Cap 07 - Amargura
Ele chega a um rio e senta na borda. O que geralmente seria florido e
alegre parece triste e sem cor.
- Porque eu sempre te decepciono? ( Inuyasha.
Ele fica parado olhando para as águas claras e calmas, por um longo período
de tempo.
- Inuyasha. ( chama uma voz.
- Quê? ( Ele acorda do transe - Eu estou ouvindo coisas?
- Inuyasha, venha cá. ( chama a voz.
- É você Kagome? ( Inuyasha esperançoso fareja o ar.
Kagome abre os olhos lentamente e se situa. (Eu dormi aqui(. Já é de tarde. Ela se lembra da briga que teve com Inuyasha e se entristece. (Talvez eu devesse voltar para casa( Ela se levanta e olha em direção ao poço. (Não... Não adianta chorar o leite derramado. Eu ainda tenho a obrigação com a jóia de quatro almas(. Kagome se vira e levanta a cabeça bruscamente. - Essa presença... ( ela fica assustada ( Não pode ser ela... Kagome vai correndo na direção de onde sentiu a presença.
- Inuyasha... Como pode me confundir com ela... - O que... Mas você... - Sim Inuyasha. Eu não morri. - Kikyou... - Inuyasha... Eu estava com saudades. ( Kikyou se aproxima dele e o abraça. Inuyasha fica surpreso e confuso. - Kikyou... ( ele sussurra e involuntariamente a abraça também. (Ela está chegando...( Kikyou faz um olhar demoníaco sem que Inuyasha veja. - Inuyasha... Venha comigo. Eu... Eu te amo... Inuyasha se surpreende mais ainda e sente uma angustia enorme. (Porque... Porque eu estou sentindo isso? Eu deveria estar feliz. Isso não é o que eu mais queria ouvir dela?(. Ele pensa emocionado. Kikyou beija os lábios de Inuyasha pela segunda vez. Os olhos de Inuyasha perdem seu brilho. Ele vai fechando os olhos aos poucos, como se estivesse enfeitiçado. Nesse exato momento Kagome sai de dentro do mato e chega ao local onde eles estão. - Não... ( Kagome sente seus olhos úmidos (Minha mente está me pregando uma peça? Será que é por que esse é o meu pior pesadelo? A Kikyou está morta... Está morta... Não... Isso não pode estar acontecendo...(. ( NÃO! ( ela balança a cabeça desesperada e as lágrimas voam do rosto dela (em câmera lenta). Ela hesita por um momento em sair correndo. Alguma coisa lhe diz que deve ficar e salvar Inuyasha, mas a dor é maior e ela adentra na mata numa corrida desenfreada. Kikyou, que estava observando com o rabo do olho enquanto beijava Inuyasha, sorri maliciosamente. O sorriso se transforma em gargalhada quando ela larga Inuyasha desacordado o chão. - Você pensou que podia me derrotar menina? ( diz ela para si mesma ( e tomar o que é meu? ( Ela gargalha mais ( A sua atitude apenas despertou mais ódio em mim! ( ela olha para Inuyasha que está ajoelhado no chão com os olhos sem pupila. - Meu querido Inuyasha! Você vai ter que esperar mais um pouco. ( os carregadores de almas envolvem-no prendendo-o contra uma árvore. Inuyasha, que está enfeitiçado, não se move nem tenta soltar-se.
Kagome continua a correr em meio aos arbustos. Não importa se eles a arranham. Ela apenas continua a correr em direção ao poço. Ela corre muito, mas parece que a cada passo, a distancia só aumenta. (Eu quero chegar logo a esse poço! O que eu vi? Será que o Inuyasha não tem pena de mim? Ele ainda quer ficar com a Kikyou? Não... Ele não devia me fazer sofrer assim! (. Kagome para de repente. - Tem alguma coisa errada... Eu já passei por aqui... - É Kagome (querida(, realmente, você já passou por aqui. ( Uma voz sarcástica se destaca no meio dos sons da floresta. - O que? Quem é você? ( Kagome pergunta tentando localizar o local de origem da voz. - Não consegue reconhecer-me? Sou eu! O seu pior pesadelo! ( Kikyou se materializa na frente de Kagome. - Kikyou... ( Os olhos de Kagome enchem-se de lágrimas (Pelo menos ela não está mais com o Inuyasha. Mas... E se ela o tiver matado?( Kagome se desespera (Não, Ela não pode ter feito isso( A expressão dela expressa o conflito por qual passa sua mente. - Com isso você não precisa se preocupar. Eu ainda não matei o Inuyasha. ( Kikyou pega delicadamente o rosto de Kagome e levanta. Kagome fica surpresa e muito confusa com a atitude da Miko, que olha com seus olhos profundos e gelados dentro da alma de Kagome, ou seja, dentro de sua própria alma. (Ela consegue ler meus pensamentos?(. - Sim, esqueceu-se que temos a mesma alma? De uma certa forma estamos conectadas. ( Kikyou aproxima mais seu rosto do de Kagome. - Hum... ( Kikyou sorri irônica percorrendo o olhar pela face da garota em choque a sua frente. Kagome fica parada, sem reação, apenas esperando o momento da morte. Morte que talvez pudesse apaziguar os sofrimentos da vida terrena. Kagome está meio que hipnotizada pelos olhos frios da Miko fantasma a sua frente - Agora eu percebi uma coisa... ( Kikyou fala com um leve sorriso nos lábios. Kagome tenta descobrir o que ela irá fazer e assim como Kikyou faz com ela, tenta ler os pensamentos da outra parte de sua alma. ( você é tão bela quanto eu (que revelação 0o Ninguém esperava por essa não é?) ( Kikyou dá um ultimo sorriso antes de beijar a boca de Kagome, que nesse momento acorda do transe e percebe o que está acontecendo. Kagome num impulso empurra Kikyou que quase cai com a força empregada por Kagome. - Que nojo! ( Kagome fala cuspindo. Ela não consegue pensar direito está surpresa, indignada, abismada com o ato repentino de