CONFRONTO FINAL
Sinopse: Harry está no sétimo e último ano em Hogwarts e, agora, com dezessete anos, tudo está diferente. Ele se livrou dos Dursley, está namorando uma Grifinória e Voldemort está finalmente morto. Será? Mais uma vez a vida de Harry e seus amigos corre perigo e o inimigo pode estar mais próximo do que ele imagina... A morte nunca esteve tão próxima e tudo pode acontecer. Spoilers: livros 1 a 5 - Status: Incompleta
Disclaimer: Isso é uma obra de ficção. Algumas personagens e lugares citados pertencem à J. K. Rowling e foram usados sem permissão. Essa história foi escrita sem fins lucrativos. Qualquer transgressão a marcas registradas não é intencional. Outras citações serão feitas quando necessário.
Nota da autora: *Espero que vocês gostem e, principalmente, que mandem as opiniões, resenhas, críticas e sugestões de vocês.*Escrevo a história acreditando que ela se passa em 1997. Essa data está sendo baseada na data do aniversário de morte do fantasma da Grifinória, Nick Quase-Sem- Cabeça.*Bem, esta é uma fic de drama, então aviso que vou trabalhar bastante com temas pesados, como a morte.*
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CAPÍTULO 1 - Liberdade
Harry estava novamente se defrontando com Lord Voldemort. Mas agora Dumbledore estava ali para ajudá-lo. "Tudo vai acabar bem" pensou ele. Um ofuscante clarão verde e Harry acordou assustado sentando-se na cama. Pusera seus óculos e agora parado à janela pensava em seu sonho. Não sabia realmente se devia ficar feliz ao lembrar dos acontecimentos daquele dia, mas de qualquer maneira agora doía lembrar de Dumbledore.
No sexto ano de Harry em Hogwarts, pouco havia mudado. Harry e seus colegas tinham acabado de prestar o exame para os NOM's (Níveis Ordinários em Magia) e todos tinham se saído bem. Hermione, obviamente, alcançara a nota máxima. Mas todos, até mesmo o diretor, andavam muito preocupados. Voldemort passara o ano anterior reunindo mais seguidores e poderes, e estava mais forte do que nunca. No final do ano ele aparecera em Hogwarts atrás de Harry causando um grande confronto.
Harry, Rony e Mione estavam indo visitar Hagrid em sua cabana na orla da Floresta Proibida depois de prestar os últimos exames do ano quando Ele apareceu. Harry mandou que seus amigos corressem e chamassem ajuda, mas a lealdade não os permitiu abandonar Harry e os três apontavam fortemente suas varinhas contra Voldemort. Olhando a cena o Lord simplesmente riu, e com um simples aceno de varinha amarrou Rony e Mione à duas árvores na floresta. Voldemort atingiu Harry com a Maldição Cruciatus e agora o garoto estava em total pânico, não sabia o quanto resistiria.
Subitamente sua dor desapareceu e ele se dera conta de que fora porque Dumbledore chegava em seu socorro. Hagrid notara os acontecimentos do lado de fora de sua cabana e chamara o diretor. O que se seguiu foi muito rápido. O diretor e Voldemort duelaram alguns instantes medindo seus poderes até que finalmente uma grande luz verde tomou conta do ambiente. Harry olhava incrédulo para um Dumbledore caído, estendido ao chão, imóvel, morto.
Harry se encheu de fúria e ódio e partiu para cima de Voldemort. Sua idéia era simplesmente loucura, mas não ia apenas morrer como Voldemort queria, ia lutar. Voldemort distraído olhando o diretor no gramado não vira Harry aprumar sua varinha e gritar cheio de raiva:
- Avada kedavra!
Harry nunca sentira nada parecido antes. Sentia que todas as suas forças estavam sendo sugadas e transformadas naquela ofuscante luz verde que saía de sua varinha. De repente um grito quebrou o silêncio que seguira ao feitiço de Harry.
- O que está acontecendo aqui? - falou Snape correndo em sua direção.
- Por Merlin! Harry! - berrava McGonagal surgindo de trás do professor.
Harry muito fraco conseguiu apenas apontar para os dois corpos no chão antes de desmaiar.
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De repente um som de asas batendo invadiu Harry, que despertou de seus pensamentos para fitar o vulto que se aproximava de sua janela. Era a noite de seu aniversário, fizera 17 anos a poucos minutos perdido em suas lembranças. Ele abriu a janela esperando uma coruja de Rony ou Mione entrar mas na verdade era uma grande coruja das torres que se aproximava. Harry reconheceu ser de Hogwarts, pelos garranchos de Hagrid no envelope.
