"Ah, não!" Ele revirou os olhos e continuou andando com seu olhar arrogante
e sua postura indiferente. Ele pára a frente da porta, bate algumas vezes e
a porta se abre, revelando uma senhora baixa, rechonchuda, corada e com
traços fortes no rosto.
- Malfoy, eu estava na frente.
- Ah, Weasley, tem dó! Qual é o seu problema? Você ficou horas na frente da porta sem bater... Eu bati e agora vou entrar...Er, a Sra. não é a Professora Sprout. - Esquecendo Ginny e observando aquela mulher com feições alegres.
- Ah, desculpe, mocinha. Meu nome é Abigail Duboys, mas podem me chamar de Abigail. Sou sua nova professora de teatro. Entrem. - Estendendo o braço para apontar três poltronas à frente da lareira.
Draco entra sem dizer nada, nem agradecer, nem replicar, ele simplesmente entra e acomoda-se em uma poltrona à esquerda da do centro. Ginny fica esperando do lado de fora, em pé, olhando de esgueira para a mulher.
- Entre você também, Srta... - A mulher convidou. - Srta...
- Weasley, mas pode me chamar de Virgínia, se preferir. - Ela disse simpaticamente, tinha gostado daquela mulher.
- Srta. Virgínia, sente-se ao lado dele. Ah, que cabeça essa que eu tenho em cima do pescoço. Como o Sr se chama?
- Malfoy, Draco Malfoy.
- Se importa se eu chamá-lo de Draco? É um nome mais marcante do que Malfoy, sem querer ofender, é claro.
- Claro. - Com uma falsa compreensão que ela não percebeu, mas Ginny sim e quase riu. Só não riu porque se lembrou de que nada do que Malfoy dizia era engraçado.
- Fico feliz que vieram se inscrever... Nossa peça não poderá ter muitos personagens, pois para ser sincera não são todos os alunos que se interessam por teatro. Venham até minha mesa, por favor. - Abigail caminhou até a mesa a passos duros, mas leves. Ela era uma mulher muito simpática e prática, falava rápido e animadamente. Eles se levantaram e caminharam lentamente até a mesa da ágil mulher.
- Er... Abigail... Quantas pessoas já se inscreveram? - Ginny perguntou envergonhada.
- Ah, claro... Com vocês são... Cinco.
- CINCO? - Perguntou Draco assustado, realmente a peça deveria ter poucos personagens.
- E quem? - Pergunta Ginny curiosa.
- Ahn... Harry Potter, Hermione Granger e Ronald Weasley. É. é isso aí. - Ela disse olhando para uma lista e sacudindo a cabeça afirmativamente. Os olhos de Ginny brilharam e Malfoy quis vomitar (novamente). "Meu Deus, o que esse cara tem que eu não tenho!" Ele pensou nauseado.
- Quando acabam as inscrições? - Ele quis saber.
- Nessa sexta.
- Amanhã? - Ginny com um leve tom de surpresa.
- Não, querida... Seria daqui a três dias.
- Ah, me desculpe. Com licença... Eu vou conversar com o Harry. Tchau. - Ginny sai saltitando alegremente da sala, deixando Draco e Abigail sozinhos.
- Hey, Abigail... Qual será a peça?
- Não sei ainda, Sr. Draco, eu vou primeiro observar os alunos e aí
escolherei a peça adequada.
- Ela faz uma pausa, olhando por um longo tempo. - Eu achei que o Sr. e a Srta. Weasley combinam... Fazem um casal interessante. - Ela reflete, olhando-o profundamente. Ele ri.
- Eu e a Weasley? Desculpa, Abigail, mas eu acho que você viajou.
- Viajei por que? Sr. Malfoy, no teatro não tem essa de "Eu odeio tal e portanto não farei a peça com ele". Se você tiver que fazer um gay e aceitar o papel, você fará o tal gay, está claro?
- Como água. Agora com licença que eu tenho aula.
- Certo. Ah, Sr. Malfoy...
- Sim, Abigail?
- Gostei do seu jeito... - Ele sorri, adorava quando as pessoas davam confiança a ele. Isso o ajudaria no plano...
- Valeu... - E saiu para mais uma de suas aulas favoritas, poções.
