Corações Partidos

Capítulo IX

Touya desceu as escadas e entrou na cozinha, vendo seu pai preparando o café.

"Bom dia, papai…" – olhou em volta – "Sakura não desceu ainda?…" – perguntou sentando-se à mesa.

Fujitaka apontou para algumas peças limpas de louça sobre o balcão.

"Ela já saiu… eu nem a vi acordar…" – comentou preocupado. Tinha certeza de tê-la ouvido chorar em seu quarto na noite anterior – 'O que será que aconteceu?… ' – perguntou-se suspirando, enquanto se sentava.

"Nossa, mas ainda é cedo!…" – Touya exclamou – "Será que ela foi se encontrar com aquele moleque chinês?…".

"Não sei…" – o ancião riu – "você continua chamando os rapazes que se aproximam de Sakura de moleque?…".

"Mas eles são moleques…" – fechou a cara – "e não gostei daquele tal Li…" – estava pensativo.

"Por quê?" – Fujitaka estranhou. Havia simpatizado com o rapaz.

"O senhor viu a forma que ele olhava para a Sakura?…" – perguntou nervoso.

"Sim,… e também vi a forma que sua irmã olhava para ele…" – comentou.

"Não acho que seja tempo de Sakura se envolver com outra pessoa…" – Touya suspirou.

"Touya,… se dependesse de você, Sakura nunca se envolveria com ninguém!" – riu.

"E seria o mais correto…" – sorriu de lado – "sei que exagero,… mas não quero ver Sakura sofrendo…".

"Entendo…" – levantou-se e levou a louça para a pia.

"Pode deixar que eu cuido disso…" – prontificou-se. Fujitaka lhe dirigiu um sorriso.

"Obrigado…" – acenou da porta – "tenho que preparar uma palestra… você se encarrega do almoço?…" – entrou na biblioteca, e pegou um dos livros que estavam separados sobre a mesa. Touya se aproximou.

"Claro,… não se preocupe!" – voltou para a cozinha – 'Espero que Sakura esteja bem…' – pensou.

Sakura havia preparado um itinerário para os próximos dias com alguns lugares que há tempos não visitava e apesar de tê-lo feito para mostrar seus lugares preferidos a Shaoran, mesmo assim decidiu percorrer a cidade sozinha.

Ela agora passava na frente da escola primária, onde estudara. Olhou para o pátio vazio e sorriu com melancolia. Estava tentando distrair sua mente. Passara a maior parte da noite em claro, chorando, quando acordara o sol ainda surgia nos limites da cidade. Sentia-se terrivelmente nostálgica e não queria preocupar seu pai ou Touya, por isso saiu antes deles se levantarem.

Não entendia, no entanto, o motivo para se sentir tão mal. Claro que sentiria saudades de Shaoran, ele era uma pessoa muito importante. Ajudou a superar o relacionamento frustrado e… Sentiu mais uma lágrima escorrer por seu rosto. Parando para pensar agora, percebeu que desde que se conheceram não fizeram nada separados.

'Eu não tenho porque chorar,… nós ainda seremos amigos, mesmo à distância…' – pensou voltando a andar. Estava atraindo atenção de algumas pessoas que passavam por ali – "Embora não seja a mesma coisa…" – murmurou.

Andando sem rumo, acabou voltando para casa. Entrou sem anunciar sua chegada, como era costume, subiu as escadas correndo, atraindo atenção de seu pai e irmão, e se trancou no quarto.

Fujitaka e Touya estavam na porta de seu quarto.

"Sakura,… o que aconteceu?…" – Fujitaka perguntou.

"Abre essa porta, Sakura!…" – Touya dava socos na porta.

"Pare com isso, Touya!…" – Fujitaka pediu – "Desça e prepare algo para sua irmã beber…".

"Tenho certeza que foi aquele chinês que…".

"Touya!…" – interrompeu-o – "Faça o que lhe pedi,…" – sorriu – "Deixe que eu converso com Sakura!…".

Touya desceu as escadas e Fujitaka bateu levemente na porta.

"Por favor, Sakura,… deixe-me entrar…" – pediu suavemente e esperou alguns minutos. Ouviu a porta sendo destrancada e viu a figura de sua filha, com os olhos inchados e o rosto vermelho. Entrou no quarto e ela voltou a encostar a porta – "Gostaria de me contar o que houve?…" – perguntou sorrindo ternamente.

