Ao acordar Hermione se sentiu estranha, e arrependida do que havia feito. Antes que tivesse que olhar para Jim quando ele acordasse, ela se levantou, trocou de roupa, e desceu para o café. Depois de comer, ela saiu pela cidade para as compras. E só foi encontrar Jimmy novamente no ministério.

Os cabelos soltos, usando uma calça social cinza, e um suéter branco, ela foi para o ministério sem a menor vontade de encontrar tanto Harry, quanto Jim.

"Boa tarde, Potter!" cumprimentou formalmente ao entrar em sua sala.

"Vejo que ontem não foi muito bom, não? Pelo seu humor..."

"Pra ser sincera, foi ruim sim. Mas pelo menos, ele disse que me amava e foi muito carinhoso, e isso tornou nossa noite perfeita!"

"Olha aqui, Hermione! Eu nunca deixei de ser carinhoso com você, e dizer que te amava enquanto estávamos juntos."

"Mas me traiu com a primeira que apareceu na sua frente. Isso é amor?"

"Eu já dis..."

"Acho melhor nós pararmos, porque temos muito trabalho a fazer."

Tudo até que correu bem, com exceção de quando, para provocar, Harry pôs a mão na coxa de Hermione, mas ela fingiu que não ligou, e continuaram "normalmente".

"Muito bem, senhor Potter, voltarei aqui amanhã nesse mesmo horário para podermos ver o resto do plano e analisarmos."

"Perfeitamente, senhorita!"

Deram-se as mãos amigavelmente, e ela saiu, com Harry atrás. Foi surpreendida por Jimmy no meio do caminho.

"Jimmy?"

"Olá, Hermione!"

"Que pena, eu já estou de saída, e..."

"Por que você saiu logo de manhã?"

"Hã?"

"Por que você saiu logo de manhã depois da noite maravilhosa que tivemos?"

"Bom, porque...porque..."

"Senhor Stanley?" Harry apareceu com um olhar severo.

"Sim, doutor?"

"Você deve ir imediatamente para sua sala, ou será despedido imediatamente."

"Sim senhor. Conversamos mais tarde, Hermione." Disse ele correndo de volta para o trabalho, e quando já não se podia vê-lo, Harry soltou uma gargalhada, e começou a imitar Jim, o que provocou um sorriso contrariado em Hermione.

"É difícil admitir, mas eu te devo essa!"

Ele parara de rir.

"Que tal pagar hoje?"

"Como assim?"

"Me encontre hoje na mesma boate de ontem, meia noite. Tenho certeza que você não vai querer ir embora logo de manhã!"

"E se eu não for?"

"Bom, daí alguém vai ter que saber algo que a senhorita Granger me contou..."

"Você não machucaria ele, não é? Ele é só uma criança!"

"Não duvide! Ou você aparece na boate hoje, ou o Stanley, e o resto do ministério vão saber que vocês dormiram juntos, e que foi péssimo."

"Você é um canalha!"

Harry a abraçou, e disse em seu ouvido sedutoramente.

"Eu sei..."

hr

A boate ainda não estava tão cheia, e logo que se avistaram, Harry a arrastou para o banheiro masculino, entraram lá, e se trancaram em um box.

"Você é louco ou....?" antes mesmo que ela pudesse terminar e eles começassem mais uma briga, ele segurou seus braços no alto, a encostou na parede, e começaram a se beijar. No começo ela queria matá-lo, mas como estava imobilizada, apenas se entregou. Depois de um bom tempo se beijando, se separaram ofegantes.

"Você ficou linda nesse vestido preto, curto e de alcinhas finas. Pena que ele não vá durar muito em seu corpo."

"O que você quer dizer com isso?"

"Você vai fazer amor comigo aqui, na nossa cama, e na minha sala, ou então eu conto pra todos sobre você e o Jim. Tenho certeza que o rígido ministério francês não vai gostar de saber que a vice-diretora do departamento de controle do mal, ficou se engraçando com alguém mais novo, ao invés de trabalhar."

"Você é louco!"

"Por você. Sempre fui e sempre vou ser..." disse enquanto beijava seu pescoço fervorosamente.

"Então era isso que você fazia com ela?"

