DISCLAIMER: O Harry Potter e o dinheiro são da JK e da Warner. Mas se eles quiserem me ceder o Draco eu não ligo...
Nota da autora: Uff! Depois de MIL ANOS eu finalmente consegui postar E eles... aqui no fanfiction.net! Gente, desculpem a demora, é que esse site simplesmente me ODEIA!
Bem, a fic é a continuação (curtinha!) de Quase sem Querer e eu espero que vocês curtam. Na verdade, muita gente já leu no 3 Vassouras, mas eu ainda aceito reviews. ^^ Eu sempre aceitos reviews... Ui, ui...
Aproveito pra agradecer todas as pessoas que já me escreveram dando sugestões, fazendo criticas e elogios. Vocês ajudaram muito, mesmo sem saber. ^^ Agradeço também a minha beta Amanda que me manda listas super úteis. Hehehehe.... E ao meu pai, minha mãe e o M. Manson. Hahahahha...
Tá agora a fic...
Boa leitura!
***
1 – Namoro por correspondência.
Para a família Weasley aquele verão foi muito atribulado. A caçula da família, por exemplo, chegou de Hogwarts apagada, triste, abatida despertando os cuidados de todos. Nem mesmo os preparativos para o casamento do irmão puderam anima-la, embora tivessem feito com que ela sorrisse umas poucas vezes. Molly tinha decidido ter uma conversa séria com a "sua menina", para descobrir qual era o problema, mas não foi necessário... Gina acordou, um dia depois do casamento de Gui, com um sorriso de orelha a orelha. Ninguém teve tempo de perguntar a ela o motivo da mudança de humor...
Quando a trupe dos Weasley seguiu para o quarto onde Harry dormia eles constataram assustados que ele não estava mais lá. "Ele foi raptado", concluiu acertadamente Rony. Ele foi encontrado naquela mesma tarde, em Godric´s Hollow, ferido, confuso e atordoado, mas com uma certeza: Voldemort estava morto. Nenhum corpo foi achado, apenas uma marca escura no chão, a varinha quebrada pela pressão da mão e um cheiro que indicava que nada vivo poderia estar ali. Para Harry aquele era o fim de um tormento de anos, para o Ministério da Magia era o começo do caos. A maioria dos Comensais havia morrido, mas alguns tinham conseguido fugir e todos os esforços estavam concentrados em captura-los.
Apesar disso, só o que ocupava Gina agora era esperar que Draco mandasse notícias. E ele estava demorando demais, e ela começava a ficar em pânico. Ela sabia que não era seguro lá fora, com Comensais fugitivos e aurores com ordens de atacar primeiro e perguntar depois. Ambos eram uma ameaça para o rapaz. Mas, na manhã que iria para Hogwarts, quando ela sentou-se na mesa para tomar café da manhã (só ela e sua mãe, já que nenhum dos irmãos estava em casa e Arthur estava de plantão no Ministério) uma ave branca, parecida com uma pomba, trouxe uma carta. Gina correu para ler...
"Virgínia,"Ela sentiu o coração disparar. A letra... Ah! A letra era dele, sem dúvidas!
- Quem mandou essa carta? – perguntou a mãe, intrigada pela ave não ser a habitual coruja.
- Er...A Lenina! – ela exclamou o primeiro nome que lhe veio a mente.
- Mas da onde ela tirou esse passarinho? – ela perguntou displicente, oferecendo água para a ave.
"Boa pergunta!", Gina passou os olhos pela carta procurando algo que respondesse aquela pergunta.
- É que ela está passando as férias em... – ela leu o cabeçalho da carta – Marselha?! É...er...Marselha, na França (!!!), é lá que a Leny está...estava! – ela disse lembrando que hoje mesmo elas estariam juntas no Expresso de Hogwarts.
Molly achou estranho mas não perguntou mais nada, até porque não havia mais tempo, tinham que sair imediatamente. Gina guardou a carta no bolso da calça, apanhou sou malão e, junto com sua mãe, viajou via flú.
***
No trem, Gina teve que controlar a curiosidade, só pôde ler a carta duas horas depois do início da viagem. Dividia uma cabine com Colin e Lenina, o que impedia qualquer tipo de privacidade. Mas eles dormiram logo, eles sempre dormiam durante a viagem. Aproveitando a deixa, Gina pôs-se a ler silenciosamente.
"Virgínia,
Está muito brava? Espero que não, mas creio que sim. Sinto muito pela demora, mas não foi possível escrever antes. Todo o tipo de coisa insólita me aconteceu desde que eu saí da sua casa..."
