Um amor de academia

Yelan, Meiling e Shaoran se acomodaram na sala, os três estavam muito elegantes. Yelan usava um vestido longo azul marinho de manga longa, tinha o cabelo preso em um coque elegante e usava brincos dourados.

Meiling estava com uma blusa vermelha de manga curta, uma saia um pouco acima dos joelhos azul um pouco mais claro que o vestido de Yelan e os brincos que ela comprara no dia anterior.

Shaoran estava de terno e gravata pretos e camisa branca. Simples, porém maravilhoso.

- Sintam-se à vontade, vou chamar meu pai. – ela sorriu e entrou na cozinha. – Pai, vá lá. Eu termino aqui.

- Tudo bem, Sakura. – ele deixou-a cuidando das panelas, onde a comida estava quase pronta, e foi para a sala, após tirar o avental. Usava um terno marrom e camisa branca. – Boa noite.

- Boa noite, professor. – Shaoran se levantou.

- Sr Kinomoto, é um prazer. – disse Yelan, se levantando também.

- Estou encantado, sra Li. – Fuyutaka beijou a mão dela.

- Muito prazer. – Meiling sorriu para o senhor.

- Shaoran tem sorte. – beijou a mão de Meiling. – Sempre rodeado por belas mulheres.

- Não diga isso, pai. – Sakura entrou na sala com uma bandeja com aperitivos. – Sua vez já passou.

- Eu sei, minha filha, foi só um comentário. – ele suspirou. – Desligou o fogão?

- Sim, já estou indo lá terminar, pode deixar. – ela sorriu, depositando a bandeja na mesa. – Já trago o jantar, com licença. – ela voltou à cozinha.

- Sakura, cuidado com o tempero, não exagere. Também tome cuidado... – parou olhando-a parada na porta de braços cruzados com um sorriso contido nos lábios. – Me desculpe, eu fiz de novo.

- Obrigada. – ela suspirou e voltou para dentro da cozinha.

- Será que eu poderia tentar entender o que aconteceu aqui? – perguntou Meiling.

- Sakura detesta quando a tratam feito criança. – disse Shaoran.

- É... Aprendeu a se virar e agora não precisa mais de ninguém... – Fuyutaka suspirou. – É igualzinha à mãe...

- Bom, Shaoran me contou que é professor de arqueologia na faculdade. – comentou Yelan.

- Exatamente, e a sra é a dona das empresas Li... Deve ser realmente difícil manter tudo.

- Após a morte de meu marido realmente parecia impossível, mas consegui me virar.

- Quando as coisas mudam tão drasticamente parece impossível continuar. Quando Nadeshiko morreu também achei que não conseguiria cuidar dos filhos e manter o trabalho ao mesmo tempo. Tive uma grande ajuda de Touya, que já cuidava da casa e da irmã, e Sakura nunca foi de depender muito de ninguém, então foi até que bem fácil.

- Sakura comentou que a mãe era modelo...

- Ela era, Shaoran... – Fuyutaka levantou e pegou um álbum em uma gaveta. – Tenho todas as fotos dela aqui. – ele estendeu o livro e Shaoran o abriu. Seus olhos brilharam ao ver a bela mulher que era a mãe de sua amada.

- Lembro de ver uma foto dela. – comentou Meiling. – Fazia muito sucesso, era uma das modelos mais cobiçadas da época...

- Também me lembro dela. – disse Yelan.

Fuyutaka contava da carreira de Nadeshiko para as duas, mas Shaoran estava totalmente alheio às palavras dele. Admirava as fotos, era uma mulher magnífica, se não visse semelhanças tão evidentes com Sakura não acreditaria que aquela mulher realmente existira.

- Shaoran! – ele foi trazido de volta pela voz autoritária de sua mãe.

- O que? Me desculpem, estava viajando aqui.

- Nós percebemos, o que houve?

- Nada não. O que vocês queriam me falar?

- Não era nada. – disse Meiling. – É que só faltava você babar em cima do álbum.

- Ele não seria o primeiro. – Sakura voltou à sala. – Pai, me ajuda a trazer o jantar?

- Claro, com licença. – os dois foram para a cozinha e logo voltaram com o jantar.