-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~
- Srta Weasley, a Srta está me escutando? Ou está só observando minha pequena beleza? - O Professor Flitwick perguntou totalmente irritadiço.
- O que, Professor? Me desculpe, eu não estava prestando atenção... - Tentando esconder seu caderno cheio de coraçõezinhos.
- Exatamente! Você perdeu toda a matéria do começo do mês e é exatamente o que vai cair na prova. Me diga, Srta Weasley, qual é o feitiço que faz um ser humano levitar sem vassoura?
- O feitiço, Professor? Feitiço, feitiço... Er... Eu não sei, professor! - Baixando os olhos.
- Eu sabia! Eu sabia! Você terá que ter aulas particulares, mas não pode ser comigo... Terei que falar com alguém! - Ele disse impaciente, logo depois voltando à aula.
Ginny até que tentou assistir à aula, mas não podia parar de pensar em Harry, e se eles fossem o casal protagonista de Romeu e Julieta. Teria a cena do beijo, a cena em que eles morrem um pelo outro. Seria tão romântico. Aí Harry ia pedi-la em casamento e eles se casariam e teriam no mínimo cinco filhos "E... Espera aí... Quem será meu professor? Acho que vai ser a Mione... Só se for, porque ela é amiga do Harry e é ótima em feitiços! Ah, que da hora! Aí a gente vai poder falar sobre o meu namoro com o Harry e...".
- SENHORITA WEASLEY! - Ela quase grudou no teto com o berro do professor.
- Sim?
- Já pode sair... A aula acabou!
- Ah, desculpe... Tchau, professor. - Disse pegando suas coisas e se retirando da sala. Ao abrir a porta ela viu o trio maravilha vindo na direção da sala. "É verdade, eles têm aula de feitiços agora!"
- Gin, vem aqui. - Mione chamou-a para um canto do corredor.
- O que foi?
- Eu só queria dizer pra você prestar mais atenção... Tem sentido dores de cabeça?
- Não, por que, Mione?
- Nada, nada... Só preocupação. Tchau, Ginny, tenho que ir... Você tem aula do que agora?
- Horário livre! Hagrid está doente, coitado...
- É... Aproveite seu horário livre. Tchauzinho! - E dando um beijinho em sua bochecha, ela sai ao encontro do outros dois, que entram na sala. Ginny olha confusa e vai para a biblioteca.
*~*~*~*
- Srta. Granger, pode vir aqui, por favor? - O professor Flitwick chama- a, afobado.
- O que deseja, professor?
- Quero que dê aulas para a Srta. Weasley... Ela está indo muito mal.
- Desculpe professor... Não posso, estou um pouco ocupada com primeiranistas engraçadinhos... Não vai dar...
- Ah, certo... Obrigada mesmo assim, Srta.
- Não foi nada professor... "Não foi nada mesmo." - E sentou-se em um lugar próximo ao de Malfoy. Que estava animado para a aula, só não gostara muito da idéia de ser o novo "queridinho" do professor.
A aula correu normalmente, sem nada de extraordinário. Professor Flitwick ia esperar mais uma semana para apelar para Malfoy, pois sabia que ele odiava os Weasley e não queria forçar a barra, mas se a jovenzinha Weasley continuasse daquela maneira, ele teria que convocá-lo para o cargo. Ele observava Malfoy atuar em suas aulas e poderia até afirmar que via um pequeno sorriso na boca do rapaz. Ele gostou quando descobriu que Malfoy curtia sua aula e começou a investir no garoto, o qual ele descobriu ter uma grande inclinação para feitiços especialmente difíceis, usados só por aurores nas situações mais criticas, e foi daí que veio sua idéia de... De repente, algo cortou sua linha de pensamento. Alguém que se dirigia à sua mesa e começou a chamá-lo. Ele rapidamente atendeu o aluno Lufa-Lufa que foi perguntar sobre o feitiço de comunicação que eles estavam aprendendo. Flitwick acabou por esquecer seus pensamentos e prestar atenção no desempenho dos alunos. Aquele seria um longo ano. Aquela turma estava indo embora e isso significava a partida de Malfoy e Granger... Seus melhores alunos. Ele bufou e voltou a seus afazeres.
