O casamento – parte 3

Lan (olhando profundamente para os olhos de Sakura): 'Imagine a igreja: vai estar cheia de flores de cerejeiras. Eu vou estar no altar, esperando por você. Você virá toda de branco, acompanhada de seu irmão Touya.'

Sakura (olhando docemente para os olhos de Lan): 'E depois teremos a cerimônia chinesa. Vou vestir uma linda roupa tradicional, e ficar bonita só pra você.'

Lan (antes de beijar Sakura): 'Você já é linda.'

            Sakura iria se casar na igreja (gente, eu sei que no Japão a Sakura se casaria com um quimono e coisa e tal, mas eu queria tanto que ela se casasse com um vestido pomposo... é que faz parte de um sonho pessoal também. Então, finjam que Sakura é meio que ocidental... brigado!) e depois, haveria a cerimônia chinesa por tradição do Clã Li.

Ela tentava afastar Syaoran de seus pensamentos, mas era simplesmente impossível. Seus cabelos rebeldes, seu olhar profundo, seus lábios macios e gentis sempre apareciam em sua mente, a qualquer hora do dia. Mas agora ela tinha que esquecer de qualquer modo. Estava revendo os últimos detalhes do casamento com Lan, e em dois dias seria oficialmente esposa do Sr. Lan Li.

Lan (sorrindo): 'Os dias parecem estar passando muito rápido, não é? Você já está aqui há dois meses! E daqui a dois dias, estaremos casados e viveremos felizes para sempre.'

Sakura (forçando o sorriso): 'Pois é... e... eu vou ter que pedir demissão para o diretor Terada.'

Lan (vendo que ela ficara triste em falar isso): 'Mas eu respeito o seu gosto por ensinar. Você vai trabalhar aqui na China.'

Sakura (sorrindo – de verdade agora...): 'Você tá falando sério?'

Lan (mais feliz por ver sua futuro esposa sorrir): 'Claro! Você vai ser professora aqui na China. Eu até contratei um professor de chinês pra você. Assim, irá aprender mais rápido nossa língua.'

Sakura (o abraçando): 'Obrigado!'

            Tomoyo estava se encarregando de acertar tudo. Afinal, só faltava um dia para o casamento, e tudo devia ficar perfeito para sua adorável prima.

Wei (chegando de repente): 'Senhorita Daidouji, eu gostaria de conversar com você.'

Tomoyo (assustada): 'Quem é o senhor?'

Wei (sorrindo levemente): 'Eu sou como o pai de Syaoran.'

Tomoyo (ainda assustada): 'Quem é Syaoran?'

Wei (agora ele é que estava assustado): 'A senhorita Kinomoto não te falou?'

Tomoyo (curiosa): 'Falou o que?'

            Wei silenciosamente andava devagar.

Tomoyo (o seguindo): 'Para onde estamos indo? Eu tenho coisas pendentes para cuidar. O casamento está para acontecer! É amanhã!'

Wei (falando calmamente): 'É sobre a vida da senhorita Kinomoto.'

            Tomoyo ficou branca ao ouvir que era sobre a vida de Sakura. Resolveu então seguí-lo sem questionar nada.

            Wei entrou no que parecia ser um escritório. Era bem grande, e repleto de estantes cheias de livros em inglês, em japonês, em chinês e em espanhol. Wei sentou-se em uma confortável poltrona.

Wei (apontando para outra poltrona): 'Sente-se, senhorita Daidouji.'

            Tomoyo sentou-se ainda receosa.

Tomoyo (curiosa): 'O que o senhor queria falar?'

Wei (sorrindo): 'Pode me chamar de Wei.'

Tomoyo (sorrindo um pouco): 'Pode me chamar de Tomoyo então. Mas, o que queria falar comigo sobre Sakura?'

Wei (sério): 'Tomoyo, eu cuido do jovem Syaoran desde que ele era recém-nascido. Quando seu pai faleceu, eu o substituí, dando conselhos, e o acolhendo em tempos difíceis. Eu o conheço mais até do que a mãe dele.'

Tomoyo (confusa): 'Eu achei que a conversa era sobre a Sakura...'

