Um amor de academia

Sakura estava em seu escritório separando alguns livros quando a campainha tocou.

- Seis e meia, Makoto finalmente acertou no horário. – ela foi até a porta e a abriu. – Nossa! Que surpresa...

- Isso é bom? – perguntou Shaoran, abraçando-a pela cintura e entrando no apartamento, fechando a porta quando passou.

- Maravilhoso. – abraçou-o pelo pescoço e beijou os lábios apaixonadamente.

- Estava esperando alguém?

- Um amigo... Ele ficou de me ajudar a arrumar as coisas.

- Amigo?

- Não precisa se preocupar, ele tem namorada, não vai dar em cima de mim.

- Acho bom... Mas agora me deixa aproveitar... – ele voltou a beija-la, mas eles foram interrompidos pela campainha. – Já não gostei dele.

- Não fala assim... – ela se desvencilhou do abraço dele e abriu a porta. – Oi Makoto.

- Olá, Sakura. – ele beijou o rosto dela e entrou. – Não sabia que teria visita...

- Shaoran não é exatamente uma visita... – comentou, sentindo os braços dele passarem por sua cintura.

- Quer dizer que a senhorita já trocou de namorado? Não se preocupe, não vou tentar tirá-la de você. Sei o que é se ciumento, não é o único por aqui.

- Pensando bem, eu ainda não sei o que você veio fazer aqui... – comentou Sakura.

- Minha mãe quer as chaves extras.

- É mesmo, ficaram na minha bolsa, vou pegar. – ela foi para o quarto.

- Makoto Matsuda. – estendeu a mão.

- Shaoran Li. – apertou a mão do rapaz.

- Meu Deus... Li?

- O chefe da filial aqui no Japão e, futuramente, o chefe de tudo, mas sem escândalos, Makoto. – Sakura voltou com a chave.

- Finalmente você acertou no cara...

- Duvido... – comentou Shaoran, mas seu celular tocou. – Alô? Oi, mãe. Tá bem, estou indo... – ele desligou. – Tenho que ir.

- Tudo bem, a gente se vê amanhã. – Sakura o beijou.

- Tudo bem, até mais... – ele saiu de lá.

- Bem agora chega de moleza...

Os dois foram arrumar as coisas, parando às oito e pouco para jantarem. Logo depois voltaram e terminaram quase dez da noite.

- Você é um anjo, Makoto, obrigada. – ela deu um beijo no rosto dele.

- Não precisa agradecer. Faço qualquer coisa para te ver feliz, você sabe disso.

- Se Shaoran ouve isso você é um homem morto. – ela riu.

- Amanhã a gente se vê. – ele beijou o rosto dela e se foi.

- Ai, Makoto... – Sakura suspirou rindo e foi dormir.

Sakura acordou seis e meia na manhã seguinte. Tomou café, leu um pouco o jornal, se arrumou e, na hora que estava saindo, o telefone tocou.

- Alô? Oi, amor, bom dia. Claro, estava saindo. Vou pegar meu pai e estou indo para lá. Tudo bem, nos encontramos no portão, aí eu te mostro, temos tempo ainda. Tudo bem, beijos. – ela desligou e saiu.

Chegou na casa de seu pai e os dois foram para a faculdade. Sakura parou o carro no estacionamento dos professores e foi a pé para o portão.

- Bom dia... – Shaoran já a esperava, segurou-a pela cintura e a beijou.

- Está aqui há muito tempo?

- Não, precisei passar no hotel antes de vir. – fez uma careta e Sakura riu.

- Bobo... Vamos indo, vou te mostrar alguns lugares.

- Tudo bem. – Sakura o puxou pela mão e começou a mostrar os blocos.

- E ali é onde fica a parte de História, você vai ter aulas ali com meu pai na sala cinco.

- Quer dizer que a senhorita sabe mais do meu horário do que eu mesmo?

