N/A: Originalmente eu não ia fazer outro capítulo para esta história. Mas eu fiquei inspirada, e senti que haviam algumas coisas a explicar (como porquê a Ginny pode andar à luz do Sol) por isso aqui está a segunda parte. Isto é tudo para a história inteira, e o final não deverá ser triste.
N/T: Bom, infelizmente acaba aqui a fic. Se quiserem mais, é fácil: peçam à Mocha! Muito obrigada às pessoas que resenharam aqui no ff.net – Tamires (ahahhaha você não é a primeira a dizer isso, a maior parte dos D/G adorou o Harry ter morrido *embora eu não perceba porquê*), Caileach (espero que você goste deste capítulo!), *Biba Akizuki* (pois é, uma vez D/G, D/G para sempre! Não dá para escrever outros shippers ou com o Draco ou com a Ginny! XD) – às que resenharam no fórum do 3V – Hannah Malfoy, Vanilla, Lisa, e outras pessoas que eu não lembro o nome (sorry… =() mas cujas reviews foram muito importantes para mim! Obrigada de novo à Mocha, à Carlinha, à Akemi, à Sandra e à Diana! Thanks a lot! Espero que gostem do capítulo!
Capítulo Dois
Uma Tentação Vampírica
Ginny largou a cabeça de Harry, e ele caiu no chão sem vida. Ela olhou para ele, sem culpa ou tristeza na sua cara deslumbrante. Na verdade, ela estava a sorrir, e lambeu uma gota de sangue que estava debaixo do seu lábio inferior.
"Eu fiz-te um favor, Harry," ela sussurrou, os seus olhos a crescerem com uma luz surreal. "Agora nunca mais magoarás nenhuma pobre garota inocente, como aquela que eu costumava ser."
Gargalhando, ela saltou e dançou pelo quarto graciosamente, sentindo uma sensação de energia vinda do sangue que ela tinha consumido. Já não havia nenhuma sede a incomodá-la – ela estava livre, apenas ela e os seus poderes.
Nada podia pará-la! Ela parou de mover-se, franziu a cara, e esforçou o cérebro pelas informações sobre vampiros que ela tinha adquirido nos últimos anos de Defesa Contra as Artes das Trevas.
Primeiro, a luz do sol não podia matá-la. Os vampiros podiam sobreviver à luz do sol, apenas magoava os seus olhos e eles preferiam a noite, onde eles podiam andar por aí, despercebidos. Agora que Ginny estava oficialmente morta, ela não precisava de dormir. A única coisa de que ela precisava era sangue. Só isso.
As cruzes não fariam nada à sua pele. Ela não sabia como esse boato tinha começado, mas com certeza estava longe da verdade.
Só havia uma coisa que podia parar um vampiro – e isso era cortar-lhes a cabeça com um machado. Uma estaca no coração iria somente fazer um buraco no peito. Se eles não usavam o coração, então porquê um buraco nele os faria para de andar como os vivos?
Alguma da alegria de Ginny desapareceu quando ela se lembrou de outra coisa. Os vampiros também precisam de um companheiro. Não alguém para fazer filhos, mas alguém para ser o seu parceiro na caça.
Ginny lutou para se lembrar das suas lições sobre vampiros. Como ela se sentia estúpida de não saber tudo sobre o que ela era!
Nas suas frustrações, os seus olhos pousaram no corpo de Harry. Se alguém entrasse, a apanharia no mesmo quarto com ele e saberia que, de alguma forma, ela o tinha matado. Enquanto esperava que alguém o encontrasse morto, ela procuraria mais sobre a sua espécie.
Ela pegou os seus mantos de cima da mesa e voltou a vesti-los. Depois ela passou cuidadosamente por cima do corpo de Harry, mandou-lhe um último beijo, e fechou a porta firmemente atrás dela.
Primeiro ela precisava de ir à casa de banho ver se ela estava limpa de sangue. Quando encontrou apenas algumas gotas na sua blusa debaixo dos mantos, ela limpou-as rapidamente, depois correu para o café da manhã. Ela precisava de dizer algo a Ron e a Hermione para que eles não dissessem que ela tinha sido a última a estar com Harry.