Wei (sorrindo): 'Calma... voltando ao assunto, eu sei tudo sobre o jovem Syaoran. E sei que ele ama a senhorita Kinomoto.'

Tomoyo (surpresa): 'Ele ama a Sakura? E ela sabe disso?'

Wei (também surpreso): 'Vejo que ela não contou nada pra senhorita. Eles começaram a se dar muito bem quando ele voltou de um treinamento no Tibet. Saíam e tudo mais, como namorados. Lan não estava gostando nada, mas eles saíam escondidos por vezes, ou se encontravam sozinhos nos corredores 'por acaso'. Um dia o jovem Syaoran me contou que havia beijado a senhorita Kinomoto.'

Tomoyo (quase gritando): 'O que??!!'

Wei (pedindo silêncio): 'Tomoyo! Fale mais baixo! Este é o escritório do jovem Syaoran, e ele saiu com a senhorita Meiling. Mas podem voltar a qualquer instante. Bem, ele não esperava se encontrar mais com Sakura depois de ter feito aquilo. Afinal, ele falou depois de beijá-la que não podiam mais fazer aquilo. Tivera uma briga muito feia com Lan, e saiu quase ileso, por causa de seu vasto conhecimento da arte da luta. De manhã ele ia falar que amava Sakura.'

Tomoyo (não acreditando em tudo o que estava ouvindo): 'E ele falou para Sakura que a ama?'

Wei (um pouco triste): 'Não. Quando ele entrou no quarto, deparou-se com uma imagem muito forte para a cabeça dele. Viu Lan nu dormindo na mesma cama que Sakura.'

Tomoyo (sem ar): 'A minha doce Sakura não é mais pura?'

Wei (sorrindo um pouco com a reação de Tomoyo): 'Ela ainda é sim. Foi uma pequena confusão que depois ela te explica. Não havia acontecido nada entre os dois, mas Syaoran logo pensou que havia. Como algo inesperado, Sakura surgiu em seu quarto, perguntando se ele a amava. Ele falou que não.'

Tomoyo (estranhando): 'Por que ele não falou a verdade?'

Wei (triste): 'Ele julgou ser o melhor a ser feito. Viu que Sakura seria feliz ao lado de Lan, e que ele só traria desgosto para sua família, roubando a esposa de seu primo.'

Tomoyo (surpresa): 'Eles são primos?'

Wei (sorrindo): 'São. Eu só quero saber uma coisa: a senhorita Kinomoto ama o jovem Syaoran?'

Tomoyo (pensando): 'Bem, quando eu filmei um beijo do Syaoran com uma garota, que deve ser essa tal de Meiling, ela se trancou no banheiro por mais de duas horas. Mas quando eu perguntei pra ela se gostava dele, ela falou que não.'

Wei (se levantando): 'Era tudo o que eu queria saber.'

            Wei se retirou do escritório, deixando Tomoyo sozinha. Ela ficou pensando em Sakura, e o quanto fora estúpida filmando aquele beijo. Agora entendia o sofrimento de sua melhor amiga.

Voz: 'O que uma bela moça como você faz aqui sozinha?'

            Tomoyo olhou para a porta, e viu um homem alto, com cabelos tão pretos que pareciam ser azuis, e com olhos profundos e azuis como o oceano. Finos óculos acompanhavam seu bonito rosto.

Voz: 'A senhorita não vai responder?'

Tomoyo (gaguejando): 'E... eu estava conversando com Wei, mas ele saiu e me deixou... me deixou sozinha aqui.'

Voz (andando na direção de Tomoyo): 'Eu poderia saber o seu nome?'

Tomoyo (se levantando, e deixando que o misterioso homem beijasse sua mão): 'Meu... meu nome é Tomoyo Daidouji.'

Voz ( se curvando): 'Sou Eriol Hiiragisawa.'

Tomoyo (envergonhada): 'O senhor está aqui por causa do casamento?'

Eriol (olhando curioso para Tomoyo): 'Não sabia que um casamento iria acontecer aqui.'

Tomoyo (curiosa): 'Por que veio então?'