**~**
"Saco! Eu já sei esse feitiço... E parece que a Granger também sabe, que cara de abacate adormecido..." Ele se levantou e olhou seus companheiros de aula. Quer dizer, eles não eram bem seus companheiros, eram no máximo pessoas que ele identificava por causa do uniforme e que estudaram com ele durante os sete anos que passara naquela escola. Até sabia seus nomes, mas não lhe interessava muito. Ele se concentrou em alguém específico, mas que ele não considerava especial. Seu professor de feitiços era realmente baixo e velho, parecia ter no mínimo uns 87 anos, isso se ele estivesse certo. Na verdade, quando começara a realmente se interessar por feitiços, Flitwick o ajudara bastante, e, se bobear, Malfoy até era grato a ele. Ele via no professor uma pessoa enérgica e inteligente. Sempre sabia o que fazer e a hora de fazer. Isso o intrigava profundamente, como uma pessoa tão pequena podia ser tão grande em seus atos? Ele sacudiu a cabeça, como se quisesse espantar aquele pensamento de sua cabeça e voltou aos seus feitiços de comunicação.
- Tchau, professor. - Ele disse desaparecendo pela porta, ao final da aula.
- Tchau, Sr. Malfoy.
Ele saiu apresado, estava mais de dez minutos atrasado. Jogou a mochila nas costas e correu até o lago, onde encontrou uma pessoa o esperando.
- Está dez minutos atrasado, Monsieur Malfoy. - O homem reclamou, com um sorriso no rosto.
- Desculpe, Flitwick nos segurou.
- Está bem, então vamos?
- Vamos. - Ele respondeu ofegante e sumiram.
-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~
Não muito longe dali, uma ruiva aprecia aquela cena sem dar a menor importância. Ela estava sentada em uma janela, avoada, pensando sobre... Harry Potter, como não? Na verdade, essa era a única coisa em que ela pensava nas últimas semanas. Talvez os miolos dela tivessem até se fundido na forma do rosto de Potter, ou talvez "o tico e o teco" tivessem entrado em coma, porque ela não conseguia prestar atenção em mais nada, nem se importou quando Snape lhe tirou 30 pontos por falta de atenção, só sabia que quando estava com Harry ganhava o seu dia.
- Srta. Weasley. - Ela ouve uma voz longínqua chamá-la e "acorda" de seu belo sono "Romeu e Julieta".
- Sim, o que quer? - Ela começa rudemente, mas ao perceber que conversava com alguém inesperado enrubesceu. - Desculpe, Prof. Flitwick. O que o Sr. quer comigo?
- Quero que me acompanhe até minha sala. Eu arrumei um novo professor particular para a srta... A srta. está indo realmente mal em feitiços, Srta. Weasley... - Ele disse num tom preocupado.
- Ah, professor. É que eu tô meio atrapalhada. - Ela tentou se desculpar.
- Vai se "desatrapalhar" agora mesmo. Venha conhecê-lo já. - Disse como quem coloca um ponto final na conversa. Ela o acompanha até a sala e encontra com alguém que não a agradava, exatamente.
- Malfoy?! Parece que está me seguindo. - Reclamou, de mau-humor.
- Cala a boca, Weasley. Flitwick, o que o sr. quer comigo?
- Eu quero, Sr. Malfoy, que o sr. dê aulas de feitiços para a Srta. Weasley que me parece que vai com péssimas notas nesse semestre.
- Eu não quero saber se ela vai com notas baixas, o problema é dela, ela que estude mais! - Exclamou se retirando.
- Sr. Malfoy, se o Sr. recusar minha proposta eu serei obrigado a falar com um tal de Sr. Fallinton e dizer a ele que o Sr. não poderá mais comparecer aos encontros.
- Não! Pode deixar, eu serei o melhor professor do mundo começando de agora! - Disse sem respirar uma vez.
- Não, o Srs. irão se encontrar às terças e quintas, onde preferirem. Podem se retirar. - Draco e Ginny saem assim que ouvem a palavra "retirar". Algo martelava a cabeça de Ginny. "Fallinton? Quem será o otário? Bem, porque para se encontrar com o Malfoy de livre e espontânea vontade tem que ter no mínimo vocação pra ser otário." E sem pensar, pergunta a Malfoy, que até agora seguia o mesmo caminho que ela.
- Quem é Fallinton, Malfoy? Seu namorado? - Sem conseguir segurar a piada idiota.
