Capítulo Primeiro: O Fim de tudo

ou também:

Apenas mais um começo

França, 1432

A mulher puxou as cordas finas com força.

Pressionou os dedos contra a madeira, os deixando brancos.

Fechou os olhos, a fim de que as lágrimas não caíssem.

Tentou manter o gemido contido dentro de sua garganta, mas seus lábios se abriram devagar e o gemido transpassou por eles.

"Vamos, vamos, não reclame..."

"Como não reclamar? Você já deve Ter quebrado umas cinco costelas minhas, Kaysha!"

"Ora, largue mão de ser exagerada, Lucianne! Você muito bem sabe que todas as suas costelas estão inteirinhas!" e a mulher puxou as cordas novamente, e ouviu-se um estalido "Agora não estão mais..." a garota suspirou enquanto as lágrimas começavam a escorrer por seu rosto, e ela mordia os lábios para não gritar de dor.

Kaysha suspirou e mexeu em alguma coisa. As lágrimas de Lucianne logo cessaram, assim como a dor dela.

"É ótimo para mim que seja você quem me aperte o espartilho, Kaysha, mas realmente me pareceria mais acertado que você fosse médica..."

"Se eu fosse médica, eles logo me descobririam... E logo descobririam você também, querida... E a todas as outras... Desconfiariam rápido..."

"Certo... Mas, realmente, isso é injusto"

"O mundo, nos dias de hoje, não é justo..."

"Certo..." A mulher fez um laço e outro, jogou sobre a garota um tecido pesado verde escuro.

"Você prefere o espartilho de fora preto ou prateado?"

"Prateado, por favor..."

"Certo..."

A garota sentou-se, e, em vinte minutos, ela estava sendo levada devagar para os pátios.

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Fechou os olhos enquanto lhe feriam o rosto com a brasa, as lágrimas querendo sair pelos olhos.

Não, hoje não...

Ela pensou enquanto amenizava a dor mordendo os lábios.

"Pelo poder da Grande Mãe Tríplice, eu lhe batizo com seu novo nome, Kalinne. A partir de hoje, não és mais Lucianne. És Kalinne da Deusa, portadora de seu amor e paz, serva fiel da Grande Mãe. A partir de hoje, tudo, desde o ar que respiras aos homens com quem deitas, serão à favor da Deusa. És a Deusa em corpo de gente, encarnada, a partir de hoje. Sirva com o seu coração. Estás pronta para receber tal fardo?"

"Sim, estou, em nome da Deusa" afinal, ela completou mentalmente, não estudei todos esses anos à toa. Não amei à toa...

"Bem vinda a sua nova vida, Kalinne. Encarne novamente, no corpo da Deusa" e então Lucianne se abaixou e beijou os pés da mulher à sua frente. Sabia quem ela era. Seu antigo nome havia sido Lianne, mas agora era Bridgit. A Grã-Sacerdotiza de seu clã.

O ar lhe faltou por um minuto, enquanto se dobrava ao meio, o espartilho lhe apertando o estômago. Levantou-se e encarou Bridgit.

"Agora, vivo para a Deusa, sou a Deusa, respiro a Deusa e vivo a Deusa. Farei tudo o que por ela me for pedido, viverei o tempo que por ela me for permitido, irei para onde ela me mandar. Agora vivo para a Deusa, e para ninguém mais. Vivo para servi-la, e nada mais. Não sou mais eu. Meu nome é Kalinne da Deusa, e assim será pelo resto de minha vida, para o bem de todos"

"Para o bem de todos" houve um murmúrio geral, e as mulheres com as tochas nas mãos andaram para mais perto.

"Apresente-se para sua mãe como nasceu, pois estás a nascer novamente"

Lucianne começou a tirar o espartilho de fora, o manto verde, ficando apenas com o espartilho que lhe tirava o ar. Duas iniciadas chegaram mais perto e começaram a desamarrar o espartilho apertado, e ela sentiu-se aliviada, por poder respirar normalmente novamente. Agradeceu à Grande Mãe em uma prece, e, sem querer, seus pensamentos voaram e ela desejou por um momento jamais Ter de usar aquilo novamente.

Quando estava completamente desnuda, andou até a frente do altar, abriu os braços e as pernas, e olhou o céu.

