Um Amor de academia
Ela chegou na festa e desceu do carro, indo até a porta do salão. O segurança olhou-a dos pés a cabeça: o vestido longo vermelho bem escuro, sem mangas e decote generoso. Sendo colado no corpo até o quadril e a saia reta, ele marcava suas curvas perfeitamente. Os cabelos estavam presos em um coque com duas mechas, uma de cada lado, emoldurando o belo rosto jovem.
- Seu nome? – perguntou ele, finalmente.
- Sakura Kinomoto. Fui convidada por Shaoran Li.
- Não está na lista, sinto muito.
- Escute, por favor, seja razoável... Shaoran Li, presidente das empresas Li... Ele não falou nada?
- Eu não estava aqui, acabei de chegar... O outro está fazendo um intervalo.
- Ai... Vou ligar para ele então... – ela pegou o celular e discou o número de Shaoran. – Oi, amor. Estou na porta do salão. Ah, sim... Você poderia dar um pulinho aqui? Estou com problemas para entrar... Tudo bem, obrigada. – ela desligou.
Logo em seguida ouviu-se uma exclamação.
- Não acredito! Sakura Kinomoto! – um rapaz alto, com as mesmas roupas do outro segurança, se aproximou.
- Olá Minami. – ela sorriu. – Como está?
- Muito bem. O que faz aqui fora?
- Seu amigo ali não me deixou entrar, meu nome não está na lista.
- Meu caro amigo... Você tá tão ferrado... – disse Minami. – Ela é sobrinha de Sonomi Daidouji.
- Ops... – ele se espantou. – Mas ela disse que era convidada de Shaoran Li.
- Pensando bem, a Sra Daidouji entrou com um rapaz jovem chinês... – refletiu ele.
- Shaoran Li, meu namorado e mais novo colaborador das empresas Daidouji, talvez?
- Só pega os grandes, hein? – brincou ele.
- Com licença. – Shaoran saiu do salão. – Sakura, me desculpe. – foi até ela e a abraçou pela cintura, depositando um breve beijo sobre seus lábios.
- Tudo bem, não se preocupe. – ela sorriu docemente. – Agora vamos entrar. Até mais Minami. – os dois entraram e começaram a se entrosar na festa.
Sakura tentava agir naturalmente, mas sua cabeça latejava de tanto conflito. Ela sabia que estava sendo falsa com Shaoran, queria contar, mas tinha medo da reação dele.
Depois de algum tempo, os dois foram para uma sacada tomar um pouco de ar.
- O que foi, minha flor? – perguntou docemente no ouvido dela, enquanto tinha sua cintura segura em um de seus braços, estando ao lado dela. – Está tudo bem?
- Está. – mentiu. – Por que a pergunta?
- Estou sentindo que você está tensa... Tem certeza que não é nada?
- Tenho sim. – ela sorriu, apoiando a cabeça no ombro dele. – Só estou um pouco cansada. Nada demais.
- Se não estava disposta para vir, porque disse que não tinha problema?
- Shaoran, não vamos discutir agora, tudo bem? – ela suspirou. – Só quero ficar um pouco com você.
- Tudo bem... – ele abraçou-a. – Se quiser ir embora mais cedo só me falar.
- Não se preocupe com isso, estou bem.
- Li! – eles ouvem uma voz masculina chamar.
- Oi Matsuda. – Shaoran se virou e viu Makoto se aproximar.
- Makoto, olá de novo. – Sakura sorriu.
- Estou atrapalhando?
- Não. – diz Sakura, antes que Shaoran diga que sim.
- Bom, Li, tem alguns acionistas que estão procurando por você, me pediram para chamá-lo.
- Ah, sim. Vem comigo, Sakura?
- Não... Vou ficar tomando um pouco de ar... Daqui a pouco eu entro, pode ser? – perguntou docemente.
- Tudo bem então... – ele deu um selinho e entrou com Makoto, deixando-a sozinha.
- Meu Deus... Dai-me forças para seguir em frente... – ela murmurava, em prece. – Não posso fraquejar agora... Não posso desistir... – lágrimas rolaram em sua face. – Preciso me acalmar... Shaoran não pode saber de nada... – ela secou o rosto.
Sakura logo entrou no salão novamente, indo até Makoto e Shaoran.
Ficaram conversando, a maioria dos acionistas já conhecia Sakura de outras reuniões que ela acompanhara Sonomi.
Sakura encontrou sua tia, que fico encantada, como sempre, com a beleza dela.
Shaoran estava preocupado, apesar de não querer demonstrar, ele sentia que havia algo errado com Sakura. Depois conversaria com ela à sós.
A festa passou rapidamente, Sakura descobriu que Shaoran viera na limusine de Sonomi, então disse que o levaria para casa, a tia parecia estar bastante cansada, não queria desgastá-la.
