Uma Viagem Inesperada
Capítulo 14 - Uma Última Esperança
Gina e Draco estavam seguindo Anúbis, que iria sair com eles da pirâmide. Anúbis agora estava muito séria e os três estavam em silêncio, apenas andando pelo corredor da pirâmide. A esfinge parou algumas vezes e desfez certas armadilhas, como lanças bem pontudas saírem do chão, um grande bloco de pedra com lanças cair do teto, e coisas do gênero. Isso porque Anúbis falou que aquele era um dos corredores mais seguros, pois não guardava monstros, nem ocultava terríveis maldições.
-É, - disse a esfinge - Siga aquele corredor e dê de cara com um terrível zumbi-vampiro indestrutível e imortal. E aquele outro corredor vai te levar a uma sala que ao você entrar vai se comprimir e esmagar todos os ossinhos de seu corpo.
-Nossa essa é uma pirâmide muito perigosa mesmo. - exclamou Gina surpreendida com as histórias da esfinge.
-Grande coisa um vampiro-demônio! - exclamou Draco emburrado.
-Zumbi-vampiro você está querendo dizer? - perguntou a esfinge autoritária.
-É, isso mesmo. - exclamou Draco irritado - É só jogar uma Avada Kevadra nele que ele morre rapidinho.
-Uhn! Uhn! - tossiu a esfinge - Já não disse que um zumbi-vampiro é indestrutível e imortal?
-Já! - disse Gina dando uma risadinha.
-Que seja! - disse Malfoy engolindo todo o seu orgulho.
-Então, - voltou Anúbis - como eu estava dizendo antes, aquela porta tem uma câmara que pode te esmagar todinha, e aquela...
Anúbis continuou contando sobre várias outras armadilhas e seres que viviam escondidos na pirâmide. Um espantou muito Gina, algo que andava apenas nos corredores mais escuros e distantes, a esfinge contou que ele usava uma grande capa preta com um gorro, e carregava consigo uma grande foice 'Se aquela foice apenas te tocar você morre instantaneamente, ela é muito bem afiada', a esfinge disse em tom de terror, e Gina ficou horrorizada. Draco apenas parecia achar graça daquela estória, algo fazia ela soar como lenda, mas Anúbis o respondeu com um olhar incrédulo e desprezo que deixou ele profundamente sem graça.
A esfinge contou mais umas duas coisas que haviam entre os corredores da pirâmide, e parou na frente de uma grande porta triangular e do mesmo material dos blocos da pirâmide.
-É só empurrar? - perguntou Gina.
-Não. Preciso falar uma palavra mágica, só que em minha língua.
A esfinge parou na frente da porta e fechou os olhos se concentrando. Soou uma palavra tão complicada que foi impossível de ser entendida por Draco e Gina. Logo a porta da pirâmide estava aberta. Uma grande luz invadiu a pirâmide, luz do sol, que fez os olhos de Draco doer e Gina fechar os dela. Os três saíram, era muito engraçado sair de dentro de uma pirâmide num campo de grama bem verde. Quando Gina visitou o Egito com seus pais ela visitou uma pirâmide que ficava entre dunas de areia, não grama. Aquilo era muito estranho.
-Devemos seguir agora a Oeste. - disse a esfinge virando de frente para eles - De onde vocês vieram mesmo?
Gina olhou atentamente em sua volta, e quando viu aquela grande árvore que ela havia estado a quase um dia, mostrou logo a direção de que vieram para Anúbis. Draco nem se esforçou procurando a direção de onde vieram porque sabia que Gina o iria fazer e ele não iria ter que procurar.
-Então devemos seguir reto mesmo. - conclui a esfinge dando um sorriso e um longo suspiro - É tão bom poder respirar ar fresco!
-É mesmo. - disse Gina também abrindo um belo sorriso em sua face.
Mas Draco não abriu sorriso algum, nem concordou que o ar fresco era bom. Na verdade ele reclamou:
-Aqui fora está horrível, o sol está muito quente, e não há vento algum para resfrescar.
-Você não tem jeito mesmo! Nunca está feliz com absolutamente nada, Deus me livre. - Gina estava irritada.
-Olha esse sol, realmente lindo! E esse céu azul? Realmente maravilhoso! Por que reclamaria de algo assim? - Anúbis estava sorrindo de orelha a orelha.
-Grande maravilha...
-Para de reclamar Malfoy!
-Está bem Weasley! - disse em sinal de rendição.
