Capítulo 9 – Brincando Com Fogo

Acordaram cedo e, embora Nicolle não tivesse dormido muito bem, Draco havia conseguido embalá-la em um sono curto mas repousante. Estava ansiosa por ter a primeira consulta com o medi-bruxo. Sentia o coração cheio de dúvidas e esperança. Ele a havia tranqüilizado de que a medicina bruxa era bem mais simples do que poderia imaginar. Nicolle se virou na cama e resmungou algo, demonstrando que o processo de "acordar" estava quase concluído.

- Bom dia minha linda - ele disse, afastando os cabelos dela que estavam espalhados nos travesseiros de ambos e cobriam parcialmente seu rosto. - Você está em algum lugar aí embaixo desse mar de cachos vermelhos? - ela riu.

- Estou bem aqui, seu bobo... - ela o ajudou a livrar o rosto dos fios acobreados e recebeu um delicado beijo na ponta do nariz.

- Muito bem. Preparada? - ela gemeu enquanto ele levantava e puxava as cobertas de modo implicante.

- Ai! Draco... - ela se esparramou na cama de casal, ocupando os dois lados da cama.

Ele riu, observando-a se espichar.

- Não me faça ir até aí, mocinha... - ela abriu parcialmente os olhos azuis e deu um sorrisinho maroto.

- Isso é para ser uma ameaça? Porque se for eu acho que não vai funcionar muito bem, não... - completou, bocejando.

- Vamos lá Nikki... O dia de hoje é especial. Como é que vamos fazer um neném assim? - ela abriu bem os olhos e apoiou-se, de barriga para cima, sobre os cotovelos.

- Você quer mesmo que eu te explique? - ele rolou os olhos para cima.

- Muito engraçadinha. Agora levante que o Dr. Cole não vai nos esperar para sempre... - ela gemeu de novo, largando-se na cama.

- Draco... Estou com medo... - ele subiu na cama e engatinhou por cima dela, colando as duas testas.

- Eu não vou deixar nada de mal te acontecer. Confia em mim? - ela se perdeu no cinza dos olhos dele por alguns instantes.

Viu as pupilas contraídas se dilatarem ao olhá-la. Ela pôde enxergar a alma dele por um segundo.

- Confio - disse com firmeza. - Vamos. Não vamos nos atrasar. Paolo já deve ter posto o café e...

- Não, aquele ser delicado não pôs o café... - Draco deu um sorriso, satisfeito. - Eu o demiti – ela arregalou os olhos.

- Você o quê? – Nicolle levantou de um pulo.

- Eu demiti o delicadinho, Nikki. O que eu poderia fazer? - ela deu de ombros.

- Draco...

- Está bem, eu não ia te contar. Era uma surpresa mas sabe a Nell? - Nicolle demorou alguns segundos para se lembrar.

- O que tem a Nell? - disse, começando a perder a paciência.

- Eu pensei que a senhora "olha, você é um bicho estranho mas eu vou te dar meu cachecol"... - Nikki o interrompeu.

- Echarpe - ele fez uma careta.

- O que seja – disse, irritado. - Pensei que gostaria de ajudar a feiosa. Já que ela vai morrer de fome se não arranjar uma casa para trabalhar... - Nicolle arregalou os olhos. - Eu pensei que ela poderia voltar para a família. Ser feliz... - Draco riu. - Tão linda, tão boa, tão inteligente... Mas é ingênua... - disse, passando a mão pelo rosto dela, que não gostou muito do fim da frase dele. - Nikki, se ela não trabalhar aqui vai morrer. E acho que o borboletinha lá não ia curtir nada uma elfa doméstica dividindo a cama com ele. Embora eu tenha as minhas dúvidas quanto às preferências dele... - Nicolle não pôde deixar de rir. - E depois, Nikki - ele a puxou pela cintura -, eu acho que vai ser bem legal o nosso filhinho poder perturbar a paciência da Nell dando nós naquelas orelhas compridas, que tal? - Nicolle fechou a cara. - Estou brincando, é claro... - achou por bem acrescentar.

