Os entes perdidos de Heero - by: stranger12

Lá estava eu, pensando numa fic bem levinha que eu poderia escrever baseada em Gundam Wing, claro, então, me veio essa idéia: a família do Heero! Nunca se fala direito sobre de onde ele veio, só que ele é japonês e foi treinado desde criança para ser um piloto Gundam, mas e o passado dele? É nessa idéia que eu comecei a formar uma família bem interessante para o meu querido e idolatrado Hee - chan...

Obs: Eu estou ignorando o fato deles terem destruído os Gundams, como eles (os pilotos Gundam) fizeram no fim de Endless Waltz. Não sei se vou usar os Gundam da história, mas é melhor deixa - los como reserva.

Obs2: Malícia vai rolar solta, mas ainda estou considerando se faço umas partes mais... Apimentadas e/ou explícitas (especialmente entre Jenny e seu par e Heero e seu par (e provavelmente não vai ser Relena...)). Mandem - me comentários pra eu saber se faço algo explícito ou não. Dependendo, até penso em mudar as minhas idéias.

Ato 005: Sentimentos expostos

Jenny foi até o jipe pegar a sua bolsa. Abriu - a e pegou um cigarro mentolado. O acendeu rapidamente e ficou apoiada ao capô do carro, pensamentos fluindo constantemente em sua mente normalmente tão racional, fria, adulta. Por que aqueles olhos violeta, aquele gosto, aqueles toques, aqueles beijos não saiam de sua cabeça? Por que?

Sem nem ter chegado à metade do cigarro, ela o jogou no chão e o amassou com raiva. Ficou observando a bituca toda retorcida e amassada, o tabaco saindo do delicado papel. Seu coração. Era igual ao seu coração: sempre haveria alguém que poderia simplesmente pisar nele e, com um simples movimento, um movimento frio e indiferente, destruí - lo. Ela não deixaria que ninguém fizesse isso. Não depois...

-Droga - pensou ela com uma pontada em seu coração frio - Jason, Duo... Que tipos eu vou escolher pra... - e seu rosto corou levemente - Droga! Eu não posso mais... O Duo não... Depois do Jason, eu...

Com seus pensamentos inacabados, pegou a bolsa e voltou para a mansão, mas antes de entrar, suspirou duas vezes e só depois conseguiu entrar.

Ela andou com segurança e confiança até a sala onde Duo e ela antes estiveram se beijando. Mas não, ele não estava mais lá... Ela virou o rosto e o viu na outra sala, assistindo televisão. Ela engoliu seco e foi até lá, sentando - se ao lado do americano, embora um tanto longe. Ele a olhou de lado e sorriu. Aquele sorriso perturbou a mente de Jenny.

-O que foi? - ela perguntou num tom que quis fazer parecer frio e distante, mas o americano aproximou - se perigosamente.

-Tá com vontade agora? - ele perguntou depois de jogar a garota no sofá e beija - la ardentemente.

-De fazer o que? - ela perguntou com o coração batendo rapidamente.

-Você sabe do que eu estou falando, Jenny - disse ele beijando o pescoço dela. Seu rosto começava a corar intensamente, e ela sabia muito bem disso e, para seu desespero, também sabia o por quê.

-Dê um só motivo, Maxwell.

-Porque você quer, porque eu quero.

-Só isso?

-E também... - ele a encarou, sorriu carinhosamente e a beijou levemente - Porque eu gosto de você, Jenny. Talvez seja cedo demais, mas demais mesmo, só que pode ser que eu te ame também.

-O que? - seu rosto estava pegando fogo, e ela sentia um forte impulso que a fazia desejar sair de lá, correr, fugir... Dele, de Duo. Mas o desejo dela de permanecer lá com aquele jovem de olhos violeta era mais forte... Era?

-Eu te amo, Jennifer. Eu te amo - e a beijou novamente. A garota sentia - se acuada e, ao mesmo tempo livre, livre para fugir, sair de lá. Ela sabia que podia impedir Duo de toca - la, de beija - la, mas ela não queria para - lo. Sua mão fugiu de seu autocontrole e foi até o pescoço do americano, puxando - o para um beijo mais profundo.

-Eu... - ela tentava dizer, as palavras não saindo - Eu... Também... Gosto...

-Eu sei disso, Jenny.

