Antes de ir ao ministério novamente disposta a reconquistar Harry, Hermione pôs uma saia vinho um pouco acima do joelho, com uma fenda na coxa direita, uma blusa decotada preta, e um sobretudo da mesma cor da blusa. Usava mais 7/8 pretas, e uma bota vinho. Estava disposta a conquistá-lo de volta, nem que para isso tivesse que dizer que estava errada, e que o queria de volta a todo custo.

Ela chegou no prédio do ministério, e rapidamente entrou no elevador e apertou o botão do oitavo andar, e ao sair do elevador, dirigiu-se direto para a recepcionista.

"Por favor, o senhor Potter está?"

"Sim, senhorita Granger, mas ele não pode atend..."

"Olha, legalmente eu ainda sou casada com ele, e preciso tratar de alguns assuntos muito importantes, que não podem ser adiados. E ele não tem nada com o meu casamento, são sobre uma nação inteira, e não importa o que você diga...eu VOU ENTRAR!" Hermione saiu andando apressada em direção a sala de Harry com a recepcionista atrás, mas essa não chegou a tempo. Antes, Hermione conseguiu abrir a porta, e com os olhos fechados, disse.

"Harry, eu te amo! Me perdoa?"

"Srta. Granger?" perguntou Harry

"Hermione?" perguntou Jimmy.

Ela abriu rapidamente os olhos, e pôs a mão na boca antes de perguntar.

"Jimmy?"

"Então foi por isso que você nem sequer trocou uma palavra comigo desde aquela noite, e saiu de manhã sem que eu soubesse?"

"Eu não..."

"Sua vagabunda!"

Aquilo a deixou assustada, e mexeu com Harry, que se levantou totalmente irado.

"Stanley, nunca, nunca mesmo, insulte um Potter! Ainda mais se for a mulher que eu amo."

"Sabe Potter, vocês dois se merecem; dois idiotas. E antes de qualquer coisa, eu me demito! Pode ficar com seu posto de chefe e com uma mulher que, além de não valer nada, nem sabe o que fazer na cama."

"Comigo ela sempre soube o que fazer, e esteja certo de que nós tínhamos uma noite e uma manhã maravilhosa! Você tem vinte e quatro horas para pegar suas coisas, seu dinheiro, e sair daqui, de acordo com as lei."

"Adeus aos dois. Espero que sejam...felizes." Jimmy cuspiu no chão, e bateu a porta com força.

O clima na sala ficou tenso para os dois que restaram, e logo ela tentou desfazer isso.

"Obrigada, Harry."

"Ele estava insultando o meu nome! Era o mínimo que eu tinha de fazer."

"E sobre a parte de que você me amava?"

"Não acredite em tudo o que dizem, Granger!"

"Como assim?"

"Eu precisava de algo para atingi-lo, e disse tudo o que disse."

"Hey, nem tudo o que você disse é mentira!"

"Eu sei que não. Mas isso foi. Você me magoou muito, e aquele tapa, junto com aquelas palavras fizeram um rombo no meu coração, e..."

"E eu saí por esse rombo em seu coração. Mas como você acha que eu me senti quando te vi beijando aquela...aquela nojenta? Quando eu perdi um filho por isua/i causa? Quando eu tive que fugir do país para evitar a vergonha e a dor pela qual iria passar? Será que a sua dor foi maior que a minha, Potter?"

"Você o quê?"

"Sim, eu estava grávida!" a briga estava se intensificando cada vez mais, assim como os gritos.

"E por quê você não me contou?"

"Talvez porque quando eu fui te contar, eu te peguei quase transando com outra mulher, e depois eu não tinha mais filho nenhum dentro de mim!"

Harry engoliu em seco.

"Eu pensei em te avisar depois, mas você não merecia."

"Eu era o pai, claro que merecia!"