- Bem... Estou acostumada com os alunos de meu pai... Não eram poucos que acabavam virando amigos da família. E, às vezes, tinha que saber onde meu pai estava, então acabei decorando os horários...

- Calma, não estou te cobrando nada...

- Eu sei. – ela sorriu. – À propósito, você sai meia hora mais tarde que eu, viu?

- E daí?

- Nada, só estou avisando. – ela riu. – Escuta, você passou os números da minha casa e do meu celular para a sua mãe?

- Não, por que?

- Achei que seria bom ela ter, se algo acontecer e ela precisar te achar... De repente você não está em casa e o celular desligado...

- Melhor não arriscar, os poucos momentos que tenho de paz são os que eu estou com você, não quero perder isso... – ele a beijou, mas o celular dela tocou. – Foi só você falar...

- Bobo. – ela riu e atendeu. – Fala, Makoto. Não, por que? Já estou na faculdade. Ah, não pense que vou falar para você vir estragar meu momento aqui. Claro, tenho cara de tonta? É mesmo... Você faz esse favor para mim? Tá bem, obrigada. OK, eu vejo com ele e vou para aí em quinze minutos. Certo. – ela desligou. – Sei tudo sobre os seus horários, mas esqueço dos meus. Makoto me lembrou que a aula que vamos ter agora é cheia de gente, para pegar bons lugares tem que chegar cedo.

- Você precisa ir?

- Não, ele vai guardar um lugar para mim, temos quinze minutos ainda.

- Escuta, Sakura... Tem uma coisinha que eu queria te perguntar...

- Então pergunte.

- Você sempre vem assim para a faculdade? – ele olhou bem para a blusa rosa-clara colada sem mangas, para a saia jeans até os joelhos, mas aberta um pouco atrás e para a sandália de salto.

- Sempre, por que? Não gostou?

- Pelo contrário, adorei! Só que, lá em Hong Kong, todas as garotas têm que ir com traje executivo ou chique...

- Lá em Hong Kong, aqui não. Mas é claro que ninguém vai vir com saias curtas nem nada do gênero... Barram você no portão se exagerar... – ela suspirou. – Para vir com short e camiseta tem que ser da faculdade de educação física e ter atividades no dia. Eu mesma tenho roupa esporte na minha bolsa, temos um joguinho depois das aulas, se você quiser entrar...

- Não é feminino?

- Não, é um joguinho de basquete só para divertir, nada sério. Mas temos o time mesmo da faculdade, se estiver interessado.

- Pode ser...

- Escute... Agora eu vou com você até a sua sala e depois vou para a minha... Makoto vai perder o meu lugar se eu demorar mais.

- Tudo bem.

- Vamos. – ela pegou a mão dele e os dois foram para a sala. – Quer um lugar na frente ou no fundo?

- Na frente é melhor.

- Tudo bem. – ela olhou bem e viu uma carteira vazia, mas reconheceu o material de quem estava ao lado. Sorriu maliciosamente.

- Que foi? – perguntou ele, notando o sorriso.

- Nada... Tem uma ali, vamos? – ela nem esperou a resposta e já o levou para a carteira. – Aqui está bom?

- Ótimo. – ele se sentou e deixou as coisas sobre a carteira.

- Olá, Kinomoto. – um rapaz de cabelos compridos e negros a cumprimentou, parando ao lado dela e jogando seu material em uma das carteiras.

- Suzuhara! Olá. – ela sorriu. – Tudo bem?

- Tudo, e com você?

- Tudo ótimo. – ela se voltou para Shaoran. – Como pode ver, conheço vários alunos de meu pai...

- É verdade...

- Bem, então, a gente se encontra no almoço e...

- BU! – alguém berrou atrás dela e a segurou firme pela cintura.

- Ah! – Sakura berrou e deu um pulo, virando a cabeça para ver quem fora. – Shinji!

- Oi, Sakura. – ele ria e Shaoran também ria abertamente.