Kikyou. Kikyou se recompõe e olha para Kagome com ódio. - Menina maldita! Não devia ter feito isso! Você é muito bonita, mas não pense que eu vou te perdoar só por causa disso. Já teve uma época que eu perdoei, mas agora EU NÂO PERDOO MAIS. Ainda não esqueci que você me matou pela segunda vez! Foi muito difícil conseguir um novo corpo. ( Kikyou se acalma e sorri maleficamente. - Você é nojenta! ( Kagome diz com desprezo passando a manga da blusa na boca com uma certa violência ( Não esperava isso de você! - Quer saber a verdade sobre mim? ( Kikyou mantém um sorriso insano (psicopata pra ser mais exata). - Hã? ( Kagome se assusta com a mudança repentina da expressão de Kikyou. - A verdade sobre mim Kagome. (Não to reconhecendo ela. Apesar de não ter sido das melhores pessoas, ela nunca agiu assim. Parece algo como... ( Kagome se lembra (Droga! Ela pode ler minha mente!(. - Sei tudo sobre os seus sentimentos e o que você acha sobre mim. Não vai conseguir ficar sem pensar em nada ( Kikyou ( Eu era como você. Esses sentimentos puros que antes também inundavam meu ser, hoje me dão nojo! ( Kikyou para por um momento como quem está pensando em algo, sua expressão passa para pensativa, depois se transforma em séria e logo em seguida ela solta uma gargalhada sádica. Kagome assusta-se cada vez mais com Kikyou. - Já decidi o que eu farei com você! ( ela sorri maldosamente. - O que você vai fazer comigo? ( Kagome está realmente assustada. A Kikyou de antes não lhe botava medo, pois ela a conhecia e podia prever seus movimentos, mas essa... Essa lhe era totalmente estranha. Kikyou havia enlouquecido? Ou talvez se escondera atrás de mascaras durante toda a sua vida e resolveu mostrar seu verdadeiro eu agora? Por pior que fosse, Kagome tinha que admitir que estava numa enorme desvantagem. Kikyou podia ler sua mente e conseqüentemente, descobrir sobre qualquer estratégia que ela bolasse para mata-la ou fugir. - Hum, Hum. Não sei se falo, talvez seja melhor deixar que você prove na sua pele. Acho que vou deixar para que você descubra esse detalhe só na hora ( Kikyou faz uma pausa e bota a mão no queixo pensativa ( Mas me diga Kagome, você quer saber a verdade sobre mim? Você quer saber Kagome? A verdade sobre mim? Foco no rosto incrédulo de Kagome. - Hum, Hum. Não sei se falo, talvez seja melhor deixar que você prove na sua pele. Acho que vou deixar para que você descubra esse detalhe só na hora ( Kikyou faz uma pausa e bota a mão no queixo pensativa ( Mas me diga Kagome, você quer saber a verdade sobre mim? Você quer saber Kagome? A verdade sobre mim? Foco no rosto incrédulo de Kagome. - Que verdade? - Ah. Você não sabe a verdade sobre mim. Vou te dar essa satisfação antes de te matar. Kikyou da alguns passos a frente e sorri satisfeita ao ver Kagome se afastar para trás ainda sentada no chão, uma reação típica de medo. - Eu poderia saber tudo o que você está pensando. Mas não vou faze-lo ainda. Fica mais interessante descobrir por mim mesma... Como esse jogo é divertido! ( Ela joga a cabeça para trás numa gargalhada fazendo Kagome se sobre-saltar.
(Ela disse que não está lendo os meus pensamentos. Isso me dá alguma chance de planejar algo...( - Vou lhe contar a verdade logo de uma vez por todas. Eu amei o Inuyasha, ele foi a primeira pessoa de quem me aproximei dessa forma. Mas eu estou morta. Nós nunca poderemos ficar juntos. Já que não terei mais a chance de ficar com ele, também não permitirei que ele ame de novo, a alma dele me pertence. A ultima coisa que quero ver ele junto com você sua menina inútil! Ele vai sofrer como eu sofro. A única forma de mantê-lo longe de você é te matando ( pausa ( Chegou sua hora. Você vai descobrir como eu vou te matar. (Droga... Pense rápido Kagome...( Kagome. - Não vai adiantar. Não vai escapar. Kikyou pega o seu arco e flechas e mira em Kagome. - Você vai sentir a dor que eu senti quando você me matou! ( Kikyou fica demoníaca. - Ahh! ( Kagome grita se protegendo com os braços quando Kikyou lança a flecha. Inuyasha aparece de dentro do mato por trás de Kikyou. - Quê? ( Kikyou se assusta e vira a cabeça para trás. - Você não é mais a mesma Kikyou! Eu ouvi tudo! ( Inuyasha parte ela no meio com a Tessaiga. - Como... Você escapou... ( Kikyou ( Inuyasha... Como pode... ( Kikyou desaparece. Dessa vez para sempre. - Droga! ( Inuyasha corre até Kagome, que está ferida ( Kagome! ( ele a pega nos braços. - Inuyasha... ( Kagome sorri para ele ( Obrigada... Por me proteger... - Você sabe que eu sempre vou te proteger Kagome! ( ele fala afastando uma mecha do cabelo dela ( agora tenho que te levar para a Kaede cuidar de você. - ... - Kagome? - ... - Kagome! ( ele pega no pulso dela desesperado ( ainda bem ( suspira aliviado ( deve estar muito cansada. Ele começa a correr em direção ao vilarejo.
- O que aconteceu, Inuyasha? ( pergunta Kaede enquanto examina Kagome. - Foi a Kikyou ( Inuyasha. - Hum... Ela não está mais por ai não é? ( Kaede. - Não... ( Inuyasha ( Eu... Eu a destruí. - Você fez o certo Inuyasha. O que devia ter feito há muito tempo. Com a Kagome você terá uma vida calma e tranqüila. - Kaede - Obrigado Kaede. - Você também mudou muito. Está mais maduro. - ??? - Agora você sai que eu vou trocar a roupa dela - Kaede - Tudo bem ( Inuyasha sai da cabana.
