão irritado como nesse momento. Ele queria pular em cima de Duda e o estrangular, mas então falou lentamente, numa voz muito assustadora:

-Sai daqui, sai ou eu juro que te mato.

-Você acha que eu tenho med...

Harry em questão de segundos pegou a varinha, apontou para Duda e disse naquela voz assustadora:

-Você está morto.

Duda correu muito, mas quando estava descendo a escada, tropeçou e rolou até o andar de baixo.

Harry não ligou, estava extremamente irritado. Ele não pensou duas vezes, ignorou totalmente o aviso que Dumbledore havia dado a ele sobre o seu sangue protegê-lo e foi pegar todas as suas coisas. Estava se preparando para ir embora, quando desceu as escadas viu seu tio e sua tia cuidando de Duda que gritava muito. Eles pararam, olharam para Harry e começaram a gritar:

-VOCÊ PASSOU DOS LIMITES, NUNCA MAIS VAI VOL...

Harry não disse nada, apenas apontou a varinha com raiva para eles, para que se calassem. Depois pegou as suas coisas e foi para fora. Tinha decidido nunca mais ver seus tios ou Duda.