Capítulo 5

Na manhã seguinte havia representantes do Ministério em Hogwarts. As aulas haviam sido canceladas até segunda ordem. Harry e Rony estavam jogando xadrez bruxo no salão comunal até que Harry decidiu ir procurar Cho Chang. -Ah, o amor é lindo...-zombou Rony. -Ah, vai te catar Rony!-Harry ficou vermelhinho e saiu. Chegando próximo às escadas encontrou Cho. A menina estava chorando. -O que aconteceu?-perguntou Harry sentando-se ao seu lado e passando o braço pelo seu ombro. -M...Meu pai me mandou uma coruja.-falou deixando mais lágrimas escorrerem pela sua branca face. -E qual o problema?-perguntou Harry assustado. -Meu pai está assustado com as coisas que estão acontecendo aqui e resolveu voltar para China.-falou aos prantos. -Mas você não...Você não pode me deixar!-falou Harry com a voz chorosa. -Meu pai não me deixou escolha, estamos partindo a semana que vem.-falou chorando no seu ombro. -Por que tudo que eu amo é tirado de mim?-Harry se perguntou chorando. Ela não disse nada, apenas o beijou. Em seguida, Cho Chang se levantou e saiu, dizendo que precisava ficar sozinha. Harry saiu andando sem rumo pelo castelo até que ouviu aquela voz fria já muito conhecida: -O que aconteceu, perdedor?-perguntou Malfoy. -Vá procurar seus capangas e me deixe em paz!-falou Harry irritado. -A chinesinha te deu um pontapé, foi?-Malfoy falou com todo seu sarcasmo. -Lava a sua boca para falar da Cho, Malfoy!-Harry gritou e pegou sua varinha, pronto para amaldiçoar umas cinco gerações de Malfoy. Quando ele estava quase lançando o feitiço, sentiu uma mão segurar seu braço. -Não vale a pena, Harry. Não perca seu tempo com o que esse verme fala.- Hermione puxou-o para o outro lado do corredor. -Você deveria ter me deixado acabar com ele.-falou Harry quase em frente ao lago da Lula Gigante. -Você não pode descontar sua raiva no primeiro que passa. Mas me conta, vai, o que aconteceu?-perguntou Hermione, sentando-se debaixo de uma árvore e gesticulando para que Harry se sentasse ao seu lado. -Tudo que eu amo sempre vai embora.-falou choramingando. -Eu e o Rony não vamos embora. Mas fala aí, quem que você está preocupado que vai? -Cho.-falou amargamente. -Cho vai embora? Por que? Para onde?-Hermione perguntou assustada. -Ela vai para China.O pai dela quer que ela vá. -Mas sem chances dela ficar, ou ao menos voltar? -O pai está com muito medo de tudo o que está acontecendo aqui. Sem chances.-falou escondendo o rosto na mão para que a garota não o visse chorar. Ela apenas o abraçou e não disse nada. Harry ao menos se sentiu mais leve nos braços da menina. -Hum, galhinhos na cabeça de Krum?-brincou Rony se aproximando e sem saber o que acontecia. -Se você não tem nada de útil para falar, mantenha sua boca fechada, Weasley.-falou Hermione, lançando um olhar ameaçador para o amigo. -Você está se incriminando, Mione, quem não deve não teme!-riu Rony. -Dá para vocês dois calarem a boca?-gritou Harry irritado. -Desculpa. Olha Harry, talvez seja melhor você conversar com o Rony sabe, talvez ele possa te entender melhor, ele é menino, né.-falou Hermione se levantando. -Não, Mione, ninguém me entende melhor do que você!(n/a: que novela mexicana! =P)-falou Harry segurando a amiga pelo braço. -Nossa, obrigado pela parte que me toca!-falou Rony, meio ofendido. -Ah Rony, é que a Mione já tem namorado, ela entende melhor do assunto. -Mas eu tenho uma namorada!-Rony falou. -Tem?!-perguntaram Harry e Mione ao mesmo tempo. -Bem, er...-ele começou a ficar vermelho-eu, hum, falei isso alto? -Explique-se senhor Ronald Weasley!-brincou Hermione fingindo-se de brava. -Ah, er..ela é amiga da Gina.-ele ficou da cor do cabelo. -Uma que está sempre com a Gina? Nicole, não é esse o nome dela?-perguntou Hermione. -Hum, ela mesma. -Nossa, obrigado por ter me contado!-Harry parecia ligeiramente bravo. -Ah, Harry, não deu tempo!-ele falou meio ofendido. -Sem tempo para os amigos?-Harry falou cinicamente -Ah, vão começar a brigar? Os dois estão errados, peçam desculpas, agora!- Hermione falou para os dois. -Ah é, então a senhorita poderia me dizer meu erro?-Harry perguntou rindo, vendo que a garota ficou sem resposta. -Ah, você também tem uma namorada, não pode reclamar do Rony! Ouvindo isso, Harry se lembrou de Cho o voltou a ficar triste. -Desculpa, eu não queria te fazer lembrar disso agora.