Uma Viagem Inesperada
Capítulo 12 - Histórias da Esfinge
-Esse Malfoy! - disse a esfinge antes de voar até onde ele estaria no buraco.
Ela aterrissou e viu Draco caído entre lanças imensas e afiadas, ele teve muita sorte em não cair em cima de nenhuma delas. Draco estava contorcido entre elas, bem torto, um movimento ali poderia ser a morte. Gina foi correndo até o buraco, e parou na frente dele, olhou para baixo e viu Draco todo contorcido entre as lanças.
-VAMOS DEIXÁ-LO AÍ! - Gina gritou brincando com um sorriso no rosto.
-VOCÊ ESTÁ LOUCA? - Draco gritou de lá de baixo - NÃO PODE ME DEIXAR AQUI! FAÇA ALGO ESFINGE.
-Vou tirá-lo de lá. - a esfinge fechou os olhos e disse uma palavra em sua língua -Desarmin!
As lanças que o cercavam desapareceram, entrando no chão do buraco. Draco pode se levantar, não havia mais perigo. De repente o chão começou a subir, levando-o em direção da superfície. Essa situação o lembrou de uma vez de quando ele era pequeno, que foi em um prédio trouxa com seu pai, não lembrando o motivo por estar lá, e que subiu em um elevador, era legal. Após chegar lá em cima, deu um sorriso bem animado para Gina e para a esfinge e disse:
-Posso ir de novo?
Gina lançou-lhe um olhar de reprovação e desprezo, que deixou Draco muito sem graça, mas não o fez perder o humor que surgiu de lá se sabe onde. Depois lançou outra piadinha no ar.
-Onde fica a próxima queda para a morte? Quero me jogar de novo. - novamente foi ignorado e recebeu péssimos olhares.
-Vamos entrar naquela porta. - disse a esfinge.
Eles estavam se aproximando de outra porta, só que dava para ver um cômodo bem iluminado lá dentro. Será que o destino para saber dos segredos que a esfinge ia contar-lhes era aquela outra câmara? Ao entrarem, a esfinge disse:
-Breve entenderam essa câmara. - disse ela esboçando um sorriso no rosto - Muitos segredos estão guardados aqui dentro.
-Como assim? - perguntou Gina.
-Esse lugar, é o lugar que guarda grande parte das lendas bruxas, como a Wicked Cavern, a Pirâmide dos Segredos, que é onde estamos agora, entre muitas outras lendas.
-Mas, como assim? - perguntou Draco.
-Estamos em um lugar completamente esquecido pelos bruxos, mas eles não fazem idéia que mais pessoas estariam aqui.
-Um lugar esquecido? - perguntou Gina.
-Ou pelo menos fingido que. - respondeu a esfinge, antes de dizer outra de suas palavras estranhas em sua língua, e todas as tochas apagaram-se.
A esfinge usou outra palavra, que fez uma tela branca surgir, como uma tela de cinema, deixando uma luz azul na câmara.
-Que língua é essa? - perguntou Draco.
-É a antiga língua dos magos, de quando eles ainda habitavam essa ilha. - respondeu - Eles usavam essa língua para se comunicar.
-É mesmo? - perguntou Draco - E isso é tudo?
-Claro que não, isso não é nada do que vocês têm de saber ainda. Ainda há muita coisa, que se vocês não souberem pode levar essa ilha aà desgraça.
-E essa tela? - perguntou Gina - Por que ela está projetada no centro dessa câmara?
-Porque vocês têm muito o que ver nela. - ela respondeu.
Uma figura surgiu na tela, a figura da pirâmide da qual estavam, mas vista pelo lado de fora. Por fora da pirâmide havia umas pessoas com umas capas rochas, como a de Dumbledore, só que mais respeitosas. Eles eram bem numerosos, estavam fazendo um círculo em volta da pirâmide, um círculo de magia.
-Há muito tempo, os magos da Força do Unicórnio, uma força que estava tentando proteger esse continente da destruição, estava lacrando essa pirâmide, para proteger o corpo do Bruxo Faraó. As forças das trevas que havia se estabelecido aqui fez com que o caos tomasse parte daqui, trazendo desgraça e sofrimento. Um grande bruxo das trevas estava tentando dominar o lugar do Bruxo Faraó.
