9º capítulo - Fim

Quando Gina terminou de ler a carta ela viu um "`Ps." Escrito num canto do pergaminho. E terminou de ler "A penseira está na biblioteca".

Gina correu desesperada até o escritório de Dumbledore, tinha que impedir uma tragédia antes que fosse tarde demais. Ela o amava demais para perdê-lo desta maneira. Sentiu uma chama de esperança acender-se novamente em seu coração. Ainda tinha esperança e ela tentaria fazer até o impossível para revê-lo novamente vivo ao seu lado.

~*~

A noite chegara com grande rapidez naquele dia. E assim que Draco colocou os pés no grande salão da mansão sentiu que algo de ruim iria acontecer ainda naquela noite e ele já previa o pior.

Draco já sabia onde seu pai estava, no porão. Era ali que ele mantinha Voldemort e Draco sentiu um forte cheiro de um liquido borbulhante enquanto descia a escada.

- Finalmente chegou nosso convidado de honra. - falou Voldemort friamente.

- Draco. - Lúcio falou saindo das sombras - Então, você trouxe?

- O único motivo de eu ter voltado, - Draco falou analisando friamente aquela cena - foi para vingar a morte de minha mãe.

- Lúcio! - Voldemort exclamou demonstrando ódio na voz - Ele não trouxe o sangue?

- Draco! - Lúcio disse alto nervoso - Você não trouxe o maldito sangue do Potter?

- Não! - Draco respondeu friamente - Eu nunca iria obedecer novamente aquele que me tirou as únicas pessoas que eu amei nessa vida.

- Seu garoto tolo! - Lúcio falou rodeando-o - Você vai pagar por sua insolência.

Lúcio apontou sua varinha para a lareira que tinha na sala. Naquele momento, Draco não entendeu o porque que ele tinha feito aquilo. Mas ele sabia que jogar um feitiço na lareira era uma maneira de avisar algo para alguém. Até que ele ouviu as palavras que ele mais temia.

- Alguém me disse que para realmente ver uma pessoa sofrer, você tem que matar as pessoas que ele ama, assim o faz sofrer em dobro. - Lúcio falava maldosamente.

Draco sentiu uma única lágrima deixar seu olho. Naquele momento, ele sentiu que o fim realmente havia chegado.

~*~

Goyle e Crabbe finalmente haviam recebido o aviso que eles esperavam tão atenciosamente observando a lareira da sonserina. A autorização de Lúcio Malfoy para acabarem com a Weasley.

Goyle e Crabbe, assim como Draco, haviam sido treinados para se tornarem comensais da morte. E a primeira ordem que eles tiveram que obedecer era matar Gina Weasley; aquilo seria fácil, e eles nem precisariam de muito disfarce, e mesmo que alguém descobrisse, eles já estariam longe demais para serem pegos.

Gina já tinha falado com Dumbledore. Este lhe falou que já sabia do que aconteceria e deixou um grupo de aurores em alerta para que invadissem a mansão Malfoy assim que alguém tivesse executado algum feitiço e avisou o ministério sobre o que Lúcio Malfoy tinha feito, mesmo sabendo que não teria o apoio do mesmo para aquele assunto.

Ela estava percorrendo o jardim sozinha até o momento que observa duas sombras negras vindo na direção dela.

Eles o agarram e tapam a boca dela para ela não gritar; Gina tinha tentado lutar para se libertar das mãos deles mas ambos eram fortes demais. Ela chorava com medo do que eles pudessem lhe fazer.

~*~

- Vamos, todos entrando. - gritava um homem com roupas de soldado - Vasculhem toda a casa. Vocês dois aí, venham comigo.

O homem na faixa dos 30 anos era o comandante do esquadrão de aurores que invadiu a mansão malfoy.

- Senhor Malfoy, - ele dizia conjurando duas algemas bem apertadas em Lúcio - Você está preso pelo assassinato de Narcisa Malfoy. Venha comigo.

Draco viu o rosto de seu pai pela última vez. Depois daquela noite ele sabia que nunca mais veria Lúcio Malfoy novamente e tinha consciência de que seu pai passaria longos e dolorosos anos presos em Azkaban.

- Levem-no daqui. - o comandante Smith falou para os outros dois aurores que o acompanharam.

Draco tinha que sair dali o mais rápido possível. "Gina!" - ele pensou temeroso do que pudesse acontecer com ela.

Ele correu até o jardim da mansão e aparatou dali mesmo para Hogsmeade. Não podia mais perder mais nenhum segundo ali sem saber se ela estava bem.

Draco corria desesperadamente pelo estreito caminho que tinha até o portão de Hogwarts. Ele estava com medo, apavorado, tinha que verificar se ela estava bem. Nunca se perdoaria se algo de ruim acontecesse com ela.

~*~

- Seu estúpido, é só lançar o imperdoável mortal e ela já era. - Gina escutava os dois discutirem.

