3-Lílian Evans

                Cheguei a estação ainda sem ter recebido notícia alguma. Caminhei procurando as plataformas nove e dez, conhecia muito bem o caminho para a nove e meia pois já tomara aquele trem inúmeras vezes para ir a Hogsmeade.

                Avistei em frente à barreira uma garota ruiva, que devia ter mais ou menos a minha idade, também carregando um malão como o meu. Ela estava acompanhada de uma mulher que presumi ser mãe dela pela cor dos cabelos. Aproximei-me e ouvi a conversa entre a menina e um garoto loiro de frios olhos azuis:

                - Pessoas como você não deveriam freqüentar Hogwarts. São vocês que estragam o nosso mundo, nem sabe como chegar ao expresso! Sangue ruim, nojenta! - a garota o encarava sem entender muito bem o que ele dizia, mas sabendo que era uma ofensa.

                - O problema do Mundo Mágico são famílias que se acham superiores por terem uma longa linhagem de bruxos e se esquecem que nenhum deles prestava, pois eram criminosos que reverenciavam a arte das trevas. - me intrometi no diálogo.

                - Não há nenhuma prova de que meu pai seja partidário do lado negro!

                - Nem eu falei isso, mas se a carapuça serviu. - disse para provocá-lo. Ele me olhou com raiva e desapareceu na barreira.

                - Você sempre é tão intrometido? - a ruivinha me questionou irada.

                - Só quis ajudar! - me defendi.

                - Cuide de sua vida! Não precisava de sua proteção!

A mulher assistiu a cena sem intervir e a garota após reclamar, não me pergunte de que, foi se despedir dela. Quanto a mim não a esperei e atravessei rapidamente a barreira. Quando andava pelo trem a procura de uma cabine, percebi que ela me seguia e isso me irritou:

- Achei que não precisasse de mim para nada!

- Não preciso! Só queria te perguntar uma coisa.

- Então pergunte logo. - falei impaciente.

- Que mau humor! Você é sempre assim? Se for já entendi o porquê de ninguém na tua família te agüentar. Não se deram ao trabalho nem de trazê-lo aqui! - ela falou sarcástica.

- Olha, se você veio atrás de mim para me jogar na cara que ninguém me acompanhou até aqui, já fez isso. Agora pode me deixar em paz?

- Não! Eu quero saber o que é sangue-ruim!

- Um xingamento muito ofensivo para alguém que nasceu trouxa. Ele pegou muito pesado! Para te ofender bastava te definir dizendo o quanto você é metida. - ao ouvir isso ela simplesmente foi embora me deixando satisfeito.

- Garotas! São sempre tão chatas! - enquanto discutia com a menina eu continuara andando e entrara em uma cabine onde havia dois garotos. O que fizera o comentário tinha cabelos negros despenteados e olhos castanhos, o outro era loiro e gorducho. - Eu sou Tiago Potter e esse é meu amigo Pedro Pettigrew. Nós dois vamos começar Hogwarts este ano.

- Muito prazer! Eu me chamo Sirius Black e também estou no primeiro ano. - disse sem muito entusiasmo.

Acabei ficando por ali. Eles eram animados e engraçados, entretanto minha mente continuava no sumiço de Lizzy. Os dois, é claro, perceberam minha distração:

-Está nervoso? Eu estou apavorado com a seleção e estaria pior se Tiago não tivesse vindo comigo.

- Na verdade eu estou pensando em outra coisa. É que... - nesse instante fui interrompido por batidas na janela e fiquei agradavelmente surpreso ao ver Pan.

Sirius,

             Espero que você esteja aproveitando a viagem e boa sorte hoje na seleção! Nós a encontramos! Ela está em um hospital trouxa, mas nada grave aconteceu. Foi só um desmaio. Ainda não sabemos muito bem o que houve. Vamos esperar ela se acalmar para perguntar.

