Pai...
Quero voar,
Quero fugir,
Quero sumir,
Quero gritar...
Quero me libertar!
E agora,
o que eu faço?
Me diga!
E agora,
pra onde vou?
Me guie!
E agora,
o que aprendo?
Me ensine!
E agora,
em que acredito?
Mostre-me!
Por que me abandonou?
Por que me deixou?
Por que não me quis?
Por que se recusa?
Quem é você?
Quem sou eu?
Eu não sei...
Preciso saber,
Preciso andar,
Preciso viver!
Eu quero viver...
Agora!
Mas você me atormenta;
Demônio
Você me assombra;
Fantasma
Você me derruba;
Maldito
Você me alucina;
Monstro
Suma! Desapareça!
(Chóro...)
Vá embora!
Me deixe,
Me abandone,
Despreze-me!
Eu te rejeito...
Eu não o quero
Eu não me importo!
Mentira...
Me importo sim,
Tua morte importa
Morra...
Sofra...
Agonize...
Não acredito em você.
Mas você não liga
Pra você eu não existo
Pra você eu não sou nada
Pra você ninguém é nada
Ninguém vale nada
Assassino!
Isso é você.
Oh, Todo-Poderoso!
Senhor de todas as vidas,
de todas as almas.
Que joga com elas - as joga,
no abismo profundo
Loucura...
Meu mundo acabou.
Meu mundo ruiu.
Meu mundo morreu.
Mas eu não te esqueço
Forço, mas não te odeio
Ensandeço, mas não te mato
"Deus meu, Deus meu
porque me desamparaste?"
Pai olhe pra mim.
Pai olhe por mim.
Pai, ao menos sabe que eu existo?
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Diana C. Figueiredo
(Diana Lua)
(Berrado em 25/09/2003 ás 12:50)