"Oh, Grande Mãe! Assim me apresento, como vim ao mundo, pois ao mundo eu venho novamente! Estou renascendo em teu amor! Me apresento como mais uma parte de ti! Sou tua, agora! Faça de mim o que bem entenderes, para o bem de todos!"

"Para o bem de todos" outro lamento geral, em tom baixo, mas alto o bastante para fazer alguns pássaros correrem dali.

Ela sentou-se no chão, sentindo-se finamente aliviada.

Começara a chover.

Fora aceita pela sua Grande Mãe como sacerdotisa.

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Estava - novamente - no castelo das sacerdotisas. Estava sentada na sua cama estreita se preparando para vestir a roupa de dormir.

A mala já estava pronta aos pés da cama. Partiria para Londres, para pegar uma nova Filha da Deusa, no dia seguinte, pela manhã.

Soltou o cabelo, e as longas mechas vermelhas caíram sobre seus ombros, encaracoladas. Fechou os olhos por um momento, e suspirou. O ar lhe faltou. Ela abriu os olhos de repente, e então, ela já estava ali.

Novamente, era como se não fizesse parte do que acontecia à sua volta. Novamente tudo corria em rápida sucessão, cenas e mais cenas, de coisas dos mais variados tipos.

Um menino de cabelos pretos assoprando velas, vestido com as roupas mais esquisitas que ela já vira na vida, um caldeirão borbulhando, penas caindo do céu, um garoto de cabelos ruivos e uma menina de cabelos castanhos cheios, um sorriso enorme que parecia ser dirigido à ela, um cavalo negro, a lua cheia e um uivar de lobo e uma cena mais prolongada, diferente de todas as anteriores, e muito mais longa do que qualquer outra cena que ela já vira.

Ela via ela mesma deitada na sua cama no castelo, os cabelos esparramados pela cama. Ela acordava, e descia as escadas até o térreo, com uma mala na mão.

Chamava por todas as sacerdotisas, mas nenhuma acordava. Entrou no quarto de Kaysha, e esta se levantou. Mas, antes que pudessem trocar uma só palavra, uma horda de homens com tochas e espadas adentrou no recinto e começaram atiçar fogo em tudo, a destruir todos os poucos bens que haviam dentro do castelo. Com um movimento das mãos, Kaysha fez alguma coisa, e ela se viu de volta no seu quarto, sentada na sua cama.

Com os olhos abertos de terror, começou a chamar os nomes das outras sacerdotisas enquanto descia as escadas correndo com a pequena mala na mão e jogava uma capa sobre seus ombros. Nenhuma acordou.

Acabara de Ter uma visão do futuro. Fechou os olhos, as lágrimas escorrendo pelo seu rosto pálido, o cortando com pequenos fios úmidos, e ela abriu a porta do quarto de Kaysha.

"Kaysha, acorde! A Inquisição está chegando! Temos que fugir!!! VAMOS!" a marca em seu rosto ardia, e ela sentia um pânico enorme, enquanto observava sua amiga tentar perceber o que acontecia. Mas o que acordou sua amiga – sua única amiga na vida inteira – foram as luzes das tochas, o barulho dos passos e as vozes dos homens da inquisição.

"Como eles encontraram o castelo?"

"Não sei, Kaysha! Mas temos de ir embora daqui agora, e..." antes que pudesse terminar sua frase, vários homens vestidos de vermelho entraram no quarto, e apontaram as espadas luzentes sobre as duas mulheres desprotegidas.

Antes que os homens pudessem falar "vocês estão mortas, bruxas", Kaysha ativou um feitiço antigo, e salvou sua única amiga de toda a vida. Uma vida que acabava agora.

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Sentado em seu escritório, o velho sábio olhava compenetrado para a ficha de alguns estudantes que entrariam na escola aquele ano. Um ou dois já tinham seus doze anos.

Maldito Ministério! Não conseguia nem mesmo perceber a magia nos alunos antes que completassem onze anos? Tinham malditos onze anos para detectar a magia naquelas crianças e nem mesmo isso faziam direito!

Ele balançou a cabeça de um lado à outro, cansado. Sabia que estava errado. Não era exatamente culpa do Ministério Ter um Ministro tão... Burro (e ele apenas pensava aquilo por não achar outro sinônimo para Fudge).

Levantou-se e se encaminhou para o armário escuro num canto da sala.