Ele descreveu uma confusão na King´s Cross, os aurores fiscalizando cada ser vivo que entrava ou saia do "Expresso Continental" (que transportava os bruxos pela Europa) e contou que todas as viagens mágicas estavam paralisadas. Ele ficou muito surpreso ao ver que as viagens trouxas também estavam sendo vigiadas (sem que os "tolos" trouxas percebessem, é claro).
"Eu não demorei muito pra perceber que só tinha duas saídas: pedir uma informação aos adoráveis rapazes do Ministério (seu irmão Peter estava lá, sabia?) ou sair da Inglaterra a moda trouxa.
Sim, eu fiz isso mesmo. Pode dar risada. Eu saí do país naquela coisa de metal que eles fazem voar sem magia. Impressionante! Perguntei pro trouxa que sentou-se ao meu lado como aquilo funcionava, mas ele não sabia! Como os trouxas são imbecis o suficiente para entrar numa coisa daquelas sem nem saber como ela funciona?! (no meu caso era uma emergência! E eu não pretendo fazer isso nunca mais!) Bem, de qualquer modo eu gostaria de saber como eles botam aquele pedaço de metal no ar sem a ajuda de magia..."
Ela realmente deu risada ao imaginar Draco usando roupas trouxas, dinheiro trouxa e andando num transporte trouxa. Gina achou muito familiar quando ele se referiu à maquina de voar como "impressionante". Ele não sabia, mas tinha falado exatamente algo que o pai de Gina falaria.
Ele disse que havia escolhido a França por ser o único país onde conseguiria se comunicar (já que tinha aprendido o francês quando criança). Disse também que sua intenção era ter ido a Paris, mas ele tinha pego o avião errado, ou comprado a passagem errada, ele não sabia ao certo. Só sabia que tinha ido parar em Marselha, onde estava vivendo discretamente numa "estalagem trouxa", que foi o nome que ele deu para um hotel. Tinha preferido uma instalação trouxa para evitar perguntas comprometedoras ("Um Malfoy seria facilmente reconhecido na França", segundo ele.), mas estava se informando sobre a vida mágica da cidade.
"O serviço não é ruim, mas a comida... nossa! Nem minha mãe cozinha tão mal assim! As coisas são todas sem tempero! Falando em 'minha mãe', você tem alguma notícia? Pela agitação que vi na King´s Cross deu pra notar que algo sério aconteceu. Temo que tenha a ver com os planos que meu pai tinha para aquela noite... Por favor me dê notícias,... mesmo que sejam más notícias."
Essa última virgula deu um nó na garganta de Gina. Ela sentiu que naquele ponto ele ficava mais sério, provavelmente já pressentia as notícias que estavam por vir. "Pobrezinho do meu querido...", ela pensava em abraça-lo enquanto contraia os músculos instintivamente. Escrever uma resposta seria mais difícil do que ela imaginara...
"Creio que já disse tudo e que a carta termina aqui. Escreva depressa!
Draco Malfoy."
"Só isso?!", ela fez um muxoxo. Ela estava se derretendo toda só por ele lhe ter escrito e não ia ter nenhuma frase doce? "Quem mandou se apaixonar pelo Malfoy!", ela pensou conformada, ao mesmo tempo em que notou que havia algo escrito nas costas do pergaminho.
"Eu estava errado, eu não tinha dito tudo ainda! Eu te amo e gostaria que você estivesse aqui."
Gina sorriu imaginando com que relutância ele tinha escrito aquelas linhas e se perguntou se ele sabia o quanto elas lhe fariam feliz. Dobrou a carta com cuidado e guardou-a no malão. Então recostou-se na janela e dormiu um sono leve até chegar na escola.
***
"Draco,
como você está? Eu não estava brava e sim muito preocupada! O mundo mágico virado de ponta cabeça e eu sem noticias suas! Se você tivesse na minha frente eu te daria um tapa pela preocupação que você me deu! (na verdade acho que eu não ia perder tempo com tapas...)."
O louro deixou-se afundar em uma poltrona e não reprimiu um sorriso e nem alguns maus pensamentos.
- Eu não te daria tempo pra tapas, mocinha... – ele falou para as paredes, sentindo uma saudade dolorosa.
"Meu pai iria adorar conversar com alguém que já voou em um vião (eu acho que esse é o nome da máquina de voar)! Acho que você sabe que ele gosta dessas máquinas trouxas não é? Ah, e a propósito, meu irmão se chama Percy e não Peter."