"O pai e o assassino..." os olhos de Hermione continham lágrimas e raiva novamente. "Sabia que eu tinha pensado em te dar mais uma chance? Eu vim aqui para falar que te amava, e para você me perdoar. Mas pra variar, você fez tudo errado. Eu tô indo, e dessa vez, nem se a minha vida estiver em jogo, eu não volto a te ver! Nunca mais..."

Hermione esperava alguma resposta de Harry, mas este só olhou para o chão e ficou calado. Ela caminhou até a porta, mas antes de abri-la, Harry se deu conta de que não podia perdê-la e a segurou pelo braço, e a virou para ele.

"Hermione, me perdoa!"

"Agora é tarde Harry Potter..."

"Por favor. Por tudo que você mais ama; pela sua vida; pelo nosso filho; por tudo que é mais sagrado! Eu te amo. Eu sei que eu fui um idiota todas essas vezes, mas eu preciso de você comigo. Eu sou capaz de cometer uma loucura se você me deixar!"

Ela puxou seu braço para baixo, e com os olhos semicerrados, e o rosto molhado, falou com uma voz fria e cortante.

"Eu não sentiria sua falta, Harry Potter." Hermione virou-e novamente para a porta, mas antes que sua mão pudesse abaixar a maçaneta, e ela sair, ele com o mesmo tom de voz dela, a ameaçou.

"Você tem uma dívida comigo, Hermione!"

Hermione virou-se, começando a se desesperar, e tremendo de tanta raiva.

"Eu não tenho nenhuma dívida com você, Potter!"

"Tem sim. Eu não sei se você se lembra, mas...aula de devesa contra arte das trevas, terceiro ano, o Lupin disse: 'Se você diz a algum bruxo que este salvou sua vida, no caso dele ter lhe feito um grande favor, ou realmente ter-lhe salvado a vida, e o bruxo cobrar, até cumprir a dívida sua consciência não dará sossego, terá fortes insônias, e...'"

"Eu sei muito bem o que ele disse, Potter! Mas você não seria capaz de me cobrar. Seria...?" perguntou Hermione hesitante.

"Já estou lhe cobrando!"

"Seu desgraçado!" ela tentou bater nele, mas Harry a segurou.

"Ah, e outra coisa. Além de ter que transar comigo na minha cama, no meu escritório, e, e em uma danceteria, terá de me dar um filho." Ele disse isso enfatizando as palavras "minha cama", "meu escritório" e "me dar".

Lágrimas caiam soltas pelo rosto de Hermione, e ela aos poucos ia escorregando sobre a parede na qual estava encostada, até ficar sentada no chão. Isso mexeu um pouco com Harry, mas ele continuava irredutível.

"Você acha que é fácil mexer dessa forma com os sentimentos das pessoas, não? Acha que tem poder pra fazer isso, não? Pois saiba que não é bem assim!"

Isso realmente o tocou, mas mesmo assim, ele não quis fraquejar, e respondeu cinicamente.

"O que é isso, Hermione? Vai dizer que você não gostaria de ter meu corpo colado ao seu novamente? E além do mais, os papéis do divórcio estão aqui comigo, e assinados. Depois disso, serão todos seus para você assiná-los, e depois, acabou tudo entre nós!"

O choro, que antes era baixo, agora já era desesperado, e a estava consumindo por inteiro.

"Vamos, Hermione. Levante-se que quero que você pague sua dívida agora!"

Tentando manter a calma, parando de chorar, e limpando as lágrimas com as mãos, ela levantou-se com alguma dificuldade. Não demorou para que Harry e guiasse até sua mesa, e a por sentada lá. Seguraram a batalha visual, e de repente, a raiva nos olhos de Harry transformou-se em culpa, tristeza, e amor. Ele sorriu, e a abraçou ternamente.