Feliz Aniversário Harry!
Estou lhe enviando de presente um relógio de parede para sua casa. Sei que deve estar passando por tempos difíceis, mas tente esquecer os momentos ruins do passado. Um abraço,
Hagrid.
P.S.: o conselho da escola já se decidiu, a profa. McGonagall será a nova Diretora de Hogwarts e o prof. Vector será o novo Vice-Diretor.
Ele olhou triste para a carta em suas mãos, ainda pensando em Dumbledore. Harry voltou para a cama, apesar de só conseguir dormir muito depois. Acordou cedo pois tinha que fazer compras e durante o café da manhã duas corujas chegaram praticamente juntas ao quarto da rua dos Alfeneiros. Ao contrário da coruja de Hogwarts elas chegaram fazendo muito barulho, mas Harry não tinha com que se preocupar. Os Dursley não o incomodavam mais, pois Harry não morava mais com eles.
Pela morte de Voldemort, Harry além de uma grande recompensa e de muito prestígio até mesmo no mundo dos trouxas, recebera uma permissão especial para realizar magia livremente. Afinal, quem iria multar o garoto de dezessete anos capaz de derrotar um bruxo poderosíssimo e que por isso recebera a Ordem de Merlim, Primeira Classe? O perigo havia desaparecido e com o dinheiro guardado em Grigotes mais a recompensa cedida pelo Ministério ele comprara uma casa em Hogsmead.
Sua casa era numa rua perpendicular à rua principal da aldeia e agora, já no meio das férias, Harry ainda não conseguira acabar de mobiliar e decorar toda a casa. Tinha dois andares: duas suítes, um quarto, escritório e duas salas, além da cozinha e do banheiro social. Ele a achava um pouco grande para apenas uma pessoa, mas a comprara pensando no futuro, quando casasse e tivesse filhos. Ele liberou as cartas das duas corujas e começou a abrir o envelope da primeira que Harry reconheceu ser Pichitinho, a coruja de Rony.
Olá Harry, Feliz Aniversário!
Estou te enviando de presente um pôster dos Chudley Cannons e um bolo da mamãe. Aproveite Pichitinho e me mande uma resposta sobre quando você vai comprar seu material (se você for ao Beco Diagonal). Caso contrário nos encontramos em Hogwarts. Abraços,
Rony
Harry pôs o bolo em sua cômoda, pendurou o pôster e resolveu antes de responder a Rony ler a carta da outra coruja que viera de Hermione.
Querido Harry, Parabéns!
Espero que esteja melhor desde o ano passado e estou lhe enviando um livro muito especial de aniversário. Que tal nos encontrarmos em Londres para comprar os materiais? Saudades,
Mione
Agora comendo um pedaço do bolo da Sra. Weasley ele abria o pacote de Hermione. Um livro de capa preta surgiu, e se podia ler em lindas letras douradas: Harry Potter, O Garoto que Sobreviveu por Hermione Granger. Ele o abriu e encontrou na primeira página uma dedicatória a ele.
O mundo inteiro agradece ao garoto mais especial do universo por tantas vidas salvas. Obrigada Harry.
Harry estava simplesmente incrédulo. Que Hermione tinha potencial e estava pensando em se tornar escritora todos sabiam, mas o que Harry não sabia era que ela planejava sua estréia na literatura com um estudo de sua vida! Harry folheou o livro e notou que ele tinha várias fotos suas tiradas por Colin Creevey.
Após guardar o livro em uma estante no escritório, Harry saiu de casa. Foi à Trapobelo Modas Mágicas comprar novos trajes de gala e uniformes, e na Dervixes & Bangues - Instrumentos Mágicos e Artigos Sortidos refazer o estoque de penas, tinta e pergaminhos. Passou também no mercado local Fayum's - Um oásis de suprimentos e finalmente almoçou no Três Vassouras. À tarde respondeu as cartas de Rony e Mione perguntando se eles gostariam e poderiam vir passar o final das férias com ele, afinal estava se sentindo extremamente sozinho.
Era início da noite quando Harry pensava durante o jantar porque sua namorada não dera sinal de vida durante todo o verão. Fazia quase seis meses agora que Harry namorava Nicole Williams, uma garota também da Grifinória mas um ano mais nova que ele. Eles se conheceram quando ela entrara para o time de quadribol um ano atrás e Harry a achava uma ótima artilheira. Também se pegou pensando com saudades do padrinho que já não estava mais presente. Infelizmente, em parte por culpa dele mesmo, pensava Harry, agora o padrinho estava morto, e sua assassina, Bellatrix Lestrange, ainda estava a solta.