-É tão bom estar livre, vocês não fazem idéia do que é ficar centenas de anos preso em uma pirâmide suja, mal iluminada e fria. Além do mas com más companhias como um zumbi-vampiro.
-Péssima companhia em questão! - disse Gina caindo na risada com a esfinge.
-Ainda bem que vocês encontraram essa pirâmide, senão eu poderia ficar presa lá mais séculos e séculos, até minha morte.
-Nossa, você pode viver mais séculos e séculos?
-Sim, não sou uma esfinge comum. Uma esfinge comum já estaria morta nesses tantos séculos. Eu fui infeitiçada para viver séculos e séculos, e presumo que vou viver mais uns dois deles...
-Realmente muito tempo de vida. Eu pirava!
-Você já é pirada, Weasley.
-Não enche! - reclamou a garota - Maldita hora em que eu fui te salvar daquele Vampilino, devia ter deixado ele te comer vivo. Sem dizer que a essas horas, eu estaria com o meu irmão e os outros... - Gina deu um engasgo - Se eles estiverem vivos ainda...
-Devem estar sim, querida. - disse a esfinge em um tom materno.
-Tomara...
-Que eles tenham morrido, não é? - Draco dissse sarcasticamente.
-Ah, não, essa foi demais! - Gina levantou a varina e apontou para Draco - Quietus!
Uma luz atingiu Draco, ele foi protestar, mas nenhuma voz saiu de sua boca.
-Melhor assim! Não é? - disse Gina antes de cair na risada com Anúbis.
Era incrível como Gina e Anúbis se davam bem, pareciam até velhas amigas. Draco continuava a tentar falar atrás das duas. Mas as duas o ignoravam completamente. Era tão bom, depois de um dia inteirnho com Draco Malfoy, ficar um tempo sem ouvir sua voz arrastada, extremamente estressante.
-Posso te fazer um enigma? - perguntou a esfinge ansiosa.
"Bem que eu li nos livros que a esfinges gostam de fazer enigmas, essa não é tão diferente quanto eu imaginava." - pensou Gina.
-Pode. - ela respondeu.
-Tudo bem, esse não é tão difícil: Pela maioria do tempo ele é um ser muito meigo, com sua aparência inofensiva, você acha que é fácil ter apego. Mas quando ele revela o que há por baixo de seus belos pêlos, você pode acabar caindo em seus terríveis dentes,e se isso ocorrer vai ser algo nada contente. Que ser é este?
Gina pensou sem ter idéia por um tempo: "Meigo, mas revela que é terrível. Não faço idéia...". Malfoy estava fazendo um escândalo atrás delas, ele sabia a resposte e queria dizer e chamar a Weasley de burra. Gina apenas ignorou o escândalo dele e pensou mais um tempo.
-Não sabe mesmo, Virgina?
-Pode me chamar de Gina. - ela ainda estava muito pensativa.
-Sim, claro Gina. - respondeu Anúbis sorridente - Mas e a resposta?
Como ela não havia descoberto antes? Era tão fácil! Mas agora havia se lembrado do ser, e pode responder, mesmo insegura de que a resposta realmente estava certa.
-Já sei, eu acho que... esse ser é um Vampilino?
-Isso mesmo! - disse a esfinge dando um sorriso mais largo ainda - Fácil essa, não? Mas agora tenho uma mais difícil, pelo menos para quem não mora aqui: Esse ser não é tão grande mas forte, e vem de uma família de gigantes. Ele protege os seus ovos severamente e é equipado de fortes dentes. Quem é este?
Gina realmente não fazia idéia, e Draco nem se manifestou atrás delas, não devia saber também.
-Não sei. - respondeu Gina dando de ombros.
-Essa eu achava que você não ia saber mesmo. É um dinossér, ele é um sobrevivente da era jurássica, mas é pequeno, vive para proteger seus ovos, e seus dentes são realmente poderosos.
-Essa eu não ia saber mesmo! - disse Gina com uma careta como as de Rony.
Draco continuava a fazer um escândalo atrás delas, batendo os pés no chão violentamente. --É melhor eu tirar essa magia dele né? Coitado.
Anúbis assentiu com a cabeça.
-Sonorus! - não deu tempo nem de Gina respirar e Malfoy começou a falar.
-Quem você pensa que é para me jogar um feitiço desses? Eu sou um Malfoy, e você uma Weasley pobre! Eu sou superior a você!
