CAP. 1
Calor. O ambiente estava muito quente dentro daquela sala apertada e pobremente mobiliada. O sol intenso que invadia o recinto através de grandes janelas trazia um pouco de vida àqueles que ali se encontravam tristes e desesperançados. Através delas também, podia-se ver que eles estavam em uma clareira aberta as margens de uma densa floresta, a espera de ajuda ou, quem sabe, um milagre. Ali era o melhor lugar para esperar a ajuda que há muito tempo fora pedida aos irmãos do norte e que ainda não chegara.
Há meses eles estavam em meio a uma guerra fria e sanguinária, lutando contra aquele que tentava destruir sua raça, seu sangue. Sabiam, no entanto, que as forças inimigas estavam em maior número e que sozinhos não conseguiriam vencer a guerra. Foi então que o pedido foi feito a todos os reinos vizinhos e não vizinhos. Um pedido de socorro do Povo Guerreiro, como eram conhecidos, e que por ninguém foi respondido. Mais um pedido, dessa vez de resgate. Não queriam mais guerreiros para se juntar a luta, mas sim salvadores para tirar os poucos sobreviventes de lá. E dessa vez houve uma resposta. O vento a trouxe, e ela continha a promessa da Tribo do Norte de resgatar seus irmãos.
Mas, mesmo lutando e resistindo bravamente na esperança dela logo chegar, eles não conseguiram resistir a Grande Batalha de Mor. Muitos mortos e muito sangue mancharam aquela terra que um dia fora tão pura e cálida. Seus últimos guerreiros morreram e os poucos sobreviventes a Mor, fugiam desesperados.
E cá estavam eles, naquela cabana de um cômodo apenas, a espera da chegada do prometido resgate. A sala estava relativamente cheia para seu tamanho. Dois homens, duas mulheres e dois bebês dividiam um espaço onde mal cabia algumas poltronas, cadeiras e mesa. Mas era o último lugar no qual poderiam esperar pela ajuda com segurança. O último lugar que ainda não havia sido descoberto pelas forças inimigas.
Todavia, sobreviver ali estava se tornando um desafio maior a medida que os dias corriam. O clima de tensão e de medo constante, a expectativa de se ouvir os trotes dos cavalos e a falta de espaço estavam tornando a convivência ali quase que impossível. Quase. Pois eles sabiam que era aquilo ou a morte. E jamais poderiam sucumbir perante a vida carregando aquele tesouro que carregavam. Tinham com eles a vida de duas crianças. As últimas que carregavam o sangue puro de sua raça. Por elas, era necessário sobreviver. Viam naqueles dois bebês a esperança da continuidade dos Morones, os Grandes Guerreiros. Eles sentiam a obrigação de dar a chance aquelas duas crianças de crescerem e continuarem a raça que fora destruída por aquela guerra sem fim e sem sentido.
Calor. O ambiente estava muito quente dentro daquela sala apertada e pobremente mobiliada. O sol intenso que invadia o recinto através de grandes janelas trazia um pouco de vida àqueles que ali se encontravam tristes e desesperançados. Através delas também, podia-se ver que eles estavam em uma clareira aberta as margens de uma densa floresta, a espera de ajuda ou, quem sabe, um milagre. Ali era o melhor lugar para esperar a ajuda que há muito tempo fora pedida aos irmãos do norte e que ainda não chegara.
Há meses eles estavam em meio a uma guerra fria e sanguinária, lutando contra aquele que tentava destruir sua raça, seu sangue. Sabiam, no entanto, que as forças inimigas estavam em maior número e que sozinhos não conseguiriam vencer a guerra. Foi então que o pedido foi feito a todos os reinos vizinhos e não vizinhos. Um pedido de socorro do Povo Guerreiro, como eram conhecidos, e que por ninguém foi respondido. Mais um pedido, dessa vez de resgate. Não queriam mais guerreiros para se juntar a luta, mas sim salvadores para tirar os poucos sobreviventes de lá. E dessa vez houve uma resposta. O vento a trouxe, e ela continha a promessa da Tribo do Norte de resgatar seus irmãos.
Mas, mesmo lutando e resistindo bravamente na esperança dela logo chegar, eles não conseguiram resistir a Grande Batalha de Mor. Muitos mortos e muito sangue mancharam aquela terra que um dia fora tão pura e cálida. Seus últimos guerreiros morreram e os poucos sobreviventes a Mor, fugiam desesperados.
E cá estavam eles, naquela cabana de um cômodo apenas, a espera da chegada do prometido resgate. A sala estava relativamente cheia para seu tamanho. Dois homens, duas mulheres e dois bebês dividiam um espaço onde mal cabia algumas poltronas, cadeiras e mesa. Mas era o último lugar no qual poderiam esperar pela ajuda com segurança. O último lugar que ainda não havia sido descoberto pelas forças inimigas.
Todavia, sobreviver ali estava se tornando um desafio maior a medida que os dias corriam. O clima de tensão e de medo constante, a expectativa de se ouvir os trotes dos cavalos e a falta de espaço estavam tornando a convivência ali quase que impossível. Quase. Pois eles sabiam que era aquilo ou a morte. E jamais poderiam sucumbir perante a vida carregando aquele tesouro que carregavam. Tinham com eles a vida de duas crianças. As últimas que carregavam o sangue puro de sua raça. Por elas, era necessário sobreviver. Viam naqueles dois bebês a esperança da continuidade dos Morones, os Grandes Guerreiros. Eles sentiam a obrigação de dar a chance aquelas duas crianças de crescerem e continuarem a raça que fora destruída por aquela guerra sem fim e sem sentido.