Estava vestindo o pijama após o banho quando ouviu um barulho no andar de baixo. Aprumou os ouvidos e teve certeza de escutar passos e cochichos em sua sala de estar. Rapidamente colocou seus óculos, pegou sua varinha e desceu silenciosamente as escadas. Na sala encontrou as luzes apagadas, e quando elas se ascenderam lá estavam todos os Weasley exceto Carlinhos, Hermione, Lupin, Moody, Tonks e Nicole gritando para ele:
- Surpresa!!!
A sala estava enfeitada com balões e uma faixa lhe desejando "Feliz Aniversário". Após cumprimentar todos foi colocar uma roupa descente para poder voltar para a festa que durou até de madrugada. Lupin, Moody e Tonks logo tiveram de ir embora pois andavam no encalço de Bellatrix nas últimas semanas. Os Weasley foram embora deixando Rony, e Hermione e Nicole também cederam ao convite de Harry e se hospedaram lá. A Sra. Weasley estava preocupada em deixar sozinhos dois casais de namorados adolescentes, mas Harry garantiu que meninos e meninas dormiriam em quartos separados. Depois de muita insistência por parte dos quatro, ela acabou cedendo.
Havia se passado quase duas semanas do aniversário de Harry quando ele voltou a sonhar. Não era no entanto mais dos pesadelos em relação ao desaparecimento de Voldemort. Era um sonho completamente diferente.
Era uma tarde ensolarada e ele estava em um espaçoso jardim florido. Tinha às suas costas um penhasco que dava para o mar e à sua frente uma mansão em estilo vitoriano muito bem cuidada. Ele vê um vulto de vestes pretas entrar correndo na casa e o segue até um dos quartos. A pessoa encapuzada então puxa a manga esquerda de suas vestes revelando a marca negra. Assustado, Harry vira-se para sair do quarto, mas descobre-se rodeado por comensais da morte que sussurram:
- Estamos chegando. Aguarde...
Harry acorda calmamente, estranhando o sonho e se perguntando se teria algum significado, já que Voldemort estava morto e sua cicatriz perfeitamente normal. Passava das três da manhã e Harry não voltara a dormir. Com a varinha no bolso do roupão, foi até a cozinha e abriu a geladeira à procura do leite.
- Hum-hum - pigarreou alguém à porta. E Harry derrubou a jarra que se espatifou no chão.
- Não sabia que se assustava tão facilmente - disse Nicole.
- E eu não sabia que a senhorita ficasse bisbilhotando a casa dos outros no meio da madrugada - resmungou Harry aborrecido.
- Não estava bisbilhotando. Estava voltando do banheiro quandi vi luzes acesas e escutei barulho aqui em baixo. Resolvi checar. Então, o que aconteceu?
- Nada. - respondeu Harry limpando a sujeira com a varinha.
- Vamos Harry, você não me engana. Sempre que você acorda no meio da noite é porque estava sonhando ou com a cicatriz ardendo. Ou os dois. O que é?
- Você não se engana mesmo, não é? - disse ele chegando perto da namorada - Eu estava sonhando. Mas não há nada com que se preocupar, afinal Voldemort está morto agora. - Ela tremeu ao ouvir o nome do Lord das Trevas e se abraçou em Harry.
- Quer fazer o favor de não dizer esse nome? Me deixa arrepiada, afinal eu quase te perdi várias vezes... Antes mesmo de saber que te amava. - Ele a abraçou com mais força e a beijou com muita paixão.
- Eu também te amo. Agora vamos, é melhor você voltar pra sua cama.
- O quê? Você não vai dormir?
- Não, perdi completamente o sono. Ia para o escritório ler e pensar um pouco.
- Harry, eu também não estou com sono. Vamos fazer alguma coisa juntos, tipo, que tal uma partida de Snap Explosivo?
- Se vamos ficar juntos e sozinhos, há coisas melhores que podemos fazer. Vem. - E Harry a puxou escada acima em direção à sua suíte. Parou na porta e perguntou:
- E então? Você vem? - Ela respondeu já visivelmente nervosa, mas decidida:
- Vou, vou sim. - Entraram no quarto e Harry trancou a porta. Tirou os óculos e o roupão largando-os na cômoda ao lado da porta. Voltaram a se beijar e Harry retirou o robe que cobria a garota. Por baixo ela usava uma fina camisola branca de seda, que o obrigou a comentar:
- Você é linda! Eu te amo!