                                                                                                                      Beijos,

                                                                                                                                    John

Espantei-me ao ver a assinatura de meu padrinho e fiquei na dúvida se acreditava ou não nas palavras dele, lembrava-me bem da recusa de minha madrinha em avisá-lo. Contei aos meus dois novos amigos o que acontecera e conversamos pelo resto da viagem.

Quando chegamos vimos um homem enorme chamando os alunos do primeiro ano. Ele se apresentou como Hagrid, o guarda caça da escola, e aparentava ser simpático, como realmente é. Ele nos guiou até o lago que estava lindo refletindo as estrelas e a resplandecente lua cheia. Ouvi algumas meninas reclamando da viagem de barco, entretanto a desagradável ruiva não estava entre elas. Perdi a fala quando o castelo surgiu do nada, fiquei encantado com o que via.

Na escola fomos recepcionados por um homem de sorriso tolo e cabelos castanhos arrepiados:

- Bem vindos a Escola da Magia e Bruxaria de Hogwarts! Eu sou Edward Cliburn sou o vice-diretor e serei seu professor de poções. Aguardem um minuto, dentro de pouco tempo voltarei para chamá-los para a seleção. Enquanto isso, se refaçam da viagem e busquem se mostrar apresentáveis, afinal a escola inteira estará assistindo! - ele falou como se isso fosse a melhor coisa do mundo.

A maioria de nós ficou nervosa, alguns mais outros menos, ninguém parecia saber o que estava para acontecer. Pedro recitava palavras sem sentido, que compunham feitiços, acho. Eu e Tiago arrumamos o cabelo, o que não adiantou muita coisa para ele, e ajeitamos as vestes.

O professor não mentira, reunidos no Salão Principal estavam todos os alunos mais velhos e os professores. Em cima do banquinho imperceptível aos olhos dos primeiro-anistas, ocupados demais examinando o salão e admirando o encantamento do teto que refletia o céu em toda a sua exuberância, estava o Chapéu Seletor, foi só quando ele começou a cantar que chamou nossa atenção.  Ao final da música o Professor Cliburn falou a todos:

                - Eu vou chamar cada aluno em ordem alfabética e ele colocará o chapéu. Black, Sirius. - fui o primeiro.

Andei até o banquinho calmamente, não entendia porquê tanto mistério para uma cerimônia tão simples. Se a rapidez com que o chapéu seletor anuncia sua decisão indica algo, eu fui fácil de classificar. Admito com dificuldade, no entanto é preciso dizer, que ele cogitou seriamente a possibilidade de me mandar para a Sonserina. Alguém me imagina entre aqueles sebosos? Ainda bem que ele mudou de idéia a tempo e me enviou para a Grifinória. A ruivinha foi selecionada para a Corvinal pouco depois de mim e só então descobri que ela se chamava Lílian Evans. Meus amigos felizmente (pelo menos foi o que pensei na época) também foram para a Grifinória.

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- Sr. Black aguarde um instante. - fiquei receoso ao ouvir isso.

Estava no final da aula de transfiguração, última matéria daquele primeiro dia, ensinada pela Prof. McGonagall, a diretora da Grifinória. Perguntava-me o que ela desejava falar comigo e preocupado com a possibilidade de ela ter descoberto que fora eu quem "acidentalmente" transformara a pena de Caroline Handleton em um besouro. Encantara-me com as possibilidades das diferentes brincadeiras que a transfiguração nos proporcionava. A garota gritara tanto que a professora a mandara para a enfermaria tomar uma poção relaxante.   

- O que foi professora? - indaguei depois de todos os outros alunos terem deixado a sala.

- Me acompanhe até a sala do diretor. - fiquei com medo do que poderia ter acontecido, afinal aquela pequena brincadeira não era motivo para tanto.

