Título: Enfrentando a pior das batalhas
Autora: Bélier
E-mail: belier.aries@bol.com.br
Categoria: Romance Yaoi
Retratação: Eu não possuo Saint Seiya/Cavaleiros do Zodíaco. Infelizmente (ou felizmente) eu não os possuo, pois do contrário eles teriam namorado mais do que lutado... De qualquer forma, eles são propriedade de Kurumada, Toei e Bandai.
Resumo: Após os anos de exílio, Mu tenta reencontrar seu lugar dentro do Santuário. Seria esse lugar nos braços de outro cavaleiro? Alerta: Conteúdo Yaoi. Lemon para futuros capítulos.
Capítulo 4 - Descobrindo novos fatos
Mu sentou-se na entrada de seu templo, suspirando. Limpou o suor da testa, observando a armadura a sua frente. Realmente não estava sendo fácil consertar esta. Era de prata, e ele já nem se lembrava mais a quem ela havia pertencido, só sabia que ela estava bem destruída. Precisava se lembrar de "agradecer" Seiya ou Shiryu por isso.
Como estas armaduras não possuíam mais dono, ficava difícil que alguém se dispusesse a dar o seu sangue para revivê-las. A situação fora resolvida com o sangue de Saori, que também já havia feito isso nas armaduras de bronze, não permitindo que seus donos sofressem mais ainda. Mu ficara impressionado, nunca havia consertado uma armadura com o sangue de Atena. Apenas algumas gotas de sangue pingadas do dedo da deusa eram suficientes para recobrar a vida das armaduras. Sendo assim, Saori havia descido alguns dias atrás até seu templo e ordenado que ele restaurasse também as armaduras de prata.
Felizmente, Shiryu ficara encarregado de treinar Kiki enquanto Mu cuidava das armaduras. Não que ele não se importasse com o seu discípulo, mas diante das atuais circunstâncias, ele não estava com muita paciência para tolerar as peraltices do garoto. Além disso, Kiki gostava muito de Shiryu, e vivia sempre atrás dele, mesmo. Quase nem o vira nos últimos dias.
É claro que não havia urgência neste conserto, uma vez que os novos cavaleiros de prata ainda não tinham sido escolhidos, mas Mu já estava quase acabando. Trabalhara como louco durante as duas semanas anteriores.
Era tudo que ele poderia fazer para esquecer.
Mu suspirou novamente, olhando para o sol que começava a se por. Logo ele teria que parar de trabalhar, e isso significava ser assombrado novamente pelas lembranças do dia em que se encontrara com Shaka.
Toda noite era assim. A única coisa que o distraía era o seu trabalho com as armaduras. Mas à noite, quando se deitava, as lembranças vinham a tona, e ele rolava na cama sem conseguir dormir. Quando, finalmente, conseguia algum descanso, sonhava com o cavaleiro de Virgem.
Ruborizou-se ao lembrar-se dos sonhos. Mu via-se beijando Shaka novamente, no mesmo jardim. Mas neles, Mu não fugia, e eles continuavam no seu doce interlúdio amoroso. Ele podia sentir o tato da pele nua do amigo sob a dele, bem como o aroma das flores, que forravam o chão, quando ambos se deitavam, como se fosse real. Seus cabelos soltos se misturavam, enquanto suas bocas se encontravam, e seus corpos se uniam em um. Mu quase sempre acordava banhado em suor, e com um problema - no mínimo doloroso - para resolver. Sua primeira atividade do dia era se livrar dele.
"Maldito seja você, Shaka. Por que me fez isso?" Colocou o rosto entre as mãos, apoiadas nos joelhos, e assim ficou por algum tempo, tentando se acalmar.
Mas, apesar de toda essa fixação, ele tinha se decidido a não procurar o amigo, pois sabia que se o fizesse, ambos sairiam magoados. Shaka não poderia lhe oferecer o amor que desejava, e ele, por sua vez, não poderia dar apenas o prazer que o outro cavaleiro procurava.
Logo ouviu passos e conversa, percebendo que alguns cavaleiros se aproximavam. Levantou-se rapidamente e voltou às suas atividades.