Nicole retribuiu apenas com o olhar e tirou a camisa de Harry beijando seu peito nu. Harry não só havia crescido em altura nos últimos anos como também aumentara seus músculos por causa do quadribol. E Nicole também tinha um corpo muito bem torneado pelo esporte. Foi a primeira noite que Harry dormira com um sorriso no rosto em quase um ano. A última vez fora no dia em que pedira Nicole em namoro e ela aceitara.
Harry acordou de supetão na manhã seguinte com batidas à porta de sue quarto. Levantou-se com cuidado para não acordar Nicole e cobriu-se com o roupão antes de abrir a porta.
- Hermione?
- Harry, você viu a Nicole? Ela não está no nosso quarto ou em qualquer outro lugar da casa!
- Ela... Ela está dormindo aqui comigo. Que horas são?
- São nove e meia, mas Harry, o que diabos você pensa que está fazendo?
- Hermione, eu a amo tá? Por isso não faz drama. Vou acordá-la, já descemos para o café. - E fechou a porta deixando para fora uma Hermione muito frustrada.
A partir daquele dia, ele e Nicole dormiam juntos todas as noites. E Harry, que já andava desconfiado, viu Hermione ir para suíte de Rony uma noite. Namoravam já há dois anos, mas mantinham a maior discrição possível.
Faltando uma semana para o início das aulas eles notaram uma notícia curiosíssima no Profeta Diário que Harry assinara durante o café da manhã:
WALDEN MACNAIR É ENCONTRADO MORTO
Funcionário da Comissão para Eliminação de Criaturas Perigosas, Macnair foi encontrado pela esposa esta madrugada morto na porta de casa. O medibruxo responsável pela investigação diz que Macnair foi torturado e morto pelas Maldições Imperdoáveis. Foi encontrado também na cena do crime uma grande Marca Negra sobre o cadáver.
A notícia continuava com mais detalhes por uma página inteira, mas Nicole parecia não conseguir continuar lendo a reportagem. Sua fisionomia era indecifrável.
- Vocês acham que Você-Sabe-Quem pode estar de volta? - Perguntou Rony.
- Claro que não Rony, ele está bem morto agora. - Respondeu Harry.
- Mas e se ele de alguma forma sobreviveu? - comentou Hermione - Quer dizer, ele não seria o primeiro a sobreviver a um Avada Kedavra, não é? - A cozinha ficou em silêncio por algum tempo até que Harry falou novamente:
- Vocês acreditam realmente que ele tenha voltado e não tenha tentado me matar se estava forte o suficiente para matar um comensal desertor? Provavelmente isto é coisa de Bellatrix ou de algum outro comensal procurando vingança pela morte de Voldemort.
- Não diz esse nome!!! - Exclamaram Rony e Nicole em uníssono.
- Ele está morto, deixem de ser infantis. - Ambos amarraram a cara - Vamos nos arrumar, ainda temos que comprar os materiais deste ano.
Harry subiu as escadas irritado e bateu a porta ao entrar no quarto. Estava cansado disso. Ele pensava o quanto ainda teria que agüentar a imagem de Voldemort interferindo na sua vida. Mas ele também estava estranhando a situação. Primeiro o sonho, que ele não havia contado a ninguém; e agora esta morte e o aparecimento da Marca Negra. Será que tinham ligação?
- Harry deixa eu entrar, eu também tenho que me arrumar. - era Nicole que batia à porta. Harry a abriu ainda chateado e demonstrando isso.
- Não pense que estamos gostando da situação Harry. Tem alguma coisa estranha com essa morte. - Ele continuara calado, estava sentado na cama fitando-a enquanto ela se arrumava. - E, bem, talvez você devesse pensar um pouco nos outros, ter um pouco de respeito por Rony e por mim. Nós... Ele ficou muito chateado com...
- Me desculpe - interrompeu Harry.
- Como?
- Sinto muito por ter dito aquilo. - Harry abaixou a cabeça tentando esconder a lágrima que se formava - Eu só não sei se agüentaria a volta daquele monstro. Acho incrível como ele conseguiu destruir a vida que eu poderia ter tido enquanto estava vivo e como agora, depois de morto, ele ainda consegue afetá-la.
Nicole olhou penalizada para Harry e o abraçou sussurrando um 'eu te amo'.
- Agora vamos acabar de nos arrumar. Não podemos deixar Rony e Hermione esperando. E você ainda deve desculpas a ele.