"Onde está Harry?" Hermione perguntou suspeitamente enquanto Ginny se sentava no seu lugar habitual.
Ginny pôs uma cara de magoada. "Eu não sei" ela disse calmamente, adicionando uma fungadela para dar efeito. "Nós discutimos e ele saiu para algum lado…"
"Bem, suponho que ele precise de algum tempo para acalmar" Ron disse desinteressadamente, pondo ovos na boca. "Ele deve estar a vir."
Hermione abanou a cabeça, mais ainda parecia confusa.
Ginny não comeu nada. A visão da comida revoltava-a. Mas ela não fazia mais nada senão reparar em pescoços. Parecia que os seus olhos eram atraídos como imãs para as gargantas das pessoas da sua mesa, e ela tinha uma vontade enorme de os agarrar pela cabeça e mordê-los. Surpreendentemente, o sangue de Harry parecia ser pouco e ela estava a começar a ficar com sede de novo.
Depois, ela desculpou-se. Visto que era Sábado, ainda bem, ela não tinha de estar em nenhum lado, por isso ela foi diretamente para a biblioteca. Enquanto a bibliotecária estava ocupada a ralhar com alunos do primeiro ano por serem muito barulhentos, Ginny escapuliu-se para a Seção Restrita e agarrou o primeiro livro de vampiros que ela viu. Depois correu para uma mesa para se sentar e ler, tudo sem ter sido notada.
Ela deu uma vista de olhos pelo índice e depois passou para o capítulo chamado Vampiros e os seus companheiros. Ela leu rapidamente o início:
Ninguém sabe bem porquê, mas os vampiros precisam de um companheiro antes de chegarem aos dezessete anos. Se alguém for feito vampiro depois dessa idade, então eles têm um ano para encontrar alguém do sexo oposto no qual "iniciar". A função deste companheiro não é produzir crianças, já que os vampiros não estão vivos e não podem produzir uma forma de vida, mas sim para sempre terem um parceiro. Alguns pesquisadores acham que isto é porque, lá no fundo, os vampiros são solitários e não gostam da ideia de viver a eternidade sozinhos. Outros não têm a certeza. Mas de qualquer maneira, se um vampiro não tiver um companheiro até aos dezassete anos, eles murcham e morrem. É um fato, apesar de inexplicável, provado.
Há um porém quando um vampiro encontra um companheiro: a vítima tem de estar disposta a fazê-lo. Se elas não quiserem, então é impossível se tornarem em vampiros. Infelizmente, o vampiro matá-los-á se eles não aceitarem, mas estar morto é melhor do que ficar na Terra para sempre e caçar os vivos.
Ginny fechou o livro ruidosamente, aquilo era tudo que ela precisava de saber.
Ela ia fazer dezassete anos nesse verão. Então ela tinha tempo… mas quem ela iria escolher para ser seu companheiro? Melhor ainda, estaria ele disposto? Ninguém que ela conhecia queria ser um vampiro. Talvez se ela tivesse sabido disso mais cedo, podia ter tornado o Harry no seu companheiro… mas agora já era demasiado tarde.
Ginny pensou rapidamente em todos os rapazes que conhecia. A maior parte eram demasiado bons – ficariam horrorizados perante a ideia de sobreviver de sangue humano. Ora, há vinte e quatro horas atrás ela estaria revoltada com isso. Aquele homem que a fez no que ela era… ele tinha sido esperto. Ele tinha se aproveitado dela e feito com que ela estivesse disposta, apesar de que ela não sabia a que é que estava disposta.
Ela podia seduzir alguns rapazes, mas como ela seria calma e graciosa para lhes perguntar se eles queriam ser vampiros? Todo o tipo de frases passaram pela sua mente, e ela pensou em pô-los na mesma situação em que ela tinha estado na noite anterior. Mas não havia jeito – a única maneira de os fazer querer era perguntar-lhes diretamente se eles queriam tornar-se vampiros. Ela precisava de encontrar alguém que quisesse ser um.