- Boa tarde, Mu! - Era Aldebaran, voltando de mais um dia de treinamento, acompanhado de Aioria e Milo. - Como vai o nosso ferreiro preferido, muito trabalho?
- Boa tarde, Aldebaran. - Mu sorriu gentilmente - Tenho muito trabalho sim. E, para falar a verdade, se eu fosse o seu ferreiro favorito, você já teria me deixado consertar esse chifre!
Milo e Aioria riram, e Aldebaran colocou a mão no pedaço de chifre que lhe restara de lembrança da luta contra Seiya.
- Você sabe que não é assim, Mu!
- Sei sim, Aldebaran, só estou te importunando.
Mu reparou que Milo olhava estranhamente para ele.
- Mu, você está bem? - Milo perguntou educadamente.
- Estou sim, Milo, por quê? - Mu tentou sorrir, sem muito sucesso.
- É que você parece... diferente, só isso.
- Tenho trabalhado muito, deve ser por isso. Estou um pouco cansado.
- Bom, pessoal, eu já vou subindo. - anunciou Aiolia - Tenho um encontro com a Marin mais tarde.
- Eu também já vou. - Disse Milo, aceitando a desculpa de Mu, mas não se convencendo - Tenho um encontro é com a minha cama, isso sim.
- Ah, eu vou ficar mais um pouco por aqui, se o Mu não se incomodar, é claro...
- Fique a vontade, Aldebaran. É sempre bom ter alguém para conversar.
Leão e Escorpião entraram no templo de Áries, desejando uma boa noite aos dois amigos.
Aldebaran sentou-se, observando o trabalho do ferreiro.
- Você tem passado muito tempo sozinho, não?
Aldebaran e a sua imensa curiosidade. Mu respondeu calmamente, explicando pela centésima vez que tinha trabalhado muito nestas últimas semanas.
- E o Shaka, como ele está? Pelo que eu estou sabendo, você foi o único a vê-lo depois do término da batalha das Doze Casas.
- Ele... ele está bem. - Mu gaguejou - Tem treinado bastante.
- Sei. Sempre perfeccionista, como sempre. - Mudando de assunto abruptamente, Aldebaran comentou - Estranho o Milo perguntar se você estava bem. Ele é que anda meio estranho, ultimamente.
- Como assim? - Ainda debruçado sobre a armadura que consertava, Mu agradeceu à Atena pelo amigo ter mudado de assunto, pois não conseguiria manter uma conversa normal cujo assunto principal fosse a causa de todos os seus atuais problemas.
- Ele tem andado muito triste... Deve estar sentindo a falta de Camus.
Mu enrijeceu. Como Aldebaran poderia falar uma coisa dessas tão abertamente?
Notando o seu desconforto, o cavaleiro de Touro tratou de explicar: - Mu, você ficou muito tempo longe do Santuário, e provavelmente não sabe de muitas coisas. Nos últimos três anos, Milo e Camus tinham assumido seu relacionamento. Não vou dizer que todos sabiam, os dois eram muito discretos, mas dava para notar que os dois estavam diferentes. Milo estava sempre sorridente e brincando, e Camus, apesar do seu temperamento fechado, sempre tinha um sorriso nos lábios quando Milo estava por perto. Sabe como é, ele era o único que conseguia derreter o gelo de Aquário.
Áries estava em estado de choque.
- Depois que Camus se foi, Milo não tem sido mais o mesmo.
Recuperando-se, Mu perguntou: - E o Mestre sabia, e nunca os proibiu ou castigou?
- De forma alguma. Seu antigo Mestre, Shion, já estava bem doente, e Saga, que hoje sabemos ter ocupado o lugar de Ares, se sabia, nunca se manifestou. Na verdade, Saga queria isso para si também, mas não podia ter.
Mu voltou-se para Touro - O que você quer dizer com isso?
Aldebaran sabia que agora desferiria um golpe fatal no cavaleiro de Áries, mas era extremamente necessário.
