Sinopse: Após anos de amizade, Harry está começando a ter novos sentimentos por Gina. Será que é tarde demais?
N/a: Essa é a primeira fanfic que eu escrevo, tentei deixá-la o mais verossímil possível, copiando o estilo de J.K. Rowling (tá, tá, eu sei que é muita pretensão minha, he, he, he). Se passa no sexto ano de Harry, quando ele começa a sentir algo mais em relação à Gina...
N/BR: Eu sou a beta-reader da Daniela, e gostaria de avisar, pra quem ainda não leu o 5 livro de Harry Potter, e não gostaria de saber de algo antes, eu aconselho a não ler essa fanfic, por que contém elementos do 5 livro.
A escolha de Harry
Capítulo 1
A Toca
Harry Potter não estava tão triste naquele dia. Afinal, apesar dos trágicos acontecimentos do ano passado, era seu aniversário de dezesseis anos e ele estaria indo para A Toca em uma hora, via Pó de Flu. Hermione e Hagrid já tinham lhe enviado duas corujas com seus presentes, de Hermione um livro intitulado Defesa contra as Artes das Trevas Avançado, cujo bilhete o fez sorrir:
Querido Harry,
Não interessa quem teremos como professor de Defesa Contra a Arte das Trevas neste ano, eu acredito que não sou a única que gostaria muito que você continuasse nos orientando no Exército de Dumbledore, eu nunca conseguiria tantas notas máximas se não fosse por sua ajuda...
Ah, e a propósito, feliz aniversário!
Hermione
O presente de Hagrid não acompanhava nenhum bilhete, mas era um bolo de aparência duvidosa, com "Feliz Aniversário" confeitado por cima.
Ao meio-dia, ele direcionou-se à lareira da casa dos Dursley, sem se despedir, deu um suspiro alto para tomar coragem e pronunciou em voz alta e clara: A TO-CA, enquanto abria sua mão cheia de pó.
Quando apareceu na lareira dos Weasley, ficou muito feliz e emocionado ao ver toda a família Weasley na sala gritando: SURPRESA, enquanto Gina se aproximava dele lentamente com um grande bolo de onde saíam pequenos fogos de artifício dizendo PARABÉNS!
- Puxa, pessoal muito obrigado! Muito obrigado, Gina! – disse Harry, olhando-a, enquanto ela entregava o bolo para ele sorrindo. Harry colocou o bolo em cima da grande mesa, e todos foram abraçá-lo. Ele achou aquilo um pouco estranho, nunca levou tantos abraços um atrás do outro. Ficou pensando que talvez eles estivessem fazendo isso por pena dele, devido à morte de Sirius, por um breve momento uma sombra passou por seu olhar normalmente tão verde, mas após receber abraços de Rony, Fred, Jorge, Molly e Arthur ela já havia se dissipado. Ele virou-se para receber um abraço de Gina, pensando consigo se ela teria coragem para isso, visto que ela sempre ruborizava e fugia dele. "Mas claro que ela vai me abraçar, no ano passado ela mudou tanto, conversava comigo numa boa e namorou dois rapazes diferentes. Será que ela ainda está namorando o Dean Thomas?". De fato, Gina não fez a menor cerimônia e o abraçou como Hermione teria feito. Ele sentiu uma sensação estranha, pois da última vez que esteve tão próximo a ela fôra na Câmara Secreta e isso não era uma boa lembrança, então ele sentiu um suave perfume, que parecia de rosas, emanar de seu cabelo púrpuro. Inconscientemente ele fechou os olhos para absorver aquele doce aroma, mas antes que ele pudesse abrir os olhos, o abraço já havia terminado, deixando-o um pouco encabulado. Harry olhou ao seu redor aliviado ao perceber que ninguém notou a sua gafe.
Harry olhou para Gina e ela estava ligeiramente corada em suas bochechas, mas nada comparado ao escarlate que ela ficava quando ele se aproximava dela, em anos anteriores. "É, finalmente ela conseguiu se livrar desse xodó bobo que nutria por mim, que bom para ela", pensou Harry Potter, tentando se convencer de que não estava um pouco decepcionado por perder sua fã nº 1, ou melhor, sua fã nº 2, visto que o número 1 era Colin Creevey.
Sendo acompanhado por Rony, Harry carregou suas malas para o quarto dele e, assim que chegaram, fez a pergunta que o estava atormentando durante todo o verão:
- Notícias de Voldemort, Rony?
Rony estremeceu um pouco e falou emburrado:
- Sabe Harry, por mais que Você-Sabe-Quem seja um assunto interessantíssimo, seria legal se você perguntasse primeiro sobre como foram as minhas férias, como vão meus outros irmãos, coisas assim.
Deixando-se largar na cama de Rony, Harry deu um suspiro e resolveu desabafar
- Desculpe Rony, mas eu acho que, se é que é possível, eu agora sinto uma raiva ainda maior por ele e seus Comensais da Morte. Eu digo raiva, para não dizer ódio.
Rony, surpreso com a resposta, ficou imediatamente branco como cera, e gaguejando, respondeu:
- Houve algumas reuniões da Ordem da Fênix aqui em casa, e parece que o Voldemort está tentando fazer mais aliados. Mas depois do episódio no Ministério da Magia, está uma campanha em massa contra ele no Profeta Diário e outras publicações bruxas. Pelo jeito, nenhum bruxo irá se aliar a ele, a não ser que seja acometido pela Maldição Imperius.
