CAP 14

Recomeço em Hogwarts

O dia estava raiando, logo as aulas começariam, Alícia estava nervosa e ansiosa. Estava prestes a enfrentar os alunos. Mas estava feliz também, hoje teria chance de conversar com Harry, ela esperou tanto por esse momento. A terceira aula seria com os Alunos da Grifinória do quinto ano.

O tempo pareceu voar, Alícia desceu para o salão principal,tomou seu café e depois do que lhe pareceu não mais que dez minutos já estava na segunda aula com a Lufa-Lufa. Após o almoço ela encontrou os alunos da Grifinória.

_ Bom dia. O professor Dumbledore me apresentou ontem durante o jantar, mas eu gostaria de me apresentar novamente. Meu nome é Alícia Feller. Enquanto eu faço a chamada eu gostaria que vocês erguessem a mão pra que eu possa memorizar os nomes de vocês.

_ Lilá Brown! - Lilá levantou a mão.

_ Hermione Granger! - Assim como Lilá hermione levantou a mão.

Os nomes da lista foram sendo chamados.

_ Parvati Patil!

_ Harry Potter!

Alícia o encarou, nunca vira duas pessoas tão parecidas, havia bombardeado Remo com perguntas sobre Harry. Tiago teria se orgulhado do filho, ainda mais se soubesse que ele era apanhador pela grifinória. Todos os nomes foram chamados, terminando em Ronald Weasley.

_ Bom agora eu sei mais ou menos quem vocês são - Alícia disse sorrindo - Eu gostaria de dedicar a aula de hoje aos que mais lutam pela Defesa contra as Artes das Trevas. Os Aurores. Alguém aqui sabe alguma coisa sobre eles?

A mão de Neville se ergueu junto com a de Hermione. Todos olharam para ele surpresos. Neville parecia tremer da cabeça aos pés. O resto da turma só tinha visto responder a alguma questão na aula de herbologia, e mesmo assim só algumas vezes.

_ Neville Longbottom, certo? - ele fez que sim com a cabeça - me diga, o que você sabe?

_ Eu sei que para se tornar Auror é necessário um curso preparatório em uma das três academias que existem no Reino Unido.

_ Muito bem Neville. Dez pontos para a Grifinória. Eu cursei uma dessas academias, a Luminos. O curso exige muito dos alunos. Mas é necessário nessa profissão atenção, coragem e determinação.

Os dois tempos de Dcat passaram voando. Os alunos ganharam muitos pontos, e Neville ainda respondeu mais uma pergunta. Chegando o final da aula todos mal podiam esperar a próxima.

_ Como a aula de hoje foi dedicada aos aurores, eu gostaria de saber quem de vocês sabe o que é o Aparatum Deletrius?

Hermione levantou a mão na hora. Alícia gostava da menina, era aplicada, estudiosa e inteligente.

_ Pode dizer Hermione.

_ É um feitiço usado para impedir que se aparate ou desaparate em uma região delimitada.

_ Exatamente. Esse feitiço é muito usado por Aurores, principalmente durante emboscadas. Quanto maior o numero de pessoas que realiza o feitiço de uma só vez maior é a área atingida por ele.

_ Professora você já usou esse feitiço muitas vezes? - Harry estava curioso para saber mais sobre a professora.

_ Já, muitas. Eu fui Aurora por dois anos, participei de muitas emboscadas contra comensais. - O olhar de Alícia ficou anuviado, e lhe veio a mente um dia há muitos anos atrás em que numa dessas emboscada encontrou Snape. - Esse era um dos primeiros feitiços que usavamos, é muito dificil desfazê- lo, geralmente só as pessoas que o fazem que são capazes de anulá-lo. Quero que me tragam um trabalho sobre esse feitiço, ele deve ter um pergaminho. Podem me trazer na próxima aula. E o texto que me entragaram agora eu devolvo na próxima aula também já corrigido. Podem ir. Harry poderia ficar mais um pouco por favor?

_ O que será que ela quer com você Harry? - perguntou Rony.

_ Não sei, mas vocês podem me esperar do lado de fora da sala, acho que não vai demorar.

Enquanto todos saíam comentando sobre a aula, Harry se dirigiu a mesa da Professora.

_ Pois não professora.

_ Eu queria pedir desculpas pelo que aconteceu ontem, você nem me conhecia e eu já fui te abraçando.

_ Tudo bem.

_ Eu esperei muito tempo para conhecer você. A ultima vez que eu tinha te visto, você tinha alguns meses de vida, e foi por foto, uma que Remo me enviou. Eu vi sua mãe grávida. Mas nunca havia te encontrado pessoalmente e acabei me empolgando. Não fossem os olhos da sua mãe você seria uma cópia exata do seu pai. Ele teria ficado radiante se soubesse que você faz parte do time de quadribol da Grifinória. Ele era fissurado nisso. Só não se tornou jogador por que os tempos não eram os melhores.

_ E o que meu pai fazia?

_ Era auror. Para ser mais exata, nós eramos parceiros.

_ Você os conhecia bem? O prof. Lupin e o Sirius Black também?- Harry estava curioso,quase nunca falavam de seus pais. Dificilmente conseguia falar com Sirius, o prof. Lupin também não era fácil de encontrar.

_ Conhecia. Nos viviamos juntos aqui na escola. Um grupo do barulho. - Alícia sorriu, ela sentia saudades dessa época. - Bom, eu preciso terminar de corrigir isso, depois conversamos mais. Quando precisar é só me procurar, tudo bem?

