A morte de Fujitaka

            Era uma tarde fria e sombria na pequena cidade de Tomoeda. Sakura olhava para o nada com o olhar vazio.

Touya (tocando o ombro de Sakura): 'Você tem certeza que não quer que eu volte a morar aqui?'

Sakura (ainda com o olhar vazio): 'Você já tem a sua vida, Touya. Agora preciso seguir com a minha.'

            Com a morte de Fujitaka, Sakura agia desse modo frio com todos. A alegria quente no seu olhar havia desaparecido na tristeza em seu coração.

Touya (olhando nos olhos de sua irmã): 'Eu e Yukito podemos ficar aqui por um tempo. Pra te fazer companhia.'

Sakura: 'Já disse que não.'

Touya (gritando e segurando os braços de Sakura): 'Pára de agir como se nada tivesse acontecido, Sakura! Eu sei que você tem um coração! Comece a mostrar isso!

Sakura (gritando com várias lágrimas descendo em seu rosto): 'Eu sei muito bem que nosso pai morreu ontem! Mas por que, Touya? Por que? Por que?'

Touya (chorando e abraçando a irmã): 'Eu acho que já era tempo dele encontrar a mamãe, Sakura. Eu também sofro, mas você tem que ser aquela garota forte que eu conheço, e continuar com a vida. Você sempre viveu sem a mamãe ao seu lado, não é?'

Sakura (chorando e abraçada fortemente ao irmão): 'Mas eu não a conhecia direito. A dor que sinto pela perca do papai é muito maior. Não que meu amor seja menor do que pela mamãe, mas eu o conhecia melhor. Eu convivi com ela boa parte de minha vida.'

Touya (secando as lágrimas de Sakura): 'Eu conhecia os dois muito bem, Sakura. Agora imagine o tamanho da minha dor. Me ouça, e prometa nunca se esquecer disso: apesar de termos perdido o papai e a mamãe, ainda os temos vivos em nossos corações. Além do mais, você tem a mim, ao Yukito, a Tomoyo e aos seus amigos.

Sakura (abraçando seu irmão novamente): 'Obrigado por tudo...'

            Sakura já era professora de Educação Física em sua querida escola há dois anos. Havia se tornado uma bela moça, com os cabelos mais compridos, e com mais curvas em seu corpo delicado. Era uma mulher muito cobiçada, mas ninguém chamava sua atenção. Nunca amara ninguém, mesmo aos 23 anos de idade.

            Até seus alunos já haviam notado que ela estava muito diferente desde a morte de seu pai.

Akemi (olhando docemente para sua professora): 'Professora Kinomoto, a senhorita está bem?

Sakura (abrindo um meigo sorriso): 'Estou. Não se preocupe muito comigo, logo estarei melhor. Agora vá lá e dê o melhor de si nesse jogo.'

            Sakura finalmente percebeu que devia tentar esquecer a morte de seu querido pai, mesmo que fosse muito difícil. Mas como conseguiria isso? Com o tempo talvez, mas não haveria um modo mais rápido de curar uma ferida?

            Sakura almejava muito ter a resposta para tal pergunta, e após chegar exausta em sua casa por causa de um dia movimentado na escola, imediatamente ligou para Tomoyo.

Tomoyo: 'Alô?'

Sakura: 'Tomoyo?'

Tomoyo: 'Sakura! Que bom que me ligou! Estava com saudades!'

Sakura: 'Tomoyo, hoje quando uma aluna do primário perguntou se eu estava bem, percebi que devo continuar a viver, sem toda essa tristeza em meu coração. Só não sei como. Acho que com o tempo, o processo será mais doloroso e longo.'

Tomoyo (animada): 'Que tal um outro amor?'

Sakura (confusa): 'Arranjar outro pai?'

Tomoyo (rindo): 'Não, querida Sakura! Um namorado! Você é tão linda que isso não vai ser problema.'

Sakura: 'Você acha isso uma boa alternativa?'

Tomoyo: 'Claro! E como eu já estava organizando uma festa para o meu aniversário... bem, acho que chamarei aqueles que eu acho bons candidatos para você, querida Sakura!'

Sakura: 'Ai, ai, ai Tomoyo... não sei não.'

Tomoyo: 'Já estou até imaginando uma roupa pra você, Sakura!'

Sakura: 'Ai, ai, ai...' ^^'

            Após desligar o telefone, uma pequenina esperança entrou em seu coração.

Sakura (suspirando): 'Um amor...'

            O tempo parecia não passar parar Sakura. A cada minuto que ela ficava sozinha, a perda de seu pai vinha a sua mente. Tinha uma foto de seu pai na cabeceira da cama, e nunca parava de admirá-la por vários minutos todos os dias.

Sakura (segurando uma foto de Fujitaka): 'Por que o senhor me deixou?'

            Várias lágrimas desciam de seus olhos de esmeralda. Virou o rosto e viu a foto de sua também falecida mãe.

Sakura (ainda chorando): 'Pelo menos o senhor deve estar muito feliz com a mamãe.'

            Tomoyo havia ligado para Sakura, para esta ir à sua casa provar o vestido que já estava pronto. Tomoyo gostava tanto de fazer roupas para sua adorável prima, que já tinha todas as medidas de Sakura anotadas. O dia da festa se aproximava mais rápido, e faltavam poucos dias parar o acontecimento desta.

            Tomoyo se aplicou muito na confecção do vestido de Sakura. Era de seda verde (pra realçar mais o verde de seus olhos) e longo. Em todo o tecido, havia flores levemente delineadas por uma fina linha dourada.

Sakura (com o vestido no corpo): 'Tomoyo, essa é a roupa mais bonita que você já fez!'