-Me chama de Jennifer, Duo - disse ela no ouvido do piloto do Death Scythe.

-Tá, Jennifer. Não acha melhor a gente... Você sabe, subir? A Yuki e o Wufei tão lá no jardim, o Jim tá lá encima, mas pode descer a qualquer momento, e os outros podem...

-Cala a boca, Duo e vamos logo pro seu quarto - disse ela rispidamente depois de dar um beijo tão intenso em Duo que ele calou a boca na hora.

Os dois subiram as escadas sem fazer barulho algum; iam de mãos dadas.

-O seu quarto é perto do quarto do Heero? - perguntou Jenny quase murmurando.

-Não, é meio longe. Entre o meu quarto e o do Heero, tem um corredor e um quarto. O Jim não vai ouvir nada. A não ser que um de nós faça barulho demais... - e olhou sugestivamente para Jenny, que sorriu maliciosamente.

-Eu te calo, e você me cala. Feito?

-Como quiser. Ah, é aqui - e entraram num quarto. Duo ia acender as luzes, mas Jenny o empurrou bruscamente - O que você...? - mas ela o calou com um longo beijo.

-Luzes apagadas, idiota. Podem ver, mesmo sendo de manhã. Além disso... Eu prefiro no escuro.

Foram andando e se beijando até a cama de Duo (de casal, aliás). A garota sentou - se na barriga de Duo e eles continuaram a se beijar ardentemente. Ele a agarrou e a virou, deitando - se encima dela.

-Tem certeza sobre isso, Jennifer? - perguntou Duo indeciso por um momento.

-Eu já mandei você calar a boca, Duo - e puxou - o pelo pescoço para mais um beijo.

A mão do americano foi descendo pelo corpo de Jenny, indo até as suas pernas. A garota o empurrou bruscamente, e ele não entendeu nada, lançando - lhe um olhar confuso, mas começou a entender quando ela tirou e jogou para longe a jaqueta, assim como as botas e o top ("Mas não era um vestido?" Não, na verdade, as duas peças - saia e top - ficam tão juntas, e são da mesma textura e cor, que fica mais fácil dizer que é um vestido e ponto final - só explicando esse detalhe mínimo). O jovem americano ficou olhando o corpo de Jenny por alguns momentos, admirando - o, vendo como a luz que vinha através das frestas das cortinas incidia de uma forma perfeita, especialmente nos cabelos negros da garota.

-O que foi? - ela perguntou dando um peteleco na sua cabeça.

-Nada, calma - ele sorriu e tirou a camisa, e as calças (quem gosta dele, por favor, não tenha um ataque). Jenny o puxou para um beijo e deitou - se, tirando a saia com grande agilidade.

Duo não agüentava mais se segurar, então foi passando a mão até chegar na calcinha de Jenny, arrancando - o, quase. Depois foi a vez da cueca do americano e do sutiã da garota.

Duo estava apreensivo e nervoso, mas tentava não demonstrar para não causar algum tipo de reação contrária na garota: e se ela começasse a rir ou algo assim?

-Debaixo dos lençóis - sussurrou a garota no ouvido de Duo.

-O que você disse...? - a mente de Duo não estava funcionando direito (como se realmente funcionasse muito bem normalmente - que ninguém me mate por este comentário).

-Eu quero debaixo dos lençóis.

-Por que?

-Cala a boca e obedeça, Duo - ouvindo que a garota não lhe chamara de Maxwell, o americano sabia que ela não desistira.

Ele ajoelhou - se entre as pernas da garota e permitiu que ela se colocasse embaixo dos lençóis. Ele fez o mesmo e colocou - se encima de Jenny. Ele tirou uma mecha de cabelo negro da face da garota e a encarou.

-Você é linda mesmo... Provavelmente a garota mais linda que eu já vi...

-E você é... Delicado.

-Que?

-Parece uma menininha. Nada contra nem nada, mas só estou comentando.

-Menininha?

-Com um corpo de homem, mas mesmo assim...

-Menininha...? - repetiu Duo finalmente fazendo aquilo que queria desde que vira Jenny: colocou o seu membro dentro da garota, que se calou na hora (ela ia começar a falar um monte sobre a aparência feminina de Duo).