A segui apreensivo. A preocupação com Eliza que ficara escondida no fundo de minha mente durante todo o dia, devido a agitação da escola, voltara a ocupar todos os meus pensamentos. Na minha cabeça a única razão de estar sendo levada para a sala de Dumbledore era que algo grave havia acontecido com ela. Nem prestei atenção no caminho e muito menos na estranha passagem, ao chegar lá tive a melhor das surpresas:

- Lizzy! - exclamei correndo até ela e a abraçando forte como se não a visse há anos. - Nunca mais faça isso, por favor! Não sabe o susto que me deu!

- Claro, eu sou tão importante que você simplesmente pegou o trem e veio para cá. Nem se deu ao trabalho de esperar que me encontrassem. - ela retrucou rispidamente e se desvencilhou de meus braços.

- Não diga isso princesinha!

- Não me chame assim! - ela me interrompeu irritada. - Alex me colocou esse apelido e você não é ele e nunca vai poder substituí-lo!

- Eu queria ter ficado. - continuei ignorando a interrupção. - Morri de medo de você nunca mais aparecer! Por que saiu? Como te encontraram?

- Queria ir ao cemitério ver Alex! Quanto a como me acharam pergunte a ele. - ela disse se virando para o meu padrinho e só então percebi a presença dele. Voltei-me para ele aguardando uma explicação.

- Eu voltei de uma missão bem sucedida antes do que esperava e ao chegar em casa me falaram do problema. Ajudei a busca pelos meios mágicos e a descobrimos em um hospital trouxa.

- Que meios mágicos? - eu e Lizzy o questionamos juntos. Ela chateada e eu apenas curioso.

- Os métodos comuns usados pelo Ministério na procura de desaparecidos. - aquela resposta não satisfez nenhum de nós.

- Como ela foi parar no hospital? - indaguei para evitar que Eliza insistisse no assunto.

- O que me contaram foi que um carro quase a atropelou e que misteriosamente ela caiu do outro lado se salvando, acho que foi uma emissão involuntária, de qualquer forma o motorista preocupado, porque ela desmaiou, a levou para um pronto socorro.

- Por que você queria ver Alex?

-I sso é problema meu! Pai, você já provou para ele que estou viva, agora vamos? - ela pediu impaciente.

Nos despedimos friamente. Eu procurava naquela menina irritadiça a Eliza que eu conhecia, minha esperança era que o tempo fizesse seu efeito e ela aos poucos voltasse ao normal.

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                - Amanhã é o dia de minha morte! - Pedro lamentou ao ver no horário que no dia seguinte teríamos aula de vôo.

                - Que isso Pedro! Você não pode ser tão ruim assim!

                - É que você nunca o viu em uma vassoura! - Tiago zoou e eu ri.

                - Tem que ter um jeito de eu escapar dessa aula!

                - Claro que tem! É só provocar os sonserinos e quem sabe eles te mandam para a enfermaria. - sugeri e ele fez uma careta. - Então acho que amanhã todos os nossos colegas vão saber que você é péssimo voando!

                - Posso me fingir de doente. - ele opinou.

                - O Sirius não estava falando sério! Você tem que enfrentar isso! Não vai poder fugir de todas as aulas de quadribol e amanhã ao menos não será o único a estar aprendendo.

                - Tiago, o seu pai já tentou me ensinar dezenas de vezes. Eu simplesmente prefiro o chão!  

 - Deixe de ser bobo! Você vai conseguir é só continuar tentando. Venha, vamos jantar. - ele se levantou derrotado. - Você não vem Sirius? - Tiago indagou ao ver que eu continuei imóvel.

- Não estou com fome. Podem ir.

A verdade era que eu queria ficar um pouco sozinho, aquela conversa me lembrava de um certo verão a alguns anos atrás. Eu peguei o álbum de fotos e observei, embora estivesse longe. Recordava o dia em que Alex e meu padrinho me ensinaram a pilotar uma vassoura.