Passa-se uma semana e Kagome já está quase que totalmente recuperada do ferimento. Ela acorda de manhã e sai para passear. - Ei Kagome! Aonde pensa que vai? Ela ouve aquela voz muito familiar e procura por cima das arvores o dono dela. - Você ainda não pode sair por ai sozinha. Ainda não está completamente curada. - Obrigada pela preocupação Inu-kun, mas eu já estou melhor ( ela continua caminhando. - Eu não quero que se machuque Kagome. - Então porque não me acompanha? ( Kagome fala com um sorriso. Inuyasha devolve o sorriso e pega a mão dela. Os dois caminham pelo campo até chegarem a sombra de uma árvore. Sentam-se embaixo. - Kagome... - O que é Inuyasha? ( ela pergunta docemente. - Eu... Queria te perguntar uma coisa ( ele fala vermelho. - Pode perguntar ( ela sorri. - Eu queria saber se... Se... Você gosta daquele lobo fedorento. - É só isso? - Não, eu também tenho outra pergunta, mas essa outra depende da resposta dessa. - Não. Eu gosto dele como amigo. Mas o único que eu amo está aqui do meu lado ( ela se escora nele e fecha os olhos. Inuyasha abaixa a cabeça e sorri. - E a outra pergunta ( ela fala sem abrir os olhos. - Bom... Você quer ser minha mulher Kagome? Kagome abre os olhos. - Você fala sério Inuyasha? - Sim... Quer dizer... ( ele fica embaraçado. Teme a resposta dela. - É claro que eu quero! ( ela o abraça. - Kagome... ( os olhos dele brilham de felicidade. Ele retribui o abraço sentindo seu coração se aquecer. - Inuyasha, você ainda quer usar a jóia de quatro almas? - Hum? A jóia? O que tem ela? Kagome ri. - Se você ainda quer usa-la. - Não sei. Vou deixar você decidir por mim. - Jura? ( ela não pode deixar de sorri. - Claro. - Então... Eu acho que prefiro você assim. - O quê? Pensei que fosse me pedir para me transformar em humano. - Eu gosto de você do jeito que você é. E o que acha que eu ia fazer sem essas suas orelhas fofinhas? Você é o meu hanyou lindo, forte e maravilhoso. - Kagome, assim você me deixa sem graça ( Inuyasha ruborizado ( mas você pretende continuar protegendo a jóia? E... E o seu mundo? ( ele fala essas ultimas palavras com um pouco de receio. - Não sei... ( Kagome - Não sei como vou conseguir terminar os estudos e proteger a jóia ao mesmo tempo ( ela fica pensativa. - ... Ela percebe a quietude repentina de Inuyasha. - Não se preocupe ( ela acaricia o rosto dele e o olha nos olhos ( eu não vou te deixar. Por favor, não fica assim. ( ela pede ao ver o olhar triste. - Eu não quero te impedir de realizar seus sonhos Kagome. - Você não vai me impedir de nada ( ela beija os lábios dele de leve ( eu adoro o seu sorriso Inuyasha. Apesar de serem raras às vezes que você mostra ele ( ela diz meiga. - Kagome, só você pra me fazer sorrir ( ele esboça um leve sorriso e ela também ri em seguida ( é por isso que eu te amo ( ele segura o rosto dela e dá um beijo profundo e intenso. Ela solta um gemido. Inuyasha se separa dela quase que imediatamente. - Eu te machuquei? ( Inuyasha. - Não ( Kagome ruborizada olha pro chão. - Então o que foi? ( Inuyasha. - Eu preciso mesmo falar? - Ah, ta bom acho que já entendi. ( ele também olha pro chão ruborizado. Eles passam um tempo calados. - É melhor voltarmos para casa da vovó Kaede. Passamos muito tempo aqui ( ela consulta o relógio de pulso - Já deve estar na hora do almoço. - Então vamos. ( ele se levanta e estende a mão para ela. Kagome pega a mão dele feliz por ele estar sendo mais educado com ela e os dois rumam para a cabana de Kaede.
Quando Inuyasha e Kagome chegam a casa de vovó Kaede, estão todos esperando para fazer a refeição. Eles comem um delicioso peixe com arroz e alguns legumes, e como pelo resto do dia não terão nada o que fazer, resolvem descansar. Kikyou desapareceu para sempre. Naraku, já foi derrotado e eles já tem todos os fragmentos da jóia, a jóia completa. Metade da missão já está cumprida, agora eles só terão que resolver de vez o que farão com a jóia. Kagome, ultimamente tem pensado muito sobre isso.
O sol está um pouco além das cabeças dos que vivem no Sengoku Jidae. Deve passar um pouco das duas da tarde e apesar disso, o tempo não está tão quente. É outono e as folhas já começam a cair, prontificando as árvores caducas para gélido inverno que se aproxima vagarosamente. Miroku medita embaixo de uma árvore enquanto que Sango treina com o seu osso voador. - O tempo já está começando a esfriar. ( ela se aproxima do monge segurando o osso e arfando cansada. - É. O inverno está se aproximando ( Miroku ainda de olhos fechados. Miroku abre os olhos lentamente e olha para Sango a sua frente. Uma Sango lindamente cansada aos olhos dele, e o encarando. Um sorriso amável escapa de seus lábios. Um sorriso diferente de todos que ele havia dado antes. Um sorriso de amor. - O que foi? ( ela fica sem graça com o sorriso do monge. - Nada ( ele continua a olha-la. - Então porque olha tanto para mim? ( Sango envergonhada. - Eu apenas estou admirando a sua beleza incomparável querida Sango. - Miroku ( Sango continua vermelha ( assim você me deixa sem graça ( ela baixa a cabeça. Põe o bumerangue no chão e senta-se ao lado do monge. - Sango ( Miroku pega as mãos dela ( já faz algum tempo que eu me declarei para você ( ele da uma longa piscada e respira profundamente ( Você me disse que também gostava muito de mim. Eu queria saber se... (Será que ela vai aceitar? Talvez ela pense que é só mais um pedido indecente. Mas não é. Eu a amo de verdade, dessa vez é muito diferente...( - O que é Miroku? ( ela olha curiosa para ele. - Eu... Você quer ser minha mulher? Sango se surpreende. - Mas isso não é obvio? ( ela se solta das mãos dele bruscamente. (Ela vai recusar( Miroku fica ligeiramente perturbado. - É lógico que eu quero Miroku! ( ela o abraça com força e decididamente. - Sango... ( ele sente seus olhos se umedecerem. Desce suas mãos vagarosamente até as costas dela e a aperta contra si. - Miroku... ( Sango sussurra ( você está falando sério? - É claro que sim ( ele sorri ( eu te amo Sango. - Mas você fazia esse pedido a todas. - Era muito diferente. Eu não levava nem um pouco a sério e não pensava que alguém pensasse em aceitar. No fundo desde que eu te conheci, eu sabia que te amava. Você é uma mulher incrível. - Miroku... ( ela sente lágrimas jorrarem de seus olhos ( eu quero que saiba que eu... Eu também te amo. Os dois ficam ali, se embalando, e pela primeira vez, Miroku esquece de suas sem-vergonhices e faz algo sério. - Silencio Shippou... ( uma mão se posta contra a boca de Shippou, impedindo-o de fazer qualquer ruído. - Eu nunca pensei que o Miroku fosse capaz de fazer uma declaração tão romântica. ( Kagome suspira se derretendo com a cena. Inuyasha fica com um pouco de ciúmes. - Então quer dizer que você não gosta das declarações que eu te faço? - Quê? - É... To vendo que não ( Inuyasha fecha a cara. Kagome ri da situação. - Do que está rindo Kagome? ( Inuyasha muito emburrado. - Como você é bobo Inuyasha! Com ciúmes do Miroku? ( Kagome rindo. - Eu não estou com ciúmes! - Não. Nem um pouco! ( Kagome sarcástica. - NÂO ESTOU COM CIÙMES! ( Inuyasha se levanta e berra. Ele se dá conta do que fez quando percebe uma Kagome decepcionada, um Shippou incrédulo e um Miroku e uma Sango surpresos olhando diretamente para ele. - Vocês estavam olhando tudo? ( Sango envergonhada. - De quem está com ciúmes Inuyasha? ( Miroku. - Bah! ( ele fica furioso e depois de estragar o clima, sai pisando fundo dali. Shippou desata a rir da situação e Kagome fica decepcionada por não poder presenciar mais aquela cena tão romântica. - E então Sango? ( Miroku desce as mãos até a bunda dela. - Voltou a normal! ( Sango soca a cabeça dele e o faz larga-la. Pega seu bumerangue e sai andando furiosa. - Mas o que eu fiz? ( Miroku confuso.