O americano começou a fazer movimentos rápidos, porém fortes. A garota se contorcia toda, gemia, enroscava as pernas no corpo de Duo. E os dois mantinham os olhos fixos um no outro, nunca desviando o olhar, e quando o faziam, era porque fechavam os olhos quase que ao mesmo tempo ao se beijarem apaixonadamente.

Minutos foram se passando (melhor não marcar tempo nesse tipo de coisa), os corpos dos dois de tocando tão intimamente, até que Duo cansou - se de vez e meio que caiu ao lado de Jenny. Ambos estavam suados e ofegantes, tentando respirar perfeitamente, mas era difícil. A garota de olhos azuis virou - se para o americano e o beijou levemente.

-Eu te amo também, seu idiota - ela sussurrou. Duo riu.

-Você tem que me chamar assim?

-Eu não chamo muita gente de idiota, Duo. Acho que ninguém, na verdade.

-Que honra.

-E eu deixo você me chamar de Jennifer.

-Mas o Heero...

-É porque ele não me conhece. Daqui a pouco tá me chamando de Jenny como todo mundo. Mas você...

-O que?

-Você tem que me chamar de Jennifer sempre, entendeu? - perguntou ela entre beijos.

-E você tem que me chamar de Duo, tá? Só me chama de Maxwell quando... Ficar brava comigo, tá? Aí eu vou perceber a diferença na hora.

-Tá bom.

-Ah, Jennifer, posso perguntar uma coisa?

-Tenho escolha?

-Claro que não - retrucou o americano rindo - Quando a gente vai falar pra todo mundo...? E pro Heero?

-Tá preocupado com ele?

-Claro! Ele é um assassino sem remorso, Jennifer, e é claro que ele nem vai hesitar quando souber que transamos no primeiro dia em que você tá aqui.

-Acho que você tem um ponto... Mas mesmo assim... O que você prefere? Tudo às claras ou às escondidas?

-Normalmente acho que diria às escondidas, mas eu te amo, então eu quero tudo às claras, minha...

-O que?

-Querida? Posso te chamar assim? - ela o beijou por uns três minutos - Posso, então, né?

-Pode, claro, se quiser. Hum... Eu nunca tive um namorado mais novo que eu, sabia?

-E quantos namorados você já teve?

-Três. Mas só transei com um deles.

-Um?

-Eu não fico dando por aí não, viu?

-Eu sei. Eh... - ele começou a ficar muito vermelho - Sabe, eu...

-O que? - ela sussurrou com a boca muito perto da dele.

-Eu só queria dizer que eu... Eu era... Virgem... Antes...

-Ah, isso? Eu sabia. Dá pra saber. Mas não importa - ela encostou a sua boca na dele e deixou o jovem colocar a língua em sua boca, fazendo o mesmo com ele.

-Posso fazer uma pequena proposta?

-Uma proposta indecente?

-Um pouco. Você não quer vim morar aqui?

-Aqui...?

-Na "mansão Winner", como a chamamos. E, é claro, comigo. No mesmo quarto que eu.

-Aí está a "proposta um pouco indecente", então, né?

-Isso mesmo. E aí? - era possível ver claramente os olhos violeta de Duo brilhando de ansiedade.

-Tudo bem - respondeu Jenny num tom frio e indiferente - Fazer o que, né?

-Hã? Ah, quer dizer...? Porque a gente se ama a gente tem que...

-Você ouviu isso? - a garota levantou - se de repente e olhou na direção da porta.

-Heim? Ué, mas não é... - e ouviram a risada alegre de Faith. O americano ficou paralisado ao ouvir a voz séria de Heero na sua porta.

-Duo? - disse Heero batendo de leve na porta. Jenny olhou para Duo, que permanecia paralisado.

-Que foi? - respondeu o americano depois que Jenny lhe deu um tapa na cabeça.

-Trouxemos sorvete. Onde está a Jennifer? - a garota pareceu constrangida.

-Sei lá - mentiu Duo rapidamente - Hã... Eu já tô descendo.

Heero não disse mais nada e Duo suspirou aliviado. Jenny levantou - se e começou a se vestir. Quando já tinha colocado a calcinha, o sutiã, as botas e a saia, e ia colocar o top, ela olhou por cima do ombro e viu Duo a observando. Ela corou levemente.

-Que tá me olhando, Duo?