Na manhã seguinte eu compreendi perfeitamente o que meus amigos quiseram dizer ao comentar o desastre que Pedro era no ar:

- Digam: Suba! - a professora começou explicando como colocar a vassoura na posição certa. Menos da metade das vassouras obedeceram incluindo a minha a de Tiago e surpreendentemente a de Evans. - Sejam mais confiantes e se concentrem. - ela recomendou a quem não conseguira. - Agora se posicionem e dêem um impulso não muito forte. - acho que o Pedro não ouviu essa última parte, porque ele disparou como um foguete.

Se eu não compreendi a facilidade com que Lílian controlou a vassoura compreendi menos ainda quando vi que ela não voou, entretanto vi nisso uma oportunidade para implicar.

- Tem medo de altura, Evans?

- Ora! Veja só, você descobriu meu nome Black!

- E você o meu. E então? Está ou não com medo?

- Apavorada! - ela retrucou irônica.

- Se é assim tão corajosa, prove! -a desafiei. O que quer que estava prendendo-a ao chão desapareceu na hora. Pouco depois estávamos disputando quem fazia as melhores manobras, até que eu tive uma idéia meio insana. - Você está se achando só por causa dessas manobras, né?

- É você quem pensa que é o rei do Universo!

- Duvido que seja capaz de fazer isso. - provoquei-a colocando minha vassoura em posição quase vertical e subindo o mais rápido que conseguia.

Ele me imitou e aquilo se tornou uma corrida acirrada. Eu tinha mais experiência e ela era mais leve o que era vantajoso considerando a idade daquelas vassouras. Em um certo momento a Comet que ela usava parou jogando-a para frente e ela caiu. Por um instante fiquei sem ação, atônito, mas fui atrás dela. No entanto ela despencava rápido demais e eu já havia forçado muito a vassoura. Para meu alívio Tiago viu o que estava acontecendo e a salvou. Aterrissei feliz por Madame Hooch estar ocupada com os alunos desajeitados e não ter visto nada.

- Por que você me segurou? - eu não podia acreditar no que escutava. A louca ruiva estava com raiva de Tiago.

- Você preferia bater no chão? Da altura em que foi a queda você poderia ter morrido.

- Agora vai jogar na minha cara que salvou a minha vida? Eu não te pedi para fazer isso e se fez foi porque quis. - ela disse e começou a se afastar até que percebeu minha presença. - Você é louco? - indagou.

- Não, só gosto de me divertir. E você?

- Podíamos ter morrido por sua culpa!

- O que? Eu só te desafiei e você aceitou. Não é problema meu se você não tinha capacidade para tanto.

- Eu vôo muito melhor que você e seu amiguinho e vou provar isso!

- Como? - a questionei.

- Esse ano não podemos ter uma vassoura própria, mas ano que vem...E ainda vai ter o quadribol.

- Então veremos! - finalizei.

Nesse momento me assustei ao ver Pedro vindo disparado na nossa direção com a professora em seu encalço tentando evitar o choque que acabou acontecendo. Por sorte ele conseguiu pelo menos diminuir a velocidade e não se machucou muito. Sonserinos e Lufa-Lufas estavam chegando para a aula deles e assistiram ao tombo.

-Vejam só o aborto Pettigrew não consegue nem controlar a vassoura! - falou o garoto loiro que como eu suspeitava era um Malfoy.

- Lucius o que mais você esperava dessa aberração?

Eu e Tiago quase partimos para cima deles, mas dois colegas Corvinais nos seguraram:

-Fiquem calmos! É isso que eles querem para depois posarem de vítimas. - no fim sedemos, entretanto, eu arquitetava uma vingança contra aqueles estúpidos.

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- Isso não pode ficar assim! - exclamei, após deixarmos Pedro na enfermaria.

- Concordo! O que faremos? - Tiago perguntou já desconfiado de que eu tinha uma idéia.

- Sabe podemos ir às masmorras na hora do jantar e acidentalmente esbarrar com Malfoy e seus nojentos amigos e derramar neles um vidro da poção do mau cheiro que eu tenho no dormitório.