_ Aham. Até Logo Professora Feller.

Assim que Harry saiu Alícia começou a corrigir os trabalhos entregues. Não percebeu que uma outra pessoa havia entrado na sala logo depois que o garoto se foi. Estava distraida pensando no tempo que foi aluna de Hogwarts.

_ Relembrando o passado Alícia? - Era Snape.

Alícia olhou o homem à sua frente. Ele não havia mudado muito. Apenas alguma linhas de expressão perto dos olhos indicavam que o tempo havia passado.

_ Precisa de alguma coisa Snape?

O homem se aproximou da mesa e a encarou. Ficaram se olhando por alguns segundos.

_ Você nunca me perdoou não é?

_ O quê? - retrucou Alícia.

_ Nunca me perdoou pela decisão que tomei.

_ Você sempre soube que eu nunca iria aceitar que tivesse se tornado um Comensal. Ainda mais sabendo das minhas idéias, dos meus ideais, da vontade que eu tinha de acabar com o mal, com as trevas. - Ela falava com calma. Sem nem ao menos olhá-lo, mas seu coração estava acelerado. - Eu fico me perguntando por quanto tempo você escondeu isso de mim...

_ Isso já não importa. Mas depois daquele dia eu percebi que eu estava errado, me tornei um espião e passei a ajudar a Ordem da Fênix.

Harry estava ouvindo tudo. Ao sair da sala de aula o garoto se lembrou que havia deixado alguns pergaminhos debaixo da carteira e retornou para buscá- los. Isso foi o suficiente para ouvir toda a conversa dos professores.

_ Não importa? - ela agora encarava Snape - Por todos esses anos eu me perguntava por que você havia escolhido esse caminho, eu nunca soube o que havia acontecido com você até aquele dia na Reunião. Não sabia se estava morto, preso, escondido... Tudo o que nós passamos juntos não importou pra você? A morte do Tiago e da Lilian, a prisão do Sírius...

_ Black, sempre o Black. Você nunca deixou de amá-lo, mesmo quando estavamos juntos. - Snape mantinha a voz firme e inalterada.

_ Como pode ter tanta certeza disso Severo? - Alícia achou melhor terminar aquela conversa, ela estava a beira das lágrimas e não queria que ele a visse chorando. - É melhor você ir. Logo o jantar será servido, eu não quero me atrasar e ainda tenho alguns trabalhos para corrigir - Snape se retirou sem dizer mais nada.

Antes que fosse visto pelo professor de poções Harry saiu correndo dali, não queria ser descoberto.

Enquanto ia para suas masmorras Snape tentava encontrar o real significado das palavras de Alícia: "Como pode ter tanta certeza..."

"O que ela quis dizer com isso? Será que ela chegou realmente a gostar de mim algum dia? Será que algum dia ela me amou, ou pelo menos se apaixonou por mim?"

Aquela dúvida ficou martelando na mente dele.

*****

_ Você tem mesmo certeza de que foi isso o que ouviu Harry?

_ Tenho Mione... Pelo o que eu entendi já aconteceu alguma coisa entra a Professora Feller, o Sirius e o Snape, eu só não sei direito o que...

_ O Sirius pode nos dizer alguma coisa, afinal ele faz parte disso tudo.

_ Será Rony? E se ele não quiser falar?

_ Se a gente não tentar, aí é que não descobrimos nada mesmo.

Os três foram para o salão principal, o jantar estava para ser servido. Lá ficaram observando o comportamento dos dois professores. Aquela história estava muito mal explicada.

*****

Os meses passaram e já estavam no meio de novembro. Logo o natal chegaria. Harry havia enviado a carta para Sirius pedindo para se encontrar com ele, seria melhor falar sobre aquele assunto pessoalmente, mas ainda não havia recebido resposta. Alícia não havia mais conversado com o Prof. Snape. Mas aquela duvida ainda estava em seus pensamentos.

Harry estava quieto à mesa do café, pensando em quando veria Sirius, fazia muito tempo que não o via. A história da Prof. Feller ainda estava para ser esclarecida. A oportunidade de falar com o padrinho surgiu. Uma coruja marrom veio voanda em sua direção elhe entregou uma carta, Harry reconheceu na hora a letra de Sirius.

"Harry

Sinto muito não ter entrado em contato nos últimos meses. Quero me encontrar com você. Me diga quando será a próxima visita a Hogsmead.

Snufles."

_ Mione, quando vai ser a próxima visita a Hogsmead?

_ Por quê? - perguntou a menina - É do Sirius? - cochichou.

_ Ahan, Snufles quer nos ver...

Rony prestava atenção a conversa dos dois.

_ Acho que vai ser no dia 25 de Novembro - ele disse.

Harry escreveu a data em pequeno pedaço de pergaminho e entregou a coruja, que abriu as asas e saiu.

_ É a oportunidade que a gente estava esperando!

_ Eu sei Mione, só espero que o Snufles nos diga alguma coisa...

Alícia estava entrando no Salão Principal e o olhar dos três garotos a acompanhou até ela sentar-se à mesa dos professores.

_ Acha que ela - e indicou a mesa dos professores com a cabeça - pode estar planejando alguma coisa contra você?

_ Não, e se o Prof. Lupin confia nela eu também confio, acho muito improvável que ela seja aliada do Voldemort.

_ Quer fazer o favor de dizer "você-sabe-quem" - estremeceu Rony.