Harry e os outros entraram no vagão, Draco já não estava mais desmaiado jogado no meio do chão, nem o carrinho de comida que quase havia atropelado Harry. Será que Draco havia fugido com o carrinho de comida? E como nenhum alimento do carrinho havia voado de dentro do carrinho? Harry tinha algumas coisas para perguntar à Malfoy.
– Hummmm!!!! Muito bom isso daqui, delicia! – aquela voz vinha da última cabine do trem. Ao ouvirem isso todos foram ver o que estava acontecendo na cabine.
– Malfoy!!! – todos gritaram ao vê-lo sentado no chão com o carrinho de comida atacando uma grande ,e aparentemente, deliciosa rosquinha recheada.
– Hum! Nham! Esse é o meu nome. – ele disse ironicamente.
– Malfoy esse era o nosso alimento, tentaríamos nos manter alimentados com ele por algum tempo! – brigou Hermione.
– Ainda podemos salvar os alimentos. – disse Rony entrando na cabine e puxando o carrinho para o corredor.
– Hei! Esse carrinho é meu Weasley! – disse Malfoy se levantando para encarar Rony.
– Por que seu? Você o comprou por acaso? – perguntou Harry.
– Não, mas eu salvei o carrinho quando ele estava correndo em sua direção. Na hora em que tudo começou a tremer, eu gritei para você sair do caminho, se lembra? – disse Malfoy.
– Mas por que você fez isso? – perguntou Harry – Por que me salvaria de um carrinho vindo correndo em minha direção?
– Simplesmente porque eu estava mais interessado na comida que havia naquele carrinho do que ver você sendo atropelado por ele. – disse Malfoy.
– E o que você fez para os alimentos do carrinho não saírem voando? – perguntou Neville curioso.
– Nada mais que um feitiço paralisante no carrinho e em seus alimentos, se não tivesse feito isso tudo estaria espalhado por aí no chão.
– E qual seria o motivo para você querer esse carrinho? Por acaso você não sabia que nós viríamos para cá sabia? – perguntou Mione.
– Claro que sabia, tudo é um plano... – mas ele foi interrompido por Mione.
– Ele não sabe de nada, se soubesse de algo não sairia contando por aí.
– E quanto ao seu desmaio Malfoy? – perguntou Harry – Quem é o maricas sensível que desmaia por qualquer motivo aqui?
– Você ! – disse Malfoy com aquela voz nojenta – Eu fingi estar desmaiado pois sabia que vocês iam lá fora ver onde estamos e me abandonar aqui dento. Eu aproveitei a oportunidade para atacar o carrinho.
– Ele é um ladrão mesmo! – disse Gina.
– E você uma Weasley nojenta! – disse Malfoy com sua voz arrastada.
– Ele só pode ter pego a doença de Crable e Goyle! – disse Neville – A doença da gula.
– Vai Longbottom! Você não tem a mínima cara de quem não atacaria esses doces né?! Você é gordo! – disse Draco.
– Rictusempra! – um jorro de luz dourada atingiu Draco no estômago e ele se dobrou com dificuldade de respirar.
– Mas você eu sou capaz de atacar! – disse Neville orgulhoso vendo Draco no chão morrendo de rir, pois aquele feitiço causava cócegas.
– Neville, o que deu em você para fazer isso? – perguntou Mione espantada com a atitude do amigo.
– Não sei. – disse Neville.
– Não é assim que se pode resolver as coisas. – disse Mione antes de tirar a varinha do bolso e apontar para Draco – Finite encantatem!
Após essas palavras Draco conseguiu levantar-se. Depois que ele já estava de pé sacou sua varinha do bolso e a apontou para Longbottom.
– Nada disso! – antes que Draco pudesse lançar algum feitiço em Neville, Harrry tomou a varinha de sua mão. – Chega de feitiços aqui dentro, senão aqui vai ficar parecendo um clube de duelos.
– Ei, devolva a minha varinha! – Draco ordenou à Harry.
– Não. – disse Harry guardando a varinha no seu bolso – Só se você prometer que não vai mais lançar feitiço em ninguém, caso contrário, você ou quem lançar um feitiço contra qualquer pessoa aqui dentro vai ser expulsa do trem. Promete?
– Sim, eu prometo. – disse Draco em tom de contrariedade.
Harry devolveu a varinha para Draco, mas ele não cumpriu sua promessa, muito pelo contrário, a primeira coisa que ele fez foi lançar um feitiço contra Neville.
– Petrificatum! – Ao lançar este feitiço Malfoy fez com que Neville ficasse sem poder mexer ao menos um fio de cabelo.
– Malfoy, tira este feitiço de mim. – o que Neville disse foi quase impossível de se entender, pois falar sem mexer os lábios deve ser algo muito complicado.