-Você é tão linda que eu não me canso de te olhar, Jennifer.

-Idiota... - ela murmurou corando cada vez mais. Ela colocou o top e a jaqueta rapidamente e foi até a porta - Será que tá seguro pra eu sair?

-Mas...

-Eu quero contar do meu jeito, Duo - disse a garota num tom carinhoso.

-Tá bom, deixa que eu vejo se a barra tá limpa - ele se enrolou no lençol e foi até a porta. Jenny se escondeu atrás da mesma enquanto o americano verificava o corredor. Ele fez um sinal para a garota sair - Tá limpo. Acho que tá todo mundo lá embaixo mesmo. Eu já tô descendo, tá? - e a beijou. Ela sorriu e desceu as escadas vagarosamente.

Quando a garota chegou lá embaixo, não havia ninguém a vista. Ela suspirou aliviada. Então, se dirigiu calmamente até a sala de jantar, onde todos estavam tomando sorvete de vários sabores, muitos potes, taças, colheres e coberturas espalhados encima da mesa. Yuki sorriu alegremente para a prima.

-Jenny! Vem tomar sorvete!

-Tudo bem, Yuki - e sentou - se ao lado de Heero. Ele a olhou por um momento - Que foi, Heero?

-Onde você estava?

-Por aí - respondeu a garota displicente e fazendo força para não corar. Ela pegou uma taça com sorvete de creme e chocolate e começou a toma - lo. O irmão ainda a olhou por um tempo, mas não disse nada e voltou o olhar para Yuki e Wufei, que tomavam sorvete alegremente, dando colheradas de sorvete um ao outro. O Soldado Perfeito sorriu.

Duo vestiu - se rapidamente e foi lavar o rosto. Ele olhou - se no espelho e não pôde conter um sorriso. Não era mais virgem, fato que sempre o embaraçou (ser virgem), e... Estava apaixonado... Amor, ele sentia esse sentimento por alguém... Ele não conseguia acreditar... Balançou a cabeça com força e saiu do quarto, descendo rapidamente as escadas, fazendo bastante barulho enquanto andava.

-Onde vocês tão? - perguntou ele olhando as salas.

-Aqui! - gritou Faith - Sala de jantar!

O americano andou rapidamente até onde estavam todos, e levantou as sobrancelhas as ver tanto sorvete sendo tomado pelos seus amigos, afinal, era raro ver Trowa, Wufei e Heero com colheres e taças de sorvete nas mãos. Ele andou pela mesa e sentou - se na frente de Heero. O americano não conseguiu deixar de sorrir para Jenny, que retribuiu o sorriso depois de verificar que ninguém a estava observando.

-Ah, e quem vai pra mansão Wayne? - perguntou Jim colocando uma grande quantidade de calda de caramelo no sorvete - Yuki? Faith? Joe? Ellen? Heero?

-Ah, eu... - começou Yuki perdendo o bom - humor e olhando para Wufei, que corou levemente.

-Eu já me acostumei a morar aqui, Jim - disse Faith com um sorriso enorme e olhando para Quatre, que corou furiosamente.

-Eu... - começou Ellen corando - Eu até que gosto daqui...

-Por mim - disse Joe balançando os ombros.

-Seria melhor eu continuar aqui - disse Heero.

-Então... Deixe - me ver. Só o Joe, eu e a Jenny vão...

-Me tira dessa - disse Jenny colocando mais sorvete em sua taça. Jim a olhou e levantou as sobrancelhas - Eu quero ficar por aqui mesmo.

-Hã... Mas... Por que? - perguntou Duo segurando o riso. A garota deu uma risada alegre, daquelas tipo o Heero, jogando a cabeça para trás e rindo sem parar, todo mundo olhando. Quando parou de rir, ela virou - se para Heero, que estava impressionado com a irmã.

-Heero, se eu contar uma coisa, você jura que não fica bravo?

-O que é? - perguntou o gêmeo de Ellen sentindo que deveria ficar bravo.

-Jura?

-Está bem.

-E não vai matar ninguém também?

-O que?

-Heero - sua voz era autoritária.

-Está bem. Eu juro.

-Tá, agora eu falo. Ai, ai. Bem, eu quero ficar aqui nesta casa, a... "Mansão Winner", simplesmente porque recebi uma certa... Proposta.