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Notas da autora:
*Este capítulo começa um pouco fraco porque eu o escrevi há muito tempo. Os próximos são novos e, espero que concordem comigo, melhores.*Vocês podem achar estranho Harry conseguir lançar uma Maldição Imperdoável, mas a explicação para isso também surgirá nos próximos capítulos.*
Sinopse: Harry está no sétimo e último ano em Hogwarts e, agora, com dezessete anos, tudo está diferente. Ele se livrou dos Dursley, está namorando uma Grifinória e Voldemort está finalmente morto. Será? Mais uma vez a vida de Harry e seus amigos corre perigo e o inimigo pode estar mais próximo do que ele imagina... A morte nunca esteve tão próxima e tudo pode acontecer. Spoilers: livros 1 a 5 - Status: Incompleta
Disclaimer: Isso é uma obra de ficção. Algumas personagens e lugares citados pertencem à J. K. Rowling e foram usados sem permissão. Essa história foi escrita sem fins lucrativos. Qualquer transgressão a marcas registradas não é intencional. Outras citações serão feitas quando necessário.
Nota da autora: *Espero que vocês gostem e, principalmente, que mandem as opiniões, resenhas, críticas e sugestões de vocês.*Escrevo a história acreditando que ela se passa em 1997. Essa data está sendo baseada na data do aniversário de morte do fantasma da Grifinória, Nick Quase-Sem- Cabeça.*Bem, esta é uma fic de drama, então aviso que vou trabalhar bastante com temas pesados, como a morte.*
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CAPÍTULO 1 - Liberdade
Harry estava novamente se defrontando com Lord Voldemort. Mas agora Dumbledore estava ali para ajudá-lo. "Tudo vai acabar bem" pensou ele. Um ofuscante clarão verde e Harry acordou assustado sentando-se na cama. Pusera seus óculos e agora parado à janela pensava em seu sonho. Não sabia realmente se devia ficar feliz ao lembrar dos acontecimentos daquele dia, mas de qualquer maneira agora doía lembrar de Dumbledore.
No sexto ano de Harry em Hogwarts, pouco havia mudado. Harry e seus colegas tinham acabado de prestar o exame para os NOM's (Níveis Ordinários em Magia) e todos tinham se saído bem. Hermione, obviamente, alcançara a nota máxima. Mas todos, até mesmo o diretor, andavam muito preocupados. Voldemort passara o ano anterior reunindo mais seguidores e poderes, e estava mais forte do que nunca. No final do ano ele aparecera em Hogwarts atrás de Harry causando um grande confronto.
Harry, Rony e Mione estavam indo visitar Hagrid em sua cabana na orla da Floresta Proibida depois de prestar os últimos exames do ano quando Ele apareceu. Harry mandou que seus amigos corressem e chamassem ajuda, mas a lealdade não os permitiu abandonar Harry e os três apontavam fortemente suas varinhas contra Voldemort. Olhando a cena o Lord simplesmente riu, e com um simples aceno de varinha amarrou Rony e Mione à duas árvores na floresta. Voldemort atingiu Harry com a Maldição Cruciatus e agora o garoto estava em total pânico, não sabia o quanto resistiria.
Subitamente sua dor desapareceu e ele se dera conta de que fora porque Dumbledore chegava em seu socorro. Hagrid notara os acontecimentos do lado de fora de sua cabana e chamara o diretor. O que se seguiu foi muito rápido. O diretor e Voldemort duelaram alguns instantes medindo seus poderes até que finalmente uma grande luz verde tomou conta do ambiente. Harry olhava incrédulo para um Dumbledore caído, estendido ao chão, imóvel, morto.
Harry se encheu de fúria e ódio e partiu para cima de Voldemort. Sua idéia era simplesmente loucura, mas não ia apenas morrer como Voldemort queria, ia lutar. Voldemort distraído olhando o diretor no gramado não vira Harry aprumar sua varinha e gritar cheio de raiva:
- Avada kedavra!
Harry nunca sentira nada parecido antes. Sentia que todas as suas forças estavam sendo sugadas e transformadas naquela ofuscante luz verde que saía de sua varinha. De repente um grito quebrou o silêncio que seguira ao feitiço de Harry.
- O que está acontecendo aqui? - falou Snape correndo em sua direção.
- Por Merlin! Harry! - berrava McGonagal surgindo de trás do professor.
Harry muito fraco conseguiu apenas apontar para os dois corpos no chão antes de desmaiar.
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De repente um som de asas batendo invadiu Harry, que despertou de seus pensamentos para fitar o vulto que se aproximava de sua janela. Era a noite de seu aniversário, fizera 17 anos a poucos minutos perdido em suas lembranças. Ele abriu a janela esperando uma coruja de Rony ou Mione entrar mas na verdade era uma grande coruja das torres que se aproximava. Harry reconheceu ser de Hogwarts, pelos garranchos de Hagrid no envelope.