"Eu nunca seria capaz de fazer mal a você Hemione! As ameaças foram em falso, e eu não estou cobrando nada. Você vai fazer amor comigo se quiser, me dar um filho se quiser, e passar o resto dos seus dias ao meu lado, se você quiser!" - ele a soltou do abraço, e segurou seu rosto delicadamente em suas mãos. - "Você me perdoa? Eu realmente te amo, e fui um idiota todas as vezes que te fiz mal. Mas eu não quero que você aceite só por causa da dívida. Mesmo porque, você só cobra uma pessoa, ao dizer o feitiço, e a melhor aluna que Hogwarts já teve deveria saber disso!" Eles sorriram, e Harry esperava pacientemente a resposta.

"Eu aceito. Com algumas condições." Após um aceno de cabeça dele, Hermione prosseguiu. "Primeira: você nunca mais vai beijar nenhuma outra mulher, sem ser eu, seja no nosso sofá ou em qualquer outro lugar." Eles sorriram.

"Nunca mais. Eu te prometo!"

"Segunda: você vai ter um filho comigo."

"Quantos filhos você quiser." Ele passava a mão pelos cabelos de Hermione.

"Terceira: aquela coisa sobre o banheiro de uma boate, a sua mesa, e a nossa cama..."

"Não!"

"Por quê não?!" disse indignada.

"Porque ainda está faltando a banheira, o sofá, a mesa da cozinha, o corredor, a biblioteca..."

Hermione riu, e o beijou.

"Agora, a quarta e não menos importante...eu quero rasgar esses malditos papéis do divórcio!"

Harry sorriu, abriu uma gaveta, pegou uma pequena pilha de papéis, e os deu à Hermione, que rasgou todos eles, e ainda os fez entrarem em combustão, com um simples feitiço.

"Então agora, eu, Hermione Granger, volto oficialmente a ser Hermione Granger Potter!"

Eles se beijaram de novo. O que começou sendo um beijo carinhoso, agora se transformava em um cheio de paixão e desejo. E de repente, as mãos de Harry passeavam livremente pelas coxas de Hermione, enquanto as dela iam tirando o terno, e abrindo os primeiros botões da camisa. Antes de qualquer coisa a mais acontecer, e eles serem pegos pela recepcionista, ele fechou a porta, ligou para ela, e disse que ele e a senhorita Granger estavam resolvendo assuntos importantes sobre a decisão do acordo com a França, e que não poderiam ser incomodados por pelo menos duas horas. Quando desligou o telefone, Hermione o puxou pela gravata para perto, e começaram a se beijar novamente. Cada vez mais ia esquentando, e em poucos minutos suas roupas estavam jogadas ao redor da sala, e gemidos, que não poderiam ser escutados, eram silenciados por beijos. Hermione ainda estava sentada na mesa, mas agora nua, com as mãos segurando firmemente a borda da mesa, Harry beijava seu pescoço, e passeava a mão por todo seu corpo, proporcionando-lhe mais prazer. Os beijos quentes, sensuais, e com um pouquinho de culpa que davam, só aumentava a vontade de um ter o corpo do outro colado ao seu. Hermione pedia por mais a cada toque de Harry, e este tocava em seus pontos fracos, que sabia onde eram, afinal, essa não era a primeira vez que estavam juntos, e nem seria a última. A beleza da mesa toda trabalhada e envernizada, não era nada comparada a beleza de dois amantes apaixonados, que faziam amor insanamente, e ansiavam por cada vez mais ter o corpo do outro. Quando chegaram ao máximo que seus corpos conseguiam; ao total êxtase, se beijaram demonstrando toda a paixão que havia ficado presa em seus corações durante esses anos separados.

Mesmo estando totalmente ofegantes, não conseguiam parar de sorrir um para o outro.

"Acho melhor nos vestirmos. Já se passou uma hora, e eu acho que vão começar a desconfiar, afinal, eu disse à recepcionista que ainda éramos marido e mulher, e o Jim pode ter suspeitado algo, e espalhado coisas a nosso respeito."

"Você disse para a secretária isso?" perguntou Harry enquanto abotoava a camisa.

"Disse, algum problema?"

Ele começou a gargalhar.