- Seu bobo, me solta. – ela deu um soco leve no ombro dele e ele a pôs no chão. – Não tem graça, Shaoran.

- Desculpe, mas eu nunca tinha te visto berrando desse jeito. – ele abaixou a cabeça na carteira e continuou a rir.

- Pára, Shaoran. – pediu ela em tom choroso.

- Tudo bem... – ele levantou a cabeça e sorriu ao ver a carinha de criança que ela estava.

- Bem, Shinji Tsukayama, esse é Shaoran Li, meu namorado. Shinji é um ótimo amigo, apesar das brincadeiras infantis.

- Isso eu preciso aprender... – Shaoran riu.

- Nem pense. – disse Sakura. – Shinji está sentado o seu lado, vai te ajudar no que precisar. – ela olhou no relógio. – Tenho que ir, a gente se vê no almoço.

- Onde a gente se encontra? – perguntou Shaoran.

- Na quadra, Shinji te leva. – ela sorriu e foi até o lado dele, dando-lhe um selinho. – Não vá ser má influência, Shinji. – Sakura piscou para ele e saiu dali correndo.

- Ela é um anjo, não? – comentou Shinji ao ver Shaoran suspirar.

- Nem me fale...

- É chinês? – perguntou Shinji, se sentando ao lado de Shaoran.

- Sou, vim de Hong Kong.

- Está aqui há quanto tempo?

- Não sei dizer bem... Umas duas semanas...

- Poxa, e Sakura já te pegou? Sortudo...

- Acho que essa seria a palavra certa para descrever mesmo... Com ela sou sortudo, mas no resto...

- Problemas na família?

- Uma mãe problemática e uma prima louca... Tirando minhas irmãs...

- É, conheço bem o quadro... – ele riu. – Mas quando você está com a pessoa que gosta, nem pensa nisso...

- É... Você tem razão.

- Escuta... Você não é ciumento, é?

- Bem... na verdade sou...

- Então vai ter que se controlar, Sakura é uma das garotas mais populares do campus.

- Não fico com ciúme por bobeira, confio em Sakura. Mas se eu ver um indo com gracinha pra cima dela...

- Isso acontece sempre, mas Sakura nunca caiu em nenhuma dessas. E ela nunca está sozinha no campus, sempre está acompanhada, ou seja, nunca fizeram nada para ela.

- Acho bom nem tentarem...

- Bom dia a todos. – o professor Kinomoto entrou na sala e observou todos se sentarem. Logo que viu Li deu um sorriso. – Como nem todos me conhecem, vou me apresentar. Sou Fuyutaka Kinomoto, professor de arqueologia. Vou fazer a chamada e cada um vai responder a três colegas, que eu vou escolher, que farão uma pergunta cada. – Ele começou, logo chegou a vez de Shaoran. – Li Shaoran.

- Aqui. – ele se levantou.

- É chinês, conte-nos um pouco sobre você. – pediu o professor.

- Vim de Hong Kong, já me formei em administração e vim para cá estudar arqueologia e cuidar da filial da empresa de minha família.

- Bem, vamos ver... Kaneda, quer fazer alguma pergunta ao Sr Li?

- Sim senhor, professor. – o rapaz se levantou e encarou Li. – O vi com a srta Kinomoto mais cedo, são amigos?

- Não entendo necessariamente o motivo da pergunta, mas não exatamente... – os lábios dele se curvaram em um sorriso displicente. – Somos namorados. – uma agitação percorreu a sala e Kaneda se sentou.

- Acho que ninguém mais tem perguntas... – comentou o professor. – Sente-se, Li.

- Obrigado. – ele se sentou. – Parece que ela é mesmo popular... – sussurrou Shaoran para Shinji.

A aula correu normal depois disso, Chegando a hora do almoço, alguns rapazes vieram falar com Shinji, e logo estavam todos indo para a quadra.