– Malfoy, fora desse vagão! – ordenou Hermione.
– Eu não vo...
– Fora Malfoy! – ordenou ela novamente.
– Não vou sair daqui de dentro! – disse Draco.
– Vai sim! – Harry tirou a varinha dele do bolso e apontou para Malfoy – Expelliarmus!
Após Harry jogar esse feitiço em Malfoy, uma luz vermelha se projetou contra ele, que foi rápida e estupidamente lançado para fora do vagão bem encima de uma poça d'água. Harry foi até a porta do vagão ver mais de perto a derrota de Malfoy.
– Agora fique por aí mesmo Malfoy! – disse Harry para o loiro e magro que se encontrava todo desengonçado, e molhado.
– Tchaau! – Harry fez um sinalzinho com a mão e fechou a porta do vagão.
Malfoy levantou e foi tentar abrir a porta, mas Harry a segurou com toda a força para que ele não conseguisse abri-la.
– Hermione, por favor, faça algum feitiço para que Malfoy não consiga abrir esta porta. –Harry pediu a amiga.
Hermione fez o favor ao amigo, e a porta foi trancada.
– Mas Harry, quem garante que ele não vai conseguir abrir a porta usando um simples feitiço? – Mione perguntou intrigada.
– Eu garanto. – disse Harry, que em seguida, agachou e pegou algo que estava caída no chão.
– Ah!!! – Mione disse ao ver que o que Harry tinha pegado era a varinha de Malfoy.
– Gente, agora que Malfoy já foi botado pra fora daqui precisamos dar um jeito no Neville, coitado. – Gina havia chamado atenção dos amigos.
– Cadê o Neville? – perguntou Harry ao ver que o amigo não estava mais no corredor.
– Nós o levamos para dentro daquela cabine e o deitamos em um sofá. – disse Gina apontando para uma cabine que ficava ao seu lado.
– Vamos dar um jeito nele – disse Mione.
Quando todos estavam dentro da cabine Hermione perguntou :
– Qual o feitiço que Malfoy jogou em Neville mesmo?
– Foi um feitiço chamado Petrificatum. – disse Rony.
– Ih Neville, pelo que eu conheço desse feitiço não há maneira de retirá-lo. – disse Mione.
– E ele vai ficar assim até quando? – perguntou Rony.
– Durante duas horas... – disse Mione desanimada.
– O Malfoy foi muito mal, ele merece ficar lá fora. – disse Gina revoltada.
Duas horas depois já havia anoitecido, todos estavam sentados em silêncio, Rony e Harry com suas varinhas acesas com o feitiço Lumos, para iluminar a cabine em que estavam, pois sem essas varinhas acesas aquele vagão se tornaria breu. Mas o silêncio que todos estavam fazendo foi cortado por um alegre grito de alegria.
– EH!!! Posso me mexer! – Neville levantou muito animado – Estou com fome! Vamos comer! Ai, que frio!!! Brrrrrr!!!! Que horas são Harry? Hein?!
– Chega Neville! – gritou Harry irritado – Eu sei que deve ser ruim ficar duas horas sem poder se mexer nem ao menos falar, mas não precisa falar tanto!
– Desculpe-me Harry. Mas que horas são hein?!
– Sete e meia Neville. – disse Harry.
– Estou com fome, vamos jantar já? – perguntou Neville.
– Ainda não Neville. – disse Harry – Alguém está com fome aqui?
Todos fizeram sinal de negativo com a cabeça.
– O que estou realmente sentindo é sono, alguém já está com sono aqui? – perguntou Gina.
Todos fizeram sinal de positivo com a cabeça.
– Então, antes de dormir é melhor comer alguma coisa. – insistiu Neville.
– Tudo bem Neville, você venceu. – disse Harry desanimado – Vai lá buscar.
Neville foi, e rapidamente voltou com o carrinho em mãos, todos jantaram e depois se ajeitaram para dormir, Hermione e Gina em uma cabine, na do lado Neville e Rony, Harry dormiria sozinho em outra. E Malfoy? Antes de se ajeitarem nas cabines, Gina quem lembrou dele.
– Harry, nós não podemos deixar o Malfoy sozinho lá fora.
– Mas ele merece. – disse Harry.
– Mas isso não é uma atitude grifinória, você está agindo como um sonserino!
– Está bem Gina eu deixo ele entrar. – disse Harry a Gina.
– Hum! Você é tonta mesmo Gina! – disse Rony – Depois de tudo que o Malfoy te fez, por exemplo te chamar de Weasley nojenta, você tem dó de deixá-lo sozinho lá fora?
– O caso não é ele ser um Malfoy e ter me maltratado, e maltratado a todos, o caso é ele ser um ser humano e essa caverna durante a noite não parece ser nada amigável, se ele morresse lá fora, seria culpa nossa, e ficaríamos culpados. – disse Gina.
