Um amor de academia

Sakura acordou na manhã seguinte e olhou para Shaoran dormindo tranqüilo. Levantou, colocou uma roupa e foi fazer o café da manhã. Logo Shaoran chegou na cozinha, usando só um short e com os cabelos mais desarrumados que o normal, se é que isso é possível.

- Bom dia. – ele a abraçou por trás e a beijou.

- Bom dia. Dormiu bem?

- Muito e você?

- Também.

- Está com um cheiro maravilhoso. – ele ia colocar a mão na massa para experimentar, mas ela deu um tapinha leve na mão dele.

- Espera seu bobo, daqui a pouco eu sirvo.

- Como você é má, eu estou com fome... – ele fez cara de coitadinho.

- Não fica assim, daqui a pouco eu coloco.

- Tudo bem, eu espero que valha a pena a espera.

- Vai valer, pode ter certeza.

Cinco minutos depois Sakura serviu as panquecas e Shaoran adorou. Logo depois do café ele foi tomar banho enquanto ela lavava a louça. Assim que ela acabou, ele estava pegando as coisas na sala.

- Você está atrasado, não está? – perguntou, assim que constatou que eram nove e meia.

- Estou, a reunião já deveria estava acontecendo a meia hora.

- Você não parece preocupado.

- E não estou mesmo, mas não posso abusar também. – ele a beijou.

- A gente se vê na academia hoje então.

Shaoran foi para o trabalho e Sakura ficou arrumando as coisas. Dez e meia o telefone tocou enquanto ela estava colocando as roupas na máquina.

- Alô?

- Sakura, que bom que te achei em casa!

- O que foi Tomoyo? Por que toda essa afobação?

- Ai Sakura eu preciso tanto conversar com alguém... Por que não saímos para almoçar?

- Você me parece muito feliz, Tomoyo, será que eu posso saber o porque?

- Eu te conto no almoço, onde você quer ir?

- Qualquer lugar está ótimo.

- Então vamos naquele restaurante tradicional no centro.

- Tudo bem. Onze e meia?

- Ótimo, assim pegamos boas mesas.

- Tá, agora me deixa desligar que o Tsuki está morrendo de fome...

- Você também me parece diferente, Sakura.

- Depois eu te conto, beijos, Tomoyo. – ela desligou e pegou Tsuki no colo. – Vamos, meu anjinho, eu não tenho te dado atenção esses dias, não é? Você provavelmente quer voltar para a Hana, não é? (Detalhe, Hana seria a vizinha que cuidou de Tsuki enquanto Sakura estava no hospital).

Sakura colocou comida para Tsuki, terminou de arrumar a roupa e foi tomar um banho. Onze horas estava dando os últimos toques. Estava com uma saia preta até os joelhos e uma camisa branca, os cabelos presos em um coque. Ela estava passando batom quando o telefone tocou.

- Alô?

- Sakura?

- Oi Shaoran, já estava com saudades.

- Eu estou desde que saí daí hoje cedo.

- Levou muita bronca por não ter chegado na hora?

- Que nada, esqueceu que eu sou o chefe? Sempre chego até mais cedo, um atraso de meia hora não faz tanta diferença.

- Mas era uma reunião, não era?

- Ai, Sakura, não liguei para falar de trabalho.

- OK, então, o que você quer?

- Consegui aumentar um pouco meu horário de almoço, que tal sairmos para almoçar?

- Eu adoraria, mas Tomoyo ligou aqui e eu estava quase saindo daqui para me encontrar com ela.

- E aonde vocês vão?

- Tem um restaurante tradicional no centro da cidade, perto do seu escritório. Mas ela me chamou para conversar, não seria certo você aparecer.

- Nem pensei nisso, só queria saber se tem chance de você passar aqui depois ou nos encontrarmos um pouco.

- Não seria melhor você usar esse tempo a mais para fazer as coisas e sair mais cedo?

- Então a noite de ontem foi tão boa assim?

- E você ainda pergunta? Sabe muito bem que foi maravilhosa.

- Vou tentar usar esse tempo para trabalhar e sair mais cedo então. Mas hoje queria algo diferente...

- Como o que?

- Para começar vamos para a minha casa, pelo menos a cama é de casal.

- Mas lá vamos ser interrompidos de novo.

- Não vamos, pode deixar. Eu cuido disso.

- Tudo bem, eu passo no seu escritório depois do almoço com a Tomoyo e a gente acerta tudo com mais calma, pode ser?