Porque é que aquele homem não me tornou companheira dele na noite passada? Ginny pensou, zangada. Mas a resposta era simples – ele provavelmente já tinha uma. Talvez ele só estivesse sempre a tornar garotas vulneráveis em vampiros quando ele na verdade não precisava delas. Ele provavelmente só o fez para se divertir.
É claro, ela tinha alguns meses. Ela podia esperar e ver se a sorte estava do lado dela e lhe trazia um homem que estivesse disposto a tornar-se num vampiro, ou que seria fácil aproveitar-se dele e convencê-lo da vida maravilhosa que ele podia ter ao lado dela.
Nesse momento, um movimento no canto do seu olho chamou-lhe a atenção. Ela olhou, vendo Draco Malfoy sentar-se a três mesas dela, completamente absorvido nos seus livros e sem sequer olhar para ela.
Um sorriso lento espalhou-se pela sua cara. Ele era bonito, talvez mais ainda do que Harry. Ele tinha cabelo fino e louro branco que estava constantemente a cair para os seus olhos cinzentos e frios. E era um pouco mais musculado que Harry, e também mais alto.
Draco Malfoy, ela pensou cuidadosamente. O pai dele é um Devorador da Morte… ele provavelmente vai ter de se tornar um quando ficar mais velho. Ora aí está uma situação da qual me posso aproveitar.
Ginny levantou-se. Além disso, ela disse para si mesma, ele parece o tipo de pessoa que quereria tornar-se um vampiro só pelo inferno da coisa, não parece?
Filch encontrou o corpo de Harry mais tarde nessa noite. Pela altura do café da manhã já toda a gente sabia – o Menino-que-Sobreviveu estava agora morto.
Quase todos os Gryffindors estavam tristes, mas a cara de Hermione e de Ron quase fizeram Ginny sentir-se culpada pelo que tinha feito.
Quase.
Haviam muitos rumores andando pela escola de como ele tinha morrido. Ginny ouviu pessoas sussurrarem que Voldemort tinha passado pelas defesas de Dumbledore e que o tinha assassinado. Finalmente, ao almoço, Dumbledore anunciou que Harry tinha sido morto por um vampiro.
"Um vampiro?" Ron sussurrou, os seus olhos vermelhos por ter chorado todo o dia. "O Harry pode sobreviver ao maior feiticeiro de todos várias vezes, mas é morto por um vampiro?"
Hermione limitou-se a baixar a cabeça para a mesa e soluçou.
Ginny sentiu-se chateada de ele ter subestimado o seu poder. Voldemort tinha sex appeal? Não. Os hormônios de Harry tinham sido o seu fim.
Ela teve de se forçar para chorar como toda a gente. Na Segunda-feira as aulas foram canceladas e houve um enorme funeral nos campos ao pé do lago. Era um dia frio e triste com nuvens escuras, e estava a chuviscar. Por cima do barulho dos trovões toda a gente podia ouvir Hagrid a chorar incrivelmente alto, assoando o nariz de uma maneira parecida com o barulho de uma trompa.
Toda a gente à sua volta estava demasiado envolvida na sua miséria para reparar nela. Ginny franziu as sobrancelhas e estava contente pela chuva, pois assim ninguém poderia dizer se ela estava a chorar ou não.
Esta é a altura perfeita para seduzir Draco até ao castelo, ela pensou. Ninguém estará lá. Teremos os dormitórios só para nós por pelo menos uma hora, e eu só preciso desse tempo.
Ela procurou rapidamente pelo seu cabelo prateado, ficando em pontas dos pés para ver por cima da cabeça das pessoas. Finalmente, ela o encontrou, mesmo ele tenho um capuz por cima do cabelo e estando um pouco afastado dos Slytherins. Ginny não podia ler a expressão dele mas era óbvio de que ele estava mais chocado do que triste.
Tentando cobrir o seu sorriso, Ginny deslizou para trás da multidão e deu a volta para chegar até ele. Dumbledore estava a fazer um discurso sobre Harry agora, e ela estava um pouco contente pelo choro barulhento de Hagrid.
Ginny puxou a manga de Draco. "Draco," ela sussurrou.