– POR FAVOR DEIXEM-ME ENTRAR!!! – Draco gritava desesperado lá de fora.
PAF! SOC! – A porta estava sendo socada por Draco.
– Por que será que ele está batendo tanto na porta? – perguntou Rony.
– Você ainda pergunta? – disse uma Gina intolerante.
– Tem algo aqui fora!!! – Malfoy estava gritando mais desesperadamente ainda.
– Deixe-o entrar logo, deve haver algo lá fora. – disse Mione saindo da cabine dela com sua varinha acesa.
TUM! – esse barulho agora não era de Draco na porta, era de algo MUITO pesado batendo no chão. – TUM!
– Alohomorra! – Harry fez o feitiço logo para Malfoy poder entrar logo – Tem algo lá fora Malfoy?
– Não, esse barulho aí é hiper normal! – disse Draco sarcasticamente – Agora falando sério, tem um monstro muito grande lá fora.
– Shiii!!!! Vamos todos ficar calados então, para o monstro não nos notar aqui. – disse Harry para o resto do grupo.
TUM! – E esse som se repetiu várias vezes, e se distanciou cada vez mais, até sumir de vez.
– Você viu o monstro Malfoy? – perguntou Gina assustada.
– Não, vi apenas o contorno do monstro... Atchim! Que droga! Por culpa de vocês fiquei resfriado. – reclamou Draco – Vou pegar uma blusa na minha mala e pôr sobre cima dessa. Mas está tão escuro...
– Toma sua varinha Malfoy! – Harry tirou a varinha do bolso e entregou a Draco.
– Lumos! – a varinha de Malfoy acendeu e ele entrou em sua cabine para pegar suas roupas.
– Ai está realmente muito frio aqui! Pena que não temos cobertores... – disse Mione desanimada.
– Mas esse não é um problema! – disse Gina animada – Temos quatro cobertores em uma mala lá na cabine. Rony!!!
– Que é Gina? – disse Rony botando a cabeça e uma luzinha, que saia de sua varinha, pra fora de sua cabine.
– Pega a mala de cobertores aí na cabine, por favor.
– Tudo bem. – disse Rony para sua irmã.
Poucos instantes depois Rony saiu arrastando uma grande mala pelo corredor da cabine. Ele parou junto aos amigos e abriu a grande mala, que tinha uns cobertores coloridos.
– Vamos dividir os cobertores. – em seguida Rony tirou um grande cobertor rosa e deu para Gina.
– Esse é para você Gina. – depois Rony tirou um cobertor cor de laranja – Esse é para Mione. – e depois Rony tirou outra cor de laranja – Para o Harry...
– Eu não estou com frio, não quero me cobrir. – disse Harry negando o cobertor que o amigo ia lhe dar.
– Então vou dar para o Neville. Vai lá na cabine dele entregar. – Rony deu o cobertor para Mione.
– Está bem. – depois de pegar o cobertor, Hermione foi em direção da cabine de Neville.
– E esse marrom é meu, tudo que é marrom minha mãe me dá... – disse Rony pegando o cobertor e a mala para levar a sua cabine.
– Por que vocês trazem cobertores para Hogwarts? – pergunto Harry.
– Não conhece Molly Harry? – perguntou Gina – ela tem medo de nós passarmos frio aqui na escola e nos faz trazer cobertores. Esse ano Fred e Jorge vão ficar sem os cobertores laranjas deles.
Pouco tempo depois todos se ajeitaram para dormir. Harry deitou no sofá de sua cabine, sem se cobrir pois não aceitou o cobertor que Rony lhe ofereceu, e começou a pensar no que estaria fazendo em Hogwarts nesta hora. Dumbledore deveria estar fazendo seu discurso, como faz em todos os anos, será que já teria apresentado o novo professor de Defesa Contra as Artes das Trevas? quem será que era o novo professor? será que Snape teria conseguido o cargo? Harry achou que não, devia ser um novo professor mesmo.
Mas na real, será que tava tudo bem por lá, como Harry estava imaginando mesmo? Harry achava que não, os Weasleys já deviam ter sido comunicados do ocorrido, e deviam estar morrendo de preocupação. Dumbledore já devia ter comunicado aos outros professores o sumiço do vagão deles e também devia estar raciocinando aonde eles foram parar. Mas não adiantava ficar pensando nisso agora, o sono já havia invadido Harry e ele não agüentava mais manter os olhos abertos.