- Depende... Que roupa você está?

- Uma saia preta até os joelhos e uma camisa social branca, por que?

- Para o Niimai não ficar te secando de novo.

- Shaoran, como você é bobo...

- Que horas mais ou menos você vem?

- Combinei com a Tomoyo às onze e meia, uma hora no máximo estou passando.

- Então fica para meio-dia e meia?

- Um pouco mais, mas não muito.

- Tudo bem, vou esperar então.

- Um beijo, amor, já estou atrasada.

- Outro, te amo.

- Eu também te amo, tchau. – ela desligou, terminou de se arrumar e saiu.

As duas se encontraram na porta do restaurante onze e meia e pegaram uma mesa um pouco afastada das outras para terem mais privacidade para conversarem.

- Então, Tomoyo, eu estou curiosa, o que foi que aconteceu? – perguntou Sakura, assim que elas fizeram os pedidos.

- Ai, Sakura, você não vai nem acreditar...

- Conta logo!

- Foi assim, ontem o Eriol me chamou para jantar fora. Ele me levou em um restaurante inglês lindo e muito bom também. Ficou combinado de eu dormir na casa dele, já que não tínhamos muita hora para voltar... Chegamos na casa dele, e um beijo de boa noite acabou por ser a noite mais maravilhosa da minha vida...

- Vocês dormiram juntos?

- Foi...

- Mas você me falou que só iam fazer isso depois do casamento...

- Eu sei... Mas nós nos beijamos, aí ele me pegou no colo e...

- Não precisa continuar, eu sei como é.

- Então você e Shaoran também...

- Foi maravilhoso, Tomoyo... Um sonho.

- Somos duas garotas contentes e realizadas. – brincou Tomoyo e Sakura riu junto com ela.

As duas ficaram conversando sobre detalhes durante todo o almoço e, meio dia e quinze, saíram do restaurante. Sakura foi para o escritório de Shaoran e o encontrou atrás de várias pilhas de papéis e livros.

- Estou atrapalhando? – perguntou Sakura.

- De jeito nenhum, você é a minha salvação. – ele se levantou e foi até ela. – Está linda. – a beijou.

- Ah, Shaoran... – Sakura sussurrava entre beijos.

- Li... – Niimai entrou na sala. – Opa... Desculpe, eu volto depois.

- Tudo bem, Niimai. – disse Sakura, se afastando de Shaoran, para desagrado do rapaz.

- Trouxe mais alguns contratos para serem analisados e assinados. – ele depositou uma pilha de papéis em cima da que já estava enorme na mesa de Shaoran.

- Ai... – Shaoran suspirou.

- Você tem certeza de que consegue sair mais cedo? – perguntou ela.

- Consigo, isso não demora tanto quanto parece. Só isso, Niimai?

- A empresa Daidouji gostaria de marcar uma reunião sobre o relatório de nossa reunião sobre eles. Parece que passamos dados errados.

- É, com a perda dos arquivos tivemos sérios problemas.

- Shaoran... Se você preferir você me liga depois. – disse Sakura.

- Não precisa. Mais alguma coisa, Niimai?

- Não.

- Então nos dê licença, por favor.

- Certo. – ele se retirou.

- Então, onde estávamos? – ele a abraçou pela cintura com um sorriso maroto.

- Vamos acertar as coisas logo, depois continuamos. – disse ela, se esquivando do abraço dele.

- Tudo bem... – ele se sentou na cadeira atrás da mesa e colocou os pés no pouco espaço que havia na mesa.

- Que horas você acha que sai daqui?

- Não sei... Provavelmente cinco e meia. Hoje é sábado, amanhã não vamos trabalhar então tenho que resolver todos esses contratos logo.

- Sei... Então se passarmos a noite juntos hoje, não vamos nem ser interrompidos e nem teremos que nos preocupar com horário amanhã?

- Exatamente.

- Então não precisa se preocupar com horário que você sair... Só me avisa no meu celular quando estiver saindo que eu vou para casa e você me pega lá.

- Quer sair para jantar ou eu pego algo no caminho?

- Pode pegar algo no caminho, mais rápido e prático.

- Tudo bem, eu te ligo então. – ele tirou os pés da mesa.

- Isso foi a minha deixa eu temos mais cinco minutinhos?

- Temos mais tempo.

- Assim que eu gosto. – ela se sentou no colo dele.

- Mas como é folgada... – ele começou a fazer carinho nas costas dela com uma das mãos e um arrepio correu todo o corpo dela, ele notou. – Está gostoso, não é?