- Saga, passando-se por Ares, assediava constantemente um certo cavaleiro para que este ficasse ao seu lado, mas nunca recebeu sequer uma explicação para as constantes negativas que recebia. Foi uma vergonha para ele a forma como foi rejeitado.
Mu sentiu o estômago embrulhar, e sentia o chão rodar sob seus pés. Voltou seu rosto novamente para a armadura, para esconder sua aflição.
- Me diga, Aldebaran, quem era esse cavaleiro?
Aldebaran suspirou - Era Shaka, Mu.
O cavaleiro de Áries apoiou as mãos no chão, para não cair. Não podia acreditar no que ouvia. Se Shaka nunca aceitara as investidas de Saga, era porque ele não queria simplesmente alguém para se divertir. Era porque ele estava esperando alguém em especial.
- Virgem amava outra pessoa, demorou para Saga perceber e deixá-lo em paz. - Aldebaran continuou, notando a reação que provocara, mas com intenção de ir até o fim. - Shaka é muito fechado, mas para nós, demais cavaleiros de Ouro que convivíamos com ele, não foi difícil adivinhar o que se passava. Ele... sempre ficava irado quando Ares, quero dizer, Saga, determinava caça aos traidores do Santuário.
Lágrimas juntaram-se nos olhos de Mu. Tantos anos longe do Santuário, sem saber o que acontecera, e finalmente descobrira agora.
- Saga odiava você, Mu. E não era somente por causa da sua deserção.
Levantando-se, Mu continuou de costas para Aldebaran, deixando as lágrimas rolarem livremente.
- Acho que falei demais, hoje, mas tinha que ser. Não suporto mais ver duas pessoas sofrerem assim. - Aldebaran virou-se para partir - Se você precisar de mim, sabe onde me encontrar.
Aldebaran ia entrar na casa de Áries para atravessá-la, quando notou uma presença vindo de dentro do templo, aproximando-se da entrada. Virando-se novamente para Mu, gritou, sorrindo:
- A propósito, você tem outra visita.
Virando-se, Mu pode ver Aldebaran cumprimentando Shaka na entrada de seu templo.
Continua
Autora: Bélier
E-mail: belier.aries@bol.com.br
Categoria: Romance Yaoi
Retratação: Eu não possuo Saint Seiya/Cavaleiros do Zodíaco. Infelizmente (ou felizmente) eu não os possuo, pois do contrário eles teriam namorado mais do que lutado... De qualquer forma, eles são propriedade de Kurumada, Toei e Bandai.
Resumo: Após os anos de exílio, Mu tenta reencontrar seu lugar dentro do Santuário. Seria esse lugar nos braços de outro cavaleiro? Alerta: Conteúdo Yaoi. Lemon para futuros capítulos.
Capítulo 4 - Descobrindo novos fatos
Mu sentou-se na entrada de seu templo, suspirando. Limpou o suor da testa, observando a armadura a sua frente. Realmente não estava sendo fácil consertar esta. Era de prata, e ele já nem se lembrava mais a quem ela havia pertencido, só sabia que ela estava bem destruída. Precisava se lembrar de "agradecer" Seiya ou Shiryu por isso.
Como estas armaduras não possuíam mais dono, ficava difícil que alguém se dispusesse a dar o seu sangue para revivê-las. A situação fora resolvida com o sangue de Saori, que também já havia feito isso nas armaduras de bronze, não permitindo que seus donos sofressem mais ainda. Mu ficara impressionado, nunca havia consertado uma armadura com o sangue de Atena. Apenas algumas gotas de sangue pingadas do dedo da deusa eram suficientes para recobrar a vida das armaduras. Sendo assim, Saori havia descido alguns dias atrás até seu templo e ordenado que ele restaurasse também as armaduras de prata.
Felizmente, Shiryu ficara encarregado de treinar Kiki enquanto Mu cuidava das armaduras. Não que ele não se importasse com o seu discípulo, mas diante das atuais circunstâncias, ele não estava com muita paciência para tolerar as peraltices do garoto. Além disso, Kiki gostava muito de Shiryu, e vivia sempre atrás dele, mesmo. Quase nem o vira nos últimos dias.