Feliz Aniversário Harry!
Estou lhe enviando de presente um relógio de parede para sua casa. Sei que deve estar passando por tempos difíceis, mas tente esquecer os momentos ruins do passado. Um abraço,
Hagrid.
P.S.: o conselho da escola já se decidiu, a profa. McGonagall será a nova Diretora de Hogwarts e o prof. Vector será o novo Vice-Diretor.
Ele olhou triste para a carta em suas mãos, ainda pensando em Dumbledore. Harry voltou para a cama, apesar de só conseguir dormir muito depois. Acordou cedo pois tinha que fazer compras e durante o café da manhã duas corujas chegaram praticamente juntas ao quarto da rua dos Alfeneiros. Ao contrário da coruja de Hogwarts elas chegaram fazendo muito barulho, mas Harry não tinha com que se preocupar. Os Dursley não o incomodavam mais, pois Harry não morava mais com eles.
Pela morte de Voldemort, Harry além de uma grande recompensa e de muito prestígio até mesmo no mundo dos trouxas, recebera uma permissão especial para realizar magia livremente. Afinal, quem iria multar o garoto de dezessete anos capaz de derrotar um bruxo poderosíssimo e que por isso recebera a Ordem de Merlim, Primeira Classe? O perigo havia desaparecido e com o dinheiro guardado em Grigotes mais a recompensa cedida pelo Ministério ele comprara uma casa em Hogsmead.
Sua casa era numa rua perpendicular à rua principal da aldeia e agora, já no meio das férias, Harry ainda não conseguira acabar de mobiliar e decorar toda a casa. Tinha dois andares: duas suítes, um quarto, escritório e duas salas, além da cozinha e do banheiro social. Ele a achava um pouco grande para apenas uma pessoa, mas a comprara pensando no futuro, quando casasse e tivesse filhos. Ele liberou as cartas das duas corujas e começou a abrir o envelope da primeira que Harry reconheceu ser Pichitinho, a coruja de Rony.
Olá Harry, Feliz Aniversário!
Estou te enviando de presente um pôster dos Chudley Cannons e um bolo da mamãe. Aproveite Pichitinho e me mande uma resposta sobre quando você vai comprar seu material (se você for ao Beco Diagonal). Caso contrário nos encontramos em Hogwarts. Abraços,
Rony
Harry pôs o bolo em sua cômoda, pendurou o pôster e resolveu antes de responder a Rony ler a carta da outra coruja que viera de Hermione.
Querido Harry, Parabéns!
Espero que esteja melhor desde o ano passado e estou lhe enviando um livro muito especial de aniversário. Que tal nos encontrarmos em Londres para comprar os materiais? Saudades,
Mione
Agora comendo um pedaço do bolo da Sra. Weasley ele abria o pacote de Hermione. Um livro de capa preta surgiu, e se podia ler em lindas letras douradas: Harry Potter, O Garoto que Sobreviveu por Hermione Granger. Ele o abriu e encontrou na primeira página uma dedicatória a ele.
O mundo inteiro agradece ao garoto mais especial do universo por tantas vidas salvas. Obrigada Harry.
Harry estava simplesmente incrédulo. Que Hermione tinha potencial e estava pensando em se tornar escritora todos sabiam, mas o que Harry não sabia era que ela planejava sua estréia na literatura com um estudo de sua vida! Harry folheou o livro e notou que ele tinha várias fotos suas tiradas por Colin Creevey.
Após guardar o livro em uma estante no escritório, Harry saiu de casa. Foi à Trapobelo Modas Mágicas comprar novos trajes de gala e uniformes, e na Dervixes & Bangues - Instrumentos Mágicos e Artigos Sortidos refazer o estoque de penas, tinta e pergaminhos. Passou também no mercado local Fayum's - Um oásis de suprimentos e finalmente almoçou no Três Vassouras. À tarde respondeu as cartas de Rony e Mione perguntando se eles gostariam e poderiam vir passar o final das férias com ele, afinal estava se sentindo extremamente sozinho.
Era início da noite quando Harry pensava durante o jantar porque sua namorada não dera sinal de vida durante todo o verão. Fazia quase seis meses agora que Harry namorava Nicole Williams, uma garota também da Grifinória mas um ano mais nova que ele. Eles se conheceram quando ela entrara para o time de quadribol um ano atrás e Harry a achava uma ótima artilheira. Também se pegou pensando com saudades do padrinho que já não estava mais presente. Infelizmente, em parte por culpa dele mesmo, pensava Harry, agora o padrinho estava morto, e sua assassina, Bellatrix Lestrange, ainda estava a solta.