Draco sabia. Seu pai costumava referir-se a Arthur como "aquele imbecil adorador de trouxas". Agora Draco sabia exatamente o porque. E quanto ao nome, "Por todos os deuses, Peter, Percy, Paul, que seja! É ruivo, sardento, trabalha no Ministério... Que importa o nome dele?!". Ele repreendeu esse pensamento sem muita força de vontade. "E com alguma sorte ele vai ser seu cunhado...", sua consciência disse um tanto quanto ameaçadora.
"Temo ter que entrar em um assunto desagradável. As notícias que você me pediu, elas não são nada boas. Ah Draco! Eu queria muito poder estar com você pra dar essa notícia... Eu estou mandando o "Profeta Diário" que conta tudo, mas resumidamente: Harry e Você-sabe-quem tiveram seu último encontro, do qual Harry saiu vencedor. Dessa vez ele está mesmo morto. (Eu sei porque... Bem, eu nunca mais sonhei com Ele...) Muitos Comensais da Morte morreram e alguns conseguiram fugir. A estação estava paralisada por causa dos fugitivos. Agora vem a parte que eu hesito em contar..."
Uma pausa para organizar os pensamentos. Harry X Voldemort. Harry ganha?! Draco imaginou com raiva como agora sim ele seria tratado como um herói. "Dessa vez ele merece", disse uma voz em sua mente que ele fingiu não ouvir. Agora as más notícias... Draco deu um suspiro profundo e sonoro. Ele prosseguiu a leitura apenas para ter certeza.
"Seu pai faleceu naquela mesma noite em circunstancias que eu não conheço e a sua mãe foi encontrada morta em sua casa, alguns dias depois. Eu gostaria de lhe trazer melhores notícias..."
Agora ele tinha certeza. Algumas cenas de sua vida passaram por seus olhos como um flash. A última noite, o jantar na sua casa... Draco sentiu a garganta fechar e seu rosto franzir-se contra a sua vontade. Ele mordeu o lábio com força... Quando percebeu o que estava sentindo e o que estava prestes a fazer ele concentrou toda a sua atenção nas últimas linhas da carta da namorada.
"Eu espero que essas notícias não tenham lhe trazido arrependimento. Eu sei que o que vou dizer é egoísta e cruel, mas eu fico muito feliz de saber que você esteve comigo naquela noite e que por isso esta vivo hoje."
- Que coisa mais inconveniente pra se dizer pra um recém órfão! – ele disse fingindo indignação na voz. Estava lisonjeado com aquelas palavras, era exatamente o tipo de coisa que ele precisava para se sentir melhor.
"Eu te amo muito, muito, muito, muito e sinto a sua falta o tempo todo! Mas agora preciso terminar a carta, tenho dois tempos de Poções em 5 minutos e não posso vacilar! Afinal, esse ano não tenho professor particular...
Com saudades,
Virgínia"
***
Eles continuaram se correspondendo ao longo de todo o ano e pouca coisa nova aconteceu. Eventualmente Gina mandava notícias das investigações sobre a Magia Negra, que agora se concentravam em "desmalignizar" os lugares onde Voldemort tinha estado e em investigar os suspeitos restantes. Percy havia falado em algo como "Lista de Suspeitos Secundários", fazendo soar muito importante. Na verdade, ela não tinha muita informação a esse respeito, porque era um assunto sigiloso, do qual pouco se falava.
Assim, o conteúdo das cartas de resumia a descrever os acontecimentos triviais da vida de cada um, nos quais o outro estava sempre muito interessado. Draco interessou-se especialmente pela descrição da festa de formatura de Gina, e ficou bastante irritado quando ela contou que tinha dançado com Potter. Ele escreveu umas linhas desaforadas, mas Gina achou muita graça e não prolongou a discussão.
"Não seja bobo! Ele não dança bem como você...", foi o único comentário que ela fez a respeito.
A carta seguinte foi curta e chegou na ultima manhã de Gina em Hogwarts.
"Virgínia,
Estou deixando a França em dois dias (pela vias mágicas graças a deus!) e pretendo chegar a tempo de encontra-la na King´s Cross. Isso vai ser interessante...
Saudades,
Draco Malfoy"
O fim do ano tinha chegado, depois de meses de correspondência e preparação, eles finalmente iam se ver novamente. Nesse meio tempo, Gina tinha contado para sua mãe (e consequentemente para seus irmãos e seu pai) que estava namorando um garoto que já tinha terminado o colégio, mas tinha omitido o nome do rapaz (obviamente). Os dois tinham decidido revelar tudo assim que ela terminasse Hogwarts e que ele voltasse da França. Esse dia estava muito próximo agora...