"Hermione, eu acho melhor nós sairmos de mãos dadas daqui, e passarmos em frente ao Profeta Diário de mãos dadas, pois se nós mesmos não dissermos a verdade, a maior fofoqueira de toda a história vai realmente inventar coisas muito maldosas sobre nós dois."

"Ai meu Deus!"

"Exatamente...E, sabe, eu tava pensando...você devia largar seu emprego na França, ou tentar transferência, já que você vai morar comigo, não?" ele tentava dar um nó na gravata, mas era inútil. Um saía pior que o outro.

"É claro que eu vou morar com você. Espere só até eu voltar pra França amanhã, e uma semana depois, eu volto pra casa com todas as coisas que me faltam trazer, está bem? Agora, eu realmente tenho que ir, e você tem muito trabalho a fazer. Ah...e deixa eu dar um nó nessa sua gravata...Te amo!"

"Espera um pouco...pra despistar Mary, a recepcionista. É só nós fazermos uma pequena encenação na frente dela, e então ela não dirá nada, e ninguém vai saber até nós contarmos!"

"Sabia que você é um gênio?" disse Hermione pondo a mão nos ombros de Harry.

"Sabia que eu te amo?" ele a abraçou e deram um último beijo "E se não fosse você, eu não conseguiria deixar o nó da minha gravata perfeito assim!"

"Muito obrigada, mas vamos logo antes que desconfiem. Ah...e deixa só eu retocar meu batom, e pentear meu cabelo."

Um minuto depois eles saíram da sala de Harry impecáveis, e cheios de pastas na mão com folhas em branco para poderem enganar Mary. Assim que pararam, em frente a sua mesa, começaram o "teatrinho".

"Muito bem, Senhor Potter, finalmente acabamos. Desculpe por tê-lo incomodado, mas o ministério francês não aceitaria o acordo sem que o senhor assinasse aquele outro contrato."

"Não se preocupe, senhorita Granger! Eu entendo perfeitamente. Espero que tudo corra bem na França, e se precisarem novamente da ajuda da Inglaterra contra o combate ao mal, não hesitem em nos procurar, mas por favor me poupe de ter que trocar-lhe novamente palavras, e procure um de meus advogados."

"Muito obrigada, senhor Potter! Até mais ver." - cumprimentou ela formalmente estendendo a mão, mas com os olhos cheios de paixão, e desejo. Assim como Harry ao apertar sua mão.

Todos os pensamentos...hum...ierrados/i que Mary criou enquanto os dois ficaram trancados naquela sala, foram apagados de sua mente ao ver os dois se tratando tão friamente. Ela agora tinha certeza de que nada havia acontecido, mesmo quando flagrou o senhor Potter olhando para a senhorita Granger como se tivesse um raio-x e pudesse vê-la todinha nua.

Ao perceber que estava quase babando sobre Hermione, e prestes a por tudo a perder, Harry retomou sua posição de chefe, e retornou à sua sala.

Pôr mais que tivesse mil papéis para ler e assinar, ele não conseguia pensar mais em nada, a não ser em Hermione, e em tudo o que haviam passado há algumas horas. Ele se lembrava de seus beijos muito mais apaixonados do que antes, seu corpo, muito mais sedutor que antes, e em como esses dois anos longe dela o faziam desejá-la muito mais do que antes. Encostou sua cabeça no confortável encosto de sua poltrona de couro, suspirou e sorriu. Tinha que tirá-la de sua mente, pelo menos por um tempo, pois precisava trabalhar, teria mais uma semana até aparecer de mãos dadas com Hermione para o mundo todo, anunciando que estavam juntos novamente.

N/A: tá, eu sei que esse capítulo tá meio forte, mas essas cenas foram escritas porque a Nini me pediu (indiretamente!), e a Carlinha (diretamente!). Obrigado a todos que me mandaram reviews. Essa fic é dedicada à vcs todos que têm a paciência de lê-la, e principalmente à Carlinha e a Mari, que sempre me incentivam a terminar de escrever, e sempre me ajudam com os capítulos! Brigadinha, adoro todos vocês!!!! B-jinhus, anna