- Tudo bem Draco mas Paolo... - ele colocou a mão nos lábios dela.

- Paolo deve estar dançando "mabo" a caminho de Aruba essa hora. Dei uma boa quantia de dinheiro àquele panaca. Ele nunca deve ter visto tanto. Foi tudo bem resolvidos. Todos ficaram felizes... Viu? Como eu sou perfeito? - ela deu uma gargalhada.

- Tudo bem Sr. Perfeição. Agora vamos. Temos um café para fazer e um bebê para tomar, digo... - ele riu. - Ah! Meu amor, você me entendeu...

Depois de tomarem um rápido café os dois se aprontaram e foram para o centro de Londres. Nicolle achou melhor irem de táxi. Assim que chegaram na porta do prédio ela ficou apreensiva. Era praticamente um sobrado abandonado.

- Draco, devem ter te dado o endereço errado...

- Não Nikki. Os olhos nos pregam peças. Venha amor. Estamos atrasados. Depois te explico como escondemos nosso mundo de olhinhos lindamente trouxas como os seus.

Subiram as escadas, que rangeram um pouco. Nicolle imaginou se realmente alguma mulher grávida se aventurava a ir àquele prédio. Draco parou em frente a uma mancha de infiltração na parede e fez um gesto gentil para que Nicolle fosse na frente. Ela permaneceu ali, parada.

- Entra Nikki.

- Draco, eu não sei do que vocês, bruxos, são feitos. Você sempre me pareceu bem sólido mas... Atravessar paredes está fora de cogitação. Ainda mais cheia de fungos e... - Draco a pegou pela mão e atravessou o portal enquanto Nicolle ainda falava.

Entraram em um corredor claro e bem iluminado. Nicolle ficou impressionada com as enfermeiras que circulavam de um lado para o outro. Algumas grávidas sorriam enquanto conversavam entre si.

- Draco...

- Venha Nikki. O consultório é ali - eles pararam em frente a uma porta de vidro com uma plaquinha: "Dr. Edgar Cole - Medi-bruxo - Especializado em Medicina Gestacional e Partos - Desde 1848."

- Draco... - ela sussurrou. - Você não me disse que ia ser atendida por uma múmia - ele riu.

- Deixa de ser boba Nikki. A múmia só atende os parentes e em outro horário. Ele é só um velho... - ela achou que ele estava brincando mas disse tão sério que preferiu não perguntar nada.

Eles entraram na sala. Era pequena e uma bruxa nariguda e simpática ficava andando de um lado para o outro, verificando se as pacientes estavam precisando de alguma coisa. Ela se dirigiu ao casal.

- Muito bem. Você deve ser a senhora Malfoy - a velha disse, sorridente.

Nikki ficou sem graça. Não sabia o que responder.

- Na verdade ainda não - ele respondeu sem pestanejar. - Mas em breve sim. Madame Trickie - a velhinha apertou as bochechas de Draco.

Nicolle segurou uma risada.

- Eu vi esse menino na barriga da mãe dele. Muito grande ele. Agitado. Sempre chutando... - Nikki franziu a testa.

- Ela é vidente, Nikki. Ela é quem vê os bebês dentro das barrigas das grávidas. Por isso anda de um lado para o outro. Ela adora bebês... - Nicolle ficou surpresa.

- É que eu não pude ter os meus filhos... - disse, voltando a examinar a fileira de grávidas que liam despreocupadamente o Semanário Bruxo.

Nicolle ficou mais intrigada ainda.

- Videntes não podem ter filhos, Nikki. Elas sempre acabam viúvas. Casam e perdem o marido antes que possam engravidar. Então desistem... - Nicolle fingiu não achar aquilo a maior maluquice da sua vida e sentou-se para esperar pelo Dr. Cole.