- Cala a boca, Weasley! Porque você não vai beijar o Potter, pelo menos a boca fica fechada.
- Grosso.
- Ah, eu vou dormir na pia de bobis e chupeta, depois dessa, Weasley. - Falsamente animado.
- Ai, Malfoy, você parece um gay.
- É que eu tô tentando copiar o Potter, sabe... Ele acaba de virar meu ídolo nesse quesito.
- Malfoy, porque você não vai peidar rosa na cara do Snape?
- Porque eu não estou acostumado a imitar Weasleys.
- Francamente! - Aperta o passo e desaparece na escadaria da torre da Grifinória, enquanto Malfoy desce as escadas para as masmorras. Aquele seria o pior último ano em Hogwarts da vida dele. (Levando em consideração que seria o único último ano dele.) "O Flitwick nunca foi de chantagens. Essa mina deve ser uma total animoua."
- Morram trouxas! - Essa era a senha para o salão comunal da Sonserina. (Não queiram linchar a autora, ela ama trouxas! Aliás, ela é uma!)
- Draquinho!
- Parkinson, eu já te disse que eu não te agüento mais?
- Já, eu sei que você diz isso, mas quando precisa vem correndo.
- Até que você não está mentindo... Mas agora eu não estou pra isso. Eu preciso preparar uma aula.
- Aula? Pra quem, querido CDF?
- Vai à merda, Parkinson. - E dizendo isso, retira-se para seu dormitório.
- Será que ela não se toca? Credo! Tem hora que as pessoas têm que se tocar! - Sentando-se pesadamente na cama e abrindo seus rolos de pergaminho de feitiços. Deu uma boa olhada e decidiu que aquilo só prestaria pra depois. "Se ela não sabe nem a matéria do sexto ano... Eu vou ter que pedir pra alguém do sexto ano... Mas... Quem?" Ele estava absorto em seus pensamentos quando um companheiro de quarto com quem ele conversava raramente entrou. Draco o observou longamente. Ele era um garoto não muito alto e usava um óculos quadrado com a armação verde musgo, mas não muito grossa. Ele era gordinho, mas não chegava a ser um Crabbe da vida. O cabelo cortado em forma de tigelinha, castanho escuro e os olhos muito azuis.
- Fever. Henrique Fever? - Levantou-se e foi rapidamente na direção do cidadão.
- Sim, Malfoy. O que foi? - Henrique Fever era o ser mais nerd da Sonserina e era muito curioso e amigável. Duas qualidades que normalmente não se aplicavam à Sonserinos.
- Você tem uma irmã na Corvinal, não?
- Sim, ela está no sexto ano. Por quê? - "Perfeito!" pensou Malfoy.
- Eu preciso de um favor.
- Você? Um favor? Tem dó, né, Malfoy! Não vem me fazer de idiota essa hora da noite.
- Não, é sério. Eu preciso do material de feitiços dela, por uma semana.
- Ela tem quatro aulas de feitiços por semana, Malfoy.
- Eu mando um bilhete ao professor Flitwick.
- Vá lá, então, Malfoy. Eu peço amanhã os pergaminhos. Agora vai dormir pra ver se melhora esse seu... Seu... Ah, sei lá! Está parecendo um Grifinório, pedindo favores. - Draco ouve a porta do banheiro bater, mas apesar da raiva, ele se sentia estranhamente bem. Resolveu fazer o que Fever havia dito. Vestiu o pijama, guardou seu material e se deitou. Não dormiu rapidamente, ficou pensando em onde daria aquelas aulas. Ele tinha pensado em um lugar especial, mas não estava disposto a levar a Weasley ao seu lugar especial, mas não tinha outro lugar em que ninguém o visse acompanhado dela. Ele odiaria que as pessoas falassem que eles estavam saindo juntos e segundo Flitwick, se ele contasse que ela estava indo mal, suas notas cairiam vertiginosamente. Seu cérebro começava a ficar lento e seus pensamentos começaram a se esvair de sua cabeça e ele adormeceu.
N/A: E aí? Ficou massa? O q acharam do 2º cap? Espero q tenham gostado d verdade! Esperem o próximo cap... E mandem emails! Qro saber o q vcs, meu público, estaum achando da minha história sem imaginaçaum!!! Bjitos nas nádegas!!! (Zuera... Naum precisa ser necessariamente nas nádegas...)