Sakura teve a impressão que, de alguma maneira, seu pai já sabia o que havia acontecido.

'Mas ele não teria como saber, não é?…' – perguntou-se em silêncio – 'Se nem mesmo eu consigo compreender o que está acontecendo…' – pensou enquanto se sentava em sua cama.

"Sakura…" – ele a chamou. Ela respirou fundo e tirou o cabelo do rosto.

"Shaoran voltou para Hong Kong hoje…" – disse com a voz cansada. Fujitaka arregalou os olhos.

"Entendo…" – murmurou – "e… aconteceu alguma coisa?…" – inquiriu, encarando os belos olhos verdes de sua 'menina'.

"Não,… quer dizer…" – abaixou a cabeça ficando em silêncio. Ele se ajoelhou em frente à filha e ergueu a cabeça dela, tendo um sorriso compreensivo no rosto. Ela chorava.

"Pode me contar…" – disse secando-lhe as lágrimas. Ela sorriu, respirando fundo.

"Sinto-me como se houvesse perdido algo,…" – segurou as mãos do pai entre as suas – "mas não consigo descobrir,… por mais que eu pense,… não consigo descobrir o que foi que perdi…" – observou o pai sentar-se ao seu lado.

"Que tal se parar de procurar aqui…" – tocou com o indicador a lateral da cabeça da filha – "e começar a olhar aqui?" – apontou o coração dela. Sakura arregalou os olhos e levou as mãos ao peito. Abaixou a cabeça.

Não foi necessário uma meditação para descobrir seus sentimentos, ela já havia encontrado a resposta, mas não estava querendo enxergá-la, não queria aceitá-la.

"O que acontece agora?…" – murmurou, como se estivesse pensando alto.

Fujitaka passou o braço pelo ombro dela e a trouxe para perto de si, depositou um beijo em sua fronte e apoiou a cabeça sobre a dela.

"Eu tenho certeza de que, quando chegar o momento certo, você saberá exatamente o que deve fazer…" – falou calmamente – "eu confio em você e sei que tomará a decisão correta, por isso, é que desde já, tem meu apoio..." – sorriu ao sentir a filha abraçando-o.

"Obrigada papai…" – sorriu internamente e pensou na sorte de possuir um pai tão compreensivo e sábio. Sentiu quando Fujitaka ergueu seu queixo e lhe sorriu.

"Agora, prometa-me que não irá mais ficar chorando…" – pediu. Sakura assentiu com a cabeça em meio a um sorriso. Enxugou o rosto e se pôs de pé.

"Eu tenho que conversar com Tomoyo!…" – comentou – "E evitar ter que dar qualquer explicação para o Touya…" – virou os olhos e riu, juntamente com o pai.

Mais tarde em Hong Kong…

A família estava reunida à mesa de jantar, Mei Ling tinha um sorriso enorme no rosto e se mostrava incrivelmente feliz ao lado do rapaz de olhos castanhos e cabelos negros compridos, presos em uma trança fina até a cintura. Agora não havia mais motivo para esconder seu romance com o jovem médico. Os anciões mostraram-se muito receptivos, o que aliviava o coração da garota, mas não poderia ser diferente, uma vez que o líder do clã o apresentou pessoalmente.

Ela olhou para a ponta da mesa onde o primo estava sentado, quase jogado na cadeira, e nem sequer havia tocado na comida de seu prato. Tinha o olhar perdido na direção do jardim e parecia alheio a tudo que se passava à sua volta.

Shaoran olhava a chuva que batia na janela da sala de jantar com uma expressão sonhadora e nostálgica.

§*§*Flashback*§*§

"Você acha que seria besteira… se eu esperasse que alguém me amasse de forma semelhante,… não precisava ser da mesma forma, mas se me amassem de verdade como meu pai amou e ainda ama minha mãe?…" – ergueu um pouco a cabeça mostrando seus olhos marejados.

"Não,… não é besteira…" – ele balançou a cabeça e secou uma lágrima que escorreu no rosto dela – 'Eu mesmo gostaria de ser amado dessa forma…' – pensou enquanto a garota o abraçava para chorar em seu ombro.

Shaoran não soube ao certo quanto tempo se passou, mas Sakura chorou bastante. Aquilo lhe cortava o coração. Definitivamente ele não gostava de vê–la chorando daquela forma.  Ao fim de alguns minutos, ele ainda podia escutar os fracos soluços da garota. Uma pontada no peito fez com que ele a abraçasse forte, procurando transmitir segurança e conforto para a frágil flor que estava em seus braços.