"O quê?" Harry parara de beijá-la, e agora a encarava surpreso, e irritado.

"Você transava com ela em todos os lugares possíveis e imagináveis?"

De repente todo o clima foi embora, e eles começaram mais uma discussão.

"Eu nunca transei com a Chang. Eu não tenho culpa se ela tocou nossa campainha, tirou a blusa e me agarrou!"

"E bem que você gostou, não?"

"Vamos pro nosso apartamento!"

"Seu apartamento."

"Você não pediu o divórcio e nem eu te dei, portanto, você ainda é Hermione Granger Potter, e tudo que é meu é seu, e vice-versa, pois casamos em comunhão de bens. Então vamos logo pro nosso apartamento!" ele, irritado, pegou em sua mão, e um minuto depois eles estavam no apartamento ideles/i.

"Respondendo a sua pergunta, não, eu não gostei! E sabe por quê? Porque eu te amava muito, assim como ainda te amo! Eu sei que foi errado ter retribuído o beijo que aquela nojenta me deu, mas eu não sei o que me deu na cabeça naquele dia."

"Claro...e no dia seguinte você nem me procurou e já estava se agarrando com ela novamente, não?"

"Se você não se lembra, Hermione, eu fui te procurar sim, mas você não me deixou entrar. E eu nunca mais vi a Chang depois daquele maldito dia!"

A essas alturas, os dois já gritavam a plenos pulmões.

"Como você é cínico, e mente mal, Potter! Você merecia umas belas bofetadas na cara!"

"Então vem! Vem e me bate, eu duvido que você teria coragem!"

Esse era o ponto fraco de Hermione, coragem, e ele havia acertado em cheio.

Com os olhos semicerrados, e com lágrimas neles, ela caminhou até Harry, deu um belo tapa em seu rosto, o que fez sua bochecha ficar vermelha com a marca dos dedos dela.

"Então é assim que você quer que tudo acabe, Hermione?" perguntou Harry seriamente.

Ela teve vontade de abraçá-lo, e pedir perdão, mas controlou-se, e começou a dizer palavras duras.

"É isso?" Harry insistiu gritando ainda mais alto "Você vai se torturar, e me torturar nos separando, deixando nosso amor de lado, se enganando?"

"EU NÃO TE AMO! Você é só um maldito arrogante que acha que sabe tudo, que acha que está sempre certo, que sempre ganha, e que é o centro das atenções, mas não é! E eu te odeio, e espero não te ver nunca mais! Sabe por que? Porque você me machucou muito, e por SUA causa, talvez eu nunca mais consiga amar alguém, seu desgraçado!"

Todas essas palavras doeram mais do que o tapa, e antes de Harry ir para o quarto e bater a porta, ele disse.

"Então esse é o fim, Hermione Granger! Amanhã eu te dou o divórcio, e você não precisa nunca mais me ver."

Ao mesmo tempo em que Hermione se sentia aliviada, ela se sentia como uma idiota. Não queria ter deixado ele escapar, ela o amava muito para isso. Mas ele a machucou um dia, e esse era o troco, por mais que doesse nos dois.

Foi para o Três Vassouras, e ficou em seu quarto chorando até o amanhecer. Ao chegar na sala de Harry, foi tratada apenas como uma cliente normal. Ele estava frio, e não fez nenhum comentário sobre a noite passada, mas a marca vermelha em seu rosto continuava, e isso a fez se sentir culpada. A semana passou, e todos os dias eram a mesma coisa, até que Hermione não agüentou mais aquela situação. Viu que estava errada, e queria reverter a situação. Queria que eles ao menos fossem amigos. Era difícil vê-lo sendo tão frio com ela. Queria que ele a abraçasse, beijasse, e dissesse que a amava, como antes.

N/A: Pessoal, agradeço à todos que mandaram reviews, ou e-mails, e preciso dizer que eu ADOREI!!! Muito obrigado mesmo pessoal!!! E um obrigado especial à Ligia, que está me incentivando pra caramba, dando sugestões, opiniões, e me agüentando quase todo dia no MSN, hehe... Um beijão p/ vc amiga! Espero que continuem gostando e mandando reviews... Beijos pra todo mundo, e até o próximo capítulo!