- Mas eu não sei fazer isso - o outro falava sem jeito - Esse imperdoável é difícil pra se lançar.

- Então.. - o outro falou pensativo - vamos lançar o cruciatus pra ela sofrer.

- Perfeito. Nós também podíamos lançar aquele outro que faz ela sangrar até a morte. - o outro murmurou sorrindo.

- Ótimo! - Gina escutou por final.

Ela não conseguia nem ao menos chorar agora, estava encolhia toda amarrada num canto totalmente escuro do jardim. Mal podia escutar os dois discutirem.

Mas ela se aterrorizava ainda mais quando escutava o som da voz deles. E tinha a leve impressão de já ter as escutado em algum lugar. Até que eles a arrastaram novamente para o lado mais claro do jardim.

- Chegou sua hora, Weasley. - um deles falou desdenhosamente - Crucio.

Gina se contorceu de dor, uma dor forte que crescia quanto mais ela se movimentava. Ela queria que aquilo parasse. Queria que Draco estivesse ali, para salvá-la daquele sofrimento horrível. Não queria mais sentir aquilo. Pensou que ia morrer.

Enquanto isto, Draco já tinha atravessado os portões do castelo, agora só tinha que chegar à porta principal e encontrar Gina.

Ela ainda se contorcia mas a dor parecia estar suavizando, ela parecia estar se acostumando a senti-la mas ainda a machucava profundamente. Até que escutou a outra voz murmurar:

- Dragonius - Gina vendo um enorme clarão azul atingi-la.

Ela sentiu como se uma faca cortasse todo seu corpo, depois viu suas mãos sangrarem e começou a pensar que era o fim. Ela se viu sozinha. De repente os homens já haviam desaparecido na escuridão, mas observou Draco aproximando-se dela.

- Gina! - ele murmurou agachando-se ao seu lado e apoiando a cabeça dela em seu colo. - Oh meu Deus - ele removeu o pano que tapava sua boca.

- Draco! - ela sorriu ao revê-lo - Você voltou... pra mim.

- É claro que eu ia voltar... - ele chorava vendo o rosto dela empalidecer.

- Estou com frio.. - ela sentiu a voz enfraquecer - me abrace...

- Gina.. não me deixe, por favor...

- Você tem que continuar Draco.. E tentar ser feliz...

- Ser feliz com você... ao seu lado..

- Não! - ela falou olhando para os olhos dele - Eu... sinto.. que não posso mais... Você tem que continuar... por mim. Eu te.. amo.

- Por favor... - ele dizia sofrendo - Não me deixe... Eu te amo tanto. Não me deixe... Gina, usando o resto de suas forças, colocou sua mãe ensangüentada no rosto dele e sorriu.

- Eu... te... amo...

A mão dela caiu do rosto dele e o anel saiu de seu dedo. Estava tudo acabado.

- NÃO!!!!! - Draco gritou desesperado sentindo o corpo inerte dela aos seus braços.

~*~

(My Immortal - Evanescence)

Todos estavam presentes no velório dela. Todos os membros da família, amigos, parentes e conhecidos. Ele também estava lá, mas observando tudo de longe.

A tristeza e a perda dominavam a todos naquele cemitério. Alguns sofriam a perda de uma filha, uma irmã, uma amiga e ele, ele sofria a perda da vida por si só.

Havia perdido tudo nela, a luz, o caminho e o rumo para sempre. Ninguém, a não ser ela, poderia tê-lo mudado daquela maneira. Quando o velório tinha acabado e todos tinham deixado o tumulo dela para descansar em paz. Ele se aproximou com a rosa vermelha, a preferida dela, e colocou em seu tumulo.

- Porque você me deixou, meu amor? - ele se perguntou entre lágrimas - Logo agora que poderíamos ter finalmente sido felizes.

Draco levantou-se e deixou Gina descansar em paz pela eternidade, mas sentia que algum dia, de alguma forma, ela responderia àquela pergunta.

Ele continuou os próximos anos em Hogwarts ajudando os que precisavam nas aulas de reforço e sempre se destacando nas outras matérias incluindo poções, sabia que aquilo deixaria Gina feliz. E se ele não pôde fazê-la feliz na vida, o faria na morte.

No último ano, Voldemort finalmente fora pego por Harry Potter. Ele não se importou muito para aquela noticia, apenas continuava em Londres para se vingar daqueles que tinham tirado a vida de seu grande amor.

Finalmente, depois de quase dois anos de busca intensa pelos comensais que haviam conseguido fugir, Draco viu Crabbe e Goyle serem condenados à prisão de Azkaban pelo assassinato de Virginia Weasley e de mais de 20 trouxas.

Então, ele se viu em paz para deixar aquele mundo cheio de recordações dela, e se isolou numa pequena cidade no sul dos Estados Unidos.