Todos comeram tranqüilamente, conversando e se divertindo. Logo que acabaram, Sakura tirou a mesa e levou a sobremesa. Era mousse de chocolate. Sorriu ao ver Shaoran arregalar os olhos.

- Pedi especialmente para você. – sussurrou servindo-o.

- Eu adoro mimos... – comentou ele, começando a devorar o mousse que ela lhe entregava.

- Pai, vou pegar os livros para a pesquisa antes que eu esqueça, tá bem? – perguntou Sakura depois de servir a todos.

- Tudo bem, mas você não pode pegar peso, Sakura.

- Não é tanto peso assim, pai...

- Deixa que eu te ajudo, Sakura. – Shaoran se levantou.

- Não precisa, é sério...

- Eu insisto... – disse ele.

- Tudo bem, vamos então. – ela sorriu. – Vou roubar seu filho só por um instante, Sra... Não vamos demorar. – Sakura puxou Shaoran pela mão e os dois foram para o porão da casa.

- Caramba... Seu pai tem um monte de livros por aqui...

- A maioria é de história, mas tem mais ainda... Todos os que estão no apartamento eram para estar aqui, mas não couberam... Vem aqui, naquela prateleira estão os livros que eu preciso... – ela apontou e os dois foram. – São esses seis... – ela apontou os seis livros mais grossos da prateleira.

- E você falou que não é muito peso... – ele pegou os livros e colocou na mesa que estava ali perto. – É bem pesado...

- Não consegue levar todos para cima?

- Claro que sim, mas queria fazer uma coisa antes... – ele enlaçou a cintura dela. – Sabia que você está magnífica?

- Mesmo? E eu nem quis me arrumar tanto... Nem maquiagem eu coloquei...

- Mas você não precisa. É maravilhosa de qualquer jeito... – ele se aproximou mais dela e a beijou.

- Ah, Shaoran... Você fala tão bem de mim e nunca me deixa falar nada de você...

- Então fale, sou todo ouvidos...

- Você é uma pessoa maravilhosa!... Sempre se preocupando comigo, esses dias que estou com você foram os melhores da minha vida... – passa a mão nos cabelos rebeldes dele. – Me sinto tão bem ao seu lado que não consigo acreditar como não o conheci antes...

- Eu posso dizer a mesma coisa, Sakura... - acaricia o rosto dela - Me pergunto se sou realmente merecedor de tal presente do destino... - ela fecha os olhos e suspira.

- Me sinto nas nuvens a cada carícia sua... - murmura sentindo a respiração morna dele em sua face.

- Eu também... – ele disse lentamente e foi calado com um beijo apaixonado.

Ficaram trocando carícias e emendando um beijo no outro até Sakura se afastar dele, ofegante.

- Melhor subirmos...

- Concordo... – ele pegou os livros e os dois subiram.

- Demoraram. – comentou Meiling.

- Nem te conto o porque... – Shaoran comentou, se sentando novamente. Sakura riu.

Eles continuaram conversando e se divertindo. Nove horas eles ouvem alguém abrir a porta e logo uma garotinha com longos cabelos escuros, olhos verdes e o braço engessado entra na sala e pula no colo de Sakura.

- Harumi! – Sakura exclama, fazendo a menina ajeitar-se, sentada em seu colo. – Que surpresa!

- Então ela é a sua sobrinha... – comentou Yelan, sorrindo para a garota.

- É ela... E o meu querido irmão, Touya, faria um imenso favor de entrar na sala sem me obrigar a ir tira-lo de trás da porta. – Sakura disse um pouco mais alto, frisando o "querido".

- OK, estou aqui. – ele entrou.

- Touya, essas são Meiling e Yelan Li.

- Boa noite. – ele disse cordialmente. – Não vou demorar muito por aqui, só passei para pegar alguns livros, tudo bem, pai?

- Claro, fique à vontade.

- Harumi, você fica aqui, não quero que se machuque lá embaixo.

- Touya, só você consegue se machucar lá. – comentou Sakura.

- É mesmo, papai, eu já fui lá e não tem nada de mais. – Harumi olhava para o pai com uma expressão inocente.