Algo lhe dizia que ainda não era hora de abrir aquele armário e tirar a penseeira dali de dentro, mas ele estava precisando.

Assim que botou as mãos sobre o carvalho ouviu-se um rangido rouco e baixo que fez Alvo Dumbledore soltar na mesma hora a porta de carvalho do pequeno armário onde guardava sua penseeira e se virar para a porta de seu escritório.

Um homem de seus quarenta anos estava parado no portal aberto, os olhos castanhos perscrutando toda a sala com precisão, as mãos nos bolsos, os lábio finos espremidos numa linha reta, sem sorrir. Encarou Alvo Dumbledore seriamente.

"O que houve, Montmartre?"

"Precisamos conversar, Dumbledore. Tenho um caso para você..."

Sabia que não era a hora para abrir o armário da penseeira. Vou ganhar outro problema...

"Sim, Montmartre. Fale"

"Encontramos uma menina, de seus dez anos, num canto da Plataforma 9 e ½. Achamos que fosse uma trouxa perdida, pois estávamos, naquele dia, dando a nossa revisão na plataforma, e o portal estava aberto..." o homem encarou Dumbledore com o olhar meio constrangido, mas o mais velho apenas lhe fez sorrir "Acreditamos que ela havia desmaiado graças a quantidade de magia que havia no local..."

"Então, qual era o problema? Não a obliviaram e deixaram em alguma estação de metrô de Londres? Já fizemos isso antes, Montmartre..."

"O problema, é que ela tinha um tremendo – mas realmente tremendo – poder mágico. Tinha um símbolo na testa e carregava um colar no pescoço... Estava com uma capa preta jogada sobre o corpo, e... O que era mais estranho..." parou um momento para fazer suspense, mas Dumbledore ergueu uma mão e fez um gesto para que continuasse "Bem, foi isso, de verdade o que nos fez acreditar que ela podia ser trouxa, a princípio... Estava vestida em trajes medievais. Acreditamos que fosse pegar um trem, pois carregava uma mala e iria para uma dessas convenções trouxas de desenhos animados, ou mundo medieval, ou o que quer que fosse..."

"Estranho. Descobriram o que aconteceu?"

"Não. Esse é o problema. Queremos que você descubra..."

"Adoraria" Dumbledore sorriu enquanto esticava a mão para apertar a do homem à sua frente, selando um pacto que mudaria a vida de tantas pessoas, que nem mesmo ele, o Grande Alvo Dumbledore, desconfiava.

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Um calor invadiu todo o seu corpo, e ela sentou-se de súbito.

"KAYSHA!"

"Calma, querida! Está tudo bem..."

"Eles a pegaram! Precisamos ir atrás! Vamos, vamos..." a jovem já ia levantando-se da cama, sem nem olhar para que sacerdotisa estava do seu lado, olhando ao seu redor à procura de sua capa. Estava tonta, mas nada mais importava. Apenas tinha de achar a sua capa e sair atrás dos homens da inquisição. Precisava salvar Kaysha.

Não a encontrou.

Mas encontrou um ambiente totalmente diferente do que estava acostumada.

"AH! Que lugar é esse?" a mulher a encarou.

"Hospital Saint Mungus para Bruxos Enfermos, minha querida. E você está completamente fraca. Deite-se novamente, por favor... Não me obrigue a jogar um feitiço em você!" a mulher lhe lançou um olhar agudo, e depois sorriu.

Tudo o que a jovem fez foi a encarar perplexa. Não era uma das sacerdotisas. Não tinha o símbolo da Deusa. Como faria feitiços?

E que hospital era aquele? Melhor, o que vinha a ser um hospital?

"Pardon?"

"Como?"

"Como?"

"Nosso papo parece bastante produtivo, mas tenho de lhe dar a poção e ir"

"Como?" o que é um papo produtivo?, sentiu vontade de perguntar. Pelo que ela sabia, papos não produziam nada. Talvez gordura, como o papo do Rei da França – que, aliás, era enorme -, mas fora isso...

"Como o que, docinho? Vamos, vamos, deite-se aqui e descanse... Você está realmente fraca... Vamos, beba essa poção..." e entregou à jovem uma taça com um líquido gosmento cor de bile. Ela fez cara de nojo e encarou a mulher.