- Malfoy, eu estava na frente.
- Ah, Weasley, tem dó! Qual é o seu problema? Você ficou horas na frente da porta sem bater... Eu bati e agora vou entrar...Er, a Sra. não é a Professora Sprout. - Esquecendo Ginny e observando aquela mulher com feições alegres.
- Ah, desculpe, mocinha. Meu nome é Abigail Duboys, mas podem me chamar de Abigail. Sou sua nova professora de teatro. Entrem. - Estendendo o braço para apontar três poltronas à frente da lareira.
Draco entra sem dizer nada, nem agradecer, nem replicar, ele simplesmente entra e acomoda-se em uma poltrona à esquerda da do centro. Ginny fica esperando do lado de fora, em pé, olhando de esgueira para a mulher.
- Entre você também, Srta... - A mulher convidou. - Srta...
- Weasley, mas pode me chamar de Virgínia, se preferir. - Ela disse simpaticamente, tinha gostado daquela mulher.
- Srta. Virgínia, sente-se ao lado dele. Ah, que cabeça essa que eu tenho em cima do pescoço. Como o Sr se chama?
- Malfoy, Draco Malfoy.
- Se importa se eu chamá-lo de Draco? É um nome mais marcante do que Malfoy, sem querer ofender, é claro.
- Claro. - Com uma falsa compreensão que ela não percebeu, mas Ginny sim e quase riu. Só não riu porque se lembrou de que nada do que Malfoy dizia era engraçado.
- Fico feliz que vieram se inscrever... Nossa peça não poderá ter muitos personagens, pois para ser sincera não são todos os alunos que se interessam por teatro. Venham até minha mesa, por favor. - Abigail caminhou até a mesa a passos duros, mas leves. Ela era uma mulher muito simpática e prática, falava rápido e animadamente. Eles se levantaram e caminharam lentamente até a mesa da ágil mulher.
- Er... Abigail... Quantas pessoas já se inscreveram? - Ginny perguntou envergonhada.
- Ah, claro... Com vocês são... Cinco.
- CINCO? - Perguntou Draco assustado, realmente a peça deveria ter poucos personagens.
- E quem? - Pergunta Ginny curiosa.
- Ahn... Harry Potter, Hermione Granger e Ronald Weasley. É. é isso aí. - Ela disse olhando para uma lista e sacudindo a cabeça afirmativamente. Os olhos de Ginny brilharam e Malfoy quis vomitar (novamente). "Meu Deus, o que esse cara tem que eu não tenho!" Ele pensou nauseado.
- Quando acabam as inscrições? - Ele quis saber.
- Nessa sexta.
- Amanhã? - Ginny com um leve tom de surpresa.
- Não, querida... Seria daqui a três dias.
- Ah, me desculpe. Com licença... Eu vou conversar com o Harry. Tchau. - Ginny sai saltitando alegremente da sala, deixando Draco e Abigail sozinhos.
- Hey, Abigail... Qual será a peça?
- Não sei ainda, Sr. Draco, eu vou primeiro observar os alunos e aí
escolherei a peça adequada.
- Ela faz uma pausa, olhando por um longo tempo. - Eu achei que o Sr. e a Srta. Weasley combinam... Fazem um casal interessante. - Ela reflete, olhando-o profundamente. Ele ri.
- Eu e a Weasley? Desculpa, Abigail, mas eu acho que você viajou.
- Viajei por que? Sr. Malfoy, no teatro não tem essa de "Eu odeio tal e portanto não farei a peça com ele". Se você tiver que fazer um gay e aceitar o papel, você fará o tal gay, está claro?
- Como água. Agora com licença que eu tenho aula.
- Certo. Ah, Sr. Malfoy...
- Sim, Abigail?
- Gostei do seu jeito... - Ele sorri, adorava quando as pessoas davam confiança a ele. Isso o ajudaria no plano...
- Valeu... - E saiu para mais uma de suas aulas favoritas, poções.
-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~
- Srta Weasley, a Srta está me escutando? Ou está só observando minha pequena beleza? - O Professor Flitwick perguntou totalmente irritadiço.