A figura da pirâmide havia sido substituída por outra, a de um grande palácio, com algumas torres, e todo branco.
-Esse foi o palácio do Faraó, até ele ser morto pelo bruxo, que invadiu-o com um exército de bruxos das trevas, que dominaram o palácio completamente. Eles destruíram tudo, construindo uma grande e horrorosa torre.
A figura foi substituída por outra, agora uma torre, que era cinzenta e feia. Ela estava cercada de uma floresta por todos os lados.
-Após ser destronado e morto, o bruxo das trevas quis dominar aqui, mas foi rejeitado, e não obedecido por muitos outros bruxos. Ao saber disso ele jogou uma grande doença aqui, protegendo o lar de seus aliados, claro.
-Mas não há mais vestígios dessa doença, não é?
-Não, ela sumiu. - respondeu a esfinge - O vírus da doença atingiu pouca gente, mas foi fatal a elas.
-E como as outras pessoas escaparam da doença? - perguntou Gina curiosa, como sempre ficava a frente daquela esfinge.
-Elas construíram um abrigo subterrâneo, e conseguiram escapar do vírus.
-Ele se extinguiu sozinho? - perguntou ela.
-Não. Ele se extinguiu apenas com a suposta derrota do bruxo das trevas.
-E qual o nome desse "bruxo das trevas"? - perguntou Draco, naquele seu tom de voz de praxe, o arrastado.
-Não é citado, eu pelo menos me recuso a falá-lo. - respondeu a esfinge.
-Como com Voldemort. - Draco disse asperamente, levando um olhar arregalado de Gina - Esses bruxos "bonzinhos", recusam dizer o nome dele. Sinceramente, isso é ridículo.
-Então, - disse a esfinge olhando de cara feia a Draco, que havia a interrompido - Ninguém gostava de dizer o nome dele, pois lembravam-se dele.
-O pior foi o que ele fez depois, mas isso terei de contar depois...
-Realmente, você está embaralhando a história toda, sua esfinge inútil. - disse Draco - O bruxo foi derrotado antes ou depois da doença extinguir-se? E afinal, como eles escaparam da doença?
-Calma, meu jovem rapaz. - disse a esfinge antes da figura daquela torre sinistra ser trocada por outra figura.
Era a figura de um lindo unicórnio, de pelugem branca, crista branca também, e o chifre que ficava bem no centro de sua testa era bem branco.
-Esse continente era dividido em dois países, o País de Millanus, e o de Necktar. O país de Millanus era governado por um imperador, um imperador trouxa, que era a população predominante do país, pois todos os bruxos que lá viviam mudaram-se para Necktar, um país que eles seriam aceitos pelos outros que lá vivessem, e não um olhar de lado.
-Mas antigamente os trouxas não queimavam bruxos nas fogueiras e etc? - perguntou Gina.
-O fato que estou vos narrando é mais antigo do que a época que bruxos eram queimados nas fogueiras. Nessa época trouxas não levavam bruxos a fogueira, a sociedade nem tinha tanto preconceito aos bruxos, eles os respeitavam, mas na medida do possível, diziam eles. Os bruxos que se sentiam mal a estar com trouxas, dava para sentir muita inveja no olhar deles. - a esfinge virou de costas, olhando a figura de unicórnio - Enquanto Necktar se fundava como país do bruxos, Millanus já era o dos trouxas.
-Então um país era completamente trouxa e o outro bruxo? - perguntou Gina confusa, irritada com a esfinge por estar de costas para ela.
-Não completamente trouxa. - disse a esfinge virando de frente para Draco e Gina - Ainda havia um bruxo naquele país, e bem embaixo do nariz de seu imperador, Carlos Norrow, o pior bruxo que poderia haver: Carlos Norrow II. Seu filho, nascido de pais trouxas, era um bruxo, e escondia seus poderes dos pais, para podê-los usar na hora certa. E na hora certa ele deu um golpe em seus pais, os fez morrer misteriosamente, sem vestígios de como. Já que ninguém sabia que ele era um bruxo, foi nomeado o novo imperador, detentor do trono da família. No primeiro mês de seu governo ele mostrou-se ser um bom imperador, sem revelar seus poderes. Mas quando ele os revelou, quis dominar o povo trouxa, usando a magia negra.