"Videntes são muito infelizes, imagino eu...", ela pensou.

- Não somos, querida! - a mulher agora estava parada do lado de Nicolle, que quase enfartou de susto.

- Como voc...

- Elas podem ler pensamentos, Nikki. Principalmente de trouxas ou bruxos novos. Ah! E dos bebês também, alguns bruxos maus escravizam videntes para fins malignos... - a velha foi e voltou de novo.

- Mas você tem uma mente interessante, querida. E o menino Malfoy aí foi o único bebê que não consegui ler nada... - ela apertou de novo as bochechas de Draco.

- Eu já era esperto antes de nascer, madame Trickie - nesse instante a porta do consultório se abriu.

Nicolle quase surtou. O Dr. Cole era um homem de aproximadamente um metro e meio. Ela se sentiu em um circo. O médico sorriu e pegou sua mão. Draco fez menção de ir atrás deles mas foi barrado pelo doutor. Nicolle ficou apavorada.

"Ai, Deus", pensou, nervosa, mas fez força para parar de pensar antes que a velha lesse de novo a sua mente.

- Dr. Cole... - ele olhou sério para Draco e mudou para uma expressão amável para Nikki.

- Shhhhh! Você não quer seu filho, meu rapaz? - sussurrou no ouvido de Draco. - Então me deixe consultar a senhorita - piscou e entrou com Nicolle na pequena sala.

Lá dentro havia uma escrivaninha, uma cadeira para o Dr. Cole e duas outras em frente. Além de uma grande estante cheia de livros e vidros coloridos com diversos líquidos coloridos dentro.

"Que ele não me mande tirar a roupa! Que não me mande tirar a roupa!", ela pensou, nervosa.

- Eu não vou pedir para que se dispa senhorita Marah – Nicolle arregalou os olhos. - Antes que me pergunte, eu não leio mentes. Mas já atendi trouxas antes. Sei como é primitiva a medicina de vocês... Bem... A senhorita não está grávida. Então deve querer engravidar, não é?

- É, eu quero mas...

- Mas já perdeu algumas gestações e isso a fez perder a esperança de ser mãe? - ela riu.

- É...

- Então? Para quando você quer o bebê? - Nicolle deu uma risadinha nervosa.

- Como?

- Bem, temos que escolher o mês em que você engravidará. Podemos chamar o pai para ajudar... Trickie - a velha abriu a porta para Draco. - Quem diria? O jovem Malfoy e uma trouxa? Bom ver isso. Me alegra muito...

- E então? - ele murmurou para ela, que estava sorrindo feito uma boba ainda.

- Nós estamos discutindo para quando querem o bebê de vocês, Sr. Malfoy - Draco abriu um sorriso radiante.

- Então eu vou ser pai? Nós vamos ter um bebê? - ele passou a mão pelos ombros de Nicolle. O medi-bruxo riu.

- Bem, o bebê quem vai fazer são vocês. Eu apenas vou tornar possível que ele fique bem guardadinho dentro da barriga da futura mamãe - os olhos de Nicolle se encheram de lágrimas e ela apertou a mão de Draco na sua.

- Queremos agora, Dr. Cole – Draco respondeu sem pensar. Sabia que Nicolle ansiava por um filho e não esperaria para dar esse mimo a ela.

- Agora? - as lágrimas de felicidade escorreram dos olhos dela. - Oh! Draco, como eu amo você... - ela o abraçou.

O médico ficou feliz.

- Por isso que eu escolhi essa profissão... Tá, eu não fui aceito para ser batedor mas foi melhor assim - Draco riu. - Bem, agora tenho que explicar o tratamento, é claro...

- Como é isso, doutor? - Nikki perguntou, intensificando a força com que apertava a mão de Draco.

- Bem minha filha, você só tem que tomar uma poção - Draco debruçou na mesa dele.

- Só? Simples assim?

- É sim Sr. Malfoy. Mas devo avisar que a poção tem alguns efeitos colaterais... - Nikki começou a sacudir a perna, nervosa.