-Hermione falou meio triste. Harry abraçou a amiga-não tem problema, não é culpa sua. Ele se despediu dos amigos e foi para o seu dormitório. No caminho, porém, encontrou Cho. A garota passou por ele e nem olhou na sua cara. Ele segurou seu braço e perguntou: -O que eu fiz? Por que você está me evitando? -Harry, entenda, eu não estou te evitando. Estou evitando nos fazer sofrer mais.Quanto mais ligados estivermos, mais vamos sofrer com a distância. E você sabe muito bem que eu não vou voltar mais! -Não fale isso, sempre tem uma esperança. Você não vê a minha vida? É tudo na esperança de que um dia melhore. Não vamos desistir. Quando você desiste, você se entrega. -Nem só de esperança vive o coração Harry. Eu preciso enfrentar a realidade e parar de sonhar. -Não fale isso. Sem os sonhos a vida perde o sentido! Às vezes nós precisamos sair da realidade para conseguir viver. -Eu não quero sair da realidade. Talvez seja melhor mesmo que eu vá. -Escuta o que você está falando! Você está achando melhor que a gente se separe? -Não era para ser, Harry. Apenas não era.-ela soltou-se das mãos dele e desapareceu nos corredores escuros de Hogwarts. Harry voltou triste para seu dormitório e dormiu o resto do dia. Na manhã seguinte Harry perdeu a hora para o café e quando chegou no salão, todos já tinham terminado. -Harry, eu preciso falar com você. Vamos para biblioteca.-Hermione falou séria. -O que aconteceu? Alguém morreu?-ele perguntou com medo. -Não aqui, Harry, por favor. Chegando na biblioteca, que estava vazia a essa hora da manhã, Hermione mandou Harry se sentar. -Harry, entenda, você vai ter que ser forte, enfrentar isso por mais difícil que seja. -Você vai ficar enrolando ou vai direto ao assunto?-Harry estava começando a ficar nervoso. -Tá, já que você prefere assim. Cho Chang foi embora essa manhã. -O que? Como isso? Ela não ia ficar mais uma semana? -O pai dela não quis esperar. Veio aqui, juntou a menina e foi embora. Eu falei para ela que iria te chamar, mas ela não quis.Lamento que seja eu que tenha que te dar essa notícia. Entendo que você deve querer ficar sozinho, estou indo para a aula.-ela se levantou para sair, mas ele a segurou. -Eu preciso de você, aqui, agora. Você se importa de perder a aula? Ah, mas que pergunta a minha, pode ir...-falou com cara de cachorro abandonado. -Imagina, amigos são para essas coisas. Mas você quer ficar aqui? Podem nos ver. -Vem comigo, eu sei para onde ir.-ele a levou para fora do castelo. Foram andando em direção à floresta. -Harry, a floresta não! É proibida, você já prestou atenção no nome dela? -Você está com medo da floresta?Você não imagina como é bom ficar lá quando se está triste. -Mas é proibida, Harry!Você não quer se aclamar em um lugar em que a gente possa ficar? -Ah, Mione, por favor?!-e fez aquela carinha lindinha (=P) de cachorro abandonado e ela não pode recusar seu pedido. Chegando na floresta, Harry se sentou em um tronco no chão e começou a chorar. Hermione, sem saber o que fazer, sentou-se ao seu lado e o abraçou. -Você não sabe como eu estou me sentindo. Será que eu nunca vou ser feliz?- falou chorando no ombro da amiga. -Você merece toda felicidade do mundo. Pode ter certeza de que você vai ser muito feliz. Tem que ter paciência. -Eu estou cansado de esperar! Talvez eu tenha que esperar minha vida inteira. Hermione não respondeu nada, apenas o abraçou mais forte. Naquele dia só tiveram a última aula, transfiguração, onde acharam Rony com um olhar muito preocupado. -Por Merlin, onde vocês passaram o dia? Perderam quase todas as aulas! -Rony, o Harry está passando por um momento difícil! -Eu fiquei sabendo, Mione, mas eu procurei vocês o dia inteiro! Onde vocês se meteram? -Estávamos na floresta Rony. Mione estava me dando uma força.-falou Harry, ainda meio abatido. -Então você não deve estar sabendo que os jogos vão começar. No salão a gente se fala.-parou Rony, quando Minerva olhou feio para os três. No salão comunal Rony voltou ao assunto. -Então, como eu estava falando, o primeiro jogo vai ser contra a corvinal. Amanhã eles vão fazer um teste para escolher o novo apanhador, já que...- Rony parou de falar ao ver a cara de Harry.-Desculpa. -Não tem problema, continue.-falou Harry, meio constrangido. -Então, você sabe quem vem ver o jogo?-Rony falou todo empolgado.-Alguns jogadores da Bulgária! -Hum, o Victor vem?-perguntou Mione, com um sorriso no rosto. -Vem sim.-falou Rony, rindo da cara da amiga. -Mal posso esperar!

Continua.