"Isso não é uma poção. Isso é resíduo intestinal!" ela sussurrou letalmente. Levou a mão à boca e a tapou "Oh, me desculpe! Não devia Ter falado isso! Me desculpe!" ela começou a balançar a cabeça de um lado à outro, e a mulher lhe encarou com grandes olhos questionadores.

"Não precisa se desculpar, querida... Bem, tome essa poção, de qualquer modo, pois Alvo Dumbledore quer conversar com você..."

"Quem?" ela elevou uma sobrancelha, como aprendera pequenina, e a mulher lhe sorriu.

"É estrangeira, não é? Não é da Inglaterra"

"Sou da França, minha senhora. Isso aqui é a Inglaterra?" ela perguntou assustada.

"Sim. É a Inglaterra"

"Achei que fizesse mais frio, num inverno como esse, por aqui"

"Mas é verão..." a mulher lhe encarou estranhamente, e a jovem a encarou durante alguns segundos.

Kaysha fizera alguma coisa.

Kaysha fizera alguma coisa realmente insana!

"Bom, realmente você tem de tomar essa poção..." e então a jovem parou de reivindicar e tomou a poção de uma vez. Tinha gosto de nada. Tentou sorrir para a mulher, parecer agradável, mas realmente não conseguiu.

"Do que era essa poção?"

"Era um suco, na verdade..." a mulher lhe encarou contrariada "Com um pouco de poção calmante e poção da verdade... Oh, me desculpe, querida, mas era um pedido de Alvo Dumbledore..."

"Quem é Alvo Dumbledore?!"

"Um grande bruxo... Ele lhe explicará qualquer coisa que quiser, minha querida... Mas agora devo ir... Com licença..."

E a deixou sozinha no quarto, com seus pensamentos.

Ela se perguntava mentalmente o que Kaysha havia lhe feito, ou feito com o tempo, ou o que quer que fosse. Não, aquele lugar não era real. Aquilo tudo era falso, muito falso.

Tudo era tão facilmente comprovável! O que vinha a ser aquele aparelho ao seu lado? Não devia jamais Ter existido! Era diferente de qualquer coisa que tivesse visto antes, a não ser...

"Oh, não!!" foi tudo o que conseguiu sussurrar.

Estava no futuro.

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"Boa Tarde, Srta." o Sr. entrou pela porta, se esgueirando em passos leves, como o de um pequeno passarinho azul. Azul sim, pois o homem vestia a roupa ais espalhafatosa que ela já vira. E, acreditem, depois de viver na corte até os cinco anos, ela sabia discernir uma roupa clássica de uma espalhafatosa. E essa era, decididamente, espalhafatosa. Um vestido comprido de um tom de azul chamativo, com desenhos de estrelas e luas e sóis em laranja.

Fechou os olhos e se virou para o lado, se proibindo de ver um homem de vestido.

"Meu nome é Alvo Dumbledore, e sou diretor da escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Fiquei sabendo que você é francesa. E que é bruxa"

"Não sou apenas bruxa. Sou uma seguidora da..." e calou-se notando o que estava a dizer. Ele podia ser um homem da Inquisição tentando pega-la. Nada impedia a inquisição de existir até a data em que ela se encontrava, a qual ela não sabia, sequer suspeitava, qual era.

"Seguidora da...?" Alvo Dumbledore andou em passos lentos até ela, que se virou para ele e tentou sorrir.

"Seguidora da Deusa" dessa vez não conseguiu se reprimir. Mas que raios estava acontecendo com ela?

"Oh, sim!" o homem lhe sorriu gentilmente, e sentou-se na beirada da cama alta onde ela se encontrava deitada "E qual seu nome?"

"Lucianne Fressô. Mas agora é Kalinne da Deusa" o homem lhe sorriu. Havia entendido.

"E veio de onde, exatamente...?"

"Paris"

"Certo..."

"Em que ano estamos?" ela o interrompeu antes que conseguisse fazer outra pergunta.

"1998"

"Ai, Kaysha o que você fez...?" ela sussurrou baixinho, mas Dumbledore – ainda assim – conseguiu escutar.

"Quem é Kaysha?"

"Minha melhor amiga" tentou se reprimir. Novamente não conseguiu.

"Como você foi parar na plataforma?"

"Que plataforma?" ela tentou.

"A plataforma do trem"

"O que é um trem?" perguntou de novo, duvidando da sanidade daquele homem.