-Pra que? - perguntou Heero torcendo as mãos e ficando muito bravo.

-Pra morar com uma das pessoas que já mora aqui - o Soldado Perfeito olhou diretamente para Duo (ei, o Heero não é idiota! Só o Duo ficou sozinho com a Jenny enquanto ele não estava em casa, então era óbvio que ele pensasse que era o Duo quem fizera a proposta - e foi!), que começou a avermelhar.

-Quem? - perguntou Faith rindo ao olhar para a expressão de cólera no rosto do irmão de olhos cobalto.

-O Duo - com estas duas palavras, Heero levantou - se na hora, parecendo um robô. Ele não olhou para ninguém nem não disse nada. Então, de repente, ele simplesmente subiu as escadas correndo.

Todos se entreolharam sem dizer uma só palavra, mas todos (exceto por Yuki) riam para dentro de Duo paralisado e vermelho. Jenny continuava tomando o seu sorvete. Depois de um minuto que levantou - se da cadeira, Heero voltou. E em sua mão ele tinha...

-A minha espada! - exclamou Wufei deixando a colher cair.

-Heero, você... - começou Jenny, mas no mesmo segundo, Duo pareceu ficar vivo novamente e levantou - se, afastando - se da mesa. O Soldado Perfeito tinha um olhar assassino no rosto.

Então foi aquela cena linda: Heero com a espada de Wufei correndo atrás de Duo, todo mundo na mesa rindo quase que de se matar, e Jenny e Joe com cara de "que imbecis...".

Então, Heero conseguiu alcançar Duo e quase o corta, mas aí, Trowa, Wufei, Quatre e Jim, vindos de várias direções, pulam encima de Heero, paralisando - o. Duo ficou no chão ofegante e com a mão no peito, um sorriso de alívio se formando na sua face, afinal, se salvara do Soldado Perfeito.

-Soltem - me agora mesmo! - gritava Heero. Jenny o olhou (ele tava de bruços, com os quatro jovens mencionados antes encima dele, atrás da cadeira da garota de cabelos negros).

-Você jurou, Heero.

-Que não o mataria. Machucar é outra coisa - resmungou o Soldado Perfeito ainda segurando com força a espada - E por que diabos ele te pediu pra ficar aqui e morar com ele? Presumindo que no mesmo quarto, né?

-É, no mesmo quarto. E... Bem, acho que é porque a gente... - ela começou a ficar vermelha, e Heero não gostou nada disso - Bem, porque a gente... Fez...

-Eles transaram - disse Faith calmamente. A irmã a olhou por um segundo e ficou mais vermelha.

-Mas vocês se conheceram hoje! Há... Duas, três horas no máximo! - exclamou Heero vermelho e nervoso.

-É... Mas fazer o que, né? - respondeu Jenny ficando com o rosto mais normal (não vermelho).

-Jenny - começou Jim vermelho - Pára de falar assim, por favor, e explica pra gente poder soltar o Heero e ele não querer... "Machucar" o Duo.

-Tá. Eu me senti atraída pelo Duo, e ele por mim. A gente quis, foi, transou e ponto final - disse Jenny calmamente.

Heero, Jim, Ellen, Quatre e Duo (este ainda no chão, um pouco só longe do montinho encima de Heero) estavam muito vermelhos, o sangue parando de correr pelo corpo, todo concentrado no rosto de cada um deles. Yuki olhava alegremente meio que se divertindo com a situação. Faith fazia o mesmo. Wufei e Trowa estavam vermelhos, mas não tanto quanto os outros, e Joe estava simplesmente tomando seu sorvete, na maior tranqüilidade.

-Podem me soltar - disse Heero depois de dois minutos de completo silêncio na sala de jantar. Os jovens encima dele hesitaram, mas o tom do Soldado Perfeito era controlado e calmo, sem nenhum vestígio de fúria assassina incontrolável. Ele deu a espada a Wufei e olhou seriamente para Duo, que finalmente levantou do chão.

-Heero, eu...

-Se você fizer magoar a minha irmã, eu te mato, Duo, e ninguém vai conseguir me impedir, entendeu? - disse Heero num tom mortal.

-Mas... E o Wufei? O Quatre? - perguntou Duo começando a se desesperar.