Ele virou-se e viu-a, os seus olhos cinzentos aumentando um pouco pela surpresa. "Weasley?" ele falou arrastadamente, desinteressado. "Desde quando tens permissão para me chamares pelo primeiro nome?"
Ginny sorriu sedutoramente. "Desde agora," ela sussurrou. "Anda lá, está um gelo aqui fora." Ela estava a mentir – o frio não a incomodava minimamente. "Vem para dentro e aquece-te comigo."
"Tu queres perder o funeral do teu amado Potter?" ele perguntou, um pouco mais surpreendido do que antes. "Eu estava à espera de que estivesses a chorar mais alto do que o idiota do Hagrid neste momento."
"Oh, estás a tentar dizer-me que preferes ficar aqui e ouvir todas as grandes coisas que Harry fez?" Ginny interrompeu, sabendo que aquilo o faria ir com ela.
Ele pestanejou. "Estás a brincar? Eu preferia ir para dentro contigo do que ficar cá fora e ouvir esta merda."
"Então anda lá."
Segurando-o pela cintura, ela conduziu-o para fora da multidão. Ninguém sequer notou que eles estavam a escapar-se para o castelo. Quando eles estavam lá dentro, Ginny sacudiu calmamente a chuva do seu manto.
"Odeio estar molhada, tu não?" ela perguntou, sacudindo o cabelo. Ela quase riu de prazer quando o viu pelo canto do olho a olhar para o corpo dela. Ela tinha escolhido propositadamente o manto mais justo que ela tinha encontrado e que mostraria todas as curvas que tinha, para provar de que já não era uma criança.
"Tenho um pressentimento," ele disse, soando aborrecido e um pouco impaciente ao mesmo tempo, "que tu me trouxeste aqui por uma razão. Não acho que querias salvar-me de ouvir todas as bênçãos que o Potter trouxe ao mundo, pois não?"
Ela sorriu-lhe. "Muito bem, Draco," ela disse.
"Não me trates -" ele começou, cerrando os dentes.
"Vem," ela disse, dando-lhe a mão. "Vamos para o meu dormitório. Ou preferes o teu?"
Draco olhou para ela por um instante antes de levar a mão para trás. "Okay, o que está a acontecer, Weasley? Primeiro queres faltar ao funeral do Potter, e agora queres que eu vá para o teu dormitório? Isto é algum gênero de conspiração, não é? O quê, pensas que nasci ontem? Não vou cair nessa."
Ginny franziu as sobrancelhas. Isto ia ser mais difícil do que ela esperava. Harry tinha sido tão simples, mas Draco ia ser um desafio.
"Não existe nenhuma 'conspiração'," ela ronronou, encostando o corpo contra o dele. "Eu apenas te quero. Demorei um pouco a percebê-lo… mas eu quero. Visto que toda a gente está fora para o funeral do Harry teremos a escola toda só para nós."
Ginny podia ter jurado que tinha visto algo parecido com desejo nos seus olhos cor de tempestade antes de ele a afastar. "Muitas garotas me querem, Weasley. Isso não quer dizer que eu as queira."
Maldição! ela pensou. Isto se calhar vai demorar mais do que uma hora!
Então ela foi direto ao assunto. Agarrando a parte da frente do seu manto ela pressionou os seus lábios firmemente contra os dele. Ela sentiu que ele queria tirar-lhe as mãos do seu manto, mas ela agarrou-os com mais força. Ele não respondeu ao beijo, mas ele também não a afastou. Ainda assim, Ginny sentiu prazer no calor dos seus lábios, e ela deu o seu melhor para os abrir com a língua.
Finalmente, ele deixou de tentar que ela parasse de o beijar. Levou um segundo ou dois para que ele começasse a corresponder ao beijo, as suas mãos indo para a cintura dela e a puxá-la para mais perto.