-Olha, grande superioridade. Para ser superior não importa ser rico, importa grandeza interior, algo que eu tenho e você não!
Draco ficou vermelho de raiva.
-Olha, eu só não te jogo uma azaração porque...
-Por que você não me jogaria uma azaração? - perguntou Gina furiosa.
Draco ficou mais vermelho ainda, mas desta vez de vergonha.
-Oras... por quê? Porque eu...
-Porque ele não deve saber nenhuma azaração.
-Não, não é isso! - disse Draco furioso.
-Então o que é criatura?
-É que não vou gastar meu tempo nem minha varinha com um Weasley! - disse superiormente.
-Nossa, essa não colou. - disse a esfinge rindo.
-Ah, Malfoy! Você não tem coragem de lançar uma magia em mim mesmo. Quantas vezes você já não gastou sua varinha lançando feitiços em meu irmão Weasley? - perguntou Gina, agora ironicamente.
Draco não respondeu essa pergunta, e ao avistar muitas árvores que entrariam em breve em seus caminhos. Devia ser a tal da floresta de que a esfinge dissera. Gina também avistou, e já foi passando a informação para a esfinge, que também já havia visto a floresta.
-Anúbis, aquela que é a tal Floresta dos Sussurros? - perguntou Gina curiosa.
-Sim... - disse Anúbis olhando deslumbrada para a floresta - Ela é realmente assustadora, sempre há ssussuros estranhos nela, principalmente durante a noite.
As árvores eram bem escuras, e não dava para enxergar muito além delas. Sua aparência era realmente terrível, e na questão assustadora dava de dez a zero na Floresta Proíbida de Hogwats. Alguns sons estranos vinham dela, sons que não eram de monstros assustadores, muito menos de árvores se mechendo nem pássaros cantando. Era impossível de ser identificado.
-Que sons assustadores são esses? - perguntou Gina horrorizada - Realmente, essa floresta parece terrível.
-São os sons das trevas. - respondeu a esfinge - Seja quem for que estiver dentro da Torre, está agindo.
"Voldemort!" - pensou Gina encolhendo a cabeça até os ombros, de um modo assustado.
Mas apenas quando a esfinge citou a Torre, Draco e Gina perceberam, que nuvens surgiam do nada e raios atrás de raios, a torre era um tanto logínqua.
-Por que nós não vamos voando até lá? - perguntou Draco - Montados em suas costas e entramos por uma janela do alto da Torre?
-Porque as janelas da Torre são enfeitiçadas para você não poder entrar por cima na torre. - Anúbis respondeu.
-E por que você não nos leva voando até lá só? Nós descemos de suas costas e subimos a Torre pelas escadas. - Gina disse.
-Não, não minha jovem. - disse a esfinge em sinal de discordâcia - Os ventos aéreos dessa floresta são muito fortes e há seres muito perigoss que voam pelos ares. Por incrível que pareça nós estaremos mais seguros indo pelo meio da floresta mesmo.
-Mas não é mais perigoso mesmo? - perguntou Gina preocupada.
-Não mesmo, por céu é bem mais perigoso, já não disse? - Anúbis estava desconfortável realmente com a idéia de voar por um céu tão perigoso.
-Então vamos parar de ficar aqui falando e vamos até lá logo. - disse Gina.
-Vamos então - concordou a esfinge.
Mas Draco ficou lá, petrificado.
-Vamos Malfoy! - Gina estava o mais calma possível.
-Eu não posso ficar aqui? Sossegado? Essa floresta parece barra pesada e... - Draco não completou a frase.
-Ah, nós vamos agora! - Gina foi até atrás de Draco e começou a empurrá-lo.
Ele começou a andar voluntariamente ao lado de Gina, os dois seguindo Anúbis, esperando que se algum ser aparecesse e fosse os atacar ela os protegeria usando uma das milhares de azarações que ela dizia conhecer. Mas eles não estavam se sentido nada seguro com ela em suas frentes, pois quanto mais se aproximavam da floresta, maior e mais assustadora ela se tornava. Gina esta com medo de que eles pudessem topar com dementadores, que a esfinge disse existir naquela floresta. Draco já sentia medo só de olhar para a floresta, que era assustadora em extremo, sem dizer que ele era o tanto covarde não, principalmente quando ele esteve na Floreta Proibida em seu primeiro ano.
Eles se aproximaram mais e em silêncio entraram na Floresta dos Sussurros.