Os minutos se arrastaram, longa e demoradamente. O silêncio era dominante, mas não realmente desconfortável. Sentiam–se bem apenas na companhia um do outro.

"Como se sente?" – perguntou Shaoran suavemente.

"Melhor. Obrigada, Shaoran" – sorriu fracamente, encarando os olhos castanhos do rapaz.

"Não chore mais…" – sussurrou o jovem – "Não combina com você. Devia sorrir sempre…" – tirou carinhosamente o cabelo do rosto da garota.

"Desculpe por ter chorado desse jeito…" – ela falou, sem conseguir desviar os olhos dos dele. Por um breve instante, seu rosto pareceu adquirir uma expressão sonhadora.

"O que foi?" – perguntou Shaoran.

"Nada!" – falou a garota – "Estava apenas pensando. Obrigada, Shaoran. Desde que te conheci, tudo tem sido mais fácil. Obrigada por ter me ajudado… e por estar presente quando eu preciso…".

Shaoran apenas sorriu. Um sentimento morno invadiu–lhe o peito diante das palavras de Sakura. A sinceridade da jovem era realmente tocante.

"Não se preocupe mais, Sakura. Você também me ajudou muito a superar meus problemas. Agora entendo que o que aconteceu foi o mais correto…" – falou o chinês.

"Eu também acho isso…" – falou Sakura – "Não me arrependo de ter vindo para cá!".

Novamente ficaram em silêncio, apenas aproveitando a companhia um do outro. A tranqüilidade que sentiam não podia ser descrita com palavras. Tinha que ser sentida. Era algo novo, que trazia conforto e paz.

Por fim, após mais alguns minutos, decidiram que já estava na hora de se separarem. Despediram–se, indo cada um para seu quarto. Mesmo depois de fechar a porta, as palavras de Sakura ainda ecoavam em sua cabeça:

"Não me arrependo de ter vindo para cá!".

§*§*Fim do Flashback*§*§

Shaoran estava ainda perdido em pensamentos quando ouviu alguém chamar seu nome, virou–se para o lado e viu que uma das criadas falava com ele.

"O que foi?" – perguntou assustado.

"O telefone Senhor!" – a mulher disse – "Sr. Eriol Hiiragizawa da Inglaterra!".

"Ah,... sim!..." – levantou–se rapidamente – "Vou atendê–lo no escritório!" – disse saindo da sala de jantar. Menos de um minuto depois entrou no cômodo que usava como escritório e biblioteca particular, sentou–se na poltrona que ficava em frente à mesa e pegou o telefone.

"Alô!..." – disse assim que colocou o aparelho no ouvido.

"Olá, meu caro Shaoran!..." – respondeu alegremente o jovem inglês – "Então já voltou das férias!... Não agüentou ficar longe dos negócios, não é meu amigo?" – perguntou brincando.

"Antes fosse isso, Eriol!... Antes fosse isso!" – suspirou pesadamente.

"O que disse?" – perguntou em um tom confuso.

"Não é nada!... Esqueça!..." – pegou uma folha de papel e uma caneta – "A que devo a honra de sua chamada, Sr. Hiiragizawa?" – brincou, desviando o assunto antes que o amigo conseguisse fazê–lo falar o que não queria.

"Bem,... é sobre o contrato que eu te enviei sobre Daidouji!..." – o inglês disse rapidamente – "Você já estudou o caso?..." – perguntou.

"É um acordo plausível e acho que não temos nada a perder, apenas a ganhar com uma parceria com as Empresas Daidouji..." – Shaoran disse com um meio sorriso.

"E será que..." – Eriol interrompeu a frase, como que escolhendo as palavras – "será que eu posso cuidar desse contrato?" – pediu. Shaoran sorriu ao pensar no motivo que levou o amigo a pedir aquilo.

"Por mim tudo bem,... mas será que posso saber o porquê?" – perguntou insinuando alguma coisa.

"Bem,... é que você voltou de férias agora e deve ter várias coisas para fazer e, como eu já falei com a Srta. Daidouji pelo telefone, achei que talvez devesse resolver isso!" – disse com convicção. Shaoran riu.

"Você não estaria interessado em Tomoyo Daidouji, estaria Eriol?" – perguntou balançando a cabeça, inconformado.