É claro que não havia urgência neste conserto, uma vez que os novos cavaleiros de prata ainda não tinham sido escolhidos, mas Mu já estava quase acabando. Trabalhara como louco durante as duas semanas anteriores.
Era tudo que ele poderia fazer para esquecer.
Mu suspirou novamente, olhando para o sol que começava a se por. Logo ele teria que parar de trabalhar, e isso significava ser assombrado novamente pelas lembranças do dia em que se encontrara com Shaka.
Toda noite era assim. A única coisa que o distraía era o seu trabalho com as armaduras. Mas à noite, quando se deitava, as lembranças vinham a tona, e ele rolava na cama sem conseguir dormir. Quando, finalmente, conseguia algum descanso, sonhava com o cavaleiro de Virgem.
Ruborizou-se ao lembrar-se dos sonhos. Mu via-se beijando Shaka novamente, no mesmo jardim. Mas neles, Mu não fugia, e eles continuavam no seu doce interlúdio amoroso. Ele podia sentir o tato da pele nua do amigo sob a dele, bem como o aroma das flores, que forravam o chão, quando ambos se deitavam, como se fosse real. Seus cabelos soltos se misturavam, enquanto suas bocas se encontravam, e seus corpos se uniam em um. Mu quase sempre acordava banhado em suor, e com um problema - no mínimo doloroso - para resolver. Sua primeira atividade do dia era se livrar dele.
"Maldito seja você, Shaka. Por que me fez isso?" Colocou o rosto entre as mãos, apoiadas nos joelhos, e assim ficou por algum tempo, tentando se acalmar.
Mas, apesar de toda essa fixação, ele tinha se decidido a não procurar o amigo, pois sabia que se o fizesse, ambos sairiam magoados. Shaka não poderia lhe oferecer o amor que desejava, e ele, por sua vez, não poderia dar apenas o prazer que o outro cavaleiro procurava.
Logo ouviu passos e conversa, percebendo que alguns cavaleiros se aproximavam. Levantou-se rapidamente e voltou às suas atividades.
- Boa tarde, Mu! - Era Aldebaran, voltando de mais um dia de treinamento, acompanhado de Aioria e Milo. - Como vai o nosso ferreiro preferido, muito trabalho?
- Boa tarde, Aldebaran. - Mu sorriu gentilmente - Tenho muito trabalho sim. E, para falar a verdade, se eu fosse o seu ferreiro favorito, você já teria me deixado consertar esse chifre!
Milo e Aioria riram, e Aldebaran colocou a mão no pedaço de chifre que lhe restara de lembrança da luta contra Seiya.
- Você sabe que não é assim, Mu!
- Sei sim, Aldebaran, só estou te importunando.
Mu reparou que Milo olhava estranhamente para ele.
- Mu, você está bem? - Milo perguntou educadamente.
- Estou sim, Milo, por quê? - Mu tentou sorrir, sem muito sucesso.
- É que você parece... diferente, só isso.
- Tenho trabalhado muito, deve ser por isso. Estou um pouco cansado.
- Bom, pessoal, eu já vou subindo. - anunciou Aiolia - Tenho um encontro com a Marin mais tarde.
- Eu também já vou. - Disse Milo, aceitando a desculpa de Mu, mas não se convencendo - Tenho um encontro é com a minha cama, isso sim.
- Ah, eu vou ficar mais um pouco por aqui, se o Mu não se incomodar, é claro...
- Fique a vontade, Aldebaran. É sempre bom ter alguém para conversar.
Leão e Escorpião entraram no templo de Áries, desejando uma boa noite aos dois amigos.
Aldebaran sentou-se, observando o trabalho do ferreiro.
- Você tem passado muito tempo sozinho, não?
Aldebaran e a sua imensa curiosidade. Mu respondeu calmamente, explicando pela centésima vez que tinha trabalhado muito nestas últimas semanas.
- E o Shaka, como ele está? Pelo que eu estou sabendo, você foi o único a vê-lo depois do término da batalha das Doze Casas.