-Nenhum deles ousaria magoar a Faith ou a Yuki, mas você...

-Ah, você confia mais neles que em mim?

-Não... Exatamente, mas simplesmente me preocupo com coisas diferentes em relação a eles.

-Como...?

-Me preocupo que o Quatre... Vá ter um treco um dia e começar a agir da mesma forma que a Faith com ele - o loirinho corou furiosamente e não conseguiu olhar para Faith, que riu alegre - E quanto ao Wufei... Preocupo - me que ele poderá machucar a Yuki um dia... Mas... Machucar "daquele" jeito - e corou levemente enquanto Yuki fazia a cara de inocente de sempre e Wufei corava sem parar.

-E por que você se preocupa que eu vá magoar a Jennifer?

-Porque vocês estão avançando rápido demais - rosnou Heero.

-E daí? Eu... - Duo parou de falar e corou violentamente.

-Você... O que?

-Eu... - ele começou a abaixar o rosto. Dizer que amava Jenny na frente de tanta gente era vergonhoso - Eu... - a sua voz foi abaixando cada vez mais - Eu amo a Jennifer... - ele disse murmurando, o rosto com um tom avermelhado extremamente intenso.

A reação foi instantânea. Jenny, ao ouvir o que o americano dissera, ficou com o rosto muito vermelho, e deu uma desculpa qualquer e saiu correndo escadas acima. Heero abriu a boca e não parecia conseguir fecha - la. Wufei, Trowa, Jim, Quatre, Ellen e até mesmo Joe ficaram com os olhos arregalados e olhando sem palavras para Duo. Yuki pareceu encantada e Faith ficou meio séria por um momento, mas depois começou a rir sem parar, tirando a todos daquele estado "zen".

-Ai, que gracinha! - disse a caçula dos Wayne ainda rindo - Ai, ai... Logo, logo terei um cunhado... Depois sobrinhas e sobrinhos...

-Faith! - exclamaram Heero e Duo juntos. A garota de olhos esmeralda só deu uma risada alegre.

-Eu posso ir ver a Jennifer, Heero? - perguntou Duo cautelosamente.

-Vai. Por que pergunta pra mim? - respondeu Heero sentando - se novamente, a calma voltando ao seu sistema. Duo pareceu sorriu parecendo aliviado e alegre e foi subir as escadas.

-Você aceitou assim fácil, Hee - chan? - perguntou Faith. Quatre voltou ao seu lugar e a garota levantou - se e sentou no seu colo. O rosto do loirinho ficou totalmente vermelho na hora.

-Eu tive que aceitar - disse Heero olhando para a irmã - Aceitei você, não aceitei?

-Ah, você gosta do Quatre, e ele é tão bonzinho, então...

-Não, eu quis dizer que eu aceitei como você é, Faith.

-Ah, isso. Bem, tinha que aceitar, né? Me mudar, você nunca ia conseguir, Hee - chan.

-Peraí... - disse Heero se levantando repentinamente, a raiva subindo novamente - Quando foi que eles...? Mas... Peraí... Jennifer descendo, Duo logo atrás... AH!

-Que foi, Hee - chan? - perguntou Ellen exasperada.

-A Jennifer tava no quarto do Duo quando eu subi pra chama - lo! - disse ele com muita raiva.

-A Jenny tava... O que? Você acha que eles tavam transando e você os interrompeu? - perguntou Faith colocando uma colher cheia de sorvete de morango na boca. O irmão ficou vermelho e pareceu mais bravo ainda, talvez cogitando a idéia de sua irmãzinha.

-Não, não... - murmurou ele nervoso - Eca, não!

-Eca? Hee - chan, você ainda é virgem por um acaso? - perguntou Faith. Heero a olhou extremamente corado.

-Faith...! - exclamou Quatre, mas a garota colocou a colher agora cheia de sorvete de uva na boca dele, calando - o bruscamente.

-O que você...? - começou Heero constrangido.

-É? Bem, não se sinta mal, Hee - chan. O Jim ainda é virgem também - este ficou excessivamente vermelho, e não conseguiu encarar ninguém - Bem, só se sinta um pouquinho mal porque...