Shaoran avistou Sakura, mas ela não estava mais de saia e blusinha. Estava com uma calça esporte pescador preta e uma camiseta baby look azul clara. Usava um tênis da nike branco. Ria conversando com um grupo de rapazes, entre eles, Makoto. Logo que avistou Shaoran chegando, ficou observando-o de forma carinhosa, enquanto os outros rapazes se viravam para ver para quem ela olhava.

- Com licença, rapazes. – Sakura saiu da roda e foi correndo até Shaoran. Ele a abraçou e a rodopiou no ar antes de beija-la ternamente.

- Não achei que fosse fazer isso. – comentou Shaoran, enquanto caminhava ao lado dela, em direção à quadra.

- Então vá se acostumando... Quando fico com saudades faço coisas que nem eu mesma acredito. – ela sorriu e se apoiou no ombro dele enquanto andavam.

- Quer dizer que estava com saudades de mim?

- Como não estaria? – ela suspirou. – Vamos jogar um pouco de basquete, quer entrar?

- Pode ser... Se eles deixarem. – apontou para os rapazes que conversavam antes com Sakura, eram um pouco mais altos que ele.

- Eles são muito gentis, não vão recusar. – ela sorriu e começou a puxá-lo pela mão. – Rapazes, esse é Shaoran Li, meu namorado. Dá para ele jogar conosco?

- Claro, para namorado da pequena sempre tem lugar. – o mais alto riu. – É melhor não ser outro molenga que nem o Satoshi.

- Já disse que não quero falar nele, Touma! – repreendeu-o Sakura. – Vamos jogar. – ela pegou a bola das mãos dele e foi para a quadra.

- Ela é geniosa... – comentou Touma. Shaoran riu um pouco e a seguiu, sendo imitado pelos outros rapazes.

- Como querem fazer? – perguntou Sakura. – Estamos em nove.

- Quatro e cinco.

- Melhor não... Não vamos querer humilhar a pequena na frente do namorado... – brincou Touma.

- Quer parar com isso, Touma? – disse Sakura. – Shinji, vem dar uma força para a gente! – chamou e o rapaz veio. – Quero Shaoran, Shinji, Hiroshi e Takero.

- Então eu fico com Miroku, Houji, Kazuo e Takashi. – disse Touma.

- Vamos? – pediu Sakura.

- Como quiser. – Touma se posicionou ao lado dela para disputar a bola.

- Sakura, não quer que eu faça isso? – perguntou Shaoran.

- Não, pode deixar... Eu sempre me dou bem disputando bola com Touma. – ela fez sinal para ele ficar na frente dela para receber a bola.

- Posso? – perguntou Makoto se posicionando para jogar a bola.

- Demorou. – disse Sakura.

- Vai logo. – disse Touma.

Makoto jogou a bola bem alto. Sakura pulou e conseguiu bater em direção a Shaoran e ele foi para a cesta. Estava marcado, mas viu Sakura correndo em direção à ele e passou a bola. Sakura fez a cesta de três pontos.

- Vamos até quinze hoje, Touma! – berrou ela, correndo para a defesa.

Eles ficaram fazendo jogadas muito rápidas e bem boladas. No final estava 14 a 14.

- Quer declarar empate, pequena? – perguntou Touma, chegando até ela com a bola.

- Nem em sonho, Touma. – ela conseguiu roubar a bola dele e correu, fazendo uma bandeja. – Pronto, 16 a 14, acho que ganhamos. – ela estava ofegante.

- OK, agora vamos comer e descansar para as aulas... – disse Touma, pegando a própria mochila e se afastando deles juntamente com os seis rapazes.

- Vamos, Shaoran... Vamos comer antes que não dê mais tempo.

