Catherine Duppling
E a Ordem dos Aurores

Nona Parte - O Feitiço

Da porta, Pol Hak Sun era visto.
Ele estava muito vermelho e cansado. Malikha estava atrás do irmão e
mostrava um sorriso malicioso.
O jovem animago fez uma reverencia exagerada e sua irmã deu um beijo no
rosto de cada um. Harry parecia ligeiramente nervoso, Matt adentrou a
sala ás cegas, procurando a poltrona branca. Quando um "uff" foi ouvido,
indicou á todos que o garoto topara com a cadeira de frente:

Matt, você esta bem? - Harry adentrou a sala olhando para os lados, quando ele caiu em cima de Matt, se virou para a porta e olhou para Pol - Porque as luzes estão apagadas?

Para demonstrar como seria uma floresta. Eu e Malikha estávamos praticando, jovem Potter.

Praticando? - Ron entrou na casa, pegou a varinha e murmurou "Lumus".

Sim, um feitiço que Joham nos ensinou, ele ajuda a se localizar em lugares cheios de obstáculos, na maioria das ocasiões...

Mas...Como? - Karen entrou ficando do lado do garoto Weasley. Ele se afastou e conseguiu cair em cima de Harry e Matt na sala escura. Todos deram risadas que ecoaram pelos jardins escuros.

Eu vou acender agora algumas velas. Joham chegara manhã e vocês poderão começar...

Começar? - Perguntaram todos ao mesmo tempo. Malikha adiantou-se na frente do irmão ao falar, Pol fechou a cara e rumou para a cozinha para pegar as velas.

Sim, começar. - Ela respirou - Eu não posso contar.

Cath...Aqui tem o perfume dela. - Harry andava ao redor da cadeira. Matt displicente deixou escapar.

Claro seu sapo de chocolate amassado, essa foi à primeira coisa que ela fez em Strubblefield, ela se sentou nessa poltrona. Eu me lembro bem.

Harry...Precisamos dormir, são quase dez horas e amanhã temo que iremos acordar cedo, certo? - Pol agora segurava uma vela, ele indicou com a varinha e a porta fechou. - Vou acomodá-los, garotas, sigam-me...

Que feitiço é esse que Pol estava falando sobre? - cochichou Gin no ouvido de Harry, o garoto deu nos ombros e continuou subindo as escadas.

Boa Noite! - Matt murmurou. Em pouco tempo todos estavam dormindo, exceto talvez por Zoff. Ele andava pela casa, junto às paredes mais escuras, sem fazer um único ruído.

Quando Joham chegou com os outros aurores, a casa estava em completo
silencio. O homem deu um suspiro triste, sabendo que Cath na estava lá.
Os garotos dormindo no andar de cima não podiam imaginar a gravidade do
problema que o seqüestro de Cath contribuía para a guerra. Ela ainda
possuía sangue de fênix circulando em suas veias. Joham procurou não
pensar na filha, o que lhe parecia impossível, e acendeu as velas de toda
a sala, ajudado por Syl. A aurora era grande amiga de Joham nos tempos de
escola. Os dois tentaram namorar na época, mas ele estava muito
preocupado com os estudos...Ela se sentou do lado do amigo e o abraçou.
Joham suspirou novamente, a amiga falou num sussurro emotivo:

A viagem foi cheia de seus suspiros, saudades de Catherine?

Você não imagina o quanto sinto sua falta. - Eles se sentaram no único sofá da sala.

Eu tento imaginar... Porque você acha que a seqüestraram?

Ainda corre sangue de Fênix nas veias de minha filha, isso ainda é considerado raro e valioso para muitas artes das trevas e seus praticantes espalhados pelo mundo, temo que exista algum feitiço que o sangue de Cath esteja na lista dos ingredientes principais, mas se eu soubesse quem está por trás disso, talvez fosse mais fácil localizá-la.

Eu tenho certeza de que seria. O jovem Potter sente muita falta dela.

Isso é amor... É algo que eles nunca sentiram antes, é estranho vê-los juntos, depois de Cath ficar tanto tempo com Matt.

Eles eram crianças...Mas, você acha que é amor? Você acha que é amor o que Catherine sente por Harry Potter?

Toda certeza do mundo, querida Syl...

Quando finalmente o sol apareceu, os garotos acordaram desceram, na
esperança de encontrar Joham.

A mesa do desjejum estava posta caprichosamente, enquanto Syl terminava
de fritar o bacon e colocava mel em cima de vários bolinhos de chocolate.
O vapor da chaleira saia criando um ar quente e aconchegante na cozinha.
Harry, Matt, Ron, Gin e Karen sentaram-se à mesa central e começaram a se
servir em silêncio, todos muito sonolentos para conversar.Joham
permanecera acordado durante a noite inteira estava cantarolando uma
música triste num canto da cozinha. Ele imaginava a filha sentada do lado
de Harry, como sempre, tentando animar á tudo e a todos.

O Profeta Diário foi trazido por uma coruja preta, assim que ela recebeu
o pagamento, saiu pela janela da cozinha e bateu nas árvores mais baixas,
procurando não voar em altitudes mais altas. Frutas caíram na grama fofa
quando a ave passou pelos pessegueiros á entrada da propriedade.
O jornal mostrava fotos de grandes cenas de batalha e campos mortos por
toda a Europa. Os duendes do banco Gringotes haviam temporiamente viajado
para universos paralelos para se preservar dos tempos de guerra.
A maioria do Ministério da Magia estava desajustado e com faces ocultas
voltadas ao lado negro. Em poucos dias, mais de um milhão de trouxas
morriam torturados por comensais da morte, que serviam ainda, a uma força
oculta. A força, onde tudo se concentrava era ao norte do país de Gales.
Muitos demônios estavam criando uma barreira enorme, com armas mortais
pelo vale da morte, onde á anos, não se via nenhum ato demoníaco nos
arredores.
As pequenas vilas foram incendiadas e devastadas em dias. Hogsmeade
tivera suas lojas fechadas e Hogwarts permanecia em total alerta á novos
ataques.
Joham, o Sr. Weasley e Dumbledore ainda pensavam no paradeiro de
Catherine.

Conforme os dias iam passando, Strubblefield ia ficando cada vez mais
silenciosa, Harry por sua vez, procurava ficar parado horas e horas no
parapeito da janela do segundo andar olhando tristemente os jardins da
pensão, esperando alguém surgir, alguém como Cath.