Houve uma pausa por uns momentos em que Harry avaliava o que seu amigo havia dito, mas seus pensamentos foram interrompidos por ele:
- Vamos jogar quadribol, Harry? – falou Rony e Harry imediatamente aceitou, mais do que feliz por finalmente poder andar na sua Firebolt, após um ano sem poder tocar nela.
Rony desceu primeiro e Harry foi pegar sua vassoura. Nesse momento, Gina entrou no quarto e observando-o murmurou:
- Harry, eu queria que você soubesse o quanto eu sinto muito pelo que aconteceu no ano passado.- Ele fez uma pausa com os olhos que pareciam marejados de lágrimas - Mas não deixe o ódio tomar seu coração. Pois foi com a coragem e amizade que você conseguiu sobreviver a tantos ataques Daquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado.
Harry fez um breve aceno com a cabeça, pois não sabia o que responder, levantou-se e saiu do quarto.
Ao chegar no térreo, Harry cruzou com os gêmeos, que gritaram, quase ao mesmo tempo:
- Nós também vamos jogar, esperem para pegarmos nossas vassouras. -E subiram correndo as escadas.
Indo em direção à porta da cozinha que dava para o jardim, Harry ouviu atrás dele uma voz suave, porém firme– Vou jogar também! - Ele virou-se e quase se chocou com um rosto iluminado por brilhantes olhos castanhos que não aceitavam um não por resposta.
- Claro, Gina venha jogar conosco! – Falou Harry rapidamente.
Após o jogo, estavam todos cansados e foram se preparar para jantar, enquanto Harry e Gina ficaram para trás no jardim da Toca observando uns gnomos correndo pelo jardim.
"É agora, eu tenho que criar coragem", pensou Gina e absorvendo todo o ar que podia em seus pulmões, como se fosse dar um grito, falou claramente – Harry, preciso falar com você.- Falou ela, sentando-se no banquinho do jardim.
- O que foi, Gina? – respondeu Harry, curioso ao ver a expressão compenetrada na face dela, sentando-se ao seu lado.
- Sabe, Harry, não é fácil dizer isso, sabendo o quanto você gosta de Quadribol e o quão bom você é. – Gina fez uma pausa e Harry quase ruborizou – Mas, Harry, eu realmente gosto de Quadribol e realmente adoro ser apanhadora. – Harry começou a entender o que ela queria dizer e interrompeu-a – Ai Gina, você não vai pedir o que eu estou pensando que você vai, né? – falou ele com um olhar quase suplicante. – Não, não Harry, eu sei que você deve gostar mais do que eu até, mas eu queria saber se não poderia haver uma forma de eu continuar jogando no time da Grifinória, sabe, não precisa ser em todos os jogos... – Harry olhou-a espantado, não sabendo o que dizer, pois sabia que os times de quadribol não tinham reservas, como os times de outros esportes trouxas.
Ela ficou fitando-o com aqueles mesmos olhos castanhos que não poderiam receber um não como resposta. Seriam seus olhos ou seria ele que não teria coragem de dizer não? Ele não sabia a resposta correta, e falou: - Olha, Gina, podemos falar com Dumbledore e ver se ele aceita que o time da Grifinória tenha uma apanhadora reserva e daí poderíamos nos revezar, o que você acha?
Os olhos da moça de 15 anos se irradiaram de felicidade. – Obrigada, Harry! Você não sabe o quanto isso significa para mim! Você é realmente o meu melhor amigo! – Gina ficou tão feliz que sentiu um impulso de beijar Harry na sua bochecha. "Ah, Gina, não seja boba, o que você gostaria mesmo era de beijar a boca dele", pensou ela consigo mesma, "Não, não e não, agora que você praticamente já esqueceu dele, você vai se derreter toda de novo? Você tem namorado, Gina!", mas o seu outro eu estava mais forte naquela noite "Bem, pelo menos dê um beijo na bochecha dele, não perca essa oportunidade!". Durante todo esse tempo em que os dois lados de Gina discutiam, Harry olhava para ela impressionado com a alvidez da sua pele realçada pelas suaves sardas, que refletiam a luz da lua que começava a tomar o lugar do pôr do sol. "Que pena que eu nunca me senti atraído pela Gina", pensou Harry, "Ela é realmente muito bonita".
De repente, Gina levantou e, curvando-se, aproximou seu rosto do de Harry e ele pensou que ela iria beijá-lo na boca. Mas não, ela beijou-o no rosto, dizendo alegremente, porém com a voz um pouco trêmula.- Obrigada mesmo, Harry, você é um grande amigo.- Ela repetiu essa última palavra para si, "Amigo, Gina, nada mais do que isso". Ela virou-se e dirigiu-se À Toca.
Harry ficou sentado, observando os gnomos e se perguntou porque não ficou tão feliz com a demonstração de amizade quanto deveria ficar. Mas não sabia dizer a resposta.
N/As: Para quem já queria ver alguma cena de beijo ou coisa do tipo, pode tirar a vassoura da chuva. Eu avisei que eu tentei fazer o mais verossímil possível, logo, muita coisa tem que rolar para a simples amizade que o Harry tem pela Gina virar algo mais, não é não?
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