O resto do almoço e das aulas correu normal, Shaoran saiu da sala conversando com o professor Kinomoto e viu Sakura sentada num banco no corredor, lendo. Estava novamente com a saia e a blusa. Continuou conversando, depois falaria com ela, mas viu Kaneda se sentar ao lado dela. Notou que conversaram um pouco, Kaneda falava mais, Sakura somente respondia, sem desviar os olhos do livro.

De repente viu-o segura-la pelo pulso, derrubando o livro e a prensando contra a parede. Ela não conseguia se mexer, mas seu olhar era firme. Shaoran não ia ficar parado.

- Um minuto, professor. – ele correu até onde Kaneda segurava Sakura e deu um tapinha nas costas do rapaz.

- O que... – nem terminou e perguntar, levou um soco e caiu no chão.

- Nunca mais toque nela seu cretino. – disse Shaoran. – Você está bem?

- Estou sim, obrigada. – ela sorriu.

- Olha aqui, você acabou de chegar na cidade e está se achando o gostosão porque namora a garota mais popular do campus... – Kaneda se levantou. – Saiba que estou de olho na Kinomoto faz tempo.

- Se realmente gostasse dela não a machucaria. – disse Shaoran, abrindo um sorriso zombeteiro em seguida. – Da próxima vez que encostar em um fio de cabelo dela eu juro que te mato.

- Não adianta falar, Shaoran... Vamos embora. – Sakura o puxou para perto de seu próprio pai e os três saíram em direção ao estacionamento, conversando. Sakura estava apoiada em Shaoran, enquanto este a abraçava firmemente, tentando faze-la se sentir calma.

- Bem, Shaoran, sua mãe e sua prima aceitaram o convite de jantar hoje? – perguntou Fuyutaka.

- Sim, só nos resta saber o horário.

- Sete e meia está bom?

- Perfeito. – ele suspirou. – Agora tenho que ir para a empresa. – ele beijou a testa de Sakura. – Você está bem?

- Não me abalo tão fácil, Shaoran, pode ir tranqüilo. – ela sorriu.

- Queria poder me sentir tranqüilo assim... – ele sorriu. – Até sete e meia, então. – ele acenou para os dois e foi pegar seu carro no lado de fora da faculdade.

Sakura deixou seu pai em casa e foi para a academia falar com seu chefe, que lhe ligara na noite anterior pedindo que ela fosse vê-lo. Shaoran e Yelan ficaram trabalhando na empresa. Já Meiling, que antes estava na empresa, foi dar uma volta e acabou entrando na academia.

Estava fazendo musculação com o auxílio de Hotohori. Na verdade, Hotohori estava paquerando Meiling, que se sentia lisonjeada.

- Tem um físico maravilhoso, Meiling...

- Não exagere... Só me cuido.

Enquanto isso, Sakura falava com seu chefe.

- Sakura, quero que entenda que prezo muito seu trabalho, mas não posso te pagar estando inativa por tanto tempo.

- Eu entendo, senhor, mas sabe que eu preciso desse emprego.

- Eu sei... Estava pensando nisso. Na musculação não está tão difícil rearranjar os horários sem você... Mas as aulas de dança que você dava estão criando problemas...

- Mas as aulas de dança eu posso dar. Só não posso forçar meu braço. Achei que Hotohori tivesse explicado isso.

- Talvez ele tenha querido aliviar a sua barra.

- Posso dar as aulas de dança, tranqüilamente.

- Então volta nos horários normais?

- Volto. Amanhã estou aqui dando a aula.

- Obrigado, Sakura.

- Eu é que agradeço. Vou aproveitar e dar um olá para todos. – ela sorriu e saiu da sala.

Chegando na área de musculação viu um montinho de gente em torno de duas garotas que brigavam feio.

- Epa! O que vem a ser isso? – Sakura entrou no meio das duas e, com a ajuda de Hotohori conseguiu parar a briga. – Meiling?

- Sakura... Eu posso explicar.