Um tempo depois, já de tardezinha, o sol já começando a se esconder no horizonte, encontram-se todos na cabana de vovó Kaede. Inuyasha ainda está um pouco zangado, mas nada de grave. Sango já esqueceu o que o monge lhe fez a tarde e anda agarrada com ele, que está muito feliz, por sinal. Sango usa sua mão ou seu bumerangue de vez em quando.
A noite cai fria e sombria. Kaede prepara uma sopa, enquanto o grupo conversa animadamente. Kagome aproxima-se de Inuyasha, que permanece emburrado no canto da barraca e sorri para ele. - O que você quer Kagome? ( ele pergunta zangado. - Ainda está zangado com o que aconteceu de tarde? ( ela pergunta sorrindo. - Quem eu? Por que deveria? Que coisa mais inútil! - Então porque não vem comer com agente? - Bah! ( ele vira a cara. - Inuyasha! Deixa de ser birrento e vem comer! - ela puxa-o pelo braço e ele vai meio contrariado. Kaede serve a sopa e eles saboreiam com muito gosto. - Senhora Kaede ( Miroku fala - Sim Miroku - Sua sopa é deliciosa. Espero que meus filhos tenham a oportunidade de provar dela ( Miroku olha sorrindo para Sango que cora violentamente. - Obrigada pelo elogio Miroku. Depois da janta, Kaede arma cinco camas (se é que pode chamar aquilo de cama) grandes e uma pequena. Cada um se deita na sua respectiva cama. Miroku no canto esquerdo da barraca com a cama na horizontal em direção a porta. Sango com sua cama abaixo da dele, deita-se com Kirara no colo, também na horizontal em direção da porta. Kagome na vertical atrás do pequeno fogareiro e deitada de lado para a porta, ao lado de Miroku e Inuyasha e no fundo da cabana. Inuyasha, que resolveu dormir dentro da cabana, está no canto direito, oposto de Miroku na horizontal e em direção a porta. Kaede abaixo dele, igual a Sango em relação a Miroku. E Shippou do lado de Miroku e de costas para Kagome. Os sete pegam no sono rápido e a madrugada chega sorrateiramente.
Kagome abre os olhos. É madrugada e ela não faz a mínima idéia de que horas sejam, resolve consultar o relógio de pulso. A fogareiro já se apagou e o quarto está inundado de penumbra. O ar está gélido, de bater os dentes. Sorte que o relógio de Kagome é daqueles de ponteiros luminosos, que absorvem a luz para poder usar mais tarde. Com muita dificuldade ela consegue ver. O relógio marca duas e quarenta. - Ainda é cedo e eu estou sem sono... ( Ela se vira na cama em direção a parede e fecha os olhos na tentativa de dormir, mas aquele friozinho começa a gelar-lhe os ossos. - Ai que frio... ( ela sussurra e se treme toda. Puxa mais o cobertor para cima de si e sente um alivio enorme. Fecha os olhos de novo e tenta novamente dormir. Mas... Algo, ou alguém... Novamente a impede de faze-lo. - Ronc fiu... Ronc fiu... O que antes era um pequeno ressonado, agora virou um ronco de caminhão. Miroku está roncando como um louco, e Kaede também acompanha com o seu ressonado. - Ah não... ( Kagome choraminga colocando o travesseiro em cima da cabeça ( Coitada da Sango. Vai dormir com esse trator do lado todas as noites. Ela tenta esquecer o roncado, mas não consegue. Até que por fim, ela escuta uma voz. - Miroku! Para com isso! ( Sango da uma pesada na cabeça dele. Que geme de dor.
(Desse jeito vai acordar todo mundo!( Kagome pensa. - Ai... Minha cabeça... ( ele se vira pro outro lado e continua a dormir. Para a sorte de Kagome, ele parou de roncar. (É... Pelo menos a Sango sabe dar um jeito nele...( Kagome acha engraçado. Ela olha novamente para o relógio de pulso, que marca quatro horas em ponto. Suspira e se vira para o lado da parede, voltando a dormir.
O sol já está forte no Sengoku Jidae. As crianças brincam alegremente na sombra das árvores e os adultos já começam a se recolher para a refeição do meio dia. Na cabana de Kaede uma jovem continua a dormir. Vira e se revira tentando se livrar do calor. Abre finalmente os olhos, marcados pela noite mal dormida e limpa uma gota de suor que escorre da testa. Somente ela se encontra na cabana. - Que calor horrível! ( ela fala sentando-se na cama ( ai que sono... ( ela resmunga fechando os olhos ( mas é impossível dormir a uma temperatura dessas ( ela abre os olhos novamente ( o estranho é que estamos no outono e devia começar a esfriar ( ela se levanta e desfaz a cama. Vai até sua mochila e pega alguns utensílios básicos para tomar banho.