Estava vestindo o pijama após o banho quando ouviu um barulho no andar de baixo. Aprumou os ouvidos e teve certeza de escutar passos e cochichos em sua sala de estar. Rapidamente colocou seus óculos, pegou sua varinha e desceu silenciosamente as escadas. Na sala encontrou as luzes apagadas, e quando elas se ascenderam lá estavam todos os Weasley exceto Carlinhos, Hermione, Lupin, Moody, Tonks e Nicole gritando para ele:
- Surpresa!!!
A sala estava enfeitada com balões e uma faixa lhe desejando "Feliz Aniversário". Após cumprimentar todos foi colocar uma roupa descente para poder voltar para a festa que durou até de madrugada. Lupin, Moody e Tonks logo tiveram de ir embora pois andavam no encalço de Bellatrix nas últimas semanas. Os Weasley foram embora deixando Rony, e Hermione e Nicole também cederam ao convite de Harry e se hospedaram lá. A Sra. Weasley estava preocupada em deixar sozinhos dois casais de namorados adolescentes, mas Harry garantiu que meninos e meninas dormiriam em quartos separados. Depois de muita insistência por parte dos quatro, ela acabou cedendo.
Havia se passado quase duas semanas do aniversário de Harry quando ele voltou a sonhar. Não era no entanto mais dos pesadelos em relação ao desaparecimento de Voldemort. Era um sonho completamente diferente.
Era uma tarde ensolarada e ele estava em um espaçoso jardim florido. Tinha às suas costas um penhasco que dava para o mar e à sua frente uma mansão em estilo vitoriano muito bem cuidada. Ele vê um vulto de vestes pretas entrar correndo na casa e o segue até um dos quartos. A pessoa encapuzada então puxa a manga esquerda de suas vestes revelando a marca negra. Assustado, Harry vira-se para sair do quarto, mas descobre-se rodeado por comensais da morte que sussurram:
- Estamos chegando. Aguarde...
Harry acorda calmamente, estranhando o sonho e se perguntando se teria algum significado, já que Voldemort estava morto e sua cicatriz perfeitamente normal. Passava das três da manhã e Harry não voltara a dormir. Com a varinha no bolso do roupão, foi até a cozinha e abriu a geladeira à procura do leite.
- Hum-hum - pigarreou alguém à porta. E Harry derrubou a jarra que se espatifou no chão.
- Não sabia que se assustava tão facilmente - disse Nicole.
- E eu não sabia que a senhorita ficasse bisbilhotando a casa dos outros no meio da madrugada - resmungou Harry aborrecido.
- Não estava bisbilhotando. Estava voltando do banheiro quandi vi luzes acesas e escutei barulho aqui em baixo. Resolvi checar. Então, o que aconteceu?
- Nada. - respondeu Harry limpando a sujeira com a varinha.
- Vamos Harry, você não me engana. Sempre que você acorda no meio da noite é porque estava sonhando ou com a cicatriz ardendo. Ou os dois. O que é?
- Você não se engana mesmo, não é? - disse ele chegando perto da namorada - Eu estava sonhando. Mas não há nada com que se preocupar, afinal Voldemort está morto agora. - Ela tremeu ao ouvir o nome do Lord das Trevas e se abraçou em Harry.
- Quer fazer o favor de não dizer esse nome? Me deixa arrepiada, afinal eu quase te perdi várias vezes... Antes mesmo de saber que te amava. - Ele a abraçou com mais força e a beijou com muita paixão.
- Eu também te amo. Agora vamos, é melhor você voltar pra sua cama.
- O quê? Você não vai dormir?
- Não, perdi completamente o sono. Ia para o escritório ler e pensar um pouco.
- Harry, eu também não estou com sono. Vamos fazer alguma coisa juntos, tipo, que tal uma partida de Snap Explosivo?
- Se vamos ficar juntos e sozinhos, há coisas melhores que podemos fazer. Vem. - E Harry a puxou escada acima em direção à sua suíte. Parou na porta e perguntou:
- E então? Você vem? - Ela respondeu já visivelmente nervosa, mas decidida:
- Vou, vou sim. - Entraram no quarto e Harry trancou a porta. Tirou os óculos e o roupão largando-os na cômoda ao lado da porta. Voltaram a se beijar e Harry retirou o robe que cobria a garota. Por baixo ela usava uma fina camisola branca de seda, que o obrigou a comentar:
- Você é linda! Eu te amo!
