Capítulo 3

-Quem foi?-perguntou uma menina do terceiro ano. -As vítimas foram Michelle Morris e Victor Krum.
Fez-se um grande silêncio no salão, até que um menino do segundo ano gritou: -Mataram Krum?! -Acalmem-se todos. Krum está gravemente ferido e Michelle, infelizmente, está morta. -Foi Você-sabe-quem, diretor?-perguntou ainda o mesmo aluno. -Esse é o dilema. Tudo indica que não. O feitiço usado para mata-los não foi o Avada Kedavra. Foi um feitiço antigo, magia negra, conhecido como Lux mortales, o qual Voldemort não usa porque sempre achou que o Avada Kedavra fazia as vítimas sofrerem mais.
Fez-se um grande silêncio novamente, até que Dumbledore falou: -Todos para os seus aposentos. Srs. Weasley e Potter me acompanhem.
Harry e Rony se olharam assustados e seguiram o diretor até a sua sala. -Pudim de leite.-e a porta para o seu escritório se abriu. -Os senhores já devem ter notado que a Srta. Granger não se encontra em Hogwarts. -Onde ela está?-perguntou Rony assustado. -Ela está no hospital em Hogsmeade... -O que aconteceu com ela?-perguntou Harry rapidamente. -Deixe-me terminar, Sr. Potter. Ela está lá com o Sr. Krum, lhe fazendo companhia. Assim que ele for transferido para uma clínica na Bulgária, ela volta para Hogwarts. Enquanto isso, a mantenham atualizada nas aulas. O corujal está à disposição. Podem ir para os seus dormitórios.
Voltaram em silêncio e foram imediatamente se deitar. Durante a noite Harry não conseguiu pregar os olhos. Pensava em Krum, que havia perdido sua meia-irmã. Ao menos tinha Hermione ao seu lado. Seu pensamento voltou à última semana do ano anterior, em que a amiga e o namorado sofreram muito ao se separar. Foi inevitável abrir um sorriso ao se lembrar que naquela semana a Grifinória venceu a Sonserina por 450x100. A cara de derrota do Malfoy era inesquecível. Foi naquela semana que algo muito estranho aconteceu: sua capa de invisibilidade sumiu, e desde então Harry nunca mais a viu.
Nas aulas da manhã Rony e Harry pegaram as matérias para Hermione. Na hora do almoço eles a encontraram no salão principal com a cara triste e os olhos inchados. Quando se aproximaram dela, viram Malfoy indo na sua direção. -Já sabia que você tinha voltado, senti o ar mais sujo agora. O que aconteceu, sua tentativa de matar seu namoradinho infiel não deu certo?-ele deu uma risadinha de canto de boca.
Hermione começou a chorar. Nisso Harry e Rony chegaram e perceberam a situação. Rony não se segurou e deu um soco no olho de Draco. -Fique longe dela Malfoy, ou vai ser muito pior!
No que Malfoy foi revidar, a professora Minerva chegou: -Por favor, senhores, já estão bem grandinhos! Parem com isso.
Nisso Malfoy voltou para sua mesa pisando duro. Hermione abraçou Rony e ficou chorando no seu ombro. -Calma, Mione, não liga para o que aquele... -Rony! -Tá, não liga para o que ele fala.
Naquele almoço Hermione mal comeu. -Coma Mione! Você vai precisar estar forte. Krum vai precisar de você mais do que nunca agora.-Harry tentou reanimar a amiga.
Todos da Grifinória foram dar uma palavra de apoio a Hermione. -Pode contar comigo, Mione, sempre.-Neville falou.
Naquela semana Hermione recebeu cartas da família de Victor diariamente e no final de semana foi para Bulgária, com a permissão de Dumbledore.
Na semana seguinte, Dumbledore comunicou aos alunos que o Baile do Dia das Bruxas aconteceria naquele final de semana.
Na tarde de quarta-feira Harry tomou coragem e saiu atrás de umas meninas do sétimo ano da Corvinal, mais especificamente Cho Chang. A encontrou indo para a aula de adivinhação. -Cho...Er...Será que eu poderia falar com você...Em particular? -Ah, claro Harry.-e eles foram para um canto isolado do corredor. -Er...Cho...Sabe...o baile...das Bruxas...-suas mãos suavam frio pelo seu nervosismo. Sua voz trêmula quase não saia.-Você, am, iria comigo?-Falou sentindo o sangue fluir para as bochechas, o rosto queimando de vergonha.

Continua.