Continua...
Kagome abre os olhos lentamente e se situa. (Eu dormi aqui(. Já é de tarde. Ela se lembra da briga que teve com Inuyasha e se entristece. (Talvez eu devesse voltar para casa( Ela se levanta e olha em direção ao poço. (Não... Não adianta chorar o leite derramado. Eu ainda tenho a obrigação com a jóia de quatro almas(. Kagome se vira e levanta a cabeça bruscamente. - Essa presença... ( ela fica assustada ( Não pode ser ela... Kagome vai correndo na direção de onde sentiu a presença.
- Inuyasha... Como pode me confundir com ela... - O que... Mas você... - Sim Inuyasha. Eu não morri. - Kikyou... - Inuyasha... Eu estava com saudades. ( Kikyou se aproxima dele e o abraça. Inuyasha fica surpreso e confuso. - Kikyou... ( ele sussurra e involuntariamente a abraça também. (Ela está chegando...( Kikyou faz um olhar demoníaco sem que Inuyasha veja. - Inuyasha... Venha comigo. Eu... Eu te amo... Inuyasha se surpreende mais ainda e sente uma angustia enorme. (Porque... Porque eu estou sentindo isso? Eu deveria estar feliz. Isso não é o que eu mais queria ouvir dela?(. Ele pensa emocionado. Kikyou beija os lábios de Inuyasha pela segunda vez. Os olhos de Inuyasha perdem seu brilho. Ele vai fechando os olhos aos poucos, como se estivesse enfeitiçado. Nesse exato momento Kagome sai de dentro do mato e chega ao local onde eles estão. - Não... ( Kagome sente seus olhos úmidos (Minha mente está me pregando uma peça? Será que é por que esse é o meu pior pesadelo? A Kikyou está morta... Está morta... Não... Isso não pode estar acontecendo...(. ( NÃO! ( ela balança a cabeça desesperada e as lágrimas voam do rosto dela (em câmera lenta). Ela hesita por um momento em sair correndo. Alguma coisa lhe diz que deve ficar e salvar Inuyasha, mas a dor é maior e ela adentra na mata numa corrida desenfreada. Kikyou, que estava observando com o rabo do olho enquanto beijava Inuyasha, sorri maliciosamente. O sorriso se transforma em gargalhada quando ela larga Inuyasha desacordado o chão. - Você pensou que podia me derrotar menina? ( diz ela para si mesma ( e tomar o que é meu? ( Ela gargalha mais ( A sua atitude apenas despertou mais ódio em mim! ( ela olha para Inuyasha que está ajoelhado no chão com os olhos sem pupila. - Meu querido Inuyasha! Você vai ter que esperar mais um pouco. ( os carregadores de almas envolvem-no prendendo-o contra uma árvore. Inuyasha, que está enfeitiçado, não se move nem tenta soltar-se.
Kagome continua a correr em meio aos arbustos. Não importa se eles a arranham. Ela apenas continua a correr em direção ao poço. Ela corre muito, mas parece que a cada passo, a distancia só aumenta. (Eu quero chegar logo a esse poço! O que eu vi? Será que o Inuyasha não tem pena de mim? Ele ainda quer ficar com a Kikyou? Não... Ele não devia me fazer sofrer assim! (. Kagome para de repente. - Tem alguma coisa errada... Eu já passei por aqui... - É Kagome (querida(, realmente, você já passou por aqui. ( Uma voz sarcástica se destaca no meio dos sons da floresta. - O que? Quem é você? ( Kagome pergunta tentando localizar o local de origem da voz. - Não consegue reconhecer-me? Sou eu! O seu pior pesadelo! ( Kikyou se materializa na frente de Kagome. - Kikyou... ( Os olhos de Kagome enchem-se de lágrimas (Pelo menos ela não está mais com o Inuyasha. Mas... E se ela o tiver matado?( Kagome se desespera (Não, Ela não pode ter feito isso( A expressão dela expressa o conflito por qual passa sua mente. - Com isso você não precisa se preocupar. Eu ainda não matei o Inuyasha. ( Kikyou pega delicadamente o rosto de Kagome e levanta. Kagome fica surpresa e muito confusa com a atitude da Miko, que olha com seus olhos profundos e gelados dentro da alma de Kagome, ou seja, dentro de sua própria alma. (Ela consegue ler meus pensamentos?(. - Sim, esqueceu-se que temos a mesma alma? De uma certa forma estamos conectadas. ( Kikyou aproxima mais seu rosto do de Kagome. - Hum... ( Kikyou sorri irônica percorrendo o olhar pela face da garota em choque a sua frente. Kagome fica parada, sem reação, apenas esperando o momento da morte. Morte que talvez pudesse apaziguar os sofrimentos da vida terrena. Kagome está meio que hipnotizada pelos olhos frios da Miko fantasma a sua frente - Agora eu percebi uma coisa... ( Kikyou fala com um leve sorriso nos lábios. Kagome tenta descobrir o que ela irá fazer e assim como Kikyou faz com ela, tenta ler os pensamentos da outra parte de sua alma. ( você é tão bela quanto eu (que revelação 0o Ninguém esperava por essa não é?) ( Kikyou dá um ultimo sorriso antes de beijar a boca de Kagome, que nesse momento acorda do transe e percebe o que está acontecendo. Kagome num impulso empurra Kikyou que quase cai com a força empregada por Kagome. - Que nojo! ( Kagome fala cuspindo. Ela não consegue pensar direito está surpresa, indignada, abismada com o ato repentino de Kikyou. Kikyou se recompõe e olha para Kagome com ódio. - Menina maldita! Não devia ter feito isso! Você é muito bonita, mas não pense que eu vou te perdoar só por causa disso. Já teve uma época que eu perdoei, mas agora EU NÂO PERDOO MAIS. Ainda não esqueci que você me matou pela segunda vez! Foi muito difícil conseguir um novo corpo. ( Kikyou se acalma e sorri maleficamente. - Você é nojenta! ( Kagome diz com desprezo passando a manga da blusa na boca com uma certa violência ( Não esperava isso de você! - Quer saber a verdade sobre mim? ( Kikyou mantém um sorriso insano (psicopata pra ser mais exata). - Hã? ( Kagome se assusta com a mudança repentina da expressão de Kikyou. - A verdade sobre mim Kagome. (Não to reconhecendo ela. Apesar de não ter sido das melhores pessoas, ela nunca agiu assim. Parece algo como... ( Kagome se lembra (Droga! Ela pode ler minha mente!