Ginny sorriu e beijou-o com mais força. O beijo dele era igualmente feroz, e ele não fez nada quando ela o empurrou contra a parede. Ela podia sentir o coração dele a bater, e o som deixava-a louca, sabendo que havia sangue circulando nas suas veias naquele preciso momento. Ela não tinha comido desde a morte de Harry – ela estava quase a morrer de fome. A sua boca deixou os lábios dele e começou a beijá-lo no queixo, em direção ao pescoço. Ela podia sentir a sua pulsação debaixo dos seus lábios e os seus dentes cresceram. Ela precisava de sangue – agora.
No momento em que ela ia espetar os dentes no seu pescoço, ele disse: "Espera."
O som da sua voz despertou-a do seu transe. Ela fechou a boca e afastou a cabeça, agradecida por ele a ter parado. Ela ainda não o tinha feito querer ser um vampiro – ela acabaria por matar o seu potencial companheiro.
Ela deu um passo para trás, tentando tirar a idéia do sangue dela da sua cabeça para que os seus dentes voltassem ao normal.
"Devíamos acabar isto no dormitório," Draco disse.
Ela abanou a cabeça. "O meu," ela disse apenas, assegurando-se de que o seu lábio superior escondia os seus dentes afiados.
Era estranho ver o Salão Comum vazio, mas Ginny estava tão concentrada em levar Draco para o seu dormitório que não prestou muita atenção nisso. Logo depois de ter fechado a porta atrás deles ela virou-se e começou a beijar Draco de novo. Desta vez ele correspondeu instantaneamente.
Eles andaram até que as pernas de Ginny tocaram numa cama – cama de quem, não sabia, mas isso não importava. Draco empurrou-a para a cama, ficando em cima dela. Ele segurou os seus quadris e começou a beijá-la no pescoço e no peito.
"Nada virá disto, Weasley," ele disse, um pouco sem fôlego.
Ginny sorriu para o teto. "Claro que não, Draco."
Agora, uma voz na sua cabeça disse. Ele vai estar disposto agora.
Com uma súbita onda de energia, Ginny virou-os, de maneira que agora era ela quem estava por cima, segurando os pulsos dele contra a cama. Ele olhou para ela, os seus olhos abertos. "Donde é que isso veio, Weasley?" ele disse com sarcasmo.
"Draco, vou fazer-te uma pergunta," ela disse suavemente, mantendo os olhos colados aos dele. Se ela olhasse para baixo, para a sua garganta, ela sabia que os seus dentes voltariam a crescer, e ela não queria isso ainda. "Tu nunca gostaste do Harry, pois não?"
Ele olhou-a por um momento, não estava à espera de um interrogatório. "É claro que não. O maldito tinha tudo quando ele praticamente não fazia nada. Tinha a sorte do seu lado e toda a gente pensava que ele era um grande herói. Por que havia eu de gostar dele?"
"Então não te importaste de eu o ter matado," ela disse, sorrindo lenta e ironicamente.
"O quê? Tu mataste Harry Potter? Weasley, eu não sou parvo. Eles disseram que tinha sido um vampiro a matá-lo."
Ginny permitiu-se de pensar no seu sangue, os seus olhos andaram até ao seu pescoço, e podia sentir os seus dentes crescerem. Ainda sorrindo, ela voltou o olhar para encontrar o dele, e viu as suas pupilas dilatarem de espanto, apesar de ele estar a sorrir sarcasticamente.
"Bem, nunca teria pensado que eras tu," ele disse. "Sempre pensei que tivesses uma grande consciência, sem mencionar que eu achava que tu amavas o Potter mais que tudo."
Ginny inclinou-se e passou a língua pela garganta dele. "Não falemos de Harry," ela disse roucamente. "É de ti que eu quero falar."
"De mim?" Ela sentiu-o mexer-se um pouco debaixo dela. "O que é que eu tenho?"
"Preciso de um companheiro, Draco" ela disse, levantando a cabeça para que pudesse olhar de novo para ele. "Ser um vampiro é maravilhoso. Tens todo o poder do mundo. És quase invencível. E o sangue… oh, Draco, essa é a melhor parte."
Ele manteu a sua expressão ilegível, mas ela viu conflito nos seus olhos. "Tu queres tornar-me num vampiro," ele disse simplesmente.