Eriol (sorrindo): 'Meu melhor amigo Syaoran me ligou pedindo pra que eu viesse.'

Tomoyo (pensativa): 'Então você é amigo de Syaoran? Preciso conversar com você.'

            A festa seria na mansão. As decoradoras já estavam preparando o lugar. Muitas pessoas trabalhavam no salão de festas, que era enorme. Colocavam mesas e cadeiras por todo o salão, e enfeitavam o lugar com panos e fitas.

            Tomoyo entrou no lugar, e começava a coordenar os homens que carregavam as pesadas mesas.

Wei (sério): 'Jovem Syaoran, tem certeza de que não quer ir ao casamento da senhorita Kinomoto?'

Syaoran (sério, sentado em uma pequena mesa de seu quarto lendo): 'Claro que tenho. Além do mais, não fui convidado.'

Wei (olhando profundamente): 'Não precisa ser convidado para ir.'

Syaoran (olhando estranho para Wei): 'Está falando pra eu entrar de penetra? Você tá ficando louco?'

Wei (ainda o fitando): 'O senhor ainda vai se arrepender de não ir.'

Syaoran (ainda desconfiando algo de Wei): 'Odeio quando você fica falando essas indiretas. E se for sobre o meu amor por Sakura... bem, ela será mais feliz com Lan, e ela não me ama também.'

Wei (ainda o encarando – eita!): 'Não sabia que o senhor havia se tornado um vidente. E além do mais, a senhorita Kinomoto realmente falou que não te ama?'

Syaoran (ficando nervoso com a conversa): 'Wei, saia do meu quarto. Está começando a me irritar.'

Wei (sorrindo irônico): 'Fico feliz em saber. Agora tenho certeza de que o senhor vai pensar no que eu falei.'

            Falou isso e saiu do quarto.

Syaoran (falando consigo mesmo): 'Odeio também quando ele tem razão! O que ele quis dizer?'

Tomoyo (filmando Sakura): 'Ai, ai, ai! Você tá tão linda!'

Sakura (envergonhada): 'Tomoyo, eu nem tô com o vestido ainda!'

Tomoyo (ainda filmando – que surpresa...): 'Mas é que a maquiagem ficou muito bonita!'

Sakura (sorriu e depois abaixou o rosto): 'Daqui a pouco vou estar me casando com Lan.'

Tomoyo (desligando a câmera – agora essa é novidade!): 'Você queria estar casando com outro, não é?'

Sakura (levantando o rosto assustado): 'O queeeeeeee?'

Tomoyo (começando a falar como Wei – meu Deus!): 'Mesmo assim, seria a senhora Li.'

Sakura (meio confusa): 'O queeeee? Começa a falar direito, Tomoyo!'

Tomoyo (sorrindo): 'Você sabe do que eu tô falando.'

Meiling (entrando no quarto de Syaoran): 'Então você não vai no casamento da Sakura e do Lan?'

Syaoran (lendo seu livro na cama): 'Eu não! Não me convidaram, e além do mais, não quero ver essa cena patética.'

Meiling (decepcionada, pois iria sozinha para o casamento): 'Então eu tô indo. Não tem como não ir. Sou madrinha de casamento do Lan.'

Syaoran (ficando nervoso com o assunto): 'Então vai e me deixa em paz!'

            Meiling foi silenciosamente, pois sabia que Syaoran estava ferido internamente, já que a pessoa que amava estava pra se casar com outro.

            Syaoran fechou o livro, pois não estava conseguindo se concentrar. Começou a pensar nas palavras de Wei. Será que Sakura ainda o amava depois dele ter falado aquelas palavras para ela? "Eu não te amo, e nunca te amei..." – Syaoran lembrava de sua maior mentira.

            Deitou na cama, e colocou suas mãos atrás da nuca. Olhava para o teto. Resolveu então tentar dormir um pouco. Fechou os olhos, e a imagem de Sakura veio à sua mente. Seu sorriso encantador, seu beijo estarrecedor... queria tanto que se casasse com ele. Mas em poucos minutos, ela estaria casada com Lan, e ponto final. Só de pensar sua doce flor nos braços de outro, uma lágrima amargamente salgada desceu lentamente em seu rosto, e molhou levemente seus cabelos. Mais lágrimas desciam, e ele falou consigo mesmo:

Syaoran: 'E a promessa de que nunca iria chorar de novo por ela, seu idiota?'