(. - Sei tudo sobre os seus sentimentos e o que você acha sobre mim. Não vai conseguir ficar sem pensar em nada ( Kikyou ( Eu era como você. Esses sentimentos puros que antes também inundavam meu ser, hoje me dão nojo! ( Kikyou para por um momento como quem está pensando em algo, sua expressão passa para pensativa, depois se transforma em séria e logo em seguida ela solta uma gargalhada sádica. Kagome assusta-se cada vez mais com Kikyou. - Já decidi o que eu farei com você! ( ela sorri maldosamente. - O que você vai fazer comigo? ( Kagome está realmente assustada. A Kikyou de antes não lhe botava medo, pois ela a conhecia e podia prever seus movimentos, mas essa... Essa lhe era totalmente estranha. Kikyou havia enlouquecido? Ou talvez se escondera atrás de mascaras durante toda a sua vida e resolveu mostrar seu verdadeiro eu agora? Por pior que fosse, Kagome tinha que admitir que estava numa enorme desvantagem. Kikyou podia ler sua mente e conseqüentemente, descobrir sobre qualquer estratégia que ela bolasse para mata-la ou fugir. - Hum, Hum. Não sei se falo, talvez seja melhor deixar que você prove na sua pele. Acho que vou deixar para que você descubra esse detalhe só na hora ( Kikyou faz uma pausa e bota a mão no queixo pensativa ( Mas me diga Kagome, você quer saber a verdade sobre mim? Você quer saber Kagome? A verdade sobre mim? Foco no rosto incrédulo de Kagome. - Hum, Hum. Não sei se falo, talvez seja melhor deixar que você prove na sua pele. Acho que vou deixar para que você descubra esse detalhe só na hora ( Kikyou faz uma pausa e bota a mão no queixo pensativa ( Mas me diga Kagome, você quer saber a verdade sobre mim? Você quer saber Kagome? A verdade sobre mim? Foco no rosto incrédulo de Kagome. - Que verdade? - Ah. Você não sabe a verdade sobre mim. Vou te dar essa satisfação antes de te matar. Kikyou da alguns passos a frente e sorri satisfeita ao ver Kagome se afastar para trás ainda sentada no chão, uma reação típica de medo. - Eu poderia saber tudo o que você está pensando. Mas não vou faze-lo ainda. Fica mais interessante descobrir por mim mesma... Como esse jogo é divertido! ( Ela joga a cabeça para trás numa gargalhada fazendo Kagome se sobre-saltar.
(Ela disse que não está lendo os meus pensamentos. Isso me dá alguma chance de planejar algo...( - Vou lhe contar a verdade logo de uma vez por todas. Eu amei o Inuyasha, ele foi a primeira pessoa de quem me aproximei dessa forma. Mas eu estou morta. Nós nunca poderemos ficar juntos. Já que não terei mais a chance de ficar com ele, também não permitirei que ele ame de novo, a alma dele me pertence. A ultima coisa que quero ver ele junto com você sua menina inútil! Ele vai sofrer como eu sofro. A única forma de mantê-lo longe de você é te matando ( pausa ( Chegou sua hora. Você vai descobrir como eu vou te matar. (Droga... Pense rápido Kagome...( Kagome. - Não vai adiantar. Não vai escapar. Kikyou pega o seu arco e flechas e mira em Kagome. - Você vai sentir a dor que eu senti quando você me matou! ( Kikyou fica demoníaca. - Ahh! ( Kagome grita se protegendo com os braços quando Kikyou lança a flecha. Inuyasha aparece de dentro do mato por trás de Kikyou. - Quê? ( Kikyou se assusta e vira a cabeça para trás. - Você não é mais a mesma Kikyou! Eu ouvi tudo! ( Inuyasha parte ela no meio com a Tessaiga. - Como... Você escapou... ( Kikyou ( Inuyasha... Como pode... ( Kikyou desaparece. Dessa vez para sempre. - Droga! ( Inuyasha corre até Kagome, que está ferida ( Kagome! ( ele a pega nos braços. - Inuyasha... ( Kagome sorri para ele ( Obrigada... Por me proteger... - Você sabe que eu sempre vou te proteger Kagome! ( ele fala afastando uma mecha do cabelo dela ( agora tenho que te levar para a Kaede cuidar de você. - ... - Kagome? - ... - Kagome! ( ele pega no pulso dela desesperado ( ainda bem ( suspira aliviado ( deve estar muito cansada. Ele começa a correr em direção ao vilarejo.
- O que aconteceu, Inuyasha? ( pergunta Kaede enquanto examina Kagome. - Foi a Kikyou ( Inuyasha. - Hum... Ela não está mais por ai não é? ( Kaede. - Não... ( Inuyasha ( Eu... Eu a destruí. - Você fez o certo Inuyasha. O que devia ter feito há muito tempo. Com a Kagome você terá uma vida calma e tranqüila. - Kaede - Obrigado Kaede. - Você também mudou muito. Está mais maduro. - ??? - Agora você sai que eu vou trocar a roupa dela - Kaede - Tudo bem ( Inuyasha sai da cabana.