"Bem,... meu amigo... você deve compreender que eu fiquei curioso para conhecer a dona de voz tão melodiosa..." – Eriol riu – "Se ela for tão bela quanto sua voz, pode ter certeza de que antes do próximo Natal estarei casado!..." – brincou.

"Olhe Eriol,... eu não brincaria com isso!" – advertiu–o.

"Por favor, Shaoran..." – parecia incrédulo – "ninguém pode ser tão bela!" – assegurou.

Shaoran respirou fundo e balançou a cabeça – "Creio que esteja enganado!... A beleza parece ser herança de família..." – murmurou saindo da realidade por um breve segundo.

"Como é?" – Eriol perguntou assustado.

"Como faremos com os documentos?..." – perguntou mudando de assunto – "Você vem para Hong Kong pegá–los antes de ir a Tomoeda ou devo mandá–los através de um mensageiro?" – respirou fundo.

"Tanto faz!..." – Eriol disse com um tom desconfiado de voz – "Diga–me uma coisa meu caro Shaoran,... onde você foi passar suas férias mesmo?".

Shaoran passou a mão pelos cabelos.

"Em Minamata, no Sul do Japão. Por quê?" – respondeu prontamente.

"Nada!..." – disse pensativo – "Eu tenho alguns assuntos importantes para resolver aqui na empresa agora, assim que eu terminar isso te ligo dizendo como faremos para fechar o acordo com a Daidouji, está bem?" – perguntou.

"Claro!..." – disse aliviado pelo amigo ter deixado o assunto de lado.

"Então se você me der licença, meu caro Shaoran..." – Eriol disse de uma forma que Li até podia ver o sorriso que ele tinha no rosto – "eu tenho que ligar para a Srta. Daidouji e dizer a ela que estamos de acordo, e que assim que for possível resolveremos o assunto!...".

"Tudo bem Eriol!..." – Shaoran disse sorrindo – "Ah,... só uma coisa!... Não mencione meu nome, está bem?". – pediu.

"Tudo bem..." – Eriol respondeu, fazendo Shaoran se arrepender de ter pedido aquilo – "Entrarei em contato em breve meu amigo!" – disse desligando.

Shaoran colocou o aparelho no lugar e deixou–se cair na poltrona de olhos fechados.

"Sakura..." – murmurou suspirando.

Enquanto isso, em Tomoeda…

"Eu disse tudo o que estava preso em minha garganta para o Hatsumi e fui me encontrar com o Shaoran, mas ele estava tão estranho…" – Sakura contava para Tomoyo o que aconteceu depois que ela saiu do templo.

"Como assim estranho?…" – a jovem de olhos violeta perguntou colocando a xícara de chá sobre a mesa de centro.

"Estava distante,… parecia triste…" – pensou suspirando – "como quando o conheci, mas um pouco pior…" – encolheu os ombros se abraçando, com a cabeça baixa.

"E o que aconteceu depois?… Ele simplesmente disse que ia embora?…" – Tomoyo perguntou, fazendo a prima erguer a cabeça.

"Acho que se eu não perguntasse, ele nem diria que estava indo embora…" – sorriu tristemente – "eu perguntei o que havia de errado e ele disse que tinha que voltar para Hong Kong para resolver alguns assuntos de família…" – pegou um biscoito da tigela que estava sobre a mesa.

"Hum,..." – Tomoyo ficou pensativa por um instante, enquanto a prima a observava curiosa – "Que motivos Shaoran Li teria para voltar para casa com tanta urgência?…" – murmurou. Sakura a olhou com uma sobrancelha erguida.

"No que você está pensando, Tomoyo?" – perguntou enquanto levava o biscoito à boca.

"Que talvez ele seja casado!…" – disse pensativa. Sakura se engasgou tossindo violentamente. Tomoyo colocou mais chá na xícara da prima assim que a viu ficando roxa pela falta de ar. A jovem de olhos verdes tomou a bebida em goles rápidos.

"Por Kami Sama, Tomoyo!…" – disse ofegante – "Não diga uma coisa dessas nem mesmo de brincadeira…" – secou uma lágrima que havia escorrido por seu rosto, não sabia dizer se pelo que a prima havia dito ou pela tosse que a acometera alguns segundos atrás – "Não quero nem pensar no que eu faria de minha vida se isso fosse verdade…" – balançou nervosamente a cabeça.

"Me desculpe, Sakura,…" – Tomoyo respirou fundo – "mas o que você vai fazer agora?…" – perguntou.