- Quando você foi lá?

- Foi outro dia comigo, Touya. – disse Sakura. – Vamos, Harumi, você quer comer um pouco de mousse, eu te sirvo.

- Oba!!! – ela se levantou de um salto e começou a puxar a tia para a cozinha. – Vamos, tia!!!

- Tudo bem, calma... – ela foi até a cozinha com a sobrinha e lhe serviu com mousse. – está bom assim?

- Ah, tia eu queria um pouco mais...

- É gula, não é, pequena?

- Ah tia...

- Não senhorita. É mais que o suficiente, principalmente porque eu sei que já comeu sobremesa antes de passar aqui.

- Tudo bem... – ela começou a comer, meio contrariada.

- Não deixa nem a sobrinha exagerar? Comigo deve ter pesadelos... – Shaoran entrou, rindo.

- Ela eu ainda posso controlar, já você tem consciência do que seu organismo agüenta... Ela só tem sete anos, come o que derem a ela.

- Eu aos sete fazia minha própria dieta...

- Shaoran, não compare coisas que não têm nada a ver e...

- Você comia o que quisesse? – Harumi levantou da mesa e ficou olhando bem para Shaoran.

- Exatamente... Naquela época, aos sete anos, era tradição na minha família já poder se virar sozinho praticamente em qualquer situação. – ele se abaixou para falar direito com a garota, olhando a fundo nos olhos verde-esmeralda, idênticos ao de sua amada.

- Queria que aqui fosse assim... – comentou a garota, olhando feio para Sakura.

- Queria mesmo ter que passar quase todo o seu tempo aprendendo a se virar? Não tendo tempo para brincar ou se divertir? – Sakura cruzou os braços olhando para a menina. – Posso arranjar isso para você.

- É verdade? – perguntou Harumi, novamente a Shaoran.

- É... Mas no meu caso não foi realmente uma opção minha... Não tinha muitos amigos pelo meu pouco tempo livre...

- Como eu adoro a minha vidinha... – a menina voltou cantarolando à mesa e continuou a comer. Sakura e Shaoran riram.

- Se ficar colocando idéias loucas na idéia de minha sobrinha e meu irmão vai acabar te jurando de morte... – Sakura ria enquanto guardava o mousse novamente na geladeira.

- Não ligo... – ele segurou a mão dela que estava com a tigela de mousse. – Poderia me servir um pouco mais?

- Claro... Não seria aconselhável, mas quem é que consegue te manter longe de chocolate? – sorrindo para ele serviu um pouco mais. – Assim está bom?

- Ótimo... – ele se se sentou à mesa.

Touya logo voltou com os livros e foi embora com Harumi. Quinze para as dez, todos estavam na sala se despedindo.

- Foi muito agradável, podemos repetir qualquer dia. – disse Yelan.

- Claro. – disse Fuyutaka, cordialmente.

- Vou ajudar Sakura a colocar os livros no carro, já volto. – Shaoran saiu com Sakura, carregando os livros.

- Obrigada. – disse Sakura assim que ele colocou os livros no porta-malas. – Quando chegar em casa o porteiro me ajuda... Se não me engano é o Fujiyama. Ainda tenho que arrumar as coisas para as aulas de amanhã...

- Vai dormir tarde de novo?

- Vou acabar... Começo de aula sempre me deixa quebrada...

- Vem aqui... Eu te carrego até em casa, então... – ele a abraçou pela cintura.

- Não senhor... Tem que levar sua mãe e... – ele a calou com um beijo. – Não é justo.

- Vai me dizer que não gostou. – comentou ele, sorrindo.

- Isso foi truque sujo, Shaoran Li...

- Eu não ligo. – os dois voltaram para dentro da casa abraçados e rindo.

Logo todos foram embora, Sakura para sua casa e Shaoran deixou sua mãe e sua prima no hotel. (A partir desse ponto até o final desse capítulo foi a minha querida amiga Dai quem escreveu, amei a cena e coloquei sem nenhuma alteração, qualquer reclamação eu a aviso...).