- Ele... ele está bem. - Mu gaguejou - Tem treinado bastante.
- Sei. Sempre perfeccionista, como sempre. - Mudando de assunto abruptamente, Aldebaran comentou - Estranho o Milo perguntar se você estava bem. Ele é que anda meio estranho, ultimamente.
- Como assim? - Ainda debruçado sobre a armadura que consertava, Mu agradeceu à Atena pelo amigo ter mudado de assunto, pois não conseguiria manter uma conversa normal cujo assunto principal fosse a causa de todos os seus atuais problemas.
- Ele tem andado muito triste... Deve estar sentindo a falta de Camus.
Mu enrijeceu. Como Aldebaran poderia falar uma coisa dessas tão abertamente?
Notando o seu desconforto, o cavaleiro de Touro tratou de explicar: - Mu, você ficou muito tempo longe do Santuário, e provavelmente não sabe de muitas coisas. Nos últimos três anos, Milo e Camus tinham assumido seu relacionamento. Não vou dizer que todos sabiam, os dois eram muito discretos, mas dava para notar que os dois estavam diferentes. Milo estava sempre sorridente e brincando, e Camus, apesar do seu temperamento fechado, sempre tinha um sorriso nos lábios quando Milo estava por perto. Sabe como é, ele era o único que conseguia derreter o gelo de Aquário.
Áries estava em estado de choque.
- Depois que Camus se foi, Milo não tem sido mais o mesmo.
Recuperando-se, Mu perguntou: - E o Mestre sabia, e nunca os proibiu ou castigou?
- De forma alguma. Seu antigo Mestre, Shion, já estava bem doente, e Saga, que hoje sabemos ter ocupado o lugar de Ares, se sabia, nunca se manifestou. Na verdade, Saga queria isso para si também, mas não podia ter.
Mu voltou-se para Touro - O que você quer dizer com isso?
Aldebaran sabia que agora desferiria um golpe fatal no cavaleiro de Áries, mas era extremamente necessário.
- Saga, passando-se por Ares, assediava constantemente um certo cavaleiro para que este ficasse ao seu lado, mas nunca recebeu sequer uma explicação para as constantes negativas que recebia. Foi uma vergonha para ele a forma como foi rejeitado.
Mu sentiu o estômago embrulhar, e sentia o chão rodar sob seus pés. Voltou seu rosto novamente para a armadura, para esconder sua aflição.
- Me diga, Aldebaran, quem era esse cavaleiro?
Aldebaran suspirou - Era Shaka, Mu.
O cavaleiro de Áries apoiou as mãos no chão, para não cair. Não podia acreditar no que ouvia. Se Shaka nunca aceitara as investidas de Saga, era porque ele não queria simplesmente alguém para se divertir. Era porque ele estava esperando alguém em especial.
- Virgem amava outra pessoa, demorou para Saga perceber e deixá-lo em paz. - Aldebaran continuou, notando a reação que provocara, mas com intenção de ir até o fim. - Shaka é muito fechado, mas para nós, demais cavaleiros de Ouro que convivíamos com ele, não foi difícil adivinhar o que se passava. Ele... sempre ficava irado quando Ares, quero dizer, Saga, determinava caça aos traidores do Santuário.
Lágrimas juntaram-se nos olhos de Mu. Tantos anos longe do Santuário, sem saber o que acontecera, e finalmente descobrira agora.
- Saga odiava você, Mu. E não era somente por causa da sua deserção.
Levantando-se, Mu continuou de costas para Aldebaran, deixando as lágrimas rolarem livremente.
- Acho que falei demais, hoje, mas tinha que ser. Não suporto mais ver duas pessoas sofrerem assim. - Aldebaran virou-se para partir - Se você precisar de mim, sabe onde me encontrar.
Aldebaran ia entrar na casa de Áries para atravessá-la, quando notou uma presença vindo de dentro do templo, aproximando-se da entrada. Virando-se novamente para Mu, gritou, sorrindo:
- A propósito, você tem outra visita.
Virando-se, Mu pode ver Aldebaran cumprimentando Shaka na entrada de seu templo.
Continua