- Conheço algo melhor ainda.

- Ah, é?

- É sim... Não pare. – ela se aproximou dele e o beijou.

Shaoran sabia que ela pedira para ele não parar, mas ele não resistiu. Reclinou um pouco a cadeira, parou a carícia nas costas dela e começou a correr as duas mãos pelo corpo da garota, depois de soltar seu cabelo. Era um toque suave e possessivo ao mesmo tempo, Sakura estava adorando aquilo. Brincava com a língua dele, acariciando cada canto de sua boca, fazendo o rapaz cada vez ficar mais excitado.

- Sr Li, tem alguns relatórios... – uma mulher entrou na sala. – Ops... Desculpe, eu volto depois.

- Esqueça, Hikaru, pode falar. – disse Shaoran enquanto Sakura se levantava, tentando recuperar o controle sobre si mesma. Shaoran parecia calmo, apesar de ter os cabelos mais bagunçados que o normal e as roupas amassadas.

- A polícia está na frente do escritório falando de uns relatórios sobre espiões, eles têm umas fichas que podem ajudar a descobrir quem roubos os arquivos. Também mandaram avisar para o dono do Mitsubishi ir logo tirar o carro do local, é proibido estacionar.

- Opa... Acho que é a minha deixa. – disse Sakura.

- Vou com você, tenho que falar com os policiais. – disse Shaoran. – Mais alguma coisa, Hikaru?

- Não, era só.

- Então vamos.

Os dois desceram e Shaoran foi falar com os policiais, depois de se despedir de Sakura com um longo beijo. Sakura se foi e Shaoran foi ver as fichas.

- Temos algumas fichas, veja se reconhece algum deles... – disse o delegado.

- Quantos são? – ele perguntou, mexendo nos cabelos, afim de tira-los do rosto.

- Quatro.

- Vamos ver... – ele olhou as fotos e reconheceu na hora Satoshi. – Posso ver a ficha desse?

- Satoshi Yamagata, é um dos mais escorregadios. Nunca o pegamos. Se bem que fazia tempo que não tínhamos uma queixa dele.

- Na verdade eu não sei se foi ele, mas o conheço.

- Tem algum dado dele que posso nos ajudar?

- Não, mas conheço alguém que pode... – ele saiu correndo e pegou Sakura ligando o carro.

- O que foi? – ela saiu do carro, preocupada.

- Tem algo que você precisa ver. Tranca o carro e vem comigo.

- O que foi? – ela trancou o carro e entrou no prédio de novo com ele. – Vai falar agora ou não? Está me deixando preocupada.

- É ela?

- Ela é ex-namorada de Yamagata.

- O que tem o Satoshi?

- Ele é um dos mais procurados espiões empresariais. – disse o delegado.

- Você acha que foi ele que invadiu seu apartamento? – perguntou Sakura.

- Ele estava trabalhando, não estava?

- Diz ele que estava...

- Pode nos dar as informações sobre ele?

- Adoraria, mas duvido que adiante muita coisa.

- Por que?

- Vou matar aquele desgraçado eu mesma. – Sakura tremia de raiva.

- Sakura! – Shaoran se espantou, nunca vira a namorada daquele jeito. – O que foi?

- Ele me usou esse tempo todo, Shaoran! Fez a mesma coisa com a Tomoyo, logo que comecei a namora-lo.

- Roubou documentos da empresa Daidouji? – perguntou Shaoran espantado.

- Nunca pegamos quem roubou os documentos. – disse o delegado.

- Ele devia ter se precavido melhor... – Sakura saiu correndo, mas Shaoran a impediu de sair do edifício.

- Não faça nenhuma besteira. – Shaoran a segurou pelos ombros. – Pode deixar que eles cuidem disso.

- Você não ouviu? Eles nunca pegaram Satoshi. Eu mesma o levarei para as autoridades.

- Você não acha estranho ele ter sido levado para a delegacia e ninguém ter falado nada?

- Era outro departamento, além do que, foi sob acusação totalmente diferente.

- Eles provavelmente têm a ficha dele, não iria passar em branco.

- Só sei que eu vou pegar ele de jeito agora.

- Sakura, por favor, me escuta... Não se envolve, esses caras são perigosos...

- Shaoran, ele me usou!

- Eu sei, sei como isso é doloroso, mas não quero que você se machuque. Não se arrisque desse jeito, não se exponha.

- Shaoran, eu te entendo, mas...