"Não sei!…" – disse simplesmente – "O que acha que eu devo fazer?…" – tirou o cabelo que estava em seu rosto, colocando-o atrás da orelha.

"Bem,… eu acho que você deve ir para Hong Kong,… procurar por ele e dizer tudo o que sente!…" – disse calmamente.

Sakura sorriu, ouvindo Tomoyo falar parecia ser tão fácil. Simplesmente chegar e dizer: Eu te amo!... Mas não é tão simples assim. Shaoran tornara-se seu melhor amigo, ele a escutara e consolara. Não! Não poderia dizer o que sentia e arriscar-se a perder a amizade dele.

'Prefiro tê-lo apenas como um amigo, a não tê-lo em minha vida!' – pensou tristemente.

O telefone do quarto tocou, tirando Sakura de seus pensamentos.

"Provavelmente é o Touya perguntando se eu não vou voltar para casa…" – suspirou. Tomoyo sorriu ae atendeu.

"Sim?…".

"Desculpe-me Srta. Tomoyo, mas tem um cavalheiro da Inglaterra ao telefone…" – disse a criada.

"Inglaterra?…" – perguntou-se intrigada – "Ah,… deve ser o Sr. Hiiragizawa!…" – exclamou – "Pode passar a ligação Kira…".

 "Sim, senhorita!" – a linha entrou no sistema de espera. Tomoyo olhou para a porta onde Sakura tentava sair, sem ser percebida.

"Onde você pensa que vai, Sakura?…" – perguntou afastando o telefone do ouvido.

"Bem,… eu vou para casa…" – disse parando diante da porta entreaberta com um sorriso amarelo no rosto.

"Ah,… não vai, não!" – exclamou segurando o telefone sobre o ombro – "Você ainda não me contou o que vai fazer…" – sorriu misteriosamente.

"Eu vou esperar um pouco,…" – contraiu levemente os ombros – "mais tarde, quem sabe, eu siga seu conselho e vá para Hong Kong!…" – suspirou – "Eu só não posso aparecer sem mais nem menos na cidade!… Tenho que ter um motivo para isso não acha?…" – perguntou sorrindo – "Não tem alguém no outro lado da linha Tomoyo?…" – apontou para o aparelho na mão da prima que se assustou, levando o aparelho de forma instantânea ao ouvido.

"Alô?" – disse rapidamente.

"Olá,… boa noite, Srta. Daidouji!" – ela ouviu a voz risonha no outro lado da linha.

"Perdão, Sr. Hiiragizawa!…" – pediu humildemente, enquanto via a prima acenar rindo e sair do quarto, fechando a porta – "A que devo a honra de sua ligação?…" – perguntou suavemente.

Continua…

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N/A – Uhm,… Tomoyo e Eriol conversando pelo telefone me parece sinal de encrenca, ou travessura soaria melhor? Bem, o Shaoran deu um fora quando pediu ao Eriol para não citar seu nome a Tomoyo e o Eriol, arteiro como é, certamente vai aprontar alguma!…

Bem, pessoal, eu queria pedir desculpas pelo atraso, mas é que, com o encerramento do Angels of Paradise e o racionamento do meu tempo na net, não deu tempo de postar o fic no ar ontem!… Perdão!… Não me machuquem, pelo menos por enquanto!… Eu nem disse, ainda, que esse é o antepenúltimo capítulo!… *me encolhendo*… Aiai… devia ter deixado para falar isso no próximo capítulo quando vocês não estivessem tão zangados!…

Meus agradecimentos são para: Felipe S. Kai (valeu pela ajuda no capítulo!), Rô (não tenho palavras para dizer o quanto sou grata, amiga!… Ah, sim, eu tenho uma teoria sobre o SB, depois te mando um e-mail!), Mamãe… (Você que é a primeira pessoa para quem mostro meus capítulos e me ajuda a desenvolve-los de forma mais natural… Ç__Ç te adoro!), Kaw Tita (hehe… você não foi a única a acertar quem era!… Eu pensei mesmo naquele episódio de RK quando estava escrevendo… tenho a incorrigível mania de misturar animes no meio das histórias, é um karma, mas eu consigo contornar sem dar muito na vista!… hehe…) e Suu-chan (desculpe a demora,… prometo que na próxima semana coloco o capítulo no ar no sábado como vinha fazendo!…).

Beijos a todos que acompanham!… Até a próxima!

Yoru.