Os dois saíram do salão e foram até o estacionamento. Sakura falou com o manobrista e ele foi buscar o carro.
- Sakura... Você fugiu do assunto a festa toda... Mas agora vai me explicar o que tem de errado.
- Não há nada de errado. – mentiu, olhando para o chão, evitando os olhos dele.
- Tá bem... Vou fingir que acredito... – ele cruzou os braços, dizendo essas palavras ironicamente.
- Não fala assim... Por favor,... – ele pôde ver que ela tinha a voz embargada e, observando mais atentamente, viu uma lágrima solitária rolar pela face esquerda.
- Sakura... O que foi? – ele levantou o rosto dela e viu os olhos marejados e os lábios contraídos, ela segurava as lágrimas, não queria chorar na frente dele.
Secou os olhos dela carinhosamente, não devia tê-la pressionado, a coisa parecia ser realmente séria.
- Deixa, Shaoran... – ela afastou-se das mãos calejadas de seu lobo, tremendo.
- Não... Sakura, você não está bem, vamos para sua casa...
Sakura não tinha argumentos para contestar, não disse uma palavra, somente indicou para Shaoran que ele iria dirigindo o carro, não que ele já não tivesse pensado nisso.
Chegaram ao prédio e subiram até o apartamento, fazendo todo o trajeto em silêncio.
Sakura colocou a chave na fechadura e abriu a porta, deixando-o entrar e trancando a mesma após a passagem.
Nenhum dos dois se atrevia a quebrar aquele silêncio, Shaoran não queria pressioná-la e Sakura tinha medo do que poderia acontecer quando contasse.
Ficaram alguns minutos em silêncio, mas não era o silêncio que eles costumavam "ouvir", aquele silêncio gostoso, só curtindo a companhia um do outro. Era um silêncio pesado e incômodo.
Cansado de tanta espera, Shaoran tentou pensar em algo para dizer, iniciando um diálogo, sem forçá-la a nada. Respirou fundo e pediu que ela sentasse a seu lado, no sofá, já que estava de pé, observando nervosamente a sala, como se alguém estivesse escondido lá.
- Sakura... Sabe porque me apaixonei por você? – perguntou, assim que ela sentou, tendo um aceno negativo da cabeça dela como resposta. – Porque você é uma pessoa doce e extraordinária. Desde a primeira vez que nos vimos, eu soube que você era diferente, que você era especial. Amo você porque, além de bonita, é inteligente e compreensiva, meiga e atenciosa. Mas acima de tudo, eu te amo pela sua espontaneidade e seu sorriso sincero. – acariciou a face dela. – Gostaria que soubesse que, não importa qual seja o problema, eu sempre vou te amar. Só não quero que perca sua sinceridade.
- ... – Sakura mordeu o lábio inferior. De início não imaginara o porquê dessa conversa, mas percebeu que fora o jeito que ele arranjara para não pressioná-la. Respirou fundo e levantou a cabeça, fitando os orbes chocolate de seu amado. – Bem... Lembra que Touya ligou hoje cedo?
- Lembro... Foi o que ele queria falar?
- Bom... Ele recebeu uma carta do Satoshi... – Shaoran se espantou, mas não interrompeu. – Ele pediu algumas informações sobre as empresas Li... Ameaçou fazer algo com a Harumi se eu não conseguisse essas informações para ele...
- Não acredito nisso! Como ele pôde?! – ele se levantou, indignado.
- Shaoran, por favor... Não faz assim... – ela se encolheu no sofá, como se fosse uma criança desamparada.
- Ah, Sakura... – ele sentou novamente, mais próximo a ela e a abraçou carinhosamente. – Você não ia me contar?
- Eu tinha medo da sua reação... Perdoe-me... – pediu, levantando a cabeça o fitando-o com os olhos marejados.
- Tudo bem... Não se preocupe... – ele beijou-lhe a fronte. – Está tudo bem, você teve um dia agitado... Descanse, está segura aqui...
- Obrigada... – ela apoiou novamente a cabeça sobre o peito dele, sentindo a fragrância masculina inebriar seus pensamentos e logo adormeceu.
- Sakura... Não devia tentar suportar tanta barra assim sozinha... – observou o anjo que dormia em seus braços por alguns instantes e depois a pegou no colo, levando para a cama, deixando-a confortavelmente coberta e profundamente adormecida.
Shaoran tinha a cabeça fervilhando. Não podia negar isso, Harumi sofreria as conseqüências e não seria justo.
Mas seria suicídio entregar os documentos, sua mãe o mataria. Mas ele poderia tentar algo inesperado ao canalha... Enviaria a documentação, totalmente autenticado pela empresa... Mas as informações estariam erradas, ele não teria como descobrir.