Tomoyo (sorrindo): 'Obrigada Sakura! Dei o melhor de mim para fazer esse vestido. Fico feliz que tenha gostado!'

Sakura (abraçando sua fiel amiga): 'Obrigada, Tomoyo.'

Tomoyo (ainda sorrindo): 'Pelo que? Eu fiz o vestido por vontade própria!'

Sakura (ainda abraçada): 'Obrigada por ser a melhor amiga que alguém pode ter.'

Tomoyo (deixando uma lágrima escapar de seus olhos): 'Ora Sakura! Eu é que devia agradecer por ter uma amiga como você!'

            O dia da festa havia finalmente chegado. Sakura entrou na casa de Tomoyo e até se assustou com a beleza da decoração. Ficou corada em ver que em todos os arranjos, havia milhares de flores de cerejeiras.

Tomoyo (correndo em direção de Sakura): 'Sakura! Você está linda!

Sakura (olhando para sua amiga): 'Você é que está linda!'

            Na verdade as duas estavam lindas. Sakura prendera seus cabelos num coque enfeitado com várias sakuras (flores de cerejeira). Tomoyo estava num vestido rosa e com os cabelos enfeitados com borboletas de ouro.

Tomoyo (piscando com um olho): 'Tem muita gente querendo te conhecer, Sakura!'

Sakura (incerta): 'Ai Tomoyo... não tenho certeza agora.'

Tomoyo: 'Você não vai desistir agora, né?'

Sakura: 'Não sei...'

Tomoyo (puxando Sakura pelo braço): 'Vem aqui!'

            Havia uma mesa em particular no centro do salão de festas da casa de Tomoyo, que chamava a atenção de todas as garotas. Nela se encontravam quatro belos rapazes e em cima da mesa encontrava-se uma placa dizendo: "reservado para Sakura Kinomoto"

Sakura (corando): 'Não acredito que fez isso comigo, Tomoyo!'

Tomoyo (sorrindo): 'Desse modo nenhuma garota chega perto, porque por enquanto todos são seus.'

Sakura (espantada): 'O queeeeeeee?'

Tomoyo (falando calmamente): 'Esses são os que eu acho bons candidatos para você.'

Sakura: 'Ai, ai, ai...'

Tomoyo (quando já estavam em pé ao lado da mesa): 'Rapazes, quero lhes apresentar a senhorita Sakura Kinomoto.'

            Todos olharam com olhares cobiçados para Sakura.

Tomoyo (apontando para os respectivos rapazes): 'Este é Akira Takahashi. Ele é cirurgião no hospital de Tókio. Este é Yuki Tanikawa. Ele é diretor de uma importante empresa japonesa. Este é Yuji Nokai. Ele é um dos melhores engenheiros do país. E finalmente, este é Lan Li, um importante membro do Clã Li, uma das famílias mais importantes da China. Ele é um dos donos da empresa da família.

Sakura (envergonhada): 'O... Olá para todos...'

Yuki (olhando para Sakura de cima a baixo): 'Sente-se ao meu lado.'

Akira (olhando com um olhar sedutor): 'Ganharia mais se sentando ao meu lado.'

Yuji (abrindo um sorriso enorme): 'Discordo com os dois. Seria mais do seu agrado conhecer-me.'

Lan (vendo que Sakura estava mais indecisa ainda): 'Por Deus! Deixem a senhorita Kinomoto decidir-se sozinha!'

Sakura (confusa): 'Obrigado, senhor Li.'

Lan (sorrindo): 'Me chame de Lan, por favor.'

            Sakura abriu um sorriso tímido em seu rosto, e então sentou-se entre Lan e Akira (a mesa era redonda). Ela não conseguia nem falar direito. Todos tentavam conquistá-la falando o que tinham, com exceção de Lan, que só a olhava com um sorriso encantador e um olhar profundo.

            Uma música lenta começou a ser tocada pela banda contratada por Tomoyo. Tomoyo cantava a música com emoção, dando o toque suave de sua linda voz à letra.

Lan (se levantando e oferecendo gentilmente sua mão): 'Me concede esta dança, senhorita Kinomoto?'

Sakura (corada): 'C... claro.'

            Sakura segurou sua mão e levantou-se graciosamente. Foram de braços dados até à pista de dança, e levemente Lan a guiava na dança.

Lan (falando baixo no ouvido de Sakura): 'Sei porque eles estavam tão bobos. Pela sua beleza. Estavam esperançosos com a sua escolha.'

Sakura (sem saber o que dizer): 'O... obrigado.'

            Sakura corou levemente, e olhou com doçura para aquele bonito rapaz. Lan colocou a cabeça de Sakura em seu peito, e depositou suas mãos em sua cintura.

            Sakura sentiu um arrepio percorrer toda sua espinha. Nunca sentira desse jeito. Questionava-se se isso era amor, pois nunca o havia sentido.

Lan (falando docemente em seu ouvido): 'Se as batidas do meu coração estão tão rápidas assim, é por causa de você, Sakura. Nunca ninguém fez isso comigo.'

            Sakura não respondeu, e só estampou um sorriso incerto em sua bela face.

            De longe, Tomoyo observava feliz sua querida Sakura. Enquanto uns estavam felizes com aquela imagem, outros estavam decepcionados com a cena. Yuki, Akira e Yuji resolveram então procurar outras meninas.   

Oi gente! Esse foi o meu primeiro fic, e estou com a intenção de postá-lo sempre no final de semana... ele é um pouco grandinho... não muito... não que nem o da Kath (pra quem não leu, leia!). Desculpe se tiver muitos erros, mas é que eu não revisei... hehehehe...

Por favor, revisem!!!!

Tchauzinho!

Midori^-^