- Que-que efeitos? - ele perguntou, ansioso. O médico riu.

- A senhorita vai ter algo parecido com uma febre...

- Só isso? - ela suspirou, aliviada.

- Na verdade não... - Draco começou a perder a paciência.

- O que ela vai ter afinal? - o médico deu uma risadinha marota.

- Bem... Fogo - Draco e Nikki se entreolharam.

- Fogo? - perguntaram juntos.

- É, meus caros. Fogo. Minha nossa, tão jovens e não sabem o que é isso... - Draco deu uma gargalhada.

- O senhor quer dizer que...

- Cuidado com ela, Sr. Malfoy. Ela vai ficar um pouco... Perigosa - Draco engoliu em seco.

- Mas como assim? - Nicolle ainda não tinha compreendido ao certo, Draco colou os lábios no ouvido dela.

- Quer dizer que você não vai me deixar em paz... Não que eu reclame disso...  - disse entre dentes, fazendo-a corar. - Continue doutor - ele voltou para o tom de voz normal.

- É isso. Vou entregar o frasco para vocês. Lembre-se, senhorita Marah, tome apenas nas duas semanas centrais do seu período. Uma só vez ao dia ou precisaremos internar o Sr. Malfoy aqui - ele deu um tapinha no ombro de Draco, que corou como um Weasley coraria. - Tudo tem um limite vocês, sabem... - Nikki corou também. - Mas o importante é que na próxima consulta teremos um bebê aí dentro - completou, subindo em uma escadinha para pegar a poção. - Pronto. Aí está. Lembre-se, uma vez ao dia é o suficiente. A febre virá de noite. É importante a subida da sua temperatura. Poderá sentir um torpor febril também... - ele apertou a mão de Draco e de Nicolle e se despediu dos dois, que deixaram satisfeitos o consultório.

- Harry, eu já disse que não preciso que você suba comigo. Você vai dar aula agora. Não precisa subir no consultório comigo meu amor - Gina já estava com a barriga começando a despontar. A lua de mel havia sido bem rápida pois ela tinha as consultas com o médico e ele tinha que dar aulas em Hogwarts.

- Gina, eu disse que queria fazer isso com você. E vou fazer - ela bufou.

- Tudo bem mas eu só vou subir para pegar as vitaminas. Nem tenho consulta hoje.

Gina subiu as escadas amparada por Harry. Já estava na metade quando lembrou de algo. Havia esquecido de deixar a comida de Salt na casa de Carlinhos, onde o gato angorá estava sendo mantido até que tivesse o bebê.

- Harry, por favor, aparate e entregue isso para o Carlinhos - era um saquinho de ração. Harry fez uma careta. - É rápido amor. Eu estou quase lá em cima, vê? - ela deu dois passos sem ele e o chão rangeu.

- Ah Gina...

- Harry Potter! Eu não movo um só músculo até que vá levar a comida do meu queridinho - ele bufou.

- Esse gato está saindo cada vez mais caro. Eu posso considerar que já tomei um tiro por ele, sabia?

- Ha, ha, ha - Gina forçou a risada. - Até logo Harry - fez uma cara séria para o marido, que desaparatou antes que ela realmente se aborrecesse.

Nicolle e Draco estavam quase no Hall da escada quando ela lembrou de algo importante também.

- Draco, nós esquecemos de marcar a nova consulta - ele suspirou.

- Está bem Nikki, eu volto lá. Você desce sozinha? - ela deu de ombros.

- Claro meu amor. Ainda não estou grávida, posso fazer isso sozinha - ele concordou e voltou ao consultório.

Nicolle começou a descer as escadas mas percebeu que não estava sozinha.

- Bom dia! - Gina disse, parando um pouco e levando a mão às costas. Nicolle sorriu.

- Eu te ajudo. Está grávida de quantos meses? - perguntou, estendendo o braço para Gina.