***
Harry acordou de seu desmaio, ainda estava vivo! Olhou para o seu lado e viu o dinossér desmaiado, será que seu sangue era venenoso e ao dinossér o morder foi envenenado? Harry achou aquele cálculo do que aconteceu meio idiota, ainda estava com sono para pensar numa coisa dessas... De repente ele sentiu uma grande tristeza invadindo o seu coração.
Quando olhou para frente viu um dos seres que mais temia: um dementador. Ele se aproximava de Harry que se sentia cada vez pior com sua presença. Quando ele se aproximou mais sentiu uma profunda tristeza com algumas de suas piores lembranças vindo em sua cabeça. Mas ele sabia como podia se livrar daquele dementador.
-Expectro Patrono! - mas ao invés de sair um cervo, que era a forma de seu patrono, saiu apenas um raio prateado, que não surtiu efeito algum sobre o dementador.
Harry ficou mais desesperado ao ver o efeito que havia causado o seu Patrono, efeito algum. Ele caiu duro para trás, sentando novamente ao lado do pequeno dinossauro. Logo podia ver mais dementadores se aproximando dele.
"Eu tenho de tomar uma atitude!" - pensou o garoto.
-Expectro Patrono! - dessa vez um cervo saiu da ponta de sua varinha, era a verdadeira forma de seu patrono.
Todos os dementadores foram embora, Harry já estava livre deles, poderia voar até o abrigo subterrâneo e levar os ovos para Mione. Tudo daria certo! Pelo menos aqueles dementadores tinham feito o dinossér desmaiar.
Mas quando Harry foi subir em sua vassoura mais dementadores apareceram. "Quem liga para eles?" - pensou Harry já montado na vassoura e levantando vôo "Não posso perder
tempo aqui, tenho que salvar a vida de Mione."
Harry saiu voando em direção sul, na velocidade mais rápida que podia. Foi embora tão rápido que em menos tempo que imaginou já estava lá, em frente da árvore, com uma forte esperança de que tudo daria certo, e de que Mione seria curada. Estava tão emocionado pensando na hora em que amiga Hermione tomaria a poção e seria curada. Ele estava tão eufórico que não conseguia encontrar o ferro que abriria o alçapão para entrar no abrigo. Depois de um pouco de procura ele encontrou esse ferrinho e puxou a porta de ferro cheia de grama em cima para camuflar e entrou na escadinha que levaria a uma outra sala. Na hora em que ele foi fechar o alçapão viu que estava anoitecendo, precisaria ser rápido no preparo da poção. Por isso fechou o alçapão rápido e desceu a escadinha correndo. Logo estava no salão que tinha uma outra porta em seu outro extremo, que levaria ao corredor principal do abrigo.
Ele correu até a porta e a abriu emocionado. Agora estava de frente para porta que levaria ao corredor dos quartos, onde poderia encontrar Mione, Rony e Neville. Harry caminhou até a porta do dormitório, e viu que lá estava muito silêncio. Será que estava tudo bem dentro daquele quarto? Harry tocou a maçaneta preocupado e começou a girar.
"E se Mione estiver morta?" - pensou nervosamente - "E se ela estiver caído no sono da morte? Não, ela via estar viva quando eu entrar.".
De dentro do quarto deu para ouvir a voz de Neville em um tom bem reclamão: 'O Harry não chega, desse jeito não vai dar tempo!', e a voz de Rony estressada responder: 'É...'. Mas Harry no mesmo instante abriu a porta e surgiu diante os dois.
Rony deu um salto da cama como se tivesse visto um monstro ou um fantasma, Neville ficou boquiaberto com a aparição repentina de Harry. Rony correu até Harry e o deu um abraço de amigos, Neville deu só um sorriso a Harry.
-Você não morre tão cedo! - disse Rony sorrindo - Conseguiu os ovos?
-Consegui!
-Que bom! - disse Neville pegando o livro de poções - Vamos a cozinha preparar a poção. Agora antes que seja tarde.
-É, vou precisar de vocês dois para me ajudar a fazê-la.
-Mas, vamos deixar a Mione sozinha? - perguntou Rony aterorizado.
-Qual o problema? A gente usa um feitiço para trancar a porta e nenhum ser indesejado invade o quarto. - disse Harry seriamente.
-Tudo bem. - Rony concordou emburrado - Vamos logo preparar essa poção.