Quatre ficou cansado da atitude da namorada e decidiu ele mesmo tomar uma atitude (ou seja, agir como homem!), pegando a garota e quase a derrubando - a, mas a pegou em tempo e a beijou. Todos o olharam surpresos e bastante impressionados. Faith até ficou vermelha (opa, isso sim é raro - acho que nem aconteceu antes nesta fic toda - ou aconteceu? Não, acho que não), mas não tanto quanto Quatre.

-Quatre, talvez eu não tenha dito antes - começou Heero muito vermelho e não olhando para Quatre, que interrompeu o beijo e levantou Faith, a garota perplexa (outra coisa raríssima!) e o loirinho MUITO vermelho -, embora eu tenha quase certeza de que disse, mas eu realmente não quero ver você e a minha irmãzinha se beijando e se amassando. É quase tão horrível quanto imaginar a Jennifer e o Duo... Juntos.

-Desculpa - disse Quatre envergonhado e corando cada vez mais.

-Ai, ai... - suspirou Faith reagindo novamente - O Quatre - chan é mesmo perfeito pra mim. Eu sabia.

-Hã? O que? - disseram Heero e Quatre concomitantemente (Anna, em "Quero ir ao passado" me ensinou essa palavra. Valeu!).

-Se eu sou assim... Agitada, digamos, então preciso de alguém que me agüente... E o Quatre - chan com certeza me agüenta e que ele seja como eu de vez em quando. Agora, Hee - chan, a gente pode ir também?

-Faith... - disse Quatre sorrindo exasperado.

-Por favor, Quatre - chan!

-Tá bom... - disse o loirinho sem conseguir dizer não à namorada.

-Hee - chan?

-Vai. Por que as pessoas ficam me pedindo permissão pra fazer as coisas?

-Porque você age como se fosse o nosso irmão mais velho, Hee - chan - disse Ellen tão gentilmente que fez o gêmeo corar levemente.

-Isso mesmo - concordou Jim rindo - Eu sou mole demais pra ter o posto de "irmão mais velho", mas como você é... É... Você, Heero, acho que fica bem de "irmão mais velho", sabe?

-Já que não preciso da permissão de ninguém, então vamos, Quatre - chan - disse Faith puxando - o de uma só vez e correndo para fora da mansão Winner. Um silêncio caiu sobre as pessoas naquela sala de jantar.

Nenhum dos jovens falou muito mais, só que as suas mentes trabalhavam sem parar, até mesmo a de Yuki. Depois de terminarem o sorvete, todos deixaram a mesa como estava, já que Yuki disse que arrumaria tudo sozinha. Claro que Wufei foi ajuda - la.

Quando estava subindo, Trowa foi ouviu o seu nome ser murmurado. Ele virou o rosto e viu Ellen ao pé da escada olhando - o. Ele corou levemente e desceu as escadas.

-O que foi, Ellen? - perguntou o jovem de olhos esmeralda. A garota sorriu gentilmente.

-Posso falar um pouquinho com você, Trowa? - ele balançou a cabeça e seguiu a garota até a porta da frente. Eles saíram e pararam na frente da porta. A garota suspirou.

-Aconteceu alguma coisa?

-Aconteceu... Trowa, sabe, eu... Eu queria dizer que eu... Eu... - seu rosto começava a corar sem controle, e ela encarou os olhos frios de seu... O que ele era dela? - Trowa, eu estou apaixonada por você...

-O que? - o jovem ficou com o rosto instantaneamente vermelho.

-Eu... Amo você, Trowa. Eu te amo - disse ela ainda encarando - o, fazendo - o ficar mais e mais vermelho.

-Ellen, eu... - a voz não parecia querer sair da garganta de Trowa, e o fato dele não conseguir desgrudar os olhos dos de Ellen não ajudava em nada.

-Não precisa falar nada, Trowa, eu só queria... Desabafar. Agora que o fiz, bem... Até depois - ela abriu a porta e foi correndo para dentro, sem dar tempo do jovem de olhos esmeralda segura - la para dar a sua resposta.

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*Blush* Hum... O Duo perdeu a virgindade... Eu sei que essa parte ficou "a" droga, mas... Eu não sei escrever esse tipo de coisa... Gomen, sorry, desculpinha! Mas eu tento ir melhorando - não é como se eu não fosse ter chance, com mais três casais basicamente já formados, mais três a serem formados, afinal de contas...

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