- Ótimo assim eles vão para o Salão Principal sem saber de nada, afinal a vítima não sente o odor, né? Só acho melhor não irmos para as masmorras, nem sabemos ao certo se a Sala Comunal da Sonserina é lá. Seria melhor observarmos por qual corredor eles vão chegar para o almoço e ficarmos esperando lá. - eu concordei e fomos para a próxima aula animados com o plano, o que não sabíamos era que mais alguém escutara aquela conversa.

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- Como faremos para que ninguém nos veja até o momento certo? - indaguei mais tarde, já no dormitório, vendo como faria para que a poção não espirrasse em nenhum de nós.

                - Usando isso! - ele me respondeu exibindo uma bela capa de invisibilidade. - Ganhei de aniverssário! Está na família há gerações!

                - Sortudo! - exclamei e corremos para o local escolhido durante o almoço.

Já estávamos um tempo esperando impacientemente, pensando na possibilidade de termos nos enganado quando um som atrás de nós chamou nossa atenção.

                - Quem é você? O que faz aqui? - era o idiota que chamara Pedro de aberração.

                - Psiu! Não faça barulho! Eles podem estar por aqui e nos ouvir!

- Eles quem! Responda-me!

- Sou Lílian Evans. E eles são Sirius Black e o amiguinho dele acho que é Pottigrew o nome.

- Potter. - o outro corrigiu.

- Que seja!

- O que você quer com os dois e o que eles viriam fazer aqui?

- Você pergunta demais! Eles vão aprontar com a sua turma e resolvi fazer o feitiço atingir também aos feiticeiros. Só que agora você vai me denunciar!

- Eu? E perder a chance de ver aqueles idiotas se darem mal? Claro que não! Vou te ajudar! Você só vai ter que me explicar por que quer aprontar com eles.

- Os dois são arrogantes! Acham-se superiores! E você? Por que não gosta deles?

- Pelo mesmo motivo, e existe também uma rivalidade natural entre as nossas casas.

- Tenho um pressentimento de que tem mais coisa nessa história do que você quer contar, mas isso é problema seu.

Eu e Tiago ouvimos tudo calados, pensando em uma maneira de nos vingarmos dos sonserinos sem sermos alvo do que a Evans pretendia fazer.

- Acho que ela vai usar o feitiço de espalhar? - Tiago cochichou.

- Talvez já que ela pretende que eles também sejam atingidos. Então nós podemos ao em vez de esbarrar neles simplesmente jogar o frasco.

- Pode ser, só que aí eles vão saber que estão sendo atingidos!

- É melhor do que nada! Pelo menos eles vão ficar fedorentos e talvez perder o jantar.

- Está bem! Acho melhor nos escondermos atrás daquela estátua do outro lado do corredor. - seguimos o conselho de Tiago.

Não demorou muito para Lucius e sua turminha apareceram, com exceção do que estava com a Evans escondido atrás de uma outra estátua. Eu e Tiago retiramos a capa e jogamos o frasco o mais rápido que conseguimos. Podíamos ter levado nossa primeira detenção se um desconhecido (até então) não estivesse passando e não tivesse levado a culpa por nós:

- Foi ele! - gritou um dos amigos idiotas de Malfoy apontando para o menino.

         Por acaso o professor de poções estava passando por ali naquele minuto e aplicou o castigo. Eu e Tiago íamos assumir a culpa, só que o garoto se apressou em fazê-lo. Ele nos viu, sabíamos disso, e não nos denunciou. O menino era Remo Lupin e desde então se tornou um grande amigo nosso

Quanto a Lílian, deve ter ficado bem frustrada ao ver o fracasso de seu plano. O outro garoto que mais tarde eu descobri se chamar Severo Snape apareceu mais tarde e fingiu cinicamente estar com pena dos amigos. Ele e a Evans se tornaram amigos unidos pela raiva que tinham de mim e do Tiago.