- Por favor, não insista. Não quero brigar com você e muito menos te perder.

- Shaoran...

- Só passe a informação para eles, se foi mesmo Satoshi ele não vai ter como escapar.

- Tudo bem...

Ela passou as informações para o delegado e Shaoran a levou para tomar alguma coisa para ela se acalmar.

- Me promete que não vai atrás do Satoshi? – perguntou ele pela milésima vez.

- Shaoran...

- Me promete?

- Prometo. Você vai parar de perguntar isso?

- Parei já.  – ele a abraçou de lado (detalhe: eles estavam na "lanchonete" de lá, sozinhos, em pé ao lado da máquina de café). – Sabia que você é a mulher mais linda do mundo? – ele afastou uma mecha do cabelo dela, que cobria uma parte do rosto.

- Sabia que eu estou começando a achar que você só está falando isso para me fazer sentir melhor?

- Claro que não é, você é tão linda que conseguiu chamar até a minha atenção. – dando ênfase no "minha".

- E você é tão modesto...

- Eu sei... Não precisava dizer.

- Ai... – ela riu.

- Adoro seu sorriso. – ele acariciou a face dela, delicadamente, antes de segura-la pelo queixo e beija-la suavemente de início, mas ela mesma aprofunda o beijo e começa com as carícias, depois do deixar o copo sobre a mesa. Shaoran a prensa contra a parede, beijando-a loucamente (HAHAHA, eu sei que ninguém vai entender, mas essa me lembrou minha professora de matemática... "COPIEM LOUCAMENTE!" Dá para aturar uma professora dessas?).

- Shaoran... Desse jeito eu não agüento esperar até de noite...

- Se ninguém nos interromper não precisamos esperar...

- Shaoran! – ela o afastou de si.

- Eu estava brincando... Calma. – Shaoran riu de lado. – Agora acho melhor você ir, senão não vou deixar depois.

- Tudo bem. – ela lhe deu um selinho. – Me liga.

- Eu ligo.

Sakura se foi e Shaoran voltou para sua sala terminar as coisas.

- Niimai, faça a ligação para a Daidouji, quero marcar isso o mais rápido possível.

- A secretária disse que a sra Daidouji pediu para ligarmos em sua casa, que ela estaria lá resolvendo alguns assuntos.

- Então ligue para a mansão Daidouji.

- Certo, vou ligar e passar a ligação para sua sala. – Niimai saiu da sala de Li e fez a ligação, passando-a para ele.

- Sra Daidouji? – disse Shaoran ao telefone.

- Não, é Tomoyo, Shaoran.

- Olá, Tomoyo, se é que me dá essa liberdade.

- Não precisa ser tão formal comigo, afinal, você é o namorado de minha prima.

- Desculpe, mas em ambiente de trabalho acabo ficando mais formal do que de costume... É a praxe.

- Sei como é isso.

- Sua mãe está ocupada?

- Não, está olhando uns contratos e relatórios de produção, vou chamá-la.

- Obrigado.

- Disponha. – ela chamou sua mãe e lhe entregou o telefone.

- Alô, sr Li?

- Boa tarde, sra Daidouji.

- Boa tarde. Desculpe se minha filha o incomodou, ela às vezes é meio impulsiva.

- Não se preocupe com isso, não foi incômodo nenhum falar com ela.

- Certo... – ela riu um pouco.

- Creio que pediu para entrar em contato para marcar uma reunião, não foi?

- Sim, achamos muito estranho o relatório sobre a reunião de vocês sobre nosso acordo.

- Vou ser bem sincero, estamos com problemas sobre esses relatórios.

- Como assim? Se é que não estou sendo indiscreta.

- De forma alguma, na verdade sei que já passou por esse mesmo problema.

- Espiões empresariais?

- Exatamente. Arrombaram meu apartamento e roubaram os arquivos.

- Isso cria muitos problemas... Conseguiu pegar a pessoa?

- Ainda não, mas não estou longe. Tenho meus motivos para crer que foi a mesma pessoa que roubou os da senhora.

- E esses motivos seriam concretos?

- Bem, de certa forma sim... Na verdade são coincidências demais em um só lugar.

- Entendo... Se tiver alguma coisa na qual eu posso ajudar...

- Fique tranqüila, já tenho toda a ajuda necessária.

- Entendo... Mas vamos logo ao ponto, quando o senhor acharia melhor marcar a reunião?

- Depende. Gostaria de uma reunião mais formal, com todos os associados ou só entre nós?