- O que, Professor? Me desculpe, eu não estava prestando atenção... - Tentando esconder seu caderno cheio de coraçõezinhos.
- Exatamente! Você perdeu toda a matéria do começo do mês e é exatamente o que vai cair na prova. Me diga, Srta Weasley, qual é o feitiço que faz um ser humano levitar sem vassoura?
- O feitiço, Professor? Feitiço, feitiço... Er... Eu não sei, professor! - Baixando os olhos.
- Eu sabia! Eu sabia! Você terá que ter aulas particulares, mas não pode ser comigo... Terei que falar com alguém! - Ele disse impaciente, logo depois voltando à aula.
Ginny até que tentou assistir à aula, mas não podia parar de pensar em Harry, e se eles fossem o casal protagonista de Romeu e Julieta. Teria a cena do beijo, a cena em que eles morrem um pelo outro. Seria tão romântico. Aí Harry ia pedi-la em casamento e eles se casariam e teriam no mínimo cinco filhos "E... Espera aí... Quem será meu professor? Acho que vai ser a Mione... Só se for, porque ela é amiga do Harry e é ótima em feitiços! Ah, que da hora! Aí a gente vai poder falar sobre o meu namoro com o Harry e...".
- SENHORITA WEASLEY! - Ela quase grudou no teto com o berro do professor.
- Sim?
- Já pode sair... A aula acabou!
- Ah, desculpe... Tchau, professor. - Disse pegando suas coisas e se retirando da sala. Ao abrir a porta ela viu o trio maravilha vindo na direção da sala. "É verdade, eles têm aula de feitiços agora!"
- Gin, vem aqui. - Mione chamou-a para um canto do corredor.
- O que foi?
- Eu só queria dizer pra você prestar mais atenção... Tem sentido dores de cabeça?
- Não, por que, Mione?
- Nada, nada... Só preocupação. Tchau, Ginny, tenho que ir... Você tem aula do que agora?
- Horário livre! Hagrid está doente, coitado...
- É... Aproveite seu horário livre. Tchauzinho! - E dando um beijinho em sua bochecha, ela sai ao encontro do outros dois, que entram na sala. Ginny olha confusa e vai para a biblioteca.
*~*~*~*
- Srta. Granger, pode vir aqui, por favor? - O professor Flitwick chama- a, afobado.
- O que deseja, professor?
- Quero que dê aulas para a Srta. Weasley... Ela está indo muito mal.
- Desculpe professor... Não posso, estou um pouco ocupada com primeiranistas engraçadinhos... Não vai dar...
- Ah, certo... Obrigada mesmo assim, Srta.
- Não foi nada professor... "Não foi nada mesmo." - E sentou-se em um lugar próximo ao de Malfoy. Que estava animado para a aula, só não gostara muito da idéia de ser o novo "queridinho" do professor.
A aula correu normalmente, sem nada de extraordinário. Professor Flitwick ia esperar mais uma semana para apelar para Malfoy, pois sabia que ele odiava os Weasley e não queria forçar a barra, mas se a jovenzinha Weasley continuasse daquela maneira, ele teria que convocá-lo para o cargo. Ele observava Malfoy atuar em suas aulas e poderia até afirmar que via um pequeno sorriso na boca do rapaz. Ele gostou quando descobriu que Malfoy curtia sua aula e começou a investir no garoto, o qual ele descobriu ter uma grande inclinação para feitiços especialmente difíceis, usados só por aurores nas situações mais criticas, e foi daí que veio sua idéia de... De repente, algo cortou sua linha de pensamento. Alguém que se dirigia à sua mesa e começou a chamá-lo. Ele rapidamente atendeu o aluno Lufa-Lufa que foi perguntar sobre o feitiço de comunicação que eles estavam aprendendo. Flitwick acabou por esquecer seus pensamentos e prestar atenção no desempenho dos alunos. Aquele seria um longo ano. Aquela turma estava indo embora e isso significava a partida de Malfoy e Granger... Seus melhores alunos. Ele bufou e voltou a seus afazeres.