- Calma, não diga nada. – ela olhou para a outra garota. – Mas tinha que ser você, não é Nanaka? As duas, venham comigo. E vocês podem voltar aos exercícios, não aconteceu nada demais. – disse Sakura, indo para a lanchonete com as duas. – Muito bem, Meiling, o que você está fazendo aqui?

- Shaoran me falou que tinha acesso aqui e disse que eu poderia vir se quisesse para não ficar sem fazer nada. Não achei que fosse encontrar piranhas nojentas por aqui.

- Olha como fala sua galinha oferecida!

- PAREM AS DUAS! – Sakura suspirou. – Nanaka, eu achei ter lhe dado um mês de férias daqui, para você exatamente se acalmar e acabar com esse estresse.

- Eu sei, srta, mas...

- Não tem "mas", Nanaka, não me interessa o que aconteceu, quem começou ou qualquer coisa do gênero. Você vai sair dessa academia e acabar com esse estresse antes que eu te expulse daqui. Posso estar de licença da musculação, mas ainda sou professora daqui.

- Está bem, com licença. – ela saiu.

- Brigaram pelo Hotohori, não foi?

- É... Estávamos conversando e ela começou a dar chilique...

- Ela insiste que Hotohori é dela, que mais ninguém pode sequer falar com ele... Já falei com os pais, mas ela vive fugindo deles.

- É triste...

- É... Bem, vamos voltar para lá, vou dar um oi para o pessoal. – as duas voltaram para a área de musculação.

- Sakura, quer dizer que você e a srta Meiling já se conhecem?

- Claro, Hotohori, ela é prima do Shaoran. – Sakura sorriu ao ver o espanto dele.

- Ele é ciumento com você? – perguntou Hotohori a Meiling.

- Um pouco, mas ele não tem motivo... Estou noiva, só passando alguns dias com meu primo querido. – Sakura soltou uma gargalhada ao ver a cara de Hotohori.

- Hotohori, você nem notou no anel no dedo dela?

- Não... – disse em tom choroso, o que fez as duas rirem mais ainda.

Sakura logo se foi e Meiling ficou por lá, Hotohori só estava brincando, ele tinha namorada.

Chegando em casa, já eram seis, ela resolveu se arrumar. Tomou banho e ficou escolhendo a roupa. Não sabia o que vestir, não era uma grande noite, mas mesmo assim, não iria de qualquer jeito. Acabou por decidir usar um vestido até os joelhos preto, com mangas até os cotovelos e um decote moderado, mas ainda provocante. Uma sandália sem salto, delicada e, para completar o visual, o cabelo repartido do lado e brincos prata em forma de sakura.

Olhou bem para o espelho ajeitando os últimos detalhes e saiu, deixando Tsuki com a comida da noite. Chegaria cedo na casa de seu pai, não queria deixá-los esperando.

- Já cheguei, pai. – disse ela, entrando na casa.

- Chegou cedo, Sakura. Ainda falta meia hora para eles chegarem.

- Eu sei, vim ver se precisava de algo.

- Já que está aqui poderia arrumar as coisas na sala. Não cabem todos na cozinha então vamos comer lá.

- Tá bem. – ela começou a arrumar a sala. Estava tudo arrumado sete e meia quando a campainha tocou. – Pode deixar que eu abro, pai. – ela abriu a porta. – Boa noite. – sorriu ao ver os três. – Entrem, por favor.

§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§

Olá, gente!!! Eu sei que demorei para atualizar, mas é que eu estava esperando a Andréa e a Kath atualizarem, mas a Andréa, pelo que eu vi, não atualizou...

Bem, se você ler isso, Andréa, vê se atualiza logo o Lobo e o Falcão que eu estou louca para ler!!!

Kath, seu fic tá lindo, continua!!!

Yoruki e Dai, obrigada por me apoiarem sempre, adoro vocês!!!

Por hora é só, vou atualizar o Um caso complicado de se resolver no próximo domingo...

Beijos, Miaka.