Assim que deixou sua mãe e a prima no hotel, Shaoran se dirigiu ao apartamento de Sakura. Iria fazer uma surpresa. Quem sabe terminar o que tinham começado no porão... Riu com o próprio pensamento, estava com saudade de Sakura. Desde que sua família tinha chegado não haviam tido tempo para ficarem realmente sozinhos. Não o tempo que ele desejava, não como ele desejava.

Subiu com uma pressa. O elevador estava demorando, por isso resolveu ir de escada. Já era tarde e ele não queria acorda-la, apesar disso ansiava por esse tempo com ela. Ao chegar na porta do apartamento dela tocou a campainha. Uma voz claramente cansada gritava que já estava abrindo. Sakura, ao abrir a porta arregalou os olhos: era Shaoran! O que ele estava fazendo àquela hora ali?

Li estava inerte pela visão daquela mulher. Estava esplendorosa com aquela camisola de alças negra, justa no corpo que deixava transparecer suas belas curvas tornando possível admirá-las.

- Que surpresa! – Sakura disse.

- Estava esperando alguém? - perguntou Shaoran brincando.

- Sim. Meu amante.

- Diga para ele que o seu namorado muito ciumento chegou, e que esta morrendo de saudade.

- Está é? Eu também estava...

Sakura sorriu e beijou-o com fervor. Li correspondeu, mostrando todo o desejo que estava sentindo, foram adentrando na sala, um nos braços do outro, todavia, não sem antes chutar a porta para que ela se fechasse. Ao chegarem na sala, Sakura desvencilhou-se dele. Com um empurrão, fez com que ele caísse sentado no sofá de frente para ela.

- O que esta fazendo, Sakura?- perguntou ele, estranhando a ação dela.

- Eu pretendia fazer isso depois, mas já que me fez uma surpresa, farei uma para você também.

Afastando-se dele, foi até o aparelho de som. Apesar do horário, colocou a música num volume considerável. Quando as batidas começaram, o corpo dela mexia-se sincronizadamente. O quadril fazia movimentos sensuais, estimulando a imaginação e aumentando o desejo e a lascívia do pobre Li, que a devorava com os olhos enquanto ela dançava. (eu imaginei Desert Rose para esta cena, mas isso pode ser mudado... ^___^).

- O que eu fiz para merecer isso? – Li perguntou com sorriso enorme no rosto.

- Você? Nada.

- E o que posso fazer para me redimir?

- Irá ver, meu amado Shaoran...

Como professora de dança que era, Sakura começou a fazer uns passos de dança do ventre, o levando a loucura, apenas pelo fato de observar e não poder toca-la. Aquela apresentação particular estava muito interessante. Aliás, interessante era a palavra que a descrevia ao mínimo o que tudo aquilo estava provocando nele. Sua intenção ao chegar ali era ver, senti-la, contudo, ela o estava levando a insanidade com aquilo...

Sakura estava adorando ver a cara que Li fazia, seu olhar apenas acompanhava os movimentos do quadril dela. Estava alcançando seu objetivo: faze-lo perder a razão, perturbá-lo. Os ensaios que tinha feito em frente ao espelho, haviam dado resultado. Ele precisava ver a cara que estava agora. Sorriu ao pensar isso, não sabia que tinha tanto poder sobre ele.

Quando a música terminou, Sakura ainda continuava a dançar, até que tirou sua camisola, deixando a mostra um sutiã e uma calcinha de rendas também negras. Caminhou sensualmente até Li. Ao inclinar-se, fitou profundamente aqueles olhos chocolate que ansiavam para tê-la em seus braços. Shaoran puxou-a para si num beijo voluptuoso, mostrando claramente suas intenções. Ela correspondeu com igual luxúria, permitindo que ele aprofundasse o beijo. As mãos do rapaz começavam a deslizar por aquelas curvas, por suas coxas, enquanto Sakura ocupava-se em tirar a roupa que ele vestia.

Sem camisa, Shaoran a pegou no colo, levando-a para o quarto dela. Para finalmente saciarem seus desejos, e unirem duas almas que se amavam tanto.

§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§

Li, reli e rereli a cena que a Dai fez e não canso de ler... Tá muito fofa...

Digam o que acharam, estou esperando...

Bjs, Miaka.