Passa-se uma semana e Kagome já está quase que totalmente recuperada do ferimento. Ela acorda de manhã e sai para passear. - Ei Kagome! Aonde pensa que vai? Ela ouve aquela voz muito familiar e procura por cima das arvores o dono dela. - Você ainda não pode sair por ai sozinha. Ainda não está completamente curada. - Obrigada pela preocupação Inu-kun, mas eu já estou melhor ( ela continua caminhando. - Eu não quero que se machuque Kagome. - Então porque não me acompanha? ( Kagome fala com um sorriso. Inuyasha devolve o sorriso e pega a mão dela. Os dois caminham pelo campo até chegarem a sombra de uma árvore. Sentam-se embaixo. - Kagome... - O que é Inuyasha? ( ela pergunta docemente. - Eu... Queria te perguntar uma coisa ( ele fala vermelho. - Pode perguntar ( ela sorri. - Eu queria saber se... Se... Você gosta daquele lobo fedorento. - É só isso? - Não, eu também tenho outra pergunta, mas essa outra depende da resposta dessa. - Não. Eu gosto dele como amigo. Mas o único que eu amo está aqui do meu lado ( ela se escora nele e fecha os olhos. Inuyasha abaixa a cabeça e sorri. - E a outra pergunta ( ela fala sem abrir os olhos. - Bom... Você quer ser minha mulher Kagome? Kagome abre os olhos. - Você fala sério Inuyasha? - Sim... Quer dizer... ( ele fica embaraçado. Teme a resposta dela. - É claro que eu quero! ( ela o abraça. - Kagome... ( os olhos dele brilham de felicidade. Ele retribui o abraço sentindo seu coração se aquecer. - Inuyasha, você ainda quer usar a jóia de quatro almas? - Hum? A jóia? O que tem ela? Kagome ri. - Se você ainda quer usa-la. - Não sei. Vou deixar você decidir por mim. - Jura? ( ela não pode deixar de sorri. - Claro. - Então... Eu acho que prefiro você assim. - O quê? Pensei que fosse me pedir para me transformar em humano. - Eu gosto de você do jeito que você é. E o que acha que eu ia fazer sem essas suas orelhas fofinhas? Você é o meu hanyou lindo, forte e maravilhoso. - Kagome, assim você me deixa sem graça ( Inuyasha ruborizado ( mas você pretende continuar protegendo a jóia? E... E o seu mundo? ( ele fala essas ultimas palavras com um pouco de receio. - Não sei... ( Kagome - Não sei como vou conseguir terminar os estudos e proteger a jóia ao mesmo tempo ( ela fica pensativa. - ... Ela percebe a quietude repentina de Inuyasha. - Não se preocupe ( ela acaricia o rosto dele e o olha nos olhos ( eu não vou te deixar. Por favor, não fica assim. ( ela pede ao ver o olhar triste. - Eu não quero te impedir de realizar seus sonhos Kagome. - Você não vai me impedir de nada ( ela beija os lábios dele de leve ( eu adoro o seu sorriso Inuyasha. Apesar de serem raras às vezes que você mostra ele ( ela diz meiga. - Kagome, só você pra me fazer sorrir ( ele esboça um leve sorriso e ela também ri em seguida ( é por isso que eu te amo ( ele segura o rosto dela e dá um beijo profundo e intenso. Ela solta um gemido. Inuyasha se separa dela quase que imediatamente. - Eu te machuquei? ( Inuyasha. - Não ( Kagome ruborizada olha pro chão. - Então o que foi? ( Inuyasha. - Eu preciso mesmo falar? - Ah, ta bom acho que já entendi. ( ele também olha pro chão ruborizado. Eles passam um tempo calados. - É melhor voltarmos para casa da vovó Kaede. Passamos muito tempo aqui ( ela consulta o relógio de pulso - Já deve estar na hora do almoço. - Então vamos. ( ele se levanta e estende a mão para ela. Kagome pega a mão dele feliz por ele estar sendo mais educado com ela e os dois rumam para a cabana de Kaede.
Quando Inuyasha e Kagome chegam a casa de vovó Kaede, estão todos esperando para fazer a refeição. Eles comem um delicioso peixe com arroz e alguns legumes, e como pelo resto do dia não terão nada o que fazer, resolvem descansar. Kikyou desapareceu para sempre. Naraku, já foi derrotado e eles já tem todos os fragmentos da jóia, a jóia completa. Metade da missão já está cumprida, agora eles só terão que resolver de vez o que farão com a jóia. Kagome, ultimamente tem pensado muito sobre isso.
O sol está um pouco além das cabeças dos que vivem no Sengoku Jidae. Deve passar um pouco das duas da tarde e apesar disso, o tempo não está tão quente. É outono e as folhas já começam a cair, prontificando as árvores caducas para gélido inverno que se aproxima vagarosamente. Miroku medita embaixo de uma árvore enquanto que Sango treina com o seu osso voador. - O tempo já está começando a esfriar. ( ela se aproxima do monge segurando o osso e arfando cansada. - É. O inverno está se aproximando ( Miroku ainda de olhos fechados. Miroku abre os olhos lentamente e olha para Sango a sua frente. Uma Sango lindamente cansada aos olhos dele, e o encarando. Um sorriso amável escapa de seus lábios. Um sorriso diferente de todos que ele havia dado antes. Um sorriso de amor. - O que foi? ( ela fica sem graça com o sorriso do monge. - Nada ( ele continua a olha-la. - Então porque olha tanto para mim? ( Sango envergonhada. - Eu apenas estou admirando a sua beleza incomparável querida Sango. - Miroku ( Sango continua vermelha ( assim você me deixa sem graça ( ela baixa a cabeça. Põe o bumerangue no chão e senta-se ao lado do monge. - Sango ( Miroku pega as mãos dela ( já faz algum tempo que eu me declarei para você ( ele da uma longa piscada e respira profundamente ( Você me disse que também gostava muito de mim. Eu queria saber se... (Será que ela vai aceitar? Talvez ela pense que é só mais um pedido indecente. Mas não é. Eu a amo de verdade, dessa vez é muito diferente...( - O que é Miroku? ( ela olha curiosa para ele. - Eu... Você quer ser minha mulher? Sango se surpreende. - Mas isso não é obvio? ( ela se solta das mãos dele bruscamente. (Ela vai recusar( Miroku fica ligeiramente perturbado. - É lógico que eu quero Miroku! ( ela o abraça com força e decididamente. - Sango... ( ele sente seus olhos se umedecerem. Desce suas mãos vagarosamente até as costas dela e a aperta contra si. - Miroku... ( Sango sussurra ( você está falando sério? - É claro que sim ( ele sorri ( eu te amo Sango. - Mas você fazia esse pedido a todas. - Era muito diferente. Eu não levava nem um pouco a sério e não pensava que alguém pensasse em aceitar. No fundo desde que eu te conheci, eu sabia que te amava. Você é uma mulher incrível. - Miroku... ( ela sente lágrimas jorrarem de seus olhos ( eu quero que saiba que eu... Eu também te amo. Os dois ficam ali, se embalando, e pela primeira vez, Miroku esquece de suas sem-vergonhices e faz algo sério. - Silencio Shippou... ( uma mão se posta contra a boca de Shippou, impedindo-o de fazer qualquer ruído. - Eu nunca pensei que o Miroku fosse capaz de fazer uma declaração tão romântica. ( Kagome suspira se derretendo com a cena. Inuyasha fica com um pouco de ciúmes. - Então quer dizer que você não gosta das declarações que eu te faço? - Quê? - É... To vendo que não ( Inuyasha fecha a cara. Kagome ri da situação. - Do que está rindo Kagome? ( Inuyasha muito emburrado. - Como você é bobo Inuyasha! Com ciúmes do Miroku? ( Kagome rindo. - Eu não estou com ciúmes! - Não. Nem um pouco! ( Kagome sarcástica. - NÂO ESTOU COM CIÙMES! ( Inuyasha se levanta e berra. Ele se dá conta do que fez quando percebe uma Kagome decepcionada, um Shippou incrédulo e um Miroku e uma Sango surpresos olhando diretamente para ele. - Vocês estavam olhando tudo? ( Sango envergonhada. - De quem está com ciúmes Inuyasha? ( Miroku. - Bah! ( ele fica furioso e depois de estragar o clima, sai pisando fundo dali. Shippou desata a rir da situação e Kagome fica decepcionada por não poder presenciar mais aquela cena tão romântica. - E então Sango? ( Miroku desce as mãos até a bunda dela. - Voltou a normal! ( Sango soca a cabeça dele e o faz larga-la. Pega seu bumerangue e sai andando furiosa. - Mas o que eu fiz? ( Miroku confuso.