- Obrigada. Estou com cinco meses - Nikki abriu um sorriso -, e você?

- Ah! Eu ainda vou engravidar. Adorei o Dr. Cole – disse, animada.

- Ele é ótimo. Meu marido fez questão de que eu viesse nele... - Gina disse, dando uma pausa para respirar.

- E por que ele não veio com você? - Nikki perguntou penalizada da outra moça.

- Ele veio. Mas eu o mandei ir... Sabe, os homens às vezes atrapalham muito, já que são uns atrapalhados - as duas riram.

- Muito bem. Está entregue - Nikki disse, sorrindo.

- Obrigada querida. Boa sorte com o seu futuro bebê - Gina desejou de coração.

- Ah! Espero encontrar você aqui muitas vezes ainda. Quem sabe nossos filhos brinquem juntos... - disse, despedindo-se.

- Vou torcer para isso...

Nicolle já tinha descido alguns degraus, quando voltou de repente.

- Qual o seu nome?

- Virgínia - uma voz masculina respondeu e as duas se viraram, dando de cara com Draco. Gina se sentiu tonta e escorou na parede. - Essa é Virgínia, Nicolle. Virgínia Weasley... – completou, passando por ela e indo ao encontro de Nikki. - Virgínia Weasley - disse em um alto tom de reprovação, segurando a mão de Nicolle na sua enquanto começava a descer as escadas.

- Potter. Virgínia Weasley Potter, Malfoy - ela disse, séria, tentando manter a voz firme.

Gina se mantinha encostada à parede. Suava frio. As duas mulheres se entreolharam por alguns instantes. Não havia mais a expressão cordial e solidária nos olhares.

- O que seja... - Draco interrompeu, irritado. - Não me interessa mesmo... - não se preocupou sequer em olhá-la.

Ele ficou impressionado por não sentir nada além de um profundo desgosto em encontrá-la ali. Nicolle olhou para a outra com desprezo. Segurou firme a mão de Draco mas percebeu que ele não havia vacilado. Gina estava ficando pálida. Sabia que não devia ter recusado a ajuda de Harry. A gravidez a tinha deixado ainda mais teimosa e a sua tendência a desmaiar não ajudava em nada.

- Vamos embora Nikki. Não há mais nada a se fazer aqui... - Nicolle continuou encarando Gina, que estava começando a achar que um milagre ainda a mantinha de pé.

- Vamos meu amor - disse, olhando dentro dos olhos dela agora, desviando a atenção da outra. - Vamos para a nossa casa fazer o nosso filho. Já perdemos tempo demais aqui - Nicolle se deixou conduzir.

Gina respirou aliviada. Nesse exato instante Harry aparatou na frente dela.

- Gina? - ele percebeu imediatamente que ela não estava bem. - O que houve? - amparou-a nos braços.

- Me lembre de nunca mais desobedecer você - ela disse, mole nos braços dele.

- Essa vai para a mesma lista do "nunca mais me deixe beber assim"? - ela tentou sorrir.

- Vai sim Harry... - a voz estava miúda.

- Ótimo. Seria mais fácil se você retirasse o sobrenome Weasley - completou, segurando-a no colo.

- A sorte é que você vai provar do próprio remédio. Ou pensa que não vai criar um Weasley? - ela passou a mão em volta do pescoço dele.

- Vamos pedir um remédio para o Dr. Cole. Você não pode ficar assim, desmaiando à toa... - ele a levou até a sala de repouso do consultório onde, depois de ser examinada inclusive por madame Trickie, que deu uma risadinha ao olhar sua barriga, Gina permaneceu alguns minutos.

- Harry... - ele ergueu os olhos para ela.

- Se você vai me mandar ir para Hogwarts dar aula esqueça - ela sorriu.

- Draco esteve aqui. Eu conheci a mulher dele - Harry ficou irritado mas conseguiu disfarçar bem. Falaria naquele assunto num outro momento.