Só restava saber se Sakura estaria disposta a arriscar. Falaria com ela na manhã seguinte, era melhor que dormisse, teriam que estar dispostos, a faculdade logo cedo e depois teriam que arrumar tudo para os documentos ficarem prontos o mais rápido possível.
Passou-se pouco mais de uma semana após esse dia. Meiling e Yelan voltaram para Hong Kong enquanto Shaoran solicitou uma reunião com os altos funcionários e os acionistas para providenciarem os documentos falsos para serem entregues ao chantagista.
Ela sentia sua cabeça latejar e o corpo doer, a última coisa que se lembrava era de ter entregado a pasta com os documentos falsos ao ex, em seguida de estar socada dentro do carro dele e de ouvir Shaoran gritando seu nome. Shaoran, seu amado. Tinha que sair dali para poder impedir que ele fizesse alguma besteira.
Sua sensibilidade estava voltando aos poucos, a dor aumentava e ela sentia as mãos e os pés presos, assim como o chão frio. Abriu os olhos, mas os fechou rapidamente pela claridade do cômodo.
Foi se acostumando com a intensidade da luz e pôde ver claramente onde se encontrava. Era uma sala com uma grande mesa e um computador sobre a mesma, um arquivo com três gavetas na quina oposta à parede onde Sakura se encontrava. As três cadeiras, uma atrás da mesa e duas na frente, eram bem cuidadas, assim como todos os móveis e enfeites da sala.
Conseguiu sentar-se, apoiada na parede e, logo em seguida, Satoshi entrou no local e fitou-a.
Satoshi acabara de falar com seus companheiros e surpreendeu-se ao ver Sakura consciente. Era incrível como ela conseguia ser tão bela mesmo naquela situação. Os cabelos bagunçados deixavam algumas mechas caírem sobre a face corada e os olhos esmeralda brilhavam em um misto de fúria e dor.
- Então a princesa já acordou! – ele se sorriu debochado e sentou-se na cadeira atrás da mesa. – Bem-vinda ao meu escritório.
- Você é louco, Satoshi! Podia pegar os documentos e sumir! Agora vai sujar ainda mais a sua ficha!
- Não se preocupe, eu vou sumir... Mas com os documentos verdadeiros. – ele se levantou, andou até ela, abaixou, ficando um pouco mais alto que ela somente e segurando o queixo, fazendo-a olhá-lo nos olhos. – Quando comecei a namorar você, não imaginei que me traria tanto lucro. No início só estava atrás da Daidouji, depois queria te levar para a cama, mas fracassei... Quando me apresentou ao Li, soube na hora que seria uma mina de ouro, só não planejava te perder.
- Você perdeu a cabeça! O que te faz pensar que vai conseguir?
- Li faz de tudo por você, minha querida. Tinha que ver a cara de desespero dele quando te joguei no carro. Consigo os documentos facilmente. É um louco apaixonado.
- Infelizmente, Satoshi, ele não tem controle total da empresa. A mãe dele é a dona, nunca deixaria os documentos vazarem.
- É melhor que ela deixe, Sakura... Para o seu próprio bem.
- Vai me matar e incluir assassinato à sua ficha?
- Não, minha preciosa flor... Vou fazer algo bem mais divertido. – os olhos dele brilharam em malícia, fazendo Sakura tremer diante dele.
Shaoran parecia uma fera enjaulada em seu escritório, não conseguia se acalmar.
- Li, acalme-se!
- Como eu poderia, Niimai? Sabe-se lá o que aquele maluco está fazendo com Sakura!
- Calma, desesperar-se não vai ajudar em nada.
- Eu sei... – ele se sentou e passou as mãos pelos cabelos, bagunçando-os, em busca de autocontrole.
- Sr Li, os senhores Touya e Fuyutaka Kinomoto chegaram. – anunciou a secretária.
- Deixe-os entrar. – pediu ele, levantando-se, passando, novamente, as mão pelos cabelos e suspirando, buscando agora forças para passar por tudo isso.
- Cadê a Sakura? – Touya estava furioso. Shaoran não falara nada, simplesmente pedira para que fossem vê-lo.
- Bem... – ele ia contar, mas sentiu sua calça ser puxada e viu Harumi a seu lado.
- Cadê a titia? – perguntou, com voz de choro.
- Vem aqui, florzinha. – Shaoran abaixou e pegou a menina no colo. – Eu preciso falar com seu pai e seu avô... Que tal se você fosse tomar um sorvete com meu amigo enquanto a gente conversa? – perguntou, apontando para Niimai.
- Posso pegar casquinha?
- Pode pegar o que quiser. – ele sorriu, vendo o brilho nos olhos dela.
- Oba! – ela pulou do colo de Shaoran e foi até Niimai.
- Então vamos. – ele levantou-se da cadeira e saiu da sala, conversando com a menina.