-E o que aquele unicórnio tem a ver com isso? - perguntou Draco apontando para a figura de unicórnio que a esfinge projetara.
-Calma que eu ainda chego lá. - disse a esfinge tentando não irritar-se.
-E o que ele fez? - perguntou Gina.
-Logo Carlos Norrow II mudou o seu nome para um que se tornou temido por todos. Um nome que não deve ser citado...
-Eeehr! - resmungou Draco cerrando os dentes.
-O reino de Millanus, - voltou a esfinge - após ser dominado por Carlos II, tornou-se um verdadeiro caos, os trouxas estavam realmente sofrendo nas mãos dele. Mas ele foi impedido pelo Bruxo Faraó de Necktar, Uhkaro.
-Que nome horrível! - reclamou Malfoy.
-Seu nome é ridículo: Draco... - zombou Gina - Perto desse nome até Uhkaro é bonito.
-Claro que não! - Draco revoltou-se - Meu nome é maravilhoso, imponente, digno de um Malfoy.
-Ridículo o suficiente para um Malfoy você está querendo dizer, não é? - Gina disse ironicamente.
-Quietos vocês dois! - brigou a esfinge - Estou os contando coisas serissímas, e vocês ficam com essas briguinhas infantis ao invés de prestar atenção? Francamente...
-Continue a contar. - disse Gina.
-Aonde eu parei mesmo? - perguntou a esfinge.
-Quando o Bruxo Faraó de Necktar impediu o Carlos II de...
-Obrigado minha jovem, já me lembrei onde estava. - a esfinge tomou fôlego e voltou a falar - Carlos II estava fazendo os trouxas sofrerem na mão dele. Mas Uhkaro, o Faraó Rei de...
-Necktar! - disse Draco irritado - Eu já sei que Uhkaro era Bruxo faraó de Necktar, eu não esqueci disso.
-Cale-se! - a esfinge estava bastante zangada - Será que não dá para ouvir quieto? Falta de respeito...
A esfinge se recompôs fazendo uma cara doce para Gina.
-Essa história está ficando muito comprida, vou dar uma encurtada nela. - a esfinge se pôs a pensar por um tempo - Uhkaro e um exército de bruxos invadiram Millanus, estourando uma grande guerra. Carlos II fez um exército de seres das trevas, que nomeou de Dementadores. O pior é que os dementadores um dia foram trouxas, que Carlos II transformou em dementadores. Ele usou uma poção, secreta, que graças a Deus nunca foi revelada, para fazê-los. Mas mesmo com sua barreira de Dementadores, os bruxos de Necktar venceram a batalha, e derrotaram o imperador de Millanus. Logo, Os dois países se uniram, formando um único, onde trouxas e humanos viviam juntos. Como líder supremo elegido pelos povos dos dois países, Uhkaro, se tornou o Bruxo Faraó dos dois países, que agora era um só e chamava-se União Neckta-Millanus. Logo a paz alojou-se ali, os Dementadores foram contidos e utilizados em uma prisão.
-Como em Azkaban. - disse Gina - Mas como acabou tudo bem, em um país só? E aquela história da doença?
-Agora que vem essa história. - disse a esfinge - Quando Uhkaro envelheceu, morreu naturalmente, sendo substituído por outro Faraó eleito pelo povo. Mas a partir desse momento o medo começou lá, na verdade Carlos II não havia morrido, apenas se dividido.
-Dividido? - perguntou Gina espantada.
-Isso mesmo, se Uhkaro conseguisse invadir o seu reino, passando por toda sua barreira de Dementadores, ele teria de ser muito poderoso. Por isso, Carlos II dividiu-se em duas partes, com o mesmo nível de magia, e uma técnica também secreta, que nunca foi revelada. Uma parte dele ficou em sua fortaleza, e a outra se escondeu. Se Uhkaro fosse forte o suficiente para derrotar sua outra parte, ele se manteria escondido, até que Uhkaro morresse. Ele se escondeu em uma sociedade secreta de bruxos das trevas, que atacariam o reino do país assim que ele morresse.