Harry estava vagando pelos corredores de Hogwarts, que por acaso estavam completamente vazios, o que deixava a escola extremamente silenciosa, Harry foi até a sala de transformação, que também estava vazia, assim como o resto da escola, que Harry andou, andou e andou para ver se havia alguém por lá, o que não se concretizou, o que será que havia acontecido em Hogwarts? Será que eram férias e Hogwarts, logicamente, estava completamente deserta? Havia paz de mais naquele castelo, mas era uma paz que tornava aqueles corredores muito assustadores.
Mas as coisas se tornaram ainda pior quando Harry começou a sentir uma presença lhe seguindo, e ele olhava para trás e não via nada, só o corredor vazio. O medo invadiu Harry por inteiro e ele não tinha escolha, saiu correndo adentro daqueles corredores sem ao menos prestar atenção para onde virava ou aonde ia. Mas em uma das curvas, das que juntam um corredor com o outro, Harry tropeçou, e derrubou o seu corpo inteiro no chão, e quando ele levantou, o pior, o que ele mais temia aconteceu, aquelas narinas de cobra... ele estava bem ali na sua frente.
– Aaah!!!! – aquele era um grito fino, um grito de garota, era Gina quem havia gritado. Aí Harry percebeu que estava apenas tendo um pesadelo.
Ao ouvir aquele grito, Harry levantou correndo, pegou a sua varinha, e correu para o corredor em direção da cabine da Gina, onde encontrou Rony e Neville.
– O que houve Gina? – Mione perguntava para ela que chorava – Teve um pesadelo, como eu?
– Snif... Tom Riddle… ele me pegou e... snif... – Gina chorava, não conseguia nem contar o que havia acontecido.
– Calma maninha! – Rony sentou-se ao lado de Gina e lhe deu um abraço – Tom Riddle não está aqui, foi só um pesadelo.
– Eu também tive um pesadelo, que foi horrível, mas quando Gina gritou, eu fui salvo dele. – disse Neville.
– Peraí! – disse Harry aos amigos – Eu também tive um pesadelo.
– Eu também! – disse Rony – Por que será que nós todos tivemos pesadelos?
– Muito estranho isso. Porque todos nós teríamos pesadelos na mesma noite? – disse Mione – Todos esses pesadelos devem estar interligados...
– O que está acontecendo aqui? Vocês tiveram pesadelinhos bestas e agora estão com medo de dormir de novo? – perguntou Malfoy com aquela voz arrastada de sempre – Pois não durmam, sabe onde estamos?
– Claro que não Malfoy! – disse Rony em tom de impaciência.
– Eu sei onde estamos, nunca ouviram falar na lenda da Wicked Cavern? – perguntou Malfoy em tom de superioridade aos amigos.
– Eu sei que caverna é essa. – disse Mione convicta a Draco – É uma caverna que proporciona pesadelos à todos que ousarem dormir dentro de seus territórios, e o pior, Trasgos das Cavernas habitam esse local e eles são muito grandes.
– É claro que a Granger sabe tudo tinha que conhecer esta lenda. – disse Malfoy antes de sair da cabine.
– Mas eu não acreditava que o local da lenda existisse realmente. – disse Mione.
– A maioria das lendas são inspiradas em fatos reais – disse Rony – Inclusive os lobisomens.
– Aqui tem Trasgos? – Gina perguntou, já recuperada do pesadelo – Será que aquele monstro que veio até perto desse vagão, na hora em que deixamos Malfoy entrar, era um Trasgo?
– Devia ser... – mas Mione foi interrompida pelo retorno de Malfoy
– Vocês querem que os Trasgos venham atrás de nós? Esses Trasgos das Cavernas são extremamente inteligentes, e tem uma ótima audição. Vamos ficar em silêncio e apagar essas varinhas, assim que amanhecer, eu vou embora, vocês eu não sei, mas eu vou. – disse Draco.
– Então é melhor irmos deitar e ficarmos quietos até o amanhecer, mas não dormir para não termos pesadelos. – disse Harry apagando sua varinha.
Todos foram deitar em sua cabine. Aquela noite foi péssima, além de ninguém dormir todos passaram muito frio, principalmente Harry e Draco que não tinham cobertores. Durante uns horários da noite Trasgos vagavam pela caverna, e ao baterem os pés no chão, o que fazia um barulho muito alto, o coração de cada um que estava naquele vagão quase saia pela boca. Mas nenhum Trasgo, por sorte de nossos heróis, notou a presença deles lá.
Aquela havia sido uma noite escura, fria e assustadora.
No próximo capítulo: Harry e os outros depois do amanhecer vão procurar a saída da Wicked Cavern. Mas procurar essa saída não vai ser uma tarefa nada fácil de ser cumprida antes do anoitecer, o horário em que os trasgos vagam pela caverna.
N.A.: E aí galera estão gostando da minha fic? Espero que sim, mandem suas opiniões mesmo que sejam más... REVIEWS JÁ!!! (entrei na campanha da minha irmã Biba Akizuki)