- Poderia ser somente nós dois, não há motivos para tanta burocracia para algumas simples explicações.

- Então poderíamos faze-la agora mesmo, claro, se não estiver ocupada.

- Imaginei que o senhor estaria ocupado.

- Não posso dizer que estou realmente livre, mas não tenho nada realmente urgente.

- Como prefere fazer?

- Sua filha me contou que está analisando alguns relatórios, posso passar aí e conversamos com calma.

- Não quero incomodar, esses relatórios podem esperar.

- Não é incômodo, aqui está tudo meio fora do lugar, seria melhor para mim se a reunião fosse fora daqui.

- Se insiste tanto, para mim é até melhor.

- Então estarei aí em cerca de meia hora, pode ser?

- Perfeito, estarei esperando.

- Até logo então. – ele desligou e se espreguiçou em seguida.

Shaoran saiu do escritório, passou em seu apartamento para trocar de roupa, aquela estava toda amassada e não seria a melhor das impressões para Daidouji.

Chegou na mansão exatamente trinta minutos depois. Estacionou o carro e tocou a campainha. Tomoyo o atendeu sorridente.

- Sakura já te contou, não foi? – perguntou ele quando andavam pelo jardim até a porta de entrada.

- Já, almoçamos juntas.

- Eu soube, quando liguei para chamá-la para almoçar ela estava saindo para se encontrar com você.

- Desculpe, eu não sabia que você estava querendo chamá-la.

- Não se preocupe, combinamos de jantar.

- Você não é nada bobo...

- Tomoyo! – Sonomi só ouvira a última frase, quando viu Shaoran ficou meio estática.

- Não brigue com ela, só estávamos conversando. – disse Shaoran.

- Sr... Li?

- Eu mesmo. Por que todo esse espanto?

- É que... eu notei a voz jovem, mas imaginei...

- Que eu fosse bem mais velho e com mais experiência, eu sei. Estou acostumado, mas posso esclarecer isso. Me formei em administração no final do ano passado e ajudo nos negócios da família já há anos. Experiência é o que não me falta.

- Você já o conhecia, Tomoyo?

- Mamãe, lembra quando a Sakura foi para o hospital por causa do acidente com o caminhão? – Sonomi confirmou. – Foi Shaoran quem ajudou com a burocracia. Ele é o novo namorado da Sakura que te contei.

- Poxa, pelo jeito nessa família ninguém fica de fora de nada... – comentou Shaoran. Nessa hora o celular dele toca. – Um instante, por favor. – ele olhou na tela do celular e viu que era Sakura que estava ligando. – Oi.

- Shaoran, onde você está?

- Eu falei que ia trabalhar o dia todo, que te ligava quando acabasse tudo.

- Eu sei, mas... Eu estou no shopping e pensei de jantarmos aqui, você me encontraria aqui mais tarde. Mas posso ligar mais tarde se estiver ocupado.

- Não, na verdade estou com duas pessoas que te conhecem muito bem.

- Como assim?

- É a Sakura? – perguntou Tomoyo e Shaoran confirmou com a cabeça.

- Olha, na verdade eu estou meio ocupado, eu te ligo depois, pode ser?

- Claro, eu vou estar no shopping, tenho que comprar umas coisas para a faculdade que começa segunda agora.

- É mesmo... Você me faz um favor? Compra um fichário preto liso para mim?

- Claro, quer daqueles comuns ou fechados com zíper?

- Fechados. Depois eu te pago.

- Não se preocupe com isso, mas agora vamos desligar senão vou te atrapalhar mais ainda.

- Tudo bem, eu te ligo. – ele desligou o celular. – Será que podemos ir à reunião?

- Claro, por favor, me siga. – disse Sonomi.

- Vou fazer um chá para vocês. – disse Tomoyo.

Os dois foram até um escritório no andar de cima da casa e Shaoran começou a esclarecer os erros no relatório. Tomoyo bateu na porta e entrou com chá e alguns bolinhos.

- Sirva-se à vontade, Shaoran.

- Obrigado. – ele pegou um bolinho e deu uma mordida. – Está maravilhoso.b

Shaoran explicou tudo para Sonomi e logo voltou para o escritório. Seis horas ligou para Sakura avisando que estava saindo para os dois se encontrarem no restaurante.

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Gente, mil perdões!!! Eu estava olhando um capítulo anterior e percebi que eu troquei o sobrenome do Satoshi!!!

Mil desculpas!!!

E ninguém me avisou também...