Rony foi até a cama e pegou o recipiente com água, as pétalas de orquídea e o talo daquela planta estranha, Neville carregava o livro e Harry os ovos. Os três saíram porta afora e Harry a trancou com uma magia que nenhum bicho conseguiria desfazer. Eles foram rapidamente até a cozinha do lugar que tinha um caldeirão. Eles entraram naquela cozinha cinzenta e empoeirada e andaram até o caldeirão. Ele era muito grande para o preparo daquela simples poção.
-Pegue aquela banqueta ali Neville! - Harry apontou para um pequena banqueta de ferro com rodas.
-Sim.
Neville andou até a banqueta, colocou o livro encima e a puxou até perto de Harry, Rony e o caldeirão.
-Neville, você lê o preparo da poção para nós, Rony, vá tirando a gema dos ovos de dinossér, eu vou colocando a água no caldeirão.
Rony foi até a pia, e depois de muitas tentativas o ovo quebrou, permitindo que a gema fosse retirada.
-Esse caldeirão é muito grande! Não há um menor Rony?
-Não! - gritou Rony violentamente batendo o outro ovo na pia - Eu sei essa cozinha de cor e esse é o único caldeirão.
-Vou tranfigurá-lo e o diminuir de tamanho. - disse Harry aos outros.
-Mas esse é um feitiço avançado para nós! - protestou Neville - Vai ser impossível para você fazer isso.
-Eu sei como é o feitiço e vou tentar fazer. - Harry protestou devolta.
-Tá bom! Faça como quiser... - disse Neville dando de ombros.
CRASH!
O ovo de Rony havia quebrado nessa tentativa, e todos olharam para ele.
-Agora posso tirar a gema. - disse sem graça.
Harry voltou a atenção ao caldeirão e disse:
-Reducio! - mesmo Harry não acreditando que deu certo o caldeirão ficou a metade de seu tamanho.
-Deu certo? - perguntou Neville espantado.
-Claro! - disse Harry - Tá falando com quem?
-Harry Potter? Você não vai ficar metido agora não, né? - perguntou Neville em tom de desanimado.
-Claro que não! - respondeu Harry - Eu não sou metido, só sou um ser superior a você e Rony, que aposto, não são capazes de projetar Patronos nem de diminuir o tamanho de um caldeirão, por exemplo.
Rony caiu na risada junto com Harry, mas Neville parecia não achar graça.
-Isso foi uma brincadeira? - perguntou Neville incrédulo.
-Que falta de humor, hein? - disse Rony fazendo uma careta.
-Não, não é falta de humor. É que eu não consigo fazer brincadeiras sabendo que minha amiga está correndo risco de vida, e que nós só temos duas horas para preparar uma poção complicadíssima.
Harry de repente ficou sério: como poderia estar brincando numa hora séria dessas? Ele se recompôs ficando reto em frente de seu caldeirão, e deixando um olhar sério invadir o seu rosto. Olhou para Rony e perguntou:
-Quem faz a poção eu, o Neville ou você, Rony?
-O Neville não pode ser, porque ele consegue ser pior do que nós dois na aula de Snape. - disse Rony sorrindo ironicamente para Neville.
-Não sei qual de vocês dois é pior também! - exclamou Neville - Mas acho melhor o Harry fazer a poção, pelo Rony ser um pouco mais atrapalhado e menos centrado que você.
-Realmente, nós não somos tão bem centrados assim. - disse Harry - Mas eu acho que o Rony consegue se concentrar menos nas aulas de poções.
-Tá bom Harry. - disse Rony - Você pode não ser tão bom em poções, nem eu sou, mas confio que, para Mione, você vá conseguir fazer a poção corretamente.
-Vou tentar. - disse Harry - O Neville lê os ingredientes, Rony faz ele nas medidas certas e eu misturo no caldeirão.
-Assim está bem. - disse Neville - Se preparem.
Rony parou na frente da pequena banqueta e Harry na frente do caldeirão. Neville sentou em uma cadeira da mesa, a virando em direção de Rony e Harry. Logo Neville começou a falar:
-Confira os ingredientes Rony: Pétalas de Orquídea Amarela.
-As orquídeas estão aqui, mas preciso separar as pétalas. - disse Rony fazendo outra careta convencional.
-Então separe 20 delas. - disse Neville.
Rony começou a tirar pétala por pétala, contando até juntar 20 delas. Rony recontou mais umas duas vezes até ter certeza de que estava certo.