- O que houve? – perguntou Fuyutaka.
- Yamagata descobriu dos documentos falsos... Levou Sakura.
- Como é? – Touya segurou Shaoran pela camisa, enquanto Fuyutaka se jogava no sofá, pasmo.
- Não vou fazer objeção se quiser me matar, mas sou a única pessoa que pode salvar sua irmã. – Touya o soltou, sentando no sofá em seguida. – Também estou me sentindo péssimo, não pense que é o único que sofre por ela. – Shaoran suspirou.
- Ele já disse o que quer? – perguntou Fuyutaka.
- Não fez contato, mas provavelmente quer os documentos verdadeiros.
- Então dê logo os documentos! Ou sua ganância o impede de valorizar a vida... – ele foi interrompido por Shaoran que estava praticamente em cima dele, segurando-lhe os ombros.
- Não é só você que tem o direito de ter ataques! A primeira coisa que fiz quando cheguei foi mandar providenciarem, mas isso leva tempo e preciso de informações que somente minha mãe tem acesso! Liguei para ela, está vindo para cá, chega de noite.
- Com quem acha que ele vai entrar em contato? – perguntou Fuyutaka.
- Provavelmente com minha secretária. – o telefone da mesa toca e ele atende. – Li.
- Olá, Li. Parece que não está nem um pouco preocupado.
- Quem é?
- Já esqueceu da sua namorada? Então não se importa se me divertir um pouco com ela, não é?
- Se encostar um dedo nela, Yamagata, eu juro que te mato.
- Não está em condições de me ameaçar, Li... Vai ter sua namorada de volta, isso se fizer o que eu disser.
- Antes me deixe falar com ela.
- Tudo bem. Espere um instante.
- Shaoran...
- Sakura, você está bem? Ele te fez alguma coisa?
- Não... Ele não me fez nada... Não faça nada do que ele disser... – foi interrompida bruscamente e Shaoran ouviu um gemido ao longe antes de voltar a ouvir a voz de Satoshi.
- Chega. Apronte os documentos verdadeiros, a primeira gracinha eu juro que não reconhecerá Sakura se a vir novamente.
- Preciso de tempo, minha mãe é a real dona da empresa e ela precisa me dar acesso às informações.
- Quando ela vem para o Japão?
- Chegará pela manhã.
- Ligo amanhã às três da tarde para dizer a hora e o local. – e desligou.
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N/A: Oi, gente!!!
O que acharam, meio confuso? É, eu sei que ficou, mas era disso que eu precisava...
Antes dos agradecimentos, vou explicar umas coisinhas... Na hora que o Li fala que o Satoshi provavelmente ligaria para a secretária dele e ele ligou no telefone da sala é o seguinte: O telefone da sala dele é ligado tanto à linha da empresa quanto ao lado de fora, em um número que poucas pessoas tem, e uma delas é a Sakura, e esse número estava na agenda do celular dela...
Sobre o controle da empresa não ser total do Li, ele assumiu há pouco tempo, e só controla a filial do Japão, e não foi só dessa filial que as informações foram pedidas...
Eu acho que é só isso, se algo ficou mal entendido, avisem-me, por favor...
Bom, agora sim vamos aos agradecimentos...
Hoje mudamos a ordem e a primeira pessoa que eu agradeço é a Rô!!!! Hehehe, minha grande amiga que me pentelhou muito com esse cap com essas dúvidas, mas você tem que continuar, se não me cobrarem eu não tomo jeito nunca...
Yoruki Mizunotsuki agora e sempre me ajudando... Valeu mesmo, não estaria viva se não fosse por você... Leiam nossa parceria!!! Angels of Paradise, com o nome de Yoru no Hoshi... É em português e também de CCS...
Diana Lua sempre me aturando no ICQ, toda vez que entra tem que me ouvir reclamando da vida, enchendo o saco com fanfics... Sinto pena de quem tem que fazer isso, mas já que faz não sou eu quem vai reclamar =P...
Metabee.x sempre aturando minhas horas e horas escrevendo todo santo dia... Mumu, brigada pelo apoio, t adoro!!!
Agora, agradecer à todas as pessoas que me deixaram reviews empolgados, animadores ou criticando... Sempre presentes, me ajudam demais... Vou somente citar, estou com um pouquinho de pressa hoje para postar isso... Se minha mãe me pega nesse pc a essa hora da manhã eu tô frita...
Danizinha, LilyHeart, Hime, Harumi, MiDoRi, Sangozinha, Kathy, Felipe S. Kai, Samantha, Dai, Diogo_Li.
Apesar de ser sem comentários específicos, a minha nota ficou bem grandinha... Que saudade da época que eu gastava cinco minutos só escrevendo as notas... Ai, ai....
Beijinhos, Miaka.