Nicole retribuiu apenas com o olhar e tirou a camisa de Harry beijando seu peito nu. Harry não só havia crescido em altura nos últimos anos como também aumentara seus músculos por causa do quadribol. E Nicole também tinha um corpo muito bem torneado pelo esporte. Foi a primeira noite que Harry dormira com um sorriso no rosto em quase um ano. A última vez fora no dia em que pedira Nicole em namoro e ela aceitara.
Harry acordou de supetão na manhã seguinte com batidas à porta de sue quarto. Levantou-se com cuidado para não acordar Nicole e cobriu-se com o roupão antes de abrir a porta.
- Hermione?
- Harry, você viu a Nicole? Ela não está no nosso quarto ou em qualquer outro lugar da casa!
- Ela... Ela está dormindo aqui comigo. Que horas são?
- São nove e meia, mas Harry, o que diabos você pensa que está fazendo?
- Hermione, eu a amo tá? Por isso não faz drama. Vou acordá-la, já descemos para o café. - E fechou a porta deixando para fora uma Hermione muito frustrada.
A partir daquele dia, ele e Nicole dormiam juntos todas as noites. E Harry, que já andava desconfiado, viu Hermione ir para suíte de Rony uma noite. Namoravam já há dois anos, mas mantinham a maior discrição possível.
Faltando uma semana para o início das aulas eles notaram uma notícia curiosíssima no Profeta Diário que Harry assinara durante o café da manhã:
WALDEN MACNAIR É ENCONTRADO MORTO
Funcionário da Comissão para Eliminação de Criaturas Perigosas, Macnair foi encontrado pela esposa esta madrugada morto na porta de casa. O medibruxo responsável pela investigação diz que Macnair foi torturado e morto pelas Maldições Imperdoáveis. Foi encontrado também na cena do crime uma grande Marca Negra sobre o cadáver.
A notícia continuava com mais detalhes por uma página inteira, mas Nicole parecia não conseguir continuar lendo a reportagem. Sua fisionomia era indecifrável.
- Vocês acham que Você-Sabe-Quem pode estar de volta? - Perguntou Rony.
- Claro que não Rony, ele está bem morto agora. - Respondeu Harry.
- Mas e se ele de alguma forma sobreviveu? - comentou Hermione - Quer dizer, ele não seria o primeiro a sobreviver a um Avada Kedavra, não é? - A cozinha ficou em silêncio por algum tempo até que Harry falou novamente:
- Vocês acreditam realmente que ele tenha voltado e não tenha tentado me matar se estava forte o suficiente para matar um comensal desertor? Provavelmente isto é coisa de Bellatrix ou de algum outro comensal procurando vingança pela morte de Voldemort.
- Não diz esse nome!!! - Exclamaram Rony e Nicole em uníssono.
- Ele está morto, deixem de ser infantis. - Ambos amarraram a cara - Vamos nos arrumar, ainda temos que comprar os materiais deste ano.
Harry subiu as escadas irritado e bateu a porta ao entrar no quarto. Estava cansado disso. Ele pensava o quanto ainda teria que agüentar a imagem de Voldemort interferindo na sua vida. Mas ele também estava estranhando a situação. Primeiro o sonho, que ele não havia contado a ninguém; e agora esta morte e o aparecimento da Marca Negra. Será que tinham ligação?
- Harry deixa eu entrar, eu também tenho que me arrumar. - era Nicole que batia à porta. Harry a abriu ainda chateado e demonstrando isso.
- Não pense que estamos gostando da situação Harry. Tem alguma coisa estranha com essa morte. - Ele continuara calado, estava sentado na cama fitando-a enquanto ela se arrumava. - E, bem, talvez você devesse pensar um pouco nos outros, ter um pouco de respeito por Rony e por mim. Nós... Ele ficou muito chateado com...
- Me desculpe - interrompeu Harry.
- Como?
- Sinto muito por ter dito aquilo. - Harry abaixou a cabeça tentando esconder a lágrima que se formava - Eu só não sei se agüentaria a volta daquele monstro. Acho incrível como ele conseguiu destruir a vida que eu poderia ter tido enquanto estava vivo e como agora, depois de morto, ele ainda consegue afetá-la.
Nicole olhou penalizada para Harry e o abraçou sussurrando um 'eu te amo'.
- Agora vamos acabar de nos arrumar. Não podemos deixar Rony e Hermione esperando. E você ainda deve desculpas a ele.
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Notas da autora:
*Este capítulo começa um pouco fraco porque eu o escrevi há muito tempo. Os próximos são novos e, espero que concordem comigo, melhores.*Vocês podem achar estranho Harry conseguir lançar uma Maldição Imperdoável, mas a explicação para isso também surgirá nos próximos capítulos.*