-Todas vinte aqui! - disse Rony.
-Agora precisamos de dois talos de... Apaticucôlos. Estranho o nome dessa planta, preciso decorar... Mas os talos sem espinhos.
-Tudo bem. - Rony tirou os espinhos, mas arranhou um dedo que liberou um pouco de sangue. Rony enfiou o dedo na boca discretamente e ninguém percebeu.
-Pronto também. - disse Rony separando os talos em um canto.
-Agora duas das frutinhas rosas aí, só que só a popa.
Rony separou a popa e disse:
-Separei. Agora a gema de ovo de dinossér, que eu separei também.
-Todos os ingredientes separados então. - disse Neville sorrindo - Agora Harry, você vai misturar do modo que eu narrar, tudo bem?
-Tudo, mas preciso arrumar um modo de esquentar o caldeirão, a água precisa ferver, não é?
Rony avistou um fogão a lenha, lá ele poderia pegar umas madeirinhhas. Harry viu em um canto meio escuro e escondido um apoiador de caldeirão.
-Tem lenha ali! - Rony apontou para o fogão.
-E um apoiador para o caldeirão ali! - Harry apontou para o objeto.
Os dois correram até onde estava o que precisavam, Rony pegou as lenhas e Harry pegou o objeto que precisava. Depois os dois voltaram ao caldeirão, Rony colocou as madeirinhas e Harry o objeto para apoiar. Depois Harry apontou sua varinha e acendeu as madeiras.
-Agora misture as gemas com a água. - Harry obedeceu.
A água começou a ferver mais e mais, e um cheiro ruim veio ao nariz dos três, um cheiro de ovo bem forte, porém derretendo.
-Agora jogue as pétalas. - ordenou Neville.
Harry pegou as pétalas e jogou. Agora o cheiro de ovo havia sido absorvido pelo cheiro delicado do vapor de pétalas.
-Pegue os talos, quebre cada um deles em três partes e jogue em pontos diferentes do caldeirão.
Harry fez isso direitinho, mas o cheiro das pétalas de orquídea ainda predominava na cozinha.
-Agora a popa. - disse Neville fitando atenciosamente a popa daquela deliciosa fruta cor de rosa.
Harry misturou a popa ao resto dos ingredientes, e deixou a água ferver mais. O cheiro das pétalas e da fruta se juntaram e se tornaram uníssono, um cheiro doce e delicado que coçava o nariz.
-Agora deixe a água ferver mais alguns segundos até borbulhar e liberar uma fumaça amarela em sua superfície.
O cheiro se tornou mais fraco. Neville pensou: "Será que essa poção é gostosa?" - pensou Neville "De qualquer modo não posso experimentar mesmo.".
Uma fumacinha amarela beirou acima do caldeirão triunfante. Harry pegou e despejou todo líquido no recipiente em que a água estava mais ali havia muito!
-Precisamos de um copo! - disse Harry.
-Tranfiguração. - disse Rony - Vou transformar essa orquídea em um, já transformei meu rato em uma caneca.
-Mas ela ficou com um rabo! - protestou Neville.
-Mas dessa vez vai dar certo. - disse Rony certo disso. Ele pegou a orquídea e transformou em uma xícara.
Mas a xícara por vez ficou com umas pétalas em sua boca. Rony as arrancou mostrando uma xícara amarela com pétalas desenhada.
-Ficou bonitinha! - disse animado com sua transfiguração.
-Realmente uma gracinha. - disse Harry irônico.
Harry pegou a xícara e colocou um pouco do líquido nela.
-Agora é só levar para Hermione beber!
Harry, Rony e Neville tinham esperança de que tudo daria certo, se aquela poção estivesse incorreta. Aquela era a última esperança deles.
No próximo capítulo...
O que será que espera por Draco, Gina e Anúbis vão encontrar na tal floresta? E a poção, será que vai dar certo? Será que Mione vai ser curada? Não percam!!!
N.A.: Ois gente! Estão gostando? Sim? Não? REVIEWS!!!! (se não mandarem eu vou chorar ;_; Búa!!!) Agradecimentos para as pessoas que me mandaram reviews: Green, Bella-Malfoy (Malfoy agora Bella?), Muna, Victória e Ly Malfoy. Também não posso deixar de agradecer a Biba Akizuki e a Nessa, minha betinha queridia! Até o prox. cap ou o review hein?
n_n Victor Ichijouji (reviews, reviews!)