Um tempo depois, já de tardezinha, o sol já começando a se esconder no horizonte, encontram-se todos na cabana de vovó Kaede. Inuyasha ainda está um pouco zangado, mas nada de grave. Sango já esqueceu o que o monge lhe fez a tarde e anda agarrada com ele, que está muito feliz, por sinal. Sango usa sua mão ou seu bumerangue de vez em quando.
A noite cai fria e sombria. Kaede prepara uma sopa, enquanto o grupo conversa animadamente. Kagome aproxima-se de Inuyasha, que permanece emburrado no canto da barraca e sorri para ele. - O que você quer Kagome? ( ele pergunta zangado. - Ainda está zangado com o que aconteceu de tarde? ( ela pergunta sorrindo. - Quem eu? Por que deveria? Que coisa mais inútil! - Então porque não vem comer com agente? - Bah! ( ele vira a cara. - Inuyasha! Deixa de ser birrento e vem comer! - ela puxa-o pelo braço e ele vai meio contrariado. Kaede serve a sopa e eles saboreiam com muito gosto. - Senhora Kaede ( Miroku fala - Sim Miroku - Sua sopa é deliciosa. Espero que meus filhos tenham a oportunidade de provar dela ( Miroku olha sorrindo para Sango que cora violentamente. - Obrigada pelo elogio Miroku. Depois da janta, Kaede arma cinco camas (se é que pode chamar aquilo de cama) grandes e uma pequena. Cada um se deita na sua respectiva cama. Miroku no canto esquerdo da barraca com a cama na horizontal em direção a porta. Sango com sua cama abaixo da dele, deita-se com Kirara no colo, também na horizontal em direção da porta. Kagome na vertical atrás do pequeno fogareiro e deitada de lado para a porta, ao lado de Miroku e Inuyasha e no fundo da cabana. Inuyasha, que resolveu dormir dentro da cabana, está no canto direito, oposto de Miroku na horizontal e em direção a porta. Kaede abaixo dele, igual a Sango em relação a Miroku. E Shippou do lado de Miroku e de costas para Kagome. Os sete pegam no sono rápido e a madrugada chega sorrateiramente.
Kagome abre os olhos. É madrugada e ela não faz a mínima idéia de que horas sejam, resolve consultar o relógio de pulso. A fogareiro já se apagou e o quarto está inundado de penumbra. O ar está gélido, de bater os dentes. Sorte que o relógio de Kagome é daqueles de ponteiros luminosos, que absorvem a luz para poder usar mais tarde. Com muita dificuldade ela consegue ver. O relógio marca duas e quarenta. - Ainda é cedo e eu estou sem sono... ( Ela se vira na cama em direção a parede e fecha os olhos na tentativa de dormir, mas aquele friozinho começa a gelar-lhe os ossos. - Ai que frio... ( ela sussurra e se treme toda. Puxa mais o cobertor para cima de si e sente um alivio enorme. Fecha os olhos de novo e tenta novamente dormir. Mas... Algo, ou alguém... Novamente a impede de faze-lo. - Ronc fiu... Ronc fiu... O que antes era um pequeno ressonado, agora virou um ronco de caminhão. Miroku está roncando como um louco, e Kaede também acompanha com o seu ressonado. - Ah não... ( Kagome choraminga colocando o travesseiro em cima da cabeça ( Coitada da Sango. Vai dormir com esse trator do lado todas as noites. Ela tenta esquecer o roncado, mas não consegue. Até que por fim, ela escuta uma voz. - Miroku! Para com isso! ( Sango da uma pesada na cabeça dele. Que geme de dor.
(Desse jeito vai acordar todo mundo!( Kagome pensa. - Ai... Minha cabeça... ( ele se vira pro outro lado e continua a dormir. Para a sorte de Kagome, ele parou de roncar. (É... Pelo menos a Sango sabe dar um jeito nele...( Kagome acha engraçado. Ela olha novamente para o relógio de pulso, que marca quatro horas em ponto. Suspira e se vira para o lado da parede, voltando a dormir.
O sol já está forte no Sengoku Jidae. As crianças brincam alegremente na sombra das árvores e os adultos já começam a se recolher para a refeição do meio dia. Na cabana de Kaede uma jovem continua a dormir. Vira e se revira tentando se livrar do calor. Abre finalmente os olhos, marcados pela noite mal dormida e limpa uma gota de suor que escorre da testa. Somente ela se encontra na cabana. - Que calor horrível! ( ela fala sentando-se na cama ( ai que sono... ( ela resmunga fechando os olhos ( mas é impossível dormir a uma temperatura dessas ( ela abre os olhos novamente ( o estranho é que estamos no outono e devia começar a esfriar ( ela se levanta e desfaz a cama. Vai até sua mochila e pega alguns utensílios básicos para tomar banho.
Continua...