**~**
"Saco! Eu já sei esse feitiço... E parece que a Granger também sabe, que cara de abacate adormecido..." Ele se levantou e olhou seus companheiros de aula. Quer dizer, eles não eram bem seus companheiros, eram no máximo pessoas que ele identificava por causa do uniforme e que estudaram com ele durante os sete anos que passara naquela escola. Até sabia seus nomes, mas não lhe interessava muito. Ele se concentrou em alguém específico, mas que ele não considerava especial. Seu professor de feitiços era realmente baixo e velho, parecia ter no mínimo uns 87 anos, isso se ele estivesse certo. Na verdade, quando começara a realmente se interessar por feitiços, Flitwick o ajudara bastante, e, se bobear, Malfoy até era grato a ele. Ele via no professor uma pessoa enérgica e inteligente. Sempre sabia o que fazer e a hora de fazer. Isso o intrigava profundamente, como uma pessoa tão pequena podia ser tão grande em seus atos? Ele sacudiu a cabeça, como se quisesse espantar aquele pensamento de sua cabeça e voltou aos seus feitiços de comunicação.
- Tchau, professor. - Ele disse desaparecendo pela porta, ao final da aula.
- Tchau, Sr. Malfoy.
Ele saiu apresado, estava mais de dez minutos atrasado. Jogou a mochila nas costas e correu até o lago, onde encontrou uma pessoa o esperando.
- Está dez minutos atrasado, Monsieur Malfoy. - O homem reclamou, com um sorriso no rosto.
- Desculpe, Flitwick nos segurou.
- Está bem, então vamos?
- Vamos. - Ele respondeu ofegante e sumiram.
-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~
Não muito longe dali, uma ruiva aprecia aquela cena sem dar a menor importância. Ela estava sentada em uma janela, avoada, pensando sobre... Harry Potter, como não? Na verdade, essa era a única coisa em que ela pensava nas últimas semanas. Talvez os miolos dela tivessem até se fundido na forma do rosto de Potter, ou talvez "o tico e o teco" tivessem entrado em coma, porque ela não conseguia prestar atenção em mais nada, nem se importou quando Snape lhe tirou 30 pontos por falta de atenção, só sabia que quando estava com Harry ganhava o seu dia.
- Srta. Weasley. - Ela ouve uma voz longínqua chamá-la e "acorda" de seu belo sono "Romeu e Julieta".
- Sim, o que quer? - Ela começa rudemente, mas ao perceber que conversava com alguém inesperado enrubesceu. - Desculpe, Prof. Flitwick. O que o Sr. quer comigo?
- Quero que me acompanhe até minha sala. Eu arrumei um novo professor particular para a srta... A srta. está indo realmente mal em feitiços, Srta. Weasley... - Ele disse num tom preocupado.
- Ah, professor. É que eu tô meio atrapalhada. - Ela tentou se desculpar.
- Vai se "desatrapalhar" agora mesmo. Venha conhecê-lo já. - Disse como quem coloca um ponto final na conversa. Ela o acompanha até a sala e encontra com alguém que não a agradava, exatamente.
- Malfoy?! Parece que está me seguindo. - Reclamou, de mau-humor.
- Cala a boca, Weasley. Flitwick, o que o sr. quer comigo?
- Eu quero, Sr. Malfoy, que o sr. dê aulas de feitiços para a Srta. Weasley que me parece que vai com péssimas notas nesse semestre.
- Eu não quero saber se ela vai com notas baixas, o problema é dela, ela que estude mais! - Exclamou se retirando.
- Sr. Malfoy, se o Sr. recusar minha proposta eu serei obrigado a falar com um tal de Sr. Fallinton e dizer a ele que o Sr. não poderá mais comparecer aos encontros.
- Não! Pode deixar, eu serei o melhor professor do mundo começando de agora! - Disse sem respirar uma vez.
- Não, o Srs. irão se encontrar às terças e quintas, onde preferirem. Podem se retirar. - Draco e Ginny saem assim que ouvem a palavra "retirar". Algo martelava a cabeça de Ginny. "Fallinton? Quem será o otário? Bem, porque para se encontrar com o Malfoy de livre e espontânea vontade tem que ter no mínimo vocação pra ser otário." E sem pensar, pergunta a Malfoy, que até agora seguia o mesmo caminho que ela.
- Quem é Fallinton, Malfoy? Seu namorado? - Sem conseguir segurar a piada idiota.
- Cala a boca, Weasley! Porque você não vai beijar o Potter, pelo menos a boca fica fechada.