"Correto," ela sussurrou, passando os lábios pelo queixo dele. "Senão, terei de te matar. Como fiz com o Harry. E eu sentirei tanto – não, mais - prazer em matar-te do que quando o matei."
Isso atingiu-o. Ele começou a sacudir-se debaixo dela, tentando tirá-la de cima dele. Mas ela apenas ria, apreciando as suas tentativas de se libertar.
"Merda, Weasley, sai de cima de mim!" ele gritou, finalmente ficando quieto.
"Não vale a pena falares, Draco," ela disse docemente. "Eu sairia de bom grado de cima de ti se disseres que te vais tornar um vampiro comigo."
"Está bem. Está bem, podes tornar-me num vampiro. Agora sai de cima de mim."
Ginny não se mexeu. Ele disse-o, mas será que isso significava que ele queria? Será que a vítima tinha de mais estar disposta do que apenas dizer alguma coisa? Ela podia ver que ele não sentia o que dizia. Para se assegurar, ele teria que tentar e convencê-lo.
Ela inclinou-se para baixo e beijou-o outra vez. Ele manteve os seus lábios bem fechados, e ela sentiu-o fechar as mãos. Ela continuou a beijá-lo, tentando desesperadamente obter algum tipo de resposta. Finalmente, depois de um minuto, a sua boca diminuiu a resistência, ainda assim ele não correspondia. Ela podia sentir a sua pele a aquecer debaixo dela, podia dizer que havia uma luta a decorrer na sua cabeça para resistir e para simplesmente não desistir e beijá-la de volta. Porque é que ele era tão difícil de conquistar?
Estamos a ficar sem tempo, Ginny pensou. Foda-se, Draco, corresponde o meu beijo!
Como se tivesse ouvido a sua ordem, ele finalmente começou a mover os lábios. O beijo era profundo, cheio de calor e paixão, e Ginny encontrou-se relutante em afastar-se e fazer com que ele estivesse disposto de novo. Mas ela tinha de o fazer, pois o funeral estaria quase a acabar ou alguém notaria que ela não estava lá. Ela levantou a cabeça e olhou para Draco, que mantinha os olhos bem fechados.
"Vá, Weasley, fá-lo," ele disse, virando a cabeça para o lado para expor o seu pescoço. "Rápido."
Ela não precisava que lho dissessem duas vezes. Ele estava disposto, isso era óbvio. Mais uma vez ela baixou a cabeça e espetou os dentes na carne macia do seu pescoço. Os seus músculos contraíram-se debaixo dela por causa da dor, mas ele não fez um barulho. Depois de alguns minutos ele desmaiou.
Ginny não tinha a certeza como ela distinguia matar alguém de torná-lo um vampiro. Ela apenas o fez. Era instinto. Quando ela finalmente acabou, ela retirou as mãos dos punhos dele e sentou-se. Ele estava inconsciente, e estaria por algum tempo. Mas a suave subida e descida do seu peito mostrou a Ginny que ela tinha conseguido o que queria.
E ela finalmente sentiu algo sem ser um poder cruel. Ela sentiu algo que tinha experimentado quando era humana. Era uma emoção suave... ela não podia dizer muito bem, mas era uma mistura entre compaixão e amor.
~*~
Draco acordou mais ou menos cinco horas, ainda no dormitório feminino do sexto ano dos Gryffindor. Ele agora estava na cama de Ginny, e ela tinha se assegurado que as cortinas ficavam fechadas enquanto ela voltava ao funeral.
Mas ela estava sentada ao seu lado quando ele abriu os seus olhos e ela foi a primeira coisa que ele viu. Ela sorriu-lhe gentilmente, e não havia apenas frio nos seus olhos castanho-escuro.
"Resultou?" ele falou roucamente, a sua voz grossa pelo sono.
"Sim," ela disse, e beijou-o suavemente nos lábios. "Resultou."
E de repente, ser um vampiro não parecia tão mau. Ao menos ele teria Ginny Weasley ao seu lado para o resto da eternidade.
N/A: Pronto, agora eles podem adotar crianças e torná-los em vampirinhos e ter uma grande família vampira! Yay!! Draco e Ginny forever!