"Um trem é uma enorme caixa com rodas que leva as pessoas de um lugar ao outro.

Mas como você foi parar lá?"

"Foi culpa de Kaysha"

"O que ela fez?"

"Ela..." tentou morder os lábios para se reprimir, mas parecia que eles tinham vontade própria, e se moveram contra a vontade de sua dona "Me mandou para uma outra época. Essa daqui"

"Oh, então você é de outra época?"

"Sim. Sou de... 1423" fechou os olhos, esperando que o homem pegasse de algum lugar uma tocha e tocasse fogo nela e na cama na qual estava. Continuou esperando, pois ele não o fez.

"Interessante" ele murmurou, e, quando ela se virou para vê-lo melhor, pode perceber que ele sorria para ela "Seus pais, naquela época...?"

"Mortos. Fui criada por uma Sacerdotisa da Grande Mãe, Kamyna. Kaysha também foi criada comigo"

"Certo, certo..." o homem estava ganhando a confiança dela. Ainda não tentara a matar, ou estuprar, como seria comum "E você sabe o que Kaysha pode Ter feito para que você viesse parar aqui?"

"Sei"

"O que foi?"

"Um feitiço antigo... Abdeo Tempus... Requer muita energia.. Tanta que... A pessoa que aplica o feitiço morre depois de o fazer...." a garota virou o rosto para o lado, as lágrimas querendo tombar sobre sua face.

"Quantos anos ela tinha?"

"Quinze"

"E você, quantos tem...?"

"Doze"

"Doze anos?"

"Sim, isso mesmo..." ela falou, a voz embargada.

"Certo... Você tem algum aprendizado em magia? Passou por alguma escola?"

"Sou filha da Deusa!" ela falou, a tristeza parecendo sumir durante alguns instantes, dando lugar à uma ira gigantesca. Mas logo voltou "Eu aprendo magia desde que tenho cinco anos... Quando meus pais morreram e ela me aceitou como sua filha..." a garota sussurrou placidamente, a cabeça tombada para trás.

"E você não tem para onde ir? Não sabe como voltar?"

"A Inquisição atacou o templo onde eu vivia. Não tenho mais para onde voltar. Foi por

isso que Kaysha me mandou... Para cá"

"Certo, certo... Então faremos um acordo. Você irá para uma escola onde aprenderá um magia diferente..." Dumbledore sabia um pouco sobre o grupo das Filhas da Grande Deusa, sabia o quão temperamentais elas eram, e quão difícil era ensinar magia normal para uma dessas mulheres idealistas e naturalistas. Mas, em compensação, elas sempre eram as mais poderosas, ao aprender. E Dumbledore precisava urgentemente de gente poderosa "E ganhará abrigo... Contanto que se comporte, e prometa que tentará entender esse mundo novo..."

"Apenas isso? Deve haver mais, meu Senhor" ela falou enquanto levantava o rosto, decidida a saber o que havia por detrás daquilo.

"Com o tempo, pediremos outras coisas. Se não quiser, não precisará fazer. Mas acredito que achará que é o certo, mais para frente..."

A garota, mesmo desconfiada, abaixou a cabeça em concordância.

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N.A.: Bom, uma introdução bastante rigorosa, hein? Kkkk Bastante séria para a minha fanfic.. Aliás, está até bem escrita demais para a minha própria idéia.. ^-^ Logo eu, que mal sei me expressar... Kkkkk. Well, bem vindos ao novo mundo que eu criei para a minha nova fanfic! Essa é a primeira fanfic que eu tento fazer coerente e com um histórico pronto. Espero que dê certo... ^-^ E que vocês me deixem reviews para que eu continue escrevendo!!!!! Pois essa fic não está pronta... E eu preciso de incentivo para escreve-la!!!!

Ah, quanto à toda a parte da religião da Deusa, ou da Grande Mãe que eu estou escrevendo na minha história, sinto informar, mas não é verídica. Existe mesmo essa religião, com suas Sacerdotisas, mas não é como a descrita por mim. Isso foi uma mistura de muitas ideologias que li por aí. E esse ritual de iniciação não é verdadeiro, e aqueles que quiserem se iniciar nessa religião não devem, por nada nesse mundo, queimar a testa com brasa, certo? ^-^

Beijos!