- Grosso.
- Ah, eu vou dormir na pia de bobis e chupeta, depois dessa, Weasley. - Falsamente animado.
- Ai, Malfoy, você parece um gay.
- É que eu tô tentando copiar o Potter, sabe... Ele acaba de virar meu ídolo nesse quesito.
- Malfoy, porque você não vai peidar rosa na cara do Snape?
- Porque eu não estou acostumado a imitar Weasleys.
- Francamente! - Aperta o passo e desaparece na escadaria da torre da Grifinória, enquanto Malfoy desce as escadas para as masmorras. Aquele seria o pior último ano em Hogwarts da vida dele. (Levando em consideração que seria o único último ano dele.) "O Flitwick nunca foi de chantagens. Essa mina deve ser uma total animoua."
- Morram trouxas! - Essa era a senha para o salão comunal da Sonserina. (Não queiram linchar a autora, ela ama trouxas! Aliás, ela é uma!)
- Draquinho!
- Parkinson, eu já te disse que eu não te agüento mais?
- Já, eu sei que você diz isso, mas quando precisa vem correndo.
- Até que você não está mentindo... Mas agora eu não estou pra isso. Eu preciso preparar uma aula.
- Aula? Pra quem, querido CDF?
- Vai à merda, Parkinson. - E dizendo isso, retira-se para seu dormitório.
- Será que ela não se toca? Credo! Tem hora que as pessoas têm que se tocar! - Sentando-se pesadamente na cama e abrindo seus rolos de pergaminho de feitiços. Deu uma boa olhada e decidiu que aquilo só prestaria pra depois. "Se ela não sabe nem a matéria do sexto ano... Eu vou ter que pedir pra alguém do sexto ano... Mas... Quem?" Ele estava absorto em seus pensamentos quando um companheiro de quarto com quem ele conversava raramente entrou. Draco o observou longamente. Ele era um garoto não muito alto e usava um óculos quadrado com a armação verde musgo, mas não muito grossa. Ele era gordinho, mas não chegava a ser um Crabbe da vida. O cabelo cortado em forma de tigelinha, castanho escuro e os olhos muito azuis.
- Fever. Henrique Fever? - Levantou-se e foi rapidamente na direção do cidadão.
- Sim, Malfoy. O que foi? - Henrique Fever era o ser mais nerd da Sonserina e era muito curioso e amigável. Duas qualidades que normalmente não se aplicavam à Sonserinos.
- Você tem uma irmã na Corvinal, não?
- Sim, ela está no sexto ano. Por quê? - "Perfeito!" pensou Malfoy.
- Eu preciso de um favor.
- Você? Um favor? Tem dó, né, Malfoy! Não vem me fazer de idiota essa hora da noite.
- Não, é sério. Eu preciso do material de feitiços dela, por uma semana.
- Ela tem quatro aulas de feitiços por semana, Malfoy.
- Eu mando um bilhete ao professor Flitwick.
- Vá lá, então, Malfoy. Eu peço amanhã os pergaminhos. Agora vai dormir pra ver se melhora esse seu... Seu... Ah, sei lá! Está parecendo um Grifinório, pedindo favores. - Draco ouve a porta do banheiro bater, mas apesar da raiva, ele se sentia estranhamente bem. Resolveu fazer o que Fever havia dito. Vestiu o pijama, guardou seu material e se deitou. Não dormiu rapidamente, ficou pensando em onde daria aquelas aulas. Ele tinha pensado em um lugar especial, mas não estava disposto a levar a Weasley ao seu lugar especial, mas não tinha outro lugar em que ninguém o visse acompanhado dela. Ele odiaria que as pessoas falassem que eles estavam saindo juntos e segundo Flitwick, se ele contasse que ela estava indo mal, suas notas cairiam vertiginosamente. Seu cérebro começava a ficar lento e seus pensamentos começaram a se esvair de sua cabeça e ele adormeceu.
N/A: E aí? Ficou massa? O q acharam do 2º cap? Espero q tenham gostado d verdade! Esperem o próximo cap... E mandem emails! Qro saber o q vcs, meu público, estaum achando da minha história sem imaginaçaum!!! Bjitos nas nádegas!!! (Zuera... Naum precisa ser necessariamente nas nádegas...)