-Essa parte você já contou: ele invadiu o reino, venceu a batalha com os seus seguidores, e tomou o reino, tornando-se o Imperador, em sua torre e tudo mais. - disse Draco.
-É aí que tudo realmente começa. - disse a esfinge, com tom de quem tinha muito o que contar ainda.
***
Harry e Neville seguiram ao norte, e já estavam no bosque que Gina e Draco estiveram anteriormente. Era nessa direção que encontrariam os ingredientes para a poção de Mione, que não estava nada bem por causa da picada. Logo Neville avistou umas árvores que tinha um dos ingredientes necessários. Era uma fruta rosa, do tamanho de uma maçã. Os dois correram até as árvores e pegaram umas das frutinhas.
-Vou comer uma. - ao pôr a fruta em sua boca e mordê-la, Harry percebeu que era frágil e macia como um caqui, e por dentro era um rosa mais claro do que por fora - Hum! Muito boa.
-Vou comer uma também. - mas esse "uma também" de que Neville falara, se tornou em várias, pois ele e Harry estavam mortos de fome.
Após encherem seus estômagos famintos recolheram mais umas, para levar para fazer a Poção Ofídicla de Hermione. Eles estavam carregando apenas o suficiente para a poção, pois levar para todos comer não daria, ainda havia outros ingredientes a buscar e carregar para o abrigo.
-Será que estamos perto da caverna? - perguntou Neville.
-Sim. - respondeu Harry apontando para a caverna (que já conhecia até melhor do que desejava), que estava meio escondida entre as árvores do bosque.
-Ainda bem que não precisamos entrar nela. - Neville disse aliviadamente.
-É. - concordou o garoto - Você está vendo alguma orquídea amarela por aí? - mas antes de Neville responder ele avistou umas delas, bem amarelinhas, entre algumas cor-de-rosa e brancas - Ali!
Os dois correram até as orquídeas e apanharam duas delas, amarelas como mandava o livro de poções. Neville carregava as duas em sua mão esquerda. Harry estava carregando as frutas. Ma ainda faltavam dois ingredientes, um deles Neville disse ter visto por perto de onde ele e Harry estavam agora.
"Era aquele tal de..." - Harry tentava lembrar o nome.
-Faltam dois ingredientes ainda. - reclamou Neville.
-Um deles você disse ter aqui por perto, aquela tal planta. Como era o nome dela? Apa.. Apaticulôcolos?
-Não... - Neville abriu o livro e leu algo - Precisamos do caule de Apa.. Apaticucôlos. Estou vendo umas ali.
Ele apontava para um canto, que tinha um canteiro dessas plantas. Harry foi pegar uma delas, que era bem feia, como todas as outras: suas folhas eram cinzentas e feias. Quando Harry foi pegá-la sentiu a dor de algo cutucando o seu dedo, ele olhou e viu sangue, apenas uma gotinha dele.
-Que droga! Essa porcaria machucou o meu dedo. - estava referindo-se a planta - Tem espinho no caule dela.
-Nossa! Justo a parte que temos de carregar. - resmungou - Precisamos dar um jeito nisso, senão ficaremos com a mão toda espetada.
-Vamos dar um jeito nisso. - Harry pulou de onde estava para a árvore mais próxima, e começou a subí-la como se tivesse o habito de fazer isso.
Ele subiu até perto do topo dela e arrancou três de suas folhas. Em seguida pulou de lá de cima fazendo um poso perfeito com os pés bem firmados no chão, melhor do que um gato o faria até.
-Nossa Harry! Baixou o macaco? - Neville havia se surpreendido ao ver Harry fazer aqueles movimentos tão ágeis.
-Não sei o que aconteceu. - respondeu o garoto - Eu só precisava de umas folhas e fui as pegar na árvore, mas de um modo que eu não esperava.
-Ah! Para quê você pegou essas folhas?
-Vou embrulhar os caules das plantas nelas. - disse Harry antes de arrancar três das Apaticucôlos.