Yelan (entrando no quarto e vendo o estado de seu filho): 'Meu filho, eu preciso falar com você.'

Syaoran (se recompondo enxugando seu rosto bruscamente com as mãos ): 'O que foi, mãe?'

Yelan (sentando-se ao lado de Syaoran): 'Não sei se você vai me entender, mas eu vou tentar te explicar. Sabe quando você mente e essa mentira que pode parecer insignificante muda a sua vida toda? Eu menti ao falar que você não poderia amar alguém que não fosse a noiva que eu escolhesse, porque o amor não tem dessa de escolha. Menti também quando disse que eu casei com o seu pai de acordo com as tradições do Clã Li. Eu só não queria que sofresse o tanto que eu e seu pai sofremos. Os anciões do Clã são impiedosos e extremamente rigorosos com a noiva. Lan já sofreu calado, e Sakura ainda irá sofrer. Eu não falei a verdade nem para você nem para as suas irmãs, porque tive medo de que tomassem minha vida como exemplo, e...'

Syaoran (deixando mais uma lágrima cair de seus olhos e abraçando sua mãe fortemente): 'Eu te entendo, mãe. Agora eu tenho que correr!'

            Yelan chorava. Se achava culpada por ter criado o filho na mentira. Mas agora a verdade estava surgindo, e seu filho estava correndo atrás de sua felicidade.

Continua...

Gente! Será que Syaoran vai ser rápido o bastante? Ai, ai, ai! Isso tá ficando emocionante! Pena que daqui a pouco vai acabar, né? Bom, vocês já sabem... críticas, sugestões, opiniões... podem me mandar tudo! Ficarei muito feliz em responder a todos os e-mails, pois assim saberei que tenho um público, e isso é muito bom para uma escritora nova no pedaço. Obrigado de coração por terem tido a paciência de ler tudo! E, vou agradecer à Vanessa, que tem me ajudado a escrever o fic. Bem... ela dá umas idéias, e discutimos bastante por telefone sobre o contexto da história, mas no fim eu acabo mudando 80% das coisas.... eu vou de acordo com a emoção do momento... o que vem na cabeça eu escrevo! Mesmo assim, eu a agradeço por ser a amiga que é!

Até o próximo capítulo!

Tchauzinho!

Midori:) 

ps.: oi gente! Sou eu de novo! Bom, essa parte da Yelan conversando com o Syaoran eu mudei agora pouco, porque eu não havia gostado do que eu havia escrito antes... eu acho que assim explica mais o jeito fechado da mãe do guerreiro. É só isso!

Tchauzinho!

Midori^-^ 

Oi gente! Como sempre, o comentário mais atual é exatamente este aqui! Viu? Agora estou postando sexta certinho... tudo porque os treinos de futsal de sexta depois do horário de aula acabaram! Agora é só segunda de noite, terça de manhã, quarta de noite, sexta de manhã e sábado de manhã... pouco, né? Ai, ai, ai... hoje tive uma provinha de física.... odeio física.... mas fazer o que, né? Bom... deixa eu parar  de escrever besteiras...

AAAAAAAAMMMMMMOOOOOO os comentários que vocês deixam pra mim sobre o fic! Obrigadão gentem! Vocês não sabem como isso pode motivar uma pessoa!

Agradecimentos: Rô – te adoro, amiga! Merry: também ti dolo muito, muié!!!! Bom, eu acho que a Kath nem lê o meu fic, mas se estiver lendo, obrigada por ser minha miga também...^^ Andy... faz tempo que a gente não se fala, né? Bom, tem mais gente, e mais uma vez, desculpem se esqueci de alguém! Amo todos vocês... e não percam mais um emocionante capítulo desse fic semana que vem ,tá?

Beijão!!!

Midori^^