Catherine Duppling
E a Ordem dos Aurores

Décima Primeira Parte - Conversa no Console da Lareira

Quando o jantar ficou pronto, Joham se apressou em chamar todos para comerem. Syl e os outros Aurores estavam na sala de estar, conversando sobre novas maneiras de descobrir onde Catherine estava, usando as varinhas em fantásticas demonstrações. Sem duvida, Joham adoraria estar participando, mas, alimentar Zoff era preciso, já que o gato, estivera horas desaparecido desde o por do sol do dia anterior.

Os garotos estavam no mal iluminado sótão, jogando xadrez bruxo. Harry, por sua vez, estava no console da janela, olhando novamente para os jardins. A garota Weasley o observava com carinho, não prestando atenção enquanto acariciava a Zoff. O gato ronronava e ela murmurava palavras para si mesma:

Ele vai ser meu...Não importa o que eu fizer, um dia ele vai ser meu...E Catherine morrerá naquela torre maldita... Gin? - Harry sentara do lado da garota. - O que você disse? Alguma coisa sobre Catherine?

Há! Estava contando para Zoff sobre onde Catherine poderia estar...

Mas, onde você supôs que ela poderia estar?

Ah...Numa floresta! De repente...Aquelas bem escuras...

Ok, então... - E o garoto voltou para a janela, incrédulo e achando até engraçado Gin se preocupar com Cath, o garoto sabia sobre seus sentimentos e suas vinganças.

Os pessegueiros também sentiam a falta de Cath, Estava estampado em suas
mais remotas folhas. O jardim estava triste, sombrio, assustadoramente
escuro e mal cuidado.
Harry respirava devagar o cheiro dos eucaliptos á entrada de
Strubblefield. No primeiro andar da casa, se ouvia seguidos "oh" e muitos
aplausos. Era o final do outono, e o vento cada vez mais frio indicava
que os velhos cobertores de lã precisariam ser retirados do fundo do
armário embaixo a escada novamente.

Naquela ultima noite de outono, o jovem Harry Potter descia as escadas da
Pensão nas altas horas da madrugada em direção á cozinha para terminar a
imensa torta de morango que Malikha havia feito para o jantar, e por
sorte, havia sobrado um pedaço razoável.
Percebia-se que a lareira continuava acesa, e Zoff havia andado
aprontando pelos vasos derrubados e quebrados no chão. Harry pulou para
não pisar descalço nos cacos espalhados pelo carpete de madeira velha e
virou no corredor á caminho da cozinha. Quando a lareira se tornou verde
musgo, iluminou o amplo corredor, assuntando o garoto. Harry permaneceu
quieto e espiou o corredor que dava para a sala de visitas. As inúmeras
pessoas nas molduras tomando chá haviam desaparecido. Vozes eram ouvidas
e a estranha iluminação se tornava assustadoramente suspeita. Harry deu
mais alguns passos em direção á porta da sala onde duas pessoas
conversavam:

O Plano está dando certo, mestre - Uma voz feminina era ouvida, Harry conhecia, mas naquele momento, nem Cath estava em seus pensamentos. - O senhor teve muita audácia em vir para Strubblefield á noite. Joham não suspeitará de nada.

E os jovens?

Muito cansados para se levantarem.

Aprovo suas ações até agora. A menina fênix está de acordo com o plano. Seus cabelos já foram lavados.

Estão loiros?

Sim. E o garotinho também.

Mestre, o senhor alimenta-os?

Eu disse á Althopen para não alimentá-la, mas ele não me ouviu. - A segunda voz parou, como se estivesse cansado, respirou e continuou - Eu preferi deixar assim, não podemos nos dar ao luxo de perder ambos.

O garotinho é perigoso? - A voz feminina estava num sussurro tão inauditivel que Harry deu mais alguns passos em direção á porta.

Ele é valioso. - A segunda voz era melodiosa e assustadora, Harry prestava atenção á tudo que diziam á luz verde que brotava da lareira. - Suponho que Ponsys esteja fazendo seu trabalho.

Sim, Harry Potter sente falta da garota fênix, ele a ama tão profundamente que viver sem ela, lhe tornara um tormento. - Aquela frase soou nos ouvidos de Harry como um xingamento, ele não suportava que chamassem Cath de a garota fênix e..."Eu amo? Eu amo Cath..." -...Então Mestre, a mataremos quando estiver pronto.

Perfeito. Preciso me retirar. Boa Noite.

Quando a segunda voz parou de ecoar pelas paredes de Strubblefield a luz
verde se apagou e a figura da voz feminina rumou em direção a cozinha.
Harry olhou para ter certeza de que a figura não o viria se atravessasse
o corredor para as escadas.
Quando finalmente conseguiu alcançar o quarto dos meninos no sótão, sem
fazer nenhum barulho, o garoto notou que Matt estava acordado.
O garoto estava trocado e seu pijama dobrado caprichosamente em cima da
cama, onde Ron estava ocupando pelo menos metade.

Onde você estava? - Matt atravessou o cômodo até onde Harry estava e lhe perguntou num sussurro inauditivel.

Fui comer o ultimo pedaço de torta de morango. E eu ouvi... - Naquela noite, os garotos, agora, sabiam que havia alguém em Strubblefield, alguém que era informante da força oculta. A mesma força que havia desajustado o Ministério da Magia, a mesma que seqüestrara Catherine.