Harry pegou as folhas, que eram de um material resistente, ao contrário de muitas folhas de outras árvores que Harry e Neville já haviam visto, e colocou o caule das plantas espinhentas enrolando-as nelas. Depois de enroladas ele rasgou uma pequena parte de sua blusa e amarrou em volta das folhas com os caules, firmando melhor. Agora poderiam carregar os caules sem perigo de furar as mãos.
-Só falta um ingrediente. - disse Neville sentado, apoiando-se em uma árvore. - E um muito difícil de encontrar.
-Qual? - perguntou Harry.
-Gema de ovo de Dinossér.
-E que bicho é esse?
-É uma espécie de dinossauro que sobreviveu da era pré-histórica, só que menor. Não sei se vamos encontrar algum por aqui. - disse Neville.
-Ih, como vamos encontrar um bicho desse? - Harry resmungou.
-Há uma maneira. - uma voz estridente invadiu a conversa dos dois.
Harry e Neville olharam espantados na direção da voz, e viram que ela saiu de um animal muito parecido com um esquilo, só que um pouco maior que um, e sem os dentes grandes saindo de sua boca. No lugar dos dentes dentuços havia dois caninos, que aparentavam não ter o poder de ferir alguém, pois eram arredondados não pontiagudos como o de um morcego. Enfim, era um bicho de aparência amistosa.
-Quem é você? - perguntou Neville espantado.
-Me chamo Alastor, sou de uma espécie rara de animais, os esquilos-guia. Já ouvi falar da espécie de vocês, humanos. Mas nunca havia visto um por aqui. - disse levantando sua patinha e oferecendo a Neville.
Neville pegou a patinha dele e deu um aperto de mãos. Era um ser muito engraçado quando falava, parecia não poder fazê-lo, mas o falava muito bem, sem nenhuma dificuldade. Em seguida Alastor ofereceu a pata a Harry, que fez com ela o mesmo que Neville, o cumprimentou.
-Me desculpem, mas acabei ouvindo a conversa de vocês dois, e ouvi você dizer que precisava de ovos de Dinossér. Para que os quer?
-Para uma poção, nossa amiga está entre a vida e a morte. Veneno de serpéntoles. - respondeu Neville.
-Ih! Precisam encontrar esses ovos rápido então, já ouvi falar que esse veneno mata em 24 horas ou até menos. - disse Alastor seriamente.
-E você sabe onde encontrar esses ovos? - perguntou Harry.
-Não muito longe daqui, algumas horas de distância.
-Droga. - exclamou Harry - Temos que ir rápido então, senão podemos perder Mione para sempre.
-Então vamos, eu guio vocês, não é à toa que minha espécie se chama esquilo-guia, há séculos guiamos as pessoas nesse tipo de coisa. - disse todo orgulhoso estufando o peito - Mas só há um problema.
-Qual? - perguntou Neville quase sem pensar.
-Essa espécie de animal é muito perigosa, e você pode passar por maus bocados tentando roubar um ovo deles. Pode ser que você nem saia vivo até. - o esquilo-guia parecia mostrar preocupação.
-Mas vale se arriscar pela Mione. - disse Harry - Afinal, se eu não conseguir salvar a vida dela, vou me sentir culpado pelo resto da minha vida.
Harry parou e começou a pensar um pouco, colocando a mão sob o queixo. Em seguida disse:
-Neville, é melhor você voltar para o abrigo com Hermione e Rony, e levar os ingredientes que conseguimos até agora.
-Mas Harry, um de nós pode morrer indo até lá, e apenas um voltar vivo...
-Nenhum de nós vai morrer, eu não vou deixar nenhum dinossér me matar, todos nós vamos acabar vivos no fim de tudo, pode acreditar no que digo. - Harry deu um tapinha nas costas de Neville e disse: - Agora volta para lá e cuida da Mione junto com o Rony, pode acreditar, vai dar tudo certo.
-Mas você vai acreditar num bichinho ridículo...
-Hei! - protestou Alastor.
-...Num bicho ridículo como esse aí? E se ele estiver te enganando?
-Poxa vida meu amigo, assim você me ofende! - Alastor disse ofendido, olhando para Neville.
-Ele é a minha última esperança, e eu estou acreditando nele. Ele vai me levar até os dinossérs e eu vou pegar o ovo deles.
-Tá legal. - Neville assentiu emburrado - Eu vou para o abrigo. Mas então vai logo, senão não vai dar tempo de salvá-la.
-Tudo bem. - disse Harry dando os ingredientes para Neville - Agora leve eles e guarde lá no abrigo.
-Tchau. - disse Neville desanimado virando as costas para Harry e o esquilo-guia.
-Tchau. - respondeu Harry.
-Vamos agora. - começou Alastor - Não podemos perder tempo, afinal, com veneno de serpéntoles não se brinca.
E os dois sumiram dali, um seguindo ao norte, e o outro seguindo ao sul. Ambos com o mesmo intuito, o de salvar a amiga.
***
Rony quando deu conta viu Mione deitada na cama ao lado, já acordada, comendo um dos jacápus que haviam sobrado. Rony logo levantou e se sentou no chão, ao lado de Mione novamente.
-Boa tarde Mione! - disse Rony fingindo estar animado.
-Boa... Rony... - respondeu Mione - Quer? - disse oferecendo uma das frutas.
-Quero. - Rony a pegou e começou a comer - Obrigado.
-Rony... - começou Mione - ...eu não posso morrer sem dizer... isso a você...
-Você não vai morrer Mione.
-Mas estou me sentindo como... não vou viver muito mais... meu tempo está acabando... - disse tentando tirar forças de algum lugar.
-Claro que não, você vai viver sim. - Rony tentou conter algumas lágrimas mas não conseguia.
-Rony... eu não posso morrer antes de dizer isso... eu te... - Hermione ficou toda vermelha - Nesses últimos instantes eu percebi que... eu... eu...
-Eu também, Mione. - respondeu Rony sem a garota ao menos terminar a frase dela - A muito tempo, mas nunca tive coragem de dizer.
-Desculpa Rony, mas eu não sabia disso antes... ou pelo menos fingia que não para mim mesma. Mas agora está tudo bem, eu posso morrer em paz... - disse Mione fechando os olhos bem devagar.
-Mione! - disse Rony desesperado, antes de perceber que ela estava respirando ainda. "Está tudo bem, ela apenas caiu no sono."
Rony ficou um tempo ali sentado olhando para ela. Mesmo doente ela continuava linda como nunca, ou pelo menos, por estar apaixonado ele a via assim. Logo ouviu o barulho de uma porta se abrindo, e levantou assustado. Era Neville quem havia entrado, não havia perigo.
-Olá. - disse Neville exausto.
-Oi. - disse Rony - Cadê o Harry? Conseguiram os ingredientes?
-Não, ainda não conseguimos todos, só esses. - Neville colocou todos que tinha sobre sua cama, entre eles uma garrafa d'água, que havia enchido no caminho de volta ao abrigo - Alguns deles estão aqui, só falta um, que Harry exigiu procurar sozinho. E um muito perigoso.
-Como assim? - perguntou Rony.
Neville contou tudo, desde quando saíram do abrigo, até quando encontraram o esquilo-guia e Harry o mandou voltar para lá.
-Harry está correndo riscos. - disse Rony - E os está correndo sozinho porque é idiota.
-Não, ele não é idiota, o idiota sou eu por tê-lo deixado ir sozinho, devia ter teimado mais. - disse Neville culpado.
-Agora só nos resta esperar. - disse Rony - Aproveita e descansa então Neville, afinal, você deve estar bastante cansado.
-É, estou. - disse deitando na cama.
Em menos de um minuto o garoto já estava dormindo. Como aquele garoto dormia facilmente! Rony sem escolha deitou em sua cama, e ficou por lá, pois não conseguiria dormir, nem estava tão cansado assim.
No próximo capítulo:
A esfinge ainda tem coisas a contar a Draco e Gina. E Harry? Será que ele vai conseguir pegar os ovos a tempo? Não percam!!!
N.A: Oi!!! Não tenho muito o que falar aqui (fora: me mandem REVIEWS!!! Porque eu preciso deles para ser fliz!!!), então vou direto aos agradecimentos pelos reviews: Victória, Ly Malfoy, Green, Dely Li e Bella. Desculpem por não estar agradecendo os reviews por e-mail, estou meio